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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

CULTO DE VÍGÍLIA 2015


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Evento: Culto de Vígília
Dia: 31
Mês: 12
Ano: 2015
Hora: 23h00
Pregador: Rev. Paulo Audebert Delage
Fundamento: Êxodo 10:21-23
Tema: Luz em Tempos de Trevas
Louvor Musical: Congregacional

Culto de Vigília 31/12/15
Prelúdio
Saudação Pastoral

Adoração
Leitura Romanos 16.25-27
Hino 7
Oração

Confissão
Leitura Romanos 3.21-31
Hino 68
Oração

Louvor
Hino 52
Oração
Hino 104

Mensagem
Leitura: Êxodo 10:21-23
Pregação

Dedicação
Hino 396
Orações
Oração Final
Bênção

Poslúdio

domingo, 27 de dezembro de 2015

LEMBRANÇA E ESPERANÇA

ANO LXXIII - Domingo, 27 de dezembro de 2015 - Nº 3661

LEMBRANÇA E ESPERANÇA
Quero trazer à memória o que me pode dar esperança”.  (Lamentações 3:21)

Estava com 11 anos de idade e o ano era 1968. Não me lembro de quase nada deste momento, mas sei que ficou conhecido como “o ano que nunca acabou”. Tempos de intensos protestos estudantis (sobretudo) no mundo livre e que atingiram o Brasil. A repressão veio logo a seguir. Para algumas pessoas existem anos que parecem não acabar nunca. Talvez alguém deseje que não acabe por estar tão tranquilo e bom, mas, para outros, torna-se angustiante por não acabar e fazer conservar tanta dificuldade e problema.

Confesso que estou desejoso de ver este ano acabar logo, pois o estou sentindo muito “pesado”, denso e difícil. Talvez seja o cansaço normal e a demanda por algum descanso e férias. Talvez se deva ao quadro político e da economia do país que inspiram certa apreensão, dúvida e temor. De um modo ou outro o que percebo é que muita gente deseja que o ano termine e outro se inicie logo, pois poderá ser que o “mudar de ano” mude, para melhor, a situação. Não me parece ser algo que aconteça pelo simples fato da “virada do calendário”.

O profeta fala sobre “trazer à memória o que pode dar esperança”. Claro que fala de lembrar, o que indica acerca de algo passado e vivido. De fato, ao olharmos para trás vemos tantas coisas que o Senhor fez e realizou de bom em nosso viver, que tais coisas devem ser sempre lembradas, pois renovam nossa esperança na graça, bondade e misericórdia do Senhor. Isso é tão verdade que no versículo seguinte o profeta diz: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim”. Oh glória.

A mudança do calendário não resolverá os problemas, mas nesse novo ano enchamos nossa mente com as verdades maravilhosas que nos podem dar esperança, alegria e paz, vivendo as promessas grandiosas de Deus para nós em sua Palavra.

Novo ano feliz e abençoado com memórias do que nos dê esperança, alegria e paz.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 20 de dezembro de 2015

O VERDADEIRO SENTIDO DO NATAL

ANO LXXIII - Domingo, 20 de dezembro de 2015 - Nº 3660

O VERDADEIRO SENTIDO DO NATAL

De maneira simples e objetiva, o Natal é a celebração do nascimento de Jesus Cristo. Todavia, tal afirmação não é suficiente para se captar o verdadeiro sentido do Natal. Precisamos compreender a natureza e o significado de tal nascimento. Primeiro é preciso compreender que quando Jesus nasceu algo tremendamente maravilhoso aconteceu: Deus se fez homem e nos visitou. No dia 20 julho de 1969 o mundo assistiu, maravilhado, o primeiro homem pisar na lua. Foi um feito tão incrível que muitos tiveram dificuldades de acreditar que o homem tivesse mesmo pisado na lua. Mas no Natal nós comemoramos um acontecimento muitíssimo mais impressionante. No natal nós comemoramos o fato de que Deus mesmo, o Criador do universo, pisou na terra.

Além disso, Ele nos visitou com o propósito deliberado de redimir a humanidade. A narrativa bíblica aponta para a natureza extraordinária do nascimento de Jesus Cristo. Ele nasceu de uma virgem. Portanto, Jesus Cristo veio a este mundo por meio de um milagre biológico. Este fato aponta para o paralelo existente entre Adão e Jesus Cristo. Todas as pessoas nascidas no mundo nascem de maneira ordinária, do concurso de um pai e de uma mãe. As duas exceções são Adão e Jesus Cristo. Ambos entraram na história de maneira extraordinária. Ao criar Adão, de maneira extraordinária, Deus deu início à humanidade, que posteriormente foi corrompida pelo pecado. E todos que nasceram a partir de Adão nasceram para o pecado e para a morte. Mas lá em Belém, por meio do nascimento extraordinário de Jesus Cristo, Deus começou um projeto novo que a Bíblia chama de nova aliança, por meio da qual uma nova humanidade veio à existência.

Por meio de Jesus Cristo, Deus tomou a nossa humanidade pecadora e a matou na cruz do Calvário. Mas ao terceiro dia Jesus Cristo ressuscitou trazendo à existência uma nova humanidade. E aqueles que creem em Cristo, são novas criaturas e membros desta nova humanidade. Por meio de Jesus Cristo eles são nascidos de novo para a justiça e para a vida eterna. Deste modo, o nascimento de Jesus Cristo é parte da história da redenção da humanidade; é parte do milagre de um novo começo, do milagre de uma nova criação, do milagre do surgimento de uma nova humanidade. Em Jesus e por meio dele, tudo se faz novo. Este é o sentido do Natal.

Rev. Paulo Ribeiro Fontes

domingo, 13 de dezembro de 2015

DIA DA BÍBLIA!

ANO LXXIII - Domingo, 13 de dezembro de 2015 - Nº 3659

DIA DA BÍBLIA!
Antes o seu PRAZER está na Lei do Senhor e na Sua Lei medita de dia e de noite!” (Sl 1.2).

Hoje é o Dia da BÍBLIA! Celebrado no 2º domingo de dezembro, o Dia da Bíblia foi criado em 1549, na Grã-Bretanha pelo Bispo Cranmer, que incluiu a data no livro de orações do Rei Eduardo VI. Você se lembrou? Ou deveria perguntar: Você sabia da existência desta data tão especial? Possivelmente a maioria das respostas para esta pergunta seja negativa.

Nosso amado Deus nos revelou Sua Palavra, inspirando homens consagrados e comprometidos em expor uma vida normatizada, conduzida, aprovada e abençoada pela orientação do próprio Deus. Quando oramos, falamos com Deus! Quando lemos a Bíblia, é Deus quem fala conosco! E a Bíblia Sagrada não é apenas mais um livro dentre tantos. Ela é, de fato, a Palavra, o Plano, o Projeto de Deus para nossas vidas. Enquanto ao redor do mundo tantas pessoas estão sedentas e famintas espiritualmente, sem ter em mãos nem ao menos uma página das Sagradas Escrituras a fim de saciar sua alma, diversos exemplares da Palavra de Deus em muitos lares brasileiros estão engavetados ou empoeirando em estantes; quando muito sendo abertos antes de dormir quando quem se propõe a ler já está bem cansado e com muito sono, obtendo pouco proveito na rasa meditação descompromissada e sem muito propósito, talvez em mero cumprimento de um ritual e de uma religiosidade estéril. Assim sendo, cabe a cada um de nós dar-lhe o devido valor e procurar aprofundar-se na leitura, meditação e prática da Verdade que liberta (João 8.31-32).

Em tempos de festas natalinas, que nossas mesas estejam fartas, mas que nos lembremos do verdadeiro sentido do natal e que “nem só de pão viverá o homem, mas de toda a Palavra que procede da boca de Deus”! Lembremos que Aquele que nasceu, sendo o Pão da Vida e o Verbo Encarnado, veio nos livrar da eterna fome espiritual.

Que no dia de hoje, no qual milhares de brasileiros pretendem novamente sair às ruas em protesto contra a corrupção em nosso país e ávidos para que de fato as leis (humanas) sejam cumpridas, sejamos nós porta-vozes da mensagem do evangelho de Cristo e ergamos a bandeira da Lei Divina, contribuindo para a conscientização de que o que o povo brasileiro mais necessita é da Bendita Palavra de Deus! Pense, reflita, valorize, leia a Bíblia Sagrada e como Cristo nos ordenou, divulgue-A! Para mais informações sobre o Dia da Bíblia: http://www.sbb.org.br/eventos/dia-da-biblia/historia-do-dia-da-biblia/

Rev. Otniel Barbosa

domingo, 6 de dezembro de 2015

O QUE EU QUERO GANHAR NESTE NATAL?

ANO LXXIII - Domingo, 06 de dezembro de 2015 - Nº 3658

O QUE EU QUERO GANHAR NESTE NATAL?

Chegou o mês de Dezembro e com ele as mais diversas manobras criativas do comércio para nos inundar de propagandas incentivando o consumo deliberado. Sabemos que o cenário econômico não é nada bom, estamos na pior recessão dos últimos 19 anos e para te estimular pensar no que ganhar neste natal, eu gostaria de colocar abaixo algumas coisas que não custam nem 1 centavo.

Quero ganhar neste natal Fé. Pois não existe nada mais poderoso do que ela. As pessoas mais persistentes, mais incansáveis, mais resistentes são aquelas que têm fé. Mas não é qualquer fé, eu quero a fé no Pai, no Filho e no Espírito Santo. Não a fé que é manifestada em mandingas e patuás, nem em espíritos e na multiplicidade de imagens, quero a fé no Deus Trino. Quero a fé que me ajude a perdoar, a enxergar meu próximo com misericórdia e ser alguém que possa dispensar a graça de Deus.

Quero ganhar neste natal Esperança. Às vezes penso que fé e esperança parecem irmãs gêmeas, olhando rapidamente quase não distinguimos uma da outra. Hugo de São Vitor disse: “Eu tenho fé de que existe uma vida eterna ao lado de Deus, eu tenho esperança de que eu a alcançarei”. A fé parece me dar o atestado daquilo que não vejo, a esperança me dá a confiança de que eu vou chegar lá. Estão juntas. Mas não é qualquer esperança, eu espero ver o Reino de Deus influenciando uma sociedade, se expandindo e se concretizando. Espero ver o Espírito de Deus vencendo as inclinações da minha carne, que me levam pra mais longe dEle. Neste natal eu espero ser um discípulo mais cheio do Espírito Santo de Deus.

Quero ganhar neste natal o amor. Não o amor manifestado pelas linguagens virtuais (<3), nem mesmo aquele amor meloso com música de fundo, quero o amor incondicional que nasce do caráter e da natureza de Deus para ser no mundo aquilo que Deus já idealizou que seremos no céu.

Estas três coisas que geram felicidade, nascem, não de um papai Noel, mas de um Deus trinitário. Fé, Esperança e Amor, que nascem de um Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo.

Estamos só no início de Dezembro, ainda dá tempo pra você escolher o que quer ganhar neste natal.

Rev. Gustavo Bacha

domingo, 29 de novembro de 2015

A PAZ DE CRISTO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS

ANO LXXIII - Domingo, 29 de novembro de 2015 - Nº 3657

A PAZ DE CRISTO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS

As pessoas com algum tipo de deficiência formam um dos maiores grupos minoritários do mundo, com uma estimativa que excede os 600 milhões. A maioria delas vive nos países menos desenvolvidos e são as mais pobres entre as mais pobres. Apesar de a deficiência física ou mental fazer parte da sua experiência diária, a maioria é incapacitada por atitudes sociais, por injustiça ou pela falta de acesso a recursos. Servir às pessoas com deficiência não se limita a oferecer atendimento médico ou serviço social; envolve lutar ao seu lado, ao lado dos que lhe prestam cuidados e ao lado de suas famílias, por inclusão e igualdade, tanto na sociedade como na igreja. Deus nos chama para a justiça, a amizade, o respeito e o amor mútuos.

a) Vamos nos erguer como cristãos em todo o mundo para rejeitar estereótipos culturais, pois, como comentou o apóstolo Paulo, a ninguém mais consideremos do ponto de vista humano. Feitos à imagem de Deus, todos nós temos dons que Deus pode usar no seu serviço. Nós nos comprometemos a ministrar às pessoas com deficiências, e receber delas a ministração que elas têm para dar.

b) Nós incentivamos igrejas e líderes de missões a pensar não apenas em missões entre aqueles com deficiências, mas a reconhecer, afirmar e facilitar o chamado missionário de cristãos que possuam deficiências, como parte do Corpo de Cristo.

c) Nós nos entristecemos, pois tantas pessoas com deficiência ouvem que sua deficiência é resultante de pecado pessoal, falta de fé ou de relutância para ser curado. Nós negamos que a Bíblia ensine isso como uma verdade universal. Tal falso ensinamento é pastoralmente insensível e espiritualmente incapacitante; acrescenta o peso de culpa e de esperanças frustradas a outras barreiras que as pessoas com deficiência enfrentam.

d) Nós nos comprometemos a fazer das nossas igrejas locais de inclusão e igualdade para pessoas com deficiência e nos posicionar ao lado delas resistindo ao preconceito e advogando pelas suas necessidades na sociedade em geral.

Terceiro Congresso de Lausanne sobre Evangelização Mundial

domingo, 22 de novembro de 2015

HORRORES

ANO LXXIII - Domingo, 22 de novembro de 2015 - Nº 3656

HORRORES

Duas ocorrências nos atingiram estes últimos 15 dias, sendo uma delas aqui no Brasil (rompimento de barragem de mineradora) e outra em Paris (ataque terrorista), as quais nos deixaram abalados e profundamente impactados. Muitos se apressam a perguntar: Onde estava Deus nessa hora? Se existe; por que permite esse tipo de coisa? Se é bom; por que deixa que tais coisas ocorram? Na verdade se equivocam, pois o direcionamento da pergunta não deve ser para o alto, mas, sim, para o lado. Não se trata de algo “do céu”, mas da terra, do ser humano.

O atentado em Paris é fruto da hediondez humana, perpetrado por alguém que se move em nome de Deus e de uma fé absurda. Não é zelo; é loucura religiosa, é insanidade afogada em mistificação; é animalidade travestida de religiosidade. Deus não tem parte nisso. Indague do homem, ao homem, pois o que se fez é fruto exclusivo do coração e mente doentios de seres humanos (se podemos assim classificá-los). Não é Deus quem deve responder as perguntas, antes aos insanos cabe essa incumbência. Eles, e não Deus, têm nas mãos o sangue de dezenas de seres humanos bárbara e estupidamente assassinados em nome de zelo doentio e louco, a que chamam fé.

O desastre ocorrido em Mariana (MG) com danos incalculáveis na esfera do meio ambiente e, muito pior, em termos de vidas humanas também não deve ser imputado ou creditado a Deus. Mais uma vez está a mão nefasta do ser humano. O que se viu ali é o fruto da ganância plantada no coração humano. O lucro cada vez maior a custo cada vez menor, porém, com custos (não pecuniários) inimagináveis em suas consequências deletérias e criminosas. Foi o ser humano, e não Deus, o responsável por tal ocorrência. Deus tem “costas largas” (longânimo), mas não se deve lançar sobre Ele o que a Ele não é devido. A mineradora (com suas cabeças que não aparecem) é a responsável e não Deus.

Se tais ocorrências se verificaram não é por ação de Deus ou determinação DEle, apenas permite que o homem se expresse em sua liberdade e exerça (sem a restrição DEle por sua graça comum) sua autodeterminação, manifestando o pecado (maldade) presente nas entranhas de nosso ser. Horrores não de Deus e nem por Deus, mas de homens e por homens contra seus iguais. Misericórdia!

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 15 de novembro de 2015

CASA FIRME

ANO LXXIII - Domingo, 15 de novembro de 2015 - Nº 3655

CASA FIRME
[...] pois, de fato, o Senhor te fará casa firme [...]” (I Samuel 25:28).

O texto citado acima se refere ao encontro de Abigail com Davi, quando ela impede que houvesse a morte de seu marido Nabal e muitos de seus empregados por Davi e seus homens nas regiões do Carmelo.

O texto não diz respeito à profecia ou promessa do Senhor a Davi sobre o “trono de Israel”, o qual seria mantido para sempre com descendente de Davi, tendo seu cumprimento em Cristo, como descendente da Cada de Davi e sendo o Rei de Israel em sentido espiritual e eterno. A afirmação não tem, portanto, caráter profético como promessa do Senhor, mas, apenas uma expressão de desejo por parte de Abigail e expressando desculpas pela atitude impensada do marido.

Ao lermos a expressão, parece tratar-se de uma afirmação divina para a família de Davi, no sentido de ser ela (família) inabalável ou de firmeza jamais atingida, caminhando e existindo sem qualquer forma de abalo ou derrocada. Mesmo que haja até igrejas com esse nome (“Casa firme”), o texto não oferece base para sustentar a ideia da intangibilidade ou inatingibilidade da família do rei Davi. Prova disso é que se tal fosse a ideia, a profecia teria caído no vazio sem se cumprir pelo fato de que a família de Davi foi um acúmulo de abalos e até ruínas. Vejamos: Incesto de Amnon com Tamar. Morte de Amnon por Absalão. Rebelião de Absalão contra seu pai Davi, levando à deposição do trono, fuga e exílio por parte de Davi. Intriga entre Adonias e Salomão com relação à sucessão. Eliminação e morte de Adonias por Salomão para garantia de permanência no trono. Se “casa firme” significa que os filhos seriam servos fiéis e não haveria distúrbios, então é uma grande mentira.

Claro que precisamos ter “Casa Firme” e devemos buscar alicerçá-la na Rocha Eterna, Cristo Jesus, mas não pensarmos que tal fato significa isenção de aflições, lutas, angústias e problemas. A responsabilidade é dos pais em fazer os filhos andarem no caminho do Senhor, orar com e por eles e dar-lhes exemplo de vida cristã piedosa, nutrindo no seio do lar a vida espiritual profunda em harmonia com a vida fora das paredes da casa, sem dicotomia e hipocrisia: “um dentro de casa e outro fora dela”. Se vocês (pai e mãe) cumpriram com fidelidade os votos feitos ao apresentarem os filhos ao batismo, se vocês foram exemplos de vida cristã sem falsidade, duplicidade ou hipocrisia, não devem se “culpar”, penalizar ou recriminar, pois não será requerido de vocês o que é devido por seus filhos. Continuemos orando e perseverando no Senhor para que nos seja dada “casa firme”.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 8 de novembro de 2015

DAVI E AS CINCO PEDRAS

ANO LXXIII - Domingo, 08 de novembro de 2015 - Nº 3654

DAVI E AS CINCO PEDRAS

“[...] Davi escolheu para si cinco pedras lisas do ribeiro [...].”

A passagem citada acima nos apresenta o momento anterior ao encontro do jovem pastor de ovelhas Davi com o forte e robusto guerreiro Golias, medindo seus 2 metros e 20 centímetros de altura aproximadamente, com sua armadura de quase setenta quilos e a ponta da lança pesando perto de 3 quilos. A desproporção é imensa e o desequilíbrio evidente e constrangedor. Mas, o jovem se dispôs a enfrentar o duelista filisteu.

A pergunta que me faço (e já a fiz algumas vezes) é o motivo de Davi haver tomado para si 5 (cinco) pedras bem escolhidas e levar consigo para aquele embate. Se ele tinha consciência (e fé) que Javé, o Senhor dos exércitos, lhe daria a vitória sobre aquele imenso guerreiro, por que motivo levou cinco pedras e não apenas uma? Uma única pedra seria suficiente (como foi) para derrubar o “gigante”, pois não seria a pedra (ou armas de Davi), mas o Senhor que derrubaria aquele combatente arrogante. Faltou fé em Davi e por isso levou mais de uma? Na verdade; não sei. Não há explicação do motivo pelo qual ele agiu desta forma. O registro é feito com objetividade e concisão, sem dar explicação alguma sobre tal atitude.

Em termos devocionais (já não sei quantas vezes li esta passagem) penso na proposta da previdência. Não se diz que Deus havia dito a Davi para pegar apenas uma pedra, tendo ele, por incredulidade, apanhado cinco. Davi não desobedeceu ao Senhor, nem demonstrou incredulidade; apenas foi previdente, embora confiante. Ele disse: “Hoje mesmo o Senhor te entregará na minha mão” com convicção da ação de Deus em abater o combatente filisteu. Mas, previdentemente tomou para si mais de uma pedra, pois havia o escudeiro do desafiante, poderia haver algum problema e ele (Davi) errar a primeira pedrada, ou não ser ela suficiente para derrubar alguém de tão avantajado físico. Assim, o que leio é a boa lição da previdência pela qual devo tomar cuidados próprios e adequados para não gerar uma situação de “tentar a Deus” com atos descabidos e inconsequentes. É preciso “reforçar as trancas das portas” muitas vezes, embora saibamos que se “o Senhor não guardar a cidade em vão vigia a sentinela”. Em tempos de crise (como enfrentado por Davi) a confiança no Senhor deve estar aliada à nossa previdência sem tomarmos atitudes impróprias e inadequadas, baseados apenas na premissa de que “Deus toma conta”. Leve cinco pedras, mesmo que precise usar, no momento, apenas uma.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 1 de novembro de 2015

LEMBRANÇAS E SAUDADES

ANO LXXIII - Domingo, 01 de novembro de 2015 - Nº 3653

LEMBRANÇAS E SAUDADES

Mais uma vez se avizinha o feriado chamado de “Finados” devido à lembrança com relação aos mortos e as homenagens que lhes são prestadas. Os cemitérios ficam cheios de parentes daqueles que ali estão sepultados. As floriculturas e vendedores ambulantes faturam bastante na exploração de tal sentimento com a venda de flores; igrejas se mobilizam para levar folhetos (alguns de conteúdo questionável no contexto) de caráter ou de expressão de consolo e alento e distribuí-los entre os que ali se encontram homenageando seus mortos.

Claro que os sentimentos ali manifestos são de tristeza pela perda e de saudade pela ausência, com mescla de lembranças boas e agradáveis dos momentos que viveram juntos com alegria e paz, desfrutando da companhia uns dos outros. Agora os vínculos são mantidos apenas na memória e na esfera da recordação, visto que a presença física se torna impossível pela imposição feita pela atuação inexorável da morte, trazendo consigo o peso esmagador do sentimento de saudade e tristeza por não mais estarem aqui.

Não sou muito dado a fazer isso, confesso. Tenho meus pais já falecidos, sogro e sogra, uma de minhas irmãs recentemente falecida e outros familiares (não tão próximos) na mesma situação, mas não os “visito” nas necrópoles onde estão sepultados. Minha homenagem lhes é prestada no recesso do coração. Pude tratá-los com carinho, amor e apreço durante a vida, e agora já não podem mais receber flores (poderiam enquanto vivos – isso foi feito?) ou qualquer outra forma de homenagem da qual participem e a qual possam efetivamente responder. Não deixem para oferecer flores a seus familiares depois que morrerem no “Dia de Finados”, façam isso durante o “Dia dos Viventes”, que é hoje; nesse tempo em que estão juntos, caminhando lado a lado, sofrendo as dificuldades juntos, experimentando as alegrias juntos, assentados juntos para desfrutar das refeições. Agora é tempo e é hora de celebrar junto deles e com eles, já depois (no “Dia de Finados”) só haverá lembranças e saudades.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 25 de outubro de 2015

LUTA CONSTANTE

ANO LXXIII - Domingo, 25 de outubro de 2015 - Nº 3652

LUTA CONSTANTE

“[...] cansados, mas ainda lutando.” (Juízes 8: 4).

O texto acima se refere à ação de Gideão e seus 300 combatentes nos tempos dos juízes de Israel. Dias confusos aqueles, quando as pessoas faziam o que julgavam melhor e isso gerou anarquia e desordem (21:25). Tal circunstância acabou por fazer brotar a necessidade de reformas profundas e radicais na vida do povo de Israel, vindo a ser estabelecida a monarquia com objetivo de resolver o problema. Mas, a questão não era política ou administrativa; era de caráter espiritual. Coração endurecido, cerviz dura e falta de temor ao Senhor, desviando-se da presença e dos preceitos de Deus expressos em sua palavra. Assim, podemos ver nas Escrituras que a sequência na história de Israel foi feita de reformas de cunho espiritual, as quais alcançaram as esferas políticas, sociais e administrativas.

No século XVI ocorreu (dia 31 de outubro) a eclosão do movimento reformista religioso, conhecido como Reforma Protestante. A história não era muito diferente da dos dias de Israel no passado. Embora tivessem conhecimento da vontade revelada de Deus em Sua Palavra, o povo se afastou dos ensinos das Escrituras e a vida tornou-se dissoluta e a religiosidade supersticiosa e formal, distanciada dos ideais cristãos estabelecidos pelo Senhor Jesus.

Esse movimento (não perfeito e nem de perfeição) visou reformar a estrutura religiosa de então, fazendo voltar aos ensinos da Bíblia e simplicidade da fé cristã, com dependência exclusiva da fé em Cristo e em seu sacrifício para a salvação da pessoa e transformação moral da vida. Tal proposta atingia frontalmente o “status quo” religioso de então, sendo a reação ao movimento violenta e virulenta. Apesar disso “[...] cansados, mas ainda lutando” os reformadores seguiram em frente em seu propósito de restaurar a Igreja.

Seu legado nos foi passado. Infelizmente no berço deste movimento (Europa) pode-se ver hoje uma necessidade de nova Reforma, trazendo o povo de novo à fé em Cristo e vida de conformidade com as Escrituras, uma vez que o secularismo e a indiferença assumiram os corações e dominaram as mentes em sua grande maioria. E entre nós? Temos crescido, mas e a qualidade, o impacto social positivo, e as mudanças estruturais da sociedade? Talvez estejamos um pouco cansados. É possível, mas é imperativo que mesmo cansados, ainda continuemos lutando. Filhos e herdeiros da fé reformada que somos não podemos desanimar. Sigamos em frente levantando bem alto o “pendão real” de nosso Salvador, Senhor e Deus; apesar de cansados, mas ainda lutando.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 18 de outubro de 2015

NÃO OUVIR CONSELHOS

ANO LXXIII - Domingo, 18 de outubro de 2015 - Nº 3651

NÃO OUVIR CONSELHOS
“[...] e não pediram conselho ao Senhor.” (Josué 9: 14).

Cresci no interior de Minas Gerais ouvindo essa afirmativa: “Quem não ouve conselho; ouve coitado”. Custei um pouco a entender o sentido (era muito novo) e a frase não tinha muito significado para mim. Mas, amadurecendo um pouco entendi claramente. Se você recusa a orientação adequada e sábia, certamente ouvirá um lamento mais tarde.

O texto extraído do livro atribuído a Josué nos fala da experiência do povo de Israel logo no início da conquista da terra de Canaã, quando os israelitas foram ludibriados ou iludidos pelos gibeonitas em um estratagema destes últimos, para verem-se livres da ação destruidora dos exércitos de Israel. A simulação foi feita e os israelitas foram enganados. Qual o motivo de tal fracasso? Não pediram conselho ao Senhor.

Claro; os nossos tempos são diferentes daqueles da conquista de Canaã. Mas, devemos ter o cuidado para não fracassarmos como o povo de Israel naqueles dias. Devemos buscar o conselho do Senhor, ouvir sua voz e orientação e acatá-los. Hoje o Senhor já não nos fala diretamente (de forma costumeira), mas usa Sua Palavra para nos orientar. O grande problema é que não queremos dar-lhe ouvidos, não buscamos escutar dali seus conselhos e o resultado é trágico. O Senhor nos orienta e nos aconselha por meio de circunstâncias e pessoas fiéis, dando-nos sinalização de seu querer e melhor vontade para nós. Novamente preferimos não ouvir e julgar que somos muito mais sábios e hábeis. Na maioria das vezes nos damos mal. A Bíblia afirma que na “multidão de conselheiros há segurança...” (Pv.11:14), sendo sábio de nossa parte dar-lhes ouvido. Evidente que não se trata de qualquer conselho ou conselheiro, mas em consonância com as Escrituras Sagradas cristãs, isto é, de conformidade com os princípios estabelecidos por Deus em Sua Palavra escrita.

Não seja como os israelitas no passado que deixaram de ouvir o conselho do Senhor, por julgarem-se autossuficientes em sua “análise da situação”, colhendo, por isso, fruto tão triste. Ouça o Senhor e seus conselhos, escute o Senhor pela Sua Palavra acertando com a vontade de Deus que é “boa, perfeita e agradável” (Romanos 12: 2), ou ouvirá mais tarde: “coitado”.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 11 de outubro de 2015

DIA DAS CRIANÇAS


ANO LXXIII - Domingo, 11 de outubro de 2015 - Nº 3650

DIA DAS CRIANÇAS

Amanhã teremos a comemoração do Dia das Crianças, data tão esperada pelas crianças (claro), mas, também, pelos comerciantes que uma vez mais promovem, à custa das emoções e sentimentos dos adultos, um verdadeiro festival de exploração de tal filão em seu segmento de mercado. Enfim, é a roda da Fortuna girando.

Ocupou parte dos noticiários no Brasil (e no mundo) certa ocorrência nos Estados Unidos da América do Norte, envolvendo duas crianças, um menino de onze anos e uma menina de oito, tendo aquele disparado friamente com uma carabina contra a menina, matando-a com tiro no peito. Não foi acidente, foi intencional. Ficamos chocados com isso. Perguntamo-nos como pode acontecer algo desse porte? O acesso tão fácil a arma de fogo por uma criança; a irresponsabilidade do pai em deixar ao alcance de um menino arma tão letal; a ação tão violenta de uma criança pelo fato de lhe ter sido negado ver (brincar) o cachorro de propriedade da menina. Ficamos a questionar que isso não acontece só no Brasil; violência praticada por e contra a criança. Claro que não. Essa é, em certo modo, manifestação da natureza humana decaída. Os dois não irão mais celebrar ou se alegrar no Dia das Crianças. A menina está morta, o garoto será julgado por assassinato e, talvez, pegue mais de 30 anos de prisão.

Por aqui penso que as crianças brasileiras merecem bem mais do que meros brinquedos que se estragam e se deterioram pelo uso e pelo tempo. Mais do que tais “mimos” elas necessitam (no recesso do lar) presença significativa dos pais com carinho, afeto e cuidado. Mais do que meros artefatos (alegram e têm sua importância) necessitam que o Estado cumpra seu papel constitucional e institucional promovendo-lhes educação, saúde, lazer e segurança com qualidade, permitindo-lhes vivência equânime de oportunidades, com garantias mínimas de respeito à vida e à cidadania. Nesse Dia das Crianças meu desejo é que as famílias possam oferecer às crianças o presente mais significativo que é o coração, o amor; enquanto o Estado deixe de malversar o erário, dilapidando, em projetos pessoais e de poder, o dinheiro público arrecadado a custo de muito empenho e trabalho do povo brasileiro. Espero que tenhamos no Brasil o Dia das Crianças cada vez mais feliz e mesmo triste com milhões de crianças abandonadas à miséria e ao descaso nesse Brasil. Deus tenha misericórdia.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 4 de outubro de 2015

CRISE E MISSÕES

ANO LXXIII - Domingo, 04 de outubro de 2015 - Nº 3649

CRISE E MISSÕES

O povo brasileiro está dentro de uma grande turbulência de caráter político, econômico e financeiro, a qual alguns insistiram em chamar (faz algum tempo) de “marolinha”. Pois é, essa “marola” tornou-se um vagalhão e tem trazido muita dificuldade a todos nós, seja de uma forma ou de outra, quer por perder o emprego, diminuir os ganhos ou mesmo operar no vermelho, a diminuição de clientes e do poder de compra, inflação gerando aumento de preços, enfim, um turbilhão tremendo.

Essa crise (alguns dizem que crise é bom, pois gera abertura para empreendimentos, exercita a criatividade, etc. Será?) não é uma realidade a atingir apenas a nós que estamos aqui no Brasil, mas tem, também, atingido, em cheio, nossos missionários que atuam fora de nossas fronteiras, sobretudo os que têm alguma vinculação com a flutuação do câmbio, ou o preço do dólar. Desde o início do ano até agora houve uma situação de perda de 45% do valor de sustento em média. Isso por alguns fatores: primeiro pelo fato do valor em si, ou seja, o valor do dólar frente ao real subiu esse tanto, o que faz com que os missionários que tinham suas ofertas em reais convertidas em dólares sofram tal perda. O segundo ocorre devido aos mantenedores. Arrochados pelos apertos vividos aqui, diminuem ou param de contribuir com o missionário, o que faz minguar ainda mais seu sustento nos campos. Isso gera uma situação em que alguns já têm deixado o campo e voltado ao Brasil; outros suportam as dificuldades, mas apelam para que os mantenedores não diminuam ou interrompam as contribuições e suportam as necessidades.

Muitas vezes não percebemos que esses movimentos aqui em nosso país atingem de forma direta nossos irmãos nos campos missionários. Nossa tendência em momentos como os vividos atualmente no Brasil é interrompermos nosso investimento no Reino de Deus. Os cortes não são relativos ao nosso conforto e comodidade, mas ao reino de Deus. A Igreja também corre esse risco. Talvez precisemos diminuir um pouco nossas comodidades, a fim de continuarmos dando suporte e sustento aos nossos missionários, sobretudo fora do Brasil na divulgação do Evangelho e expansão do reino dos Céus. O tempo é de economia, cortes e restrições, mas não deixemos de investir no melhor segmento, ou seja, o Reino de Deus, onde a traça não come, a ferrugem não corrói e os ladrões não roubam.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 27 de setembro de 2015

PROFETA ELIAS E A VIÚVA

ANO LXXIII - Domingo, 27 de setembro de 2015 - Nº 3648

PROFETA ELIAS E A VIÚVA

Um dia veio ter à nossa igreja uma senhora bastante idosa humildemente vestida. Cercada de pessoas bem trajadas ela estava ali para entregar sua pequenina oferta. Talvez fosse o caso de dizer-lhe: “Minha senhora, acho que a senhora precisa muito mais desse dinheiro do que a igreja. Por que não fica com ele?” Mas não disse nada disso porque, como o profeta Elias, sei de certas coisas que muita gente não sabe. Eis a explicação do profeta: “Elias lhe disse: Não temas; vai e faze o que disseste; mas primeiro faze dele para mim um bolo pequeno, traze-mo aqui fora; depois farás para ti mesma e para teu filho. Porque assim diz o Senhor Deus de Israel: A farinha da tua panela não se acabará e o azeite da tua botija não faltará, até o dia em que o Senhor fará chover sobre a terra”. (1 Reis 17: 13,14).

Ficou rica aquela viúva por obedecer ao profeta? Absolutamente não. Ela se tornou próspera. Durante a crise de fome provocada pela seca, quando a terra não produzia fruto, verdura ou cereal, sua panela foi a fonte inesgotável de farinha, e a botija, fonte inesgotável de azeite. Ela nunca mais passou necessidade: tornou-se próspera.

Há pessoas bastante zangadas ou decepcionadas com Deus, pois, apesar de dizimistas, nunca se tornaram ricas. Como puderam imaginar tal absurdo? Porventura garante Deus que seremos ricos ou milionários? Nunca! O que Ele promete é prosperidade, coisa bem diferente: ausência de necessidade; a provisão milagrosa de tudo quanto precisamos para viver.

(Texto do livro: Dinheiro: assunto altamente espiritual, do bispo Roberto McAlister)

domingo, 20 de setembro de 2015

A IGREJA CRESCE NO IRAQUE

ANO LXXIII - Domingo, 20 de setembro de 2015 - Nº 3647

A IGREJA CRESCE NO IRAQUE

Estes últimos anos não estão sendo fáceis para muitos iraquianos, curdos e sírios. Eles sofreram e estão sofrendo enormes perdas com a invasão e perseguição por parte do grupo radical islâmico Isis. Porém, em meio a tanto sofrimento, tivemos nossa fé renovada e a certeza de que o Senhor está no controle.

Também em detrimento das guerras, tivemos a oportunidade de servir e ajudar a mais de 500 refugiados com jantar, café da manhã, leite, água potável, remédios dos mais variados, fraldas descartáveis, tênis, meias, cobertores, ventiladores e com a construção de dois cômodos de 5x4 para uma família de refugiados curdos da Síria, que hoje servem ao Senhor. Só pudemos realizar tudo isso com o apoio dos nossos parceiros e amigos que, mui generosamente, ofertaram para essa ação solidária aos refugiados da Guerra do Iraque.

Cristãos em geral que eram apenas nominais agora estão se aproximando do Senhor de tal forma que os templos das igrejas cristãs têm sido mais frequentados. Penso que esse fenômeno nunca tenha acontecido na história dessa região.

Temos vivido um tempo de conflito e insegurança, mas também estamos encontrando portas abertas para compartilhar a Palavra de Deus e o Seu amor como nunca antes. A exemplo disso, um jovem, que estuda na escola onde A* trabalha, veio até a biblioteca e perguntou se o cristianismo aceitava pessoas vindas de outras religiões. A*, muito sabiamente, respondeu que sim, se a pessoa confessar a Jesus como Senhor e Salvador. O convidei para vir a minha casa e ele, de joelhos, confessou a Cristo Jesus como Senhor e Salvador da sua vida.

Percebemos que é justamente em meio às muitas necessidades que surgem também muitas oportunidades de servir a Deus, servindo ao nosso próximo e mostrando o amor de Deus e o Evangelho de forma prática.

Quero deixar bem claro e conscientizar a todos que todo o ministério desenvolvido aqui no Iraque o fazemos representando, obviamente, o reino de Deus, mas não podemos esquecer que estamos debaixo de uma organização que tem uma denominação, a IPB ( Igreja Presb. do Brasil). Então, entendo que, como pastor e missionário da denominação, através da APMT, o que estamos fazendo aqui consiste em sermos um braço da própria IPB que atua nessa região do mundo, testemunhando do Evangelho do Senhor Jesus Cristo.

Artigo do missionário G.C da APMT

Revista Alcance – APMT – 2º trim. 15

domingo, 13 de setembro de 2015

DEPENDÊNCIA E VIDA!

ANO LXXIII - Domingo, 13 de setembro de 2015 - Nº 3646

DEPENDÊNCIA E VIDA!
(Deuteronômio 30.19-20)

No último fim de semana e início desta, estivemos com cerca de 60 adolescentes em nosso amado Recanto por ocasião do Acampa Upa 2015 que teve como tema ‘Independência e Morte!’, por meio do qual tivemos a oportunidade ímpar de refletir a respeito de nossa Dependência do Deus Vivo que nos propõe e nos confere a verdadeira Vida. Sim, Vida Eterna!

Como sempre, desfrutamos de dias maravilhosos permeados de muita comunhão uns com os outros como Corpo de Cristo e principalmente com o Próprio Cristo, quem nos garantiu por meio de seu brado ‘Está consumado!’ nossa independência da opressão do pecado, contra o qual lutaremos até o fim de nossos dias nesta realidade temporal em que vivemos. Aliás, a conquista vitoriosa do Senhor Jesus a nosso favor, nos tornou independentes de nós mesmos para gozarmos da plena liberdade n’Ele!

Paremos para pensar: ‘Será que nosso povo carrega em seu peito o sentimento de uma nação realmente autônoma e independente?’ A herança cultural (corrupção, ‘jeitinho brasileiro’) e a herança religiosa (sincretismo religioso) pintaram e ainda pintam um quadro desalentador de um país que supostamente se diz Cristão, mas que na prática, vive longe da boa, agradável e perfeita vontade de Deus! Ainda assim, muitos depositam sua crença em asseverações como: ‘Deus é Brasileiro!’ e ‘Todos os caminhos levam a Deus!’

Lembremo-nos do próprio povo de Israel que, enquanto viveu a Teocracia (Deus governando seu povo) desfrutou de constante paz e proteção Divina. Continuaram gozando de tal proteção, mas passaram a enfrentar tempos muito mais difíceis e de maior sofrimento, tendo de enfrentar diversas guerras quando desejaram ter um rei (monarquia) e quando passaram por períodos, como o dos juízes (praticamente uma anarquia). Como bem registrou o salmista: “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor e o povo que Ele escolheu para sua herança!” (Sl. 33.12)

No plano espiritual, como igreja, Corpo de Cristo e, sobretudo individualmente, Independência É morte! Portanto, nossa total e exclusiva DEPENDÊNCIA do Senhor é uma questão de Vida ou Morte e uma proposta Divina irrecusável e irresistível para aqueles a quem Ele mesmo escolheu para sua herança desde a eternidade e para a eternidade!

Rev. Otniel Tavares Barbosa

domingo, 6 de setembro de 2015

MÃOS VAZIAS?

ANO LXXIII - Domingo, 06 de setembro de 2015 - Nº 3645

MÃOS VAZIAS?
“... Ninguém aparecerá diante de mim de mãos vazias.” (Êxodo 34: 20)

O texto acima está ligado à construção do tabernáculo e seus utensílios quando da peregrinação do povo de Israel pelo deserto em demanda à Canaã prometida. O povo fora exortado a contribuir e assim fez. A liberalidade chegou a tal ponto e as ofertas foram tão abundantes que o povo foi “proibido de trazer mais” (36:6).

Claro que se trata de um momento específico e determinado na história de Israel. No entanto, o princípio presente no episódio deve ser norteador em nossa vida de adoração e louvor ao Senhor, ou seja, a liberalidade na contribuição. A expressão “não comparecer de mãos vazias diante do Senhor” não pode ser confundida com a situação de salvação, ou seja, quando devemos estar diante do Senhor com nossas mãos vazias, isto é, sem qualquer noção de mérito pessoal, obra individual ou dignidade própria.

Você tem comparecido diante do Senhor com suas mãos vazias? Pense bem e analise com cuidado. Seu modo de vida cristã tem levado em conta esse aspecto? Claro que estamos em momento sério de crise econômica, risco ou efetivação de desemprego e outros aspectos inquietantes. Porém, é motivo para você comparecer diante de Deus “de mãos vazias”? O exercício da disciplina da contribuição demonstra nossa fidelidade a Deus e gratidão a Ele. Claro que ninguém (penso que nem o próprio Deus) espera que você deixe de se alimentar e à sua família para ofertar ao Senhor. Mas, tenho certeza de que Ele não deixará seu ato de fé e honra ao Nome DEle caírem no vazio. Haverá, certamente, de honrar aos que O honram com tal fidelidade.

Não deixe de comparecer diante do Senhor com sua oferta ou contribuição. Exercite esse privilégio e usufrua tal benefício, pois o Senhor se agrada dos que assim fazem, honrando-O com seus bens. De mãos vazias? Espero que não!

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 30 de agosto de 2015

É DIFÍCIL VIVER POR ELE!

ANO LXXIII - Domingo, 30 de agosto de 2015 - Nº 3644

É DIFÍCIL VIVER POR ELE!

“Se o mundo quer nos chamar de tolos, e nos perseguir, que o faça. É apenas por um pouco. O dia da coroação está chegando. Graças a Deus pelo privilégio que temos de confessar a Cristo!”, Dwight Lyman Moody (1837-1899)

Jesus era a última pessoa que interessava a Sundar Singh, um adolescente indiano, em pleno século 20. Afinal, Jesus era o “deus estrangeiro” dos professores cristãos de sua escola. Sundar era sique (religião que mescla islamismo e hinduísmo) e rasgara parte de uma Bíblia para protestar.

Uma noite, enquanto rezava do seu jeito, ele percebeu uma luz brilhante dentro do seu quarto. Ele olhou pela janela para ver de onde vinha aquela luz. Foi nesse instante que Sundar teve um encontro muito especial com Jesus.

Ao compartilhar o ocorrido com sua família, o rapaz foi expulso de casa apenas com a roupa do corpo e um par de sandálias. Incompreendido por aqueles a quem amava, agora, ele também era perseguido pela comunidade e recusado aonde quer que fosse.

Sundar continuou a ler a Palavra de Deus. Isso lhe deu forças para não desanimar durante aqueles dias tão difíceis. Um mês depois de ser batizado, em 1905, o jovem fez a seguinte oração: “Senhor, ajuda-me a viver de modo digno de ser chamado discípulo de Cristo”. Ele, então, doou seus poucos pertences, vestiu uma túnica e saiu para evangelizar.

O jovem cristão ficou conhecido como o “apóstolo dos pés que sangram”, pois as solas de seus pés ficavam cheias de bolhas de tanto caminhar. Em toda a sua vida, ele dependeu totalmente de Deus. Suas necessidades foram supridas pela família da fé.

Sundar Singh foi o primeiro missionário que atravessou as montanhas do Himalaia para levar o evangelho ao Nepal e Tibet. Aos 36 anos, fez sua última viagem para as montanhas e nunca mais voltou. Em seu diário, estava escrito: “è fácil morrer por Cristo, mas é difícil viver por Ele”.

Paul Estabrooks
Trecho do livro “Permanecendo firme através da tempestade”

domingo, 23 de agosto de 2015

DE DOZE EM DOZE

ANO LXXIII - Domingo, 23 de agosto de 2015 - Nº 3643

DE DOZE EM DOZE

“Desde 1995, Portas Abertas acompanha o desenvolvimento espiritual e as necessidades da igreja vietnamita, Seu primeiro projeto no país foi um curso bíblico para os líderes cristãos em regiões tribais, chamado Seminário Galileia.

Trata-se de um curso itinerante ministrado em diversas regiões do país por ex-alunos. Cada turma possui, no máximo doze alunos, para não chamar atenção. As aulas acontecem de noite, em casas, e tanto alunos como professores entram de fininho no local.

Assim, doze em doze, a cada ano são treinados mais de mil cristãos tribais do Vietnã. Cada um deles, por sua vez, repassa o conteúdo que aprendeu a outros irmãos de sua igreja. Desde 1995, mais de 300 igrejas foram plantadas por ex-alunos do Sem. Galileia em todo o país.

Um desses alunos é o pastor Huu (edição de janeiro da Revista Portas Abertas). Ele se formou na primeira turma e usa o curso até hoje em sua igreja. Huu diz que o seminário ajudou sua igreja a crescer espiritualmente. “Tudo o que os membros de nossa igreja fazem está baseado no que aprenderam sobre Cristo com o Seminário. É o nosso fundamento. Meu sonho é abrir uma escola de verdade aqui, para ensinar as lições do Sem. Galileia. Não apenas uma classe, mas várias turmas estudando ao mesmo tempo”.

Atualmente, no fundo da casa de Huu há um casebre de madeira que acomoda os cultos da sua igreja e turmas do Seminário.

Ele, que já foi preso duas vezes por causa de sua fé em Cristo, sabe que é o conhecimento da Palavra – as promessas, as ordenanças e os ensinamentos de Deus – que mantém um cristão firme perante os momentos decisivos da vida, seja numa prisão, seja numa celebração de ano novo com a família.

Para Huu, isso é tão importante que ele e sua esposa têm treinado irmãos que vivem no Camboja, um país vizinho. “Eles vêm uma vez por semana para ter as aulas. O transporte é muito difícil. Alguns vêm de bicicleta, pedalam cerca de 100 km para chegar até aqui. Ore pela proteção e pela saúde deles”, pede Nguyet, esposa de Huu.

O pedido que Huu e seus irmãos fazem hoje não é pelo fim da perseguição nem pelo reconhecimento do cristianismo por parte do governo. O que desejam é uma Igreja firme em suas convicções, incapaz de ser abalada por tradições ou ameaças.

Você consegue imaginar que impacto uma igreja dessa pode ter na sociedade?

Portas Abertas

domingo, 16 de agosto de 2015

O EVANGELHO DE JESUS DE NAZARÉ

ANO LXXIII - Domingo, 16 de agosto de 2015 - Nº 3642

Nesse mês de missões teremos alguns artigos sobre o tema. O texto de hoje é do Rev. Abelardo Nogueira, que liderou uma viagem missionária ao Sergipe.

“O EVANGELHO DE JESUS DE NAZARÉ”

Voltei de uma semana de viagem ao Nordeste. Sergipe, onde temos trabalhos há muitos anos. No total, são sete congregações Presbiterianas, que nestes anos todos alcançaram muitas almas.

Porém, venho desta viagem, muito incomodado, ao ver que os conceitos do verdadeiro Evangelho, são deixados de lado, e as pessoas se preocupam apenas com uma religião que escraviza, aliena e não dá muita ou nenhuma esperança para esta vida, e muito menos dá a alegria da Igreja de Deus, que é a Igreja de partilha, de comunhão e libertação.

Observo muito as coisas, e na volta desta viagem, notei que há muitas Igrejas, mas poucas com entendimento teológico, que pregam religião da forma mais desumana possível. Conversei no sul da Bahia, com uma jovem senhora, com quatro filhos, um de cada pai diferente. Ela me relatou que foi da Assembleia de Deus, mas que saiu, porque a doutrina, segundo ela era muito rígida, que não podia usar determinadas roupas, cortar cabelo, entre outras coisas. Isto para ela era doutrina, me perguntou qual era a doutrina da minha igreja. Cheguei à conclusão que o Evangelho no Brasil, está muito longe de comemorar a fase de crescimento, muito pelo contrário, voltei preocupado em saber o quanto temos que fazer ainda no Reino e pelo Reino. A crise religiosa lá, não é de hoje, apesar de tantas Igrejas Evangélicas. O Evangelho não está sendo pregado como deveria.

A crise por aqui no Sudeste é outra. Aqui a crise passa pela inércia, acomodação, frieza, pela sofisticação teológica, por toda insensibilidade humana, por uma Igreja que se fecha, e não está nem aí para a pregação genuína que gere vida e vida em abundância em Jesus Cristo. O Evangelho no Brasil, só será efetivamente eficaz, se voltarmos às verdades comprometedoras de Jesus, em favor do sofrimento humano. A Nossa Missão, está de portas abertas, a quem queira conhecer um pouco e experimentar um outro lado do Evangelho, junto a caminhoneiros, prostitutas, comunidades carentes, e moradores de rua de São Paulo. Estamos aqui prontos para agregar quem está cansado de uma religiosidade medíocre, sem vida e sem GRAÇA. Somos imperfeitos, em tudo, mas estamos vivendo um pouco daquilo que chamam de missão, uns chamam de integral, outros sei lá do que, mas estamos tentando viver. Precisamos de pessoas que queiram dedicar alguns dias do ano, na criação de cooperativas, evangelismo, modelos de geração de renda, prevenção, entre outros desafios.

Desafios que envolvam você, que sempre esperou por uma oportunidade para viver a experiência de doação e amor. Visite nosso site e entre em contato conosco (www.nossamissao.com.br).

Rev. Abelardo Nogueira Junior

domingo, 9 de agosto de 2015

PARABÉNS PAPAIS

ANO LXXIII - Domingo, 09 de agosto de 2015 - Nº 3641

PARABÉNS PAPAIS

É possível encontrar indicações de que o Dia dos Pais surgiu na Babilônia, há mais de 4 mil anos atrás. Certo jovem por nome Elmesu confeccionou um cartão de argila para seu pai, desejando-lhe sorte, saúde e vida longa e feliz. Já com registros mais recentes, nos Estados Unidos, no ano de 1909 a jovem Sonora Louise Smart Dodd homenageou seu pai em determinado dia por causa da admiração que sentia por ele, cujo nome era William Jackson Smart. O dia escolhido e instituído foi o do aniversário dele, ou seja, 19 de junho. Houve grande interesse pela data e a celebração logo se estendeu ao estado onde morava a jovem (Washington) e por todos os Estados Unidos da América do Norte. A “oficialização” do dia dos pais se deu em 1972, por Richard Nixon.

Em terras brasileiras indica-se o publicitário Sylvio Bhering como responsável pela implantação de tal dia em 1953, com a data ligada ao aniversário de seu pai. Tanto lá como aqui a data passou a ter caráter comercial e com a comum exploração por esse segmento da vida econômica do país.

Mesmo com a comercialização evidente, não podemos esquecer o fato da necessidade de homenagearmos a figura paterna. Claro que há muitos que aviltam tal figura com uma postura distorcida e corrompida da paternidade. Há pessoas que apresentam dificuldade em dirigir-se a Deus como Pai, devido ao fato de que a figura paterna que têm é de um “monstro”, sendo violento, intemperante, abusador, péssimo marido, corrupto, beberrão e outros comportamentos igualmente reprováveis. Porém, o comum é que o pai seja aquele individuo que represente segurança, amparo, apoio, firmeza, uma espécie de porto seguro, como a figura bíblica mais comum aplicada a Deus, ou seja, a figura de Pai.

Nesse dia, caso você ainda o tenha e possa (esteja perto ou presente), dê um forte abraço em seu pai e um beijo carinhoso. Mande-lhe uma mensagem de estímulo e gratidão pela vida dele. Não é preciso presente, é preciso que você esteja presente.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 2 de agosto de 2015

CAMINHO NA TORMENTA E NA TEMPESTADE

ANO LXXIII - Domingo, 02 de agosto de 2015 - Nº 3640

CAMINHO NA TORMENTA E NA TEMPESTADE

“O Senhor é tardio em irar-se, mas grande em poder, e jamais inocenta o culpado; o Senhor tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés”. (Naum 1: 3)

O texto escrito pelo profeta Naum é, para nós, ainda hoje, de profundo significado e alento à nossa vida. Digo isso pelo fato de vivermos tempos de certa turbulência em nosso país devido a desmandos, corrupção e conduta administrativa imprópria quanto à Coisa Pública.

Mesmo estando em gozo de férias, pude dar uma entrevista na TV e outra na Rádio Globo em Juiz de Fora sobre imigração árabe e falar na quarta igreja presbiteriana sobre o mesmo tema em uma palestra. Estavam presentes duas famílias de refugiados, sendo uma da Síria e a outra do Iraque (Curdos). Estas famílias estão sendo amparadas pela quarta e primeira igrejas presbiterianas de Juiz de Fora, com apoio de moradia, língua e trabalho. Ouvi-los foi desafiador para mim. Saber que irmãos nossos estão sendo degolados em frente a seus filhos e estes diante de seus pais; outros sendo crucificados e tudo por causa da fé em Cristo. É possível em muitos lugares encontrar partes de corpos (inclusive cabeças) pelas ruas, escassez extrema de víveres, falta de qualquer forma de auxílio médico hospitalar, entre outros flagelos. No entanto, a afirmação deles é de que a Igreja de Cristo permanece lá, e continua auxiliando os mais necessitados, compartilhando o amor de Cristo e Sua graça, bem como algum pouco que possam ainda ter consigo. Tem havido conversões graças ao testemunho de amor, misericórdia e fé, mesmo em meio a tanto sofrimento, drama e aflição.

A aplicação do dito profético é uma verdade na vida daqueles nossos irmãos, como em muitos de nós. O Senhor, de fato, tem o Seu caminho na tormenta e na tempestade. Bendito seja o Senhor por isso. Há tormentas e tempestades pessoais (doenças, enfermidades, perdas, acidentes, desemprego), bem como as coletivas e sociais. Seja nestas ou naquelas, louvado seja o Senhor, pois Ele tem nelas o Seu caminho e vai conosco, nos suporta e ampara. Nas borrascas, intempéries e procelas nós não estamos sozinhos, conosco está o Senhor soberano e amorável redentor. Bendito seja Ele.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 26 de julho de 2015

ESCOLHAS

ANO LXXIII - Domingo, 26 de julho de 2015 - Nº 3639

ESCOLHAS

Poder escolher é um grande privilégio que Deus nos concedeu e bem ou mal fazemos milhares de escolhas diariamente e como ouvi recentemente, “fazer escolhas é escolher aquilo que é prioridade” seja ela boa ou má. Só nós, seres humanos, possuímos o poder da escolha, os animais não possuem, eles são guiados exclusivamente por seus instintos e por mais livres que sejam, certamente são mais presos do que nós, porque não possuem o poder de escolher.

Escolher é avaliar. Avaliação que sempre vem como uma grande balança que é abastecida de um lado o peso do conhecimento e do outro o peso da emoção e quando essas duas cargas são colocadas diante da balança, nós temos ao menos a consciência de saber que tipo de escolhas estamos fazendo.

Saber escolher é um grande desafio, maior desafio ainda é saber fazer a melhor escolha. Ao longo das histórias bíblicas as escolhas estavam presentes e percebemos pessoas que fizeram boas e péssimas escolhas, por exemplo Davi, quando escolheu enfrentar Golias, quem diria, a melhor escolha. Esse mesmo Davi, agora Rei, escolhe deitar-se com a mulher de seu fiel soldado, Urias, uma péssima escolha. A personagem é a mesma, mas em momentos bem distintos que revelam a presença e a Temor de Deus nessas escolhas.

O Temor de Deus é o grande indicador para as nossas escolhas, pois ele me livra das minhas preferências e gostos e me remete a um valor maior, que é agradar ao meu Deus. Por isso o escritor de provérbios diz “Feliz o homem constante no temor de Deus; mas o que endurece o coração cairá no mal” Pv. 28.14.

Em tempos de escolhas, devemos sim levar em consideração as evidências, os frutos e até mesmo minhas predileções, mas sem jamais deixar de lado o Temor ao Senhor.

“Ao homem que teme ao SENHOR, ele o instruirá no caminho que deve escolher”. Sl. 25.12

Rev. Gustavo Bacha

domingo, 19 de julho de 2015

CRISE

ANO LXXIII - Domingo, 19 de julho de 2015 - Nº 3638

CRISE

Essa parece ser uma das palavras que se encontra no topo da onda, ou seja, está em altíssima evidência. Isso se aplica tanto ao cenário brasileiro quanto ao internacional. Em nossa situação intramuros vemos a dificuldade econômica (crise no setor de produção), o caótico estado político onde não há entendimento ou acerto entre os nossos dirigentes, o crescente envolvimento de políticos e empresários nos escândalos de financiamento de campanhas eleitorais, superfaturamento de obras públicas e poderíamos aumentar em muito os itens. No cenário internacional vemos os conflitos na região do oriente Médio, em parte da Europa, a situação de imigração em massa (quase invasão) da Europa via Itália com a morte de centenas e milhares de imigrantes; a condição vexatória da Grécia com exposição de sua fragilidade, gerando temor em milhões de pessoas. A crise está presente.

No universo cristão pode-se ver, também, a manifestação de crises sérias. Nos EUA e Europa milhares (ou milhões) deixam as igrejas a cada ano com profunda decepção e como fruto da falta de fé. Denominações abrem sua legislação para reconhecimento de união de pessoas do mesmo sexo e, inclusive ordenação de pessoas que têm e vivem tal forma de opção sexual. Crise pela postura de dualidade de vida, ou seja, cristãos nominais que têm uma “vida dupla”, isto é, mantém a aparência no contexto da igreja, mas a vivência em casa com os familiares e na vida secular nega a sua profissão de fé. Crise em relação à assimilação de valores do “presente século” onde o sucesso e o “estrelismo” ligados à promoção pessoal e o prestígio individual ocupam o centro dos interesses.

A pergunta que se impõe é: que fazer; é possível alguma solução? A resposta é vista no testemunho das Escrituras de forma simples e direta: “Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo os seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar” (Isaías 55:7). Esse é o caminho proposto pelo próprio Deus. Devemos andar por tal caminho e orar para que os outros também entrem e sigam por ele, a fim de vermos superadas e afastadas as crises que vem assolando em nossos dias.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 12 de julho de 2015

COM AMOR, DO IRÃ

ANO LXXIII - Domingo, 12 de julho de 2015 - Nº 3637

COM AMOR, DO IRÃ

Em 2010, o pastor Behnam Irani foi detido por causa das suas atividades cristãs, e condenado a 6 anos de prisão. Ele enviou uma carta para a Missão Portas Abertas, publicada a seguir.

“Aqui é o pastor Behnam, do Irã”. Estou cumprindo minha pena de seis anos de prisão por causa de minha fé em Jesus Cristo, e por pregar sobre o Reino de Deus. È um grande privilégio com minha amada família em Jesus. Muitos companheiros de cela na prisão me perguntam por que estou pagando um preço tão alto por crer em Jesus Cristo. Eles querem saber por que eu não nego minha fé e volto para minha esposa e meus filhos. Então pergunto a mim mesmo qual foi o preço pago pelo Senhor a fim de me salvar e me transportar do reino das trevas para o reino da luz. A morte de Jesus Cristo na cruz, o sangue do Cordeiro de Deus! Sim, esse foi um alto preço. Assim, eu também sou capaz de preferir a prisão à liberdade. Decidir manter minha fé em nosso Senhor e continuar preso. Jesus disse: “Se você amar sua vida mais do que a mim, você não merece se meu discípulo”. (Mt10. 35)

Essas são as palavras do seu irmão Behnam, que tem passado por extrema pressão, e que já está preso há tantos anos. Quero encorajar você a compreender o valor da sua fé. Temos recebido a salvação de graça, mas lembre-se: ela não foi gratuita. Deus pagou por ela. Ele sacrificou seu amado Filho, Jesus Cristo. Lembre-se que há apenas um caminho para Deus, e Jesus nos falou dele: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim”. (Jo 14.06)

Conceda a Jesus acesso a todas as áreas da sua vida, e permita que Ele seja o Senhor de seu coração. Tente se tornar parecido com o Filho de Deus, Cristo Jesus, pensando e agindo com ele.

“Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”. (Gl 2.20)

Que Deus abençoe você. Amém.
Pastor Behnam Irani"
Extraído da Revista Portas Abertas Ano 33 nº 2

domingo, 5 de julho de 2015

IPVM EM MISSÕES

ANO LXXIII - Domingo, 05 de julho de 2015 - Nº 3636

IPVM EM MISSÕES

O mês de julho chega à IPVM com forte carga de atividade de caráter missionário. São, pelo menos, duas grandes programações envolvendo esse aspecto da vida de nossa igreja e, por conseguinte, nossa própria vida. Refiro-me à viagem missionária e à temporada de inverno.

A viagem missionária nesse ano será para o interior do estado de Goiás, onde uma equipe de membros da IPVM trabalhará levando a Boa Nova de Cristo a muitas vidas; além de oferecer consultas médicas, orientação psicológica, fisioterapia, tratamento e orientação dentários, projeção de filme evangelístico em praça pública, evangelismo de casa em casa, cultos nos lares e no templo da IPB local, bem como a atuação junto às crianças na Igreja e, à medida do possível, nas escolas. Sem dúvida é uma grande atividade desenvolvida pela IPVM onde abençoamos e somos abençoados. A Igreja está envolvida diretamente com os que vão, com os que contribuem financeiramente e com os que oram. Louvado seja o Senhor.

A outra atividade de caráter missionário e evangelístico é a realização de nossa temporada de inverno em nosso Recanto Presbiteriano, na cidade de Tietê. O início foi na sexta-feira, dia 26, quando cerca de 40 jovens foram para lá com o intuito de se prepararem para receber os acampantes que começaram a ir na quarta-feira, dia 1º, e retornaram ontem. Foram os da semana “p”, ou seja, os menores (crianças de 05 a 08 anos). Hoje seguem os integrantes da “m”, ou seja, os adolescentes de 09 a 12 anos. No domingo dia 12 irão os adolescentes de 13 a 17 anos, formando a “g”. Estão inscritos (ao todo) cerca de 300 participantes entre crianças e adolescentes. Será um tempo de instrução bíblica, orientação cristã, pregação da Palavra de Deus, condução à fé em Jesus como Salvador e Senhor, além de lazer, diversão e companheirismo. Os frutos têm sido muito visíveis em relação às nossas temporadas com dezenas de adolescentes tendo uma experiência de fé pessoal em Cristo e recebendo-O como redentor. Louvado seja Deus por tal atividade.

É a IPVM desenvolvendo sua vocação missionária e evangelística, realizando assim o mandado de Cristo de “pregar o Evangelho” e “fazer discípulos”. Estamos unidos nessa grande e maravilhosa tarefa, cumprindo a ordem de nosso Senhor e Mestre, de anunciar as Boas Novas da salvação que existe apenas no Nome de Cristo.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 28 de junho de 2015

O CRISTÃO NUMA SOCIEDADE DE CONSUMO

ANO LXXIII - Domingo, 28 de junho de 2015 - Nº 3635

O CRISTÃO NUMA SOCIEDADE DE CONSUMO

Com a revolução industrial o processo produtivo deixou de ser artesanal e passou a ser mecanizado e a produção passou a ser maior do que as pessoas estavam acostumadas a consumir. Formou-se então uma grande lacuna entre produção e consumo. E para preencher esta lacuna havia duas saídas: diminuir a produção ou estimular o consumo. A opção escolhida foi a segunda e assim nos tornamos uma sociedade de consumo. E a capacidade aquisitiva tornou-se gradualmente em fonte de prestígio e, consequentemente, na medida e no critério para se estabelecer o valor do indivíduo. Você agora é um consumidor, e o critério para se medir o valor e a importância de um consumidor é o seu poder aquisitivo. É isso que a sociedade de consumo crê e é isso que ela prega ainda que de maneira tácita. Toda vez que ligamos a televisão nós estamos sendo sutilmente ensinados a viver como adeptos desta filosofia da cultura consumista.

Todavia, Cristo ensinou que a vida de um homem não consiste na abundância de bens que ele possui (Lucas 12.15). Portanto, o discípulo de Cristo não mede o valor e a importância das pessoas pelo seu poder aquisitivo. Além disso, Paulo também fez a seguinte recomendação a Timóteo: “Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos” (1 Timóteo 6.17). O orgulho é aquele sentimento de ser melhor e mais importante do que os demais. Então, Paulo quer que os crentes ricos entendam que o fato de terem posses não faz deles pessoas melhores ou mais importantes do que os demais. Assim, tanto Paulo quanto Jesus Cristo desmentem a tese de que o valor da pessoa e a importância dela são diretamente proporcionais ao seu poder aquisitivo.

É claro que temos que consumir coisas para viver. Eu não estou dizendo também que você peca quando vai ao Shopping. Mas, como discípulo de Cristo você tem que rejeitar a tese de que o valor das pessoas depende do seu poder aquisitivo. Todas as vezes que você valoriza ou desvaloriza uma pessoa com base neste critério, você se torna um mundano e peca contra Deus. E no mo¬mento em que você começa a se sentir infeliz e abatido por causa de seu poder aquisitivo você começa a seguir o curso deste mundo. Como discípulo de Cristo você precisa aprender a viver contente em toda e qualquer situação (Filipenses 4.12,13).

Rev. Paulo Ribeiro Fontes

domingo, 21 de junho de 2015

SOB A LEI OU ACIMA DELA?

ANO LXXIII - Domingo, 21 de junho de 2015 - Nº 3634

SOB A LEI OU ACIMA DELA?

Vivemos no Brasil uma situação muito estranha e constrangedora no tocante à lei. Impressiona vermos que alguns não querem colocar-se sob o império e ditames da lei, mas pensam estar pairando serenamente acima dela, sendo criaturas excepcionais e, portanto, não sujeitáveis às determinações da lei, como os reles mortais. É constrangedor quando o presidente da Câmara dos Deputados se ira e fala de “perseguição” por parte do Procurador Geral da República, pelo fato de este ter apontado o nome daquele em certa situação de suspeita, devendo-se apurar e esclarecer as suspeitas. Outro caso emblemático é a revolta e o pronunciamento sobre a chamada do responsável pelo Instituto Lula para prestar esclarecimentos em investigação de mal uso de verbas. É visto como um absurdo a apuração de tais indicações, pois pode “macular” ou atingir a pessoa do ex-presidente Lula. Poderíamos alinhar outros casos para indicar a falsa ideia de alguns quanto a estarem acima da lei. Não estão. Ao contrário, estão igualmente debaixo da lei e devem responder perante ela.

Há, igualmente, pessoas que se imaginam acima da Lei do Senhor e pensam poder solucionar o seu problema, no que diz respeito ao pecado, por si mesmos, enganando-se e julgando estarem acima da lei e, portanto, fora de seu alcance. Ninguém está acima da Lei ou fora se seu império. A Bíblia é clara nesse ponto e ensina que não se pode fugir a tal fato, posto haver Deus encerrado tudo e todos sob a condenação do pecado. A Lei de Deus seja escrita no coração, ou registrada como revelação da vontade do Senhor, coloca e encerra a todos sob condenação, não havendo “nenhum justo, nenhum sequer”. Isso significa que a Lei é usada para nivelar a todas as pessoas, deixando patente que ninguém está acima dela.

Para a situação em nosso país é preciso entender a necessidade de se cumprir a lei, submeter-se a ela como cidadãos independentemente de qual posição tenhamos, a fim de nos vermos com “mãos limpas”. No universo do espírito, o que nos levará a ter “mãos limpas”, não é a observância da Lei, pois ninguém poderá “ser justificado pelas obras da Lei”, sendo impossível a qualquer um de nós cumprirmos todas as suas demandas; mas a nossa entrega a Jesus, recebendo-O como Salvador único e suficiente e Senhor de nossa vida, sendo purificados pelo Sangue de Jesus, o único a cumprir toda a Lei de Deus, para nos livrar da maldição e condenação operadas pela Lei. Louvado seja o Senhor Jesus Cristo.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 14 de junho de 2015

NÃO ACREDITO NO DIABO

ANO LXXIII - Domingo, 14 de junho de 2015 - Nº 3633

NÃO ACREDITO NO DIABO

Certamente a frase acima pode gerar muita polêmica no meio cristão evangélico (cuja tradição é crer e admitir a Bíblia como Palavra de Deus), por dar a entender tratar-se da não admissão da existência do mal personificado na pessoa do Diabo ou Satanás. No entanto, eu, mesmo crendo ser a Bíblia a Palavra de Deus, concordo com o fato de não podermos acreditar no Diabo.

Vejam como o falar e o escrever são importantes e podemos ser traídos em seu sentido, daí o cuidado quando falamos, escrevemos e ensinamos sobretudo em relação aos assuntos da fé. Não se diz, na frase acima, não crer na existência de tal ser ou pessoa. O que se fala é de não se dar crédito a ele, ou seja, não se pode nele confiar. Nesse sentido eu insisto: ‘não acredito no Diabo’. A Bíblia afirma que o Diabo é o “pai da mentira”, que ele “mente desde o princípio” e que “nunca se firmou na verdade”. Sendo assim, como posso eu dar cré- dito (acreditar) em tal individuo? Não acredito mesmo!!!

Crer ou acreditar podem significar, portanto, não apenas admissão de existência, mas confiabilidade. Ao aplicarmos isso ao Diabo, devemos manter e sustentar a verdade de que ele não é digno de nossa confiança, portanto, não acreditamos nele. Com relação ao Senhor nosso Deus e a Seu Filho Jesus Cristo, podemos dizer que, não apenas cremos em sua existência, mas, com toda segurança e convicção, acreditamos Nele e depositamos em Sua Pessoa nossa total confiança, pois Ele não pode mentir e jamais deixará de cumprir o que nos diz.

Assim, não acredito no Diabo, embora creia em sua existência. Porém, acredito em Deus e não apenas creio que Ele exista, depositando Nele a minha fé e confiança com relação ao cumprimento de Suas promessas de perdão, vitória sobre a morte e vida eterna com Ele e Nele. Creia em Deus e acredite Nele. Com relação ao Diabo...

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 7 de junho de 2015

CORPUS CHRISTI

ANO LXXIII - Domingo, 07 de junho de 2015 - Nº 3632

CORPUS CHRISTI

Na última quinta-feira (dia 04) celebrou-se uma festa de tradição Católica Romana denominada Corpus Christi. Essa é uma expressão latina cujo significado é “Corpo de Cristo”. Sua instituição se deu em 08 de setembro de 1264 pelo Papa Urbano IV e a celebração é sempre 60 dias após o “domingo de páscoa”, ou seja, na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade. A festa baseia-se basicamente em formar uma procissão conduzindo uma hóstia consagrada, sendo ela, na visão da Igreja Romana, o Corpo de Cristo. A tradição de se enfeitar as ruas com serragem colorida já é bem recente.

Mais uma vez vemos nosso país “laico” patrocinando uma festa religiosa como feriado, ainda que não o seja oficialmente. Isso afronta o postulado básico de nosso ordenamento jurídico constitucional que é o da separação entre Igreja e Estado e a ênfase que o Estado é “laico” ou sem religião oficial, não podendo, nem devendo privilegiar esse ou aquele credo em detrimento de outro.

No aspecto teológico percebemos um erro muito grave, pois na visão do Novo Testamento o Corpo Místico de Cristo é a Sua Igreja e não o elemento da Eucaristia. A mística sobre o Corpo de Cristo não está, portanto, nos elementos que integram o rito eucarístico, mas, sim, na unidade dos membros que compõem a Igreja. A Escritura é farta e profusa em anunciar a verdade de que o Corpo de Cristo é a Igreja como se vê em Rm. 12:5; I Co.10: 16-17; I Co. 112:12-13; I Co. 12: 27; Ef.1: 22-23, Ef.3:6; Ef.4:4; Ef.5:29-30; Cl.1:18. A manifestação de adoração à hóstia consagrada e celebração como sendo o “Corpo de Cristo”, que é entregue para nossa redenção e perdão de nossos pecados, torna-se contrária ao ensino do Novo Testamento onde se afirma que o corpo de Cristo foi morto, sepultado, ressuscitou ao terceiro dia e foi assunto ao céu de onde voltará. O “Corpo Místico” é a Igreja que congrega todos os santos em todos os tempos da história. Adorar qualquer ser ou coisa, oferecendo culto de “latreia” (latria) é afrontar ao próprio Deus e deixar de dar-LHE a honra que só a Ele é devida. Que tenhamos o discernimento bíblico e a compreensão exata sobre o que nós, como cristãos, cremos e a quem devemos dar o culto de adoração como requerido na Palavra de Deus.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 31 de maio de 2015

PERSEGUIDOS E PERSEVERANTES

ANO LXXIII - Domingo, 31 de maio de 2015 - Nº 3631

PERSEGUIDOS E PERSEVERANTES

Na introdução de seu livro A fé que persevera, Ron Boyd-Mac Millan conta de um interessante encontro que teve com três cristãos secretos na China, na década de 1990. Ao se despedir de seus amigos, ele agradeceu por compartilharem seu testemunho e disse: “Sinto-me envergonhado por não ter que pagar um preço tão alto para produzir reavivamento em meu país. É como se vocês estivessem vivendo nas páginas do Apocalipse”.

O comentário de Ron, porém não passou despercebido. Um dos três cristãos lhe respondeu: “Leve isto de nós: cada um está vivendo o livro de Apocalipse, porque todos nós fazemos parte da Igreja Perseguida”. Ele continuou: “Aonde quer que você vá, será seduzido por um falso profeta ou coagido por uma besta a adorar um ídolo que não é Deus. A única diferença entre vocês e nós é que, aqui, vemos isso com clareza; e onde vocês vivem, isso acontece de maneira sutil”.

A afirmação deste irmão está fundamentada na verdade registrada em 2 Timóteo 3.12: “De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos”. É essa vida piedosa – ou como coloca a Nova Tradução na Linguagem de Hoje, uma vida “unida com Cristo” – que traz problemas ao crente. Não são governos nem grupos extremistas, mas a identificação com Jesus.

O que não se pode negar, entretanto, é que os cristãos não são todos perseguidos da mesma forma. Provisões como leis que protegem a liberdade de culto dão à Igreja mais espaço institucional para realizar suas atividades religiosas, seja uma reunião de oração, seja um trabalho evangelístico em espaço público. Mas ao mesmo tempo, essa sensação de liberdade, pode mascarar “falsos profetas”, como disse o irmão chinês, impedindo-nos de ver a realidade. E quanto a isso, temos de ser cuidadosos.

Uma diferença fundamental entre cristãos perseguidos, como chineses e vietnamitas, e cristãos livres, como os brasileiros, é que a Igreja brasileira tem liberdade para manejar suas armas, enquanto as demais têm de fazê-lo em segredo e sob pressão.

Nosso desafio é não nos encantar com a liberdade a ponto de esquecer a batalha que nos aguarda a cada dia. Os cristãos perseguidos podem nos ajudar nisso. Não deixe seus testemunhos de perseverança serem apenas belas histórias a respeito do cuidado de Deus sobre seu povo. Encare-os como lembretes de que ser fiel a Jesus tem um preço, mas também um alvo garantido: a coroa da vida a todo aquele que perseverar (Ap 2.10).

(Extraído da Revista Portas Abertas Ano 33 nº 1)

domingo, 24 de maio de 2015

PARABÉNS IPVM

ANO LXXII - Domingo, 24 de maio de 2015 - Nº 3630

PARABÉNS IPVM

No dia 31 de maio completaremos 73 anos de organização eclesiástica, ou seja, existimos, como igreja constituída, há 73 anos. Graças e glórias a Deus, nosso Senhor.

A IPVM foi congregação da Igreja Presbiteriana Unida e começou de modo modesto e até pequeno. Mas, seu crescimento foi sendo constante, permanente, gradativo, firme e equilibrado, chegando a ser o que é hoje; uma igreja forte, viva, pujante que investe firme no trabalho missionário e, consequentemente, na evangelização, levando a Boa Nova de Cristo a muitas vidas e corações.

Os ministérios desenvolvidos na e pela IPVM são muitos e variados, indo desde a cessão de espaço à Agência Presbiteriana de Missões Transculturais para ministração de suas aulas e à ADEVEB (Associação de Deficientes Visuais Evangélicos do Brasil) para suas reuniões e aulas de música, até envio de irmãos em viagens missionárias a partes carentes do interior de nosso país e fora dele, auxiliando a manutenção de 19 missionários no Brasil e em outros países.

É nosso aniversário. Crescemos e continuaremos a crescer por graça e misericórdia do Senhor a quem servimos. Em nosso aniversário sempre recebemos algum presente daqueles com os quais nos relacionamos. Essa é uma boa época para que você possa expressar sua gratidão a Deus pela existência da IPVM, dando a ela um “presente de aniversário”. Sim, faça uma oferta de gratidão ao Senhor pela existência da IPVM nestes 73 anos, nos quais tem abençoado vidas de centenas e centenas de pessoas zelosa e fielmente e para que possa continuar assim fazendo. É tempo de celebrar, é tempo de agradecer e é, também, tempo de ofertar. Você tem sido abençoado (a) na e pela IPVM? Então manifeste sua gratidão apresentando sua oferta, expressando seu louvor e glorificação a Deus pela existência de nossa amada IPVM.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 17 de maio de 2015

LEMBRAR E ESQUECER

ANO LXXII - Domingo, 17 de maio de 2015 - Nº 3629

LEMBRAR E ESQUECER

Lembrança e esquecimento são duas realidades que nos acompanham em nossa jornada como seres humanos. Quando nossa memória está ativa e em exercício nos orgulhamos, devido ao fato de nos lembrarmos do que lemos, estudamos e vimos; o que nos dá certo “status” e ajuda na obtenção de aprovação em testes, provas, concursos e outros. Mas, é comum que, com o passar dos anos, comecemos vivenciar uma situação de esquecimentos, ou seja, nossa memória vai se perdendo e não temos mais a capacidade de exercitarmos tal faculdade. É o processo de lembrar e esquecer.

Há, na Bíblia, uma situação em que vemos a exigência de lembrar e esquecer colocadas como diretriz para nossa existência, mas em aparente conflito ou contradição: “Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade...” (Isaías 46:9) e “Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas.” (Isaías 43:18). Que fazer, ou como entender?

De fato, precisamos levar em conta as duas situações e as exercitarmos em nossa vida, sem qualquer contradição. Devemos ter em nossa mente o que vivemos no passado, nossas experiências, lutas, vitórias e demais situações, com respeito e carinho por nossa história pessoal e comunitária, mas, não devemos ficar presos a elas, fazendo de nossa vida “um álbum de fotografias do ontem”. Por outro lado, não podemos nos esquecer de nossas raízes, tradições e das mesmas experiências citadas acima, como se não tivessem importância, valor ou significado. A lembrança deve e tem que existir, mas não como uma prisão a nos atar ao passado sem gerar desafios ou progresso no presente.

A IPVM alcança 73 anos de organização. Muita realização, progresso, crescimento e desenvolvimento. Não podemos, como Igreja, nos deixar fixar no passado (como sendo “os bons tempos”) e deixar de seguir. Por outro lado, não podemos seguir e esquecer o legado a nós deixado por aqueles que, pela graça de Deus, fizeram com que a IPVM chegasse até aqui.

Desse modo, sem contradição, é preciso lembrar e esquecer. Que nós, Igreja Presbiteriana de Vila Mariana, assim façamos tendo consciência de nosso passado abençoado (lembrar), mas olhando para o “que diante de nós está” sem fixação no passado (esquecer), promovendo a glória de Deus, a salvação de vidas e a edificação dos santos.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 10 de maio de 2015

MÃE, PARA SEMPRE


ANO LXXII - Domingo, 10 de maio de 2015 - Nº 3628

MÃE, PARA SEMPRE

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.


Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

(Carlos Drummond de Andrade)

domingo, 3 de maio de 2015

NEPAL

ANO LXXII - Domingo, 03 de maio de 2015 - Nº 3627

NEPAL

Mais um fenômeno natural atinge uma população humana, causando danos irreparáveis em termos de vidas. O Nepal está no centro (pelo menos por algum tempo) dos noticiários em todo o mundo, devido ao terremoto que causou tantos prejuízos e destruição. Fala-se em 10 mil mortos, em 300 mil feridos. Os números são alarmantes e assustadores. A mobilização é mundial no sentido de socorro e ajuda aos que foram atingidos por tal catástrofe.

Não se deve ficar perguntando por que isso aconteceu. Sabemos a resposta à luz das Escrituras Sagradas judaico-cristãs, ou seja, o pecado gerou tais transformações, trazendo à natureza a mudança que podemos ver e experimentar (tufões, terremotos, maremotos, ciclones, tornados, furações, vulcões), apesar de conservar muito da beleza original nas matas, flores, mares e montanhas. A natureza também foi atingida pelo pecado humano e viu-se, em muito, corrompida. Os resultados são essas manifestações que geram tanta morte, dor e sofrimento entre nós, seres humanos.

Não se deve pensar que tal ou qual país seja melhor ou pior que outro e merecedor de tal manifestação da natureza pelo fato de não ser “cristão”. Não podemos associar tal ocorrência ao fato de haver lá milhares de templos budistas ou hinduístas e ver isso como “punição de Deus” à idolatria. Muitos que assim pensam o fazem de forma leviana. O pecado humano está presente em todo lugar, e se Deus fosse punir com tragédias tal fato, nenhum país estaria isento e livre de tais ocorrências trágicas. O Nepal, como qualquer outro país, está sujeito a catástrofes, não por causa de sua religião, mas devido ao que o pecado gerou na natureza.

A nós cristãos cumpre-nos mostrar e manifestar solidariedade aos que sofrem. Oferecer alguma forma de ajuda, socorro e amparo a esses que se acham afligidos e atingidos por tão grande sofrimento e dor. Há missionários cristãos brasileiros que estão entre os atingidos, estão lá realizando a Obra do Senhor e agora necessitam de mais suporte de nossa parte no propósito de amenizar sua dor e aflição. Ore e se envolva no socorro aos atingidos no Nepal (ou em Xanxerê, ou em Salvador) de forma adequada e própria por meio de instituições que, de fato, prestam socorro aos aflitos, angustiados e atingidos. Busque informações sobre como ajudar e exerça o cristianismo socorrendo e orando, sem críticas ou juízo temerário religioso sobre país, estado, região ou pessoas.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 26 de abril de 2015

AMPARO

ANO LXXII- Domingo 26 de abril de 2015 - Nº 3626

AMPARO

“Levantou-se grande perseguição contra a Igreja...” (Atos 8:1)

Estamos ouvindo e vendo cada vez mais as perseguições contra cristãos nas regiões de predominância islâmica (ainda que evangélicos sejam perseguidos no México e América Latina por outros chamados cristãos). Notícias de imigrantes ilegais muçulmanos que lançam cristãos ao mar a fim de se afogarem, comandos militares (ou paramilitares) islâmicos que assassinam cruelmente pessoas pelo fato de serem cristãos, centenas de mortos na África por partidários islâmicos em nome de Alá e do Corão. É triste.

Vemos agora o drama de famílias cristãs sírias atingidas pela guerra civil sangrenta em seu país. Milhares desabrigados, desalojados, feridos e cujos bens e familiares foram destruídos. Os cristãos são alvo preferencial em tais circunstâncias, ou seja, têm contra si o agravante de serem cristãos e, devido a tal fato, são mais vitimados ainda.

Nós, cristãos livres, não podemos ficar acomodados. Graças a Deus há quem se movimente e se mobilize em favor destes irmãos perseguidos. A Missão Portas Abertas tem feito um trabalho muito grande. No Brasil temos a MAIS (Missão de Ajuda à Igreja Sofredora) com sede em Vitória- ES. Esta missão tem procurado receber e adotar refugiados da Síria que vêm para o Brasil. Busca igrejas parceiras para tal projeto. A Igreja Evangélica Árabe de São Paulo recebeu 15 desses refugiados. Fui informado que a Quarta Igreja Presbiteriana de Juiz de Fora “adotou” uma família com quatro pessoas, com o propósito de ajudar com alimentação, moradia e encaminhamento para encontrar trabalho e sustento, além de parentes (patrícios) para maior envolvimento. Não conheço o projeto em sua plenitude. Quanto tempo se fica com tais pessoas, quais as demandas e custos, implicações e responsabilidades, etc. Mas, parabenizo a iniciativa e o exemplo de tais igrejas (entre outras) que amparam e recebem esses irmãos em situação de tanta aflição. Assim, graças a Deus por tais igrejas, e que possamos nós, e outras, entrar nessa empreitada para ajuda, socorro e amparo a nossos irmãos, pois são eles membros do mesmo Corpo que eu e você, ou seja, a Igreja de Cristo, Noiva do Cordeiro. Ore e contribua.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 19 de abril de 2015

COROA DE HONRA E CAMINHO DE JUSTIÇA

ANO LXXII - Domingo 19 de abril de 2015 - Nº 3625

COROA DE HONRA E CAMINHO DE JUSTIÇA

“Coroa de honra são as cãs, quando se acham no caminho da justiça” (Pv. 16:31)

O livro de Provérbios é muito prático e traz uma profunda inspiração pelos ditos simples, mas muitíssimo significativos para nossa vida. Os assuntos são muito variados, mas sempre com um tom bem prático e vivencial. O tema das cãs (cabelos brancos) está presente em vários versículos desse livro e apresentam muita inspiração aos que já estão com a cabeça a branquear. Óbvio que o dito aqui não é apenas para os que já estão encanecidos, mas para os que virão a ficar no dia de amanhã.

No verso transcrito fica claro que os cabelos brancos, em si mesmos, não representam algo de especial com relação à sabedoria, conduta, ética ou honra. As cãs sozinhas não são mais que coloração própria do cabelo de quem já está caminhando para a velhice ou já chegou nela. O que torna as cãs honrosas é o fato de estarem (se acharem) no caminho da justiça. Em outras palavras: há muitos velhos (cabelos brancos) maus, levianos, ímpios, corruptos. Estamos vendo isso em nosso país com um grande número de envolvidos nos escândalos de corrupção em vários setores. Juízes, advogados, médicos, empresários, policiais civis e militares, políticos, sendo muitos deles já com os cabelos embranquecidos. São as cãs, mas sem coroa de honra, porquanto estão elas ligadas à injustiça, promovendo a vergonha aos seus portadores. Somente cabelos brancos não são garantia de honra, é preciso e necessário que sejam eles conduzidos em justiça, verdade e integridade de vida.

Que nossos cabelos ainda negros, loiros ou ruivos aprendam a se conduzir nos caminhos da retidão cristã, para quando se tornarem alvos continuarem andando no caminho da justiça, a fim de nos serem coroa de honra, para a glória do Senhor nosso Deus e de Seu Filho Jesus, nosso Senhor; e não de vergonha para nós, nossos familiares e nosso Pai Celeste.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 12 de abril de 2015

EXPECTATIVAS DO DIACONATO

ANO LXXII - Domingo, 12 de abril de 2015 - Nº 3624

EXPECTATIVAS DO DIACONATO

Expectativas são complicadas. Elas podem surpreender, ou, como na maioria das vezes, decepcionar, e isso acontece por vários motivos. Primeiro, porque aquele que a cria pode tê-la elevado a um nível que jamais será alcançado, trazendo assim a decepção. Segundo, porque aquele que a expecta também possui uma visão particular da realidade, podendo em determinado momento estar muito equivocado sobre sua esperança. Por isso, as expectativas sobre o diaconato precisam ser expostas por aquele que conhece as limitações humanas e pode com realidade defini-las.

Hoje, elegeremos em nossa igreja sete diáconos; homens que foram indicados pela própria comunidade para concorrer, homens pecadores, com limitações, justificados por Cristo, para servir à Igreja nesta igreja. Muitas são as expectativas sobre eles, mas quantas de fato devem ser nutridas e expectadas?

Segundo o Apóstolo Paulo, as expectativas sobre os diáconos são as seguintes: “quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância, conservando o mistério da fé com a consciência limpa. Também sejam estes primeiramente experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato... O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa.” (1 Tm 3.9-10,12-13)

Esse é o parâmetro de avaliação e as expectativas que devem ser analisados. Portanto, não cabe propaganda política, não cabe fofoca, não cabem falsas expectativas baseadas em interesses pessoais. Cabe a oração e a avaliação, segundo o que está registrado nas Escrituras. Assim clamamos para que Deus ilumine a cada um de nós, para elegermos homens que estejam alinhados com essas qualificações para servirem à nossa comunidade, para honra e glória a Deus.

Fazendo isso, o texto garante a eles, os diáconos, uma bela promessa “Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus.” (1 Tm 3.13)

Rev. Gustavo Bacha

domingo, 5 de abril de 2015

RESSURREIÇÃO

ANO LXXII - Domingo, 05 de abril de 2015 - Nº 3623

RESSURREIÇÃO
E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação e vã a vossa fé” (I Coríntios 15:14)

Estamos no tempo do calendário litúrgico da Paixão de Cristo, comumente chamado de Páscoa. É tempo de relembrarmos o evento de maior relevância no cristianismo, o qual ocupa a atenção nas páginas do Novo Testamento como fato central de nossa fé, ou seja, a ressurreição física e gloriosa de nosso senhor Jesus Cristo.

Não se trata apenas de “voltar à vida” como no caso de Lázaro, do filho da viúva da cidade de Naim, ou da filha de Jairo. Esses, embora tenham sido ressuscitados, apenas voltaram à vida e morreram posteriormente. Nós celebramos o fato de que não somente voltaremos a viver, mas seremos revestidos de toda a glória e majestade, participando com Cristo de todo o esplendor e vitória, sendo coerdeiros de todas as coisas e reinando com Ele e por meio DEle.

Alguns se equivocam pensando que apenas os justos ressuscitarão. Não. Essa é uma realidade que alcançará a todos (justos e injustos), porém os justos terão vida eterna, enquanto os ímpios experimentarão sofrimento eterno. A ressurreição, ao contrário do que muitos pensam, é física e não espiritual, no sentido de meu espírito voltar à vida. O espírito é imperecível ou imortal, portanto a ressurreição diz respeito ao meu corpo, o qual será revestido de incorruptibilidade e imortalidade não experimentando nunca mais a morte.

Aspecto importante é notar que tal ensino é fundamental ao cristianismo. Isso o torna distinto, por exemplo, de toda e qualquer religião ou filosofia que sustente a reencarnação. Os que são partidários do reencarnacionismo não podem ser (na esfera teológica e lógica) chamados cristãos, pois terão que rejeitar a verdade da ressurreição física como ensinada na Bíblia. Assim, relembremos que esse tempo é tempo de ressurreição. Digamos como diziam os cristãos primitivos: Aleluia: Jesus ressuscitou.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 29 de março de 2015

PRUDÊNCIA NOS DIAS MAUS

ANO LXXII - Domingo 29 de março de 2015 - Nº 3622

PRUDÊNCIA NOS DIAS MAUS
Vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo porque os dias são maus” (Efésios, 5: 15 e 16).

O apóstolo Paulo escreve essa epístola à Igreja em Éfeso (e também a nós ainda hoje), por volta do ano 60-62 da Era Cristã. Sua palavra de alerta e advertência aos cristãos efésios ressoa até hoje com força e impacto. É como se o que dissesse tivesse aplicação perene em qualquer tempo da história humana, pois reflete a condição da sociedade na qual estamos vivendo. Nos dias do apóstolo ele entendia já serem maus “tais dias”, deixando ver o fato da corrosão dos costumes naquele tempo e contexto. Havia necessidade de entender como se deveria “andar” com prudência, sendo sábios, evitando assumir atitudes néscias ou indevidas (tolas).

Nosso momento no “mundo ocidental” não está diferente do tempo de Paulo. Os dias continuam sendo maus, e parece que cada vez pior. A vileza e a maldade vão se tornando banais e há uma pressão imensa (via mídia e legislação permissiva) para que entendamos ser tudo isso normal e fazer parte da “evolução social dos costumes”. A democracia vai se tornando o governo da minoria que, sob o pálio protetor da garantia dos direitos individuais, vai impondo à maioria normas e costumes ofensivos e contrários ao senso majoritário. Claro que é uma minoria “barulhenta”, capitaneada pela “elite intelectual” avessa às propostas cristãs dos costumes e padrões de comportamento norteados pelo ensino bíblico e tradição judaico-cristã.

Andarmos prudentemente significa não cedermos a tais propostas e tentativas de estabelecimento de padrões (como vemos) de corrupção, maldade, distorção da sexualidade, incentivo ao desfazimento das estruturas familiares conforme os modelos tradicionais cristãos. De fato, “os dias são maus”, muito maus e cada vez “mais maus”. A sabedoria e a prudência devem ser constantes em nosso viver, resistindo em todos os momentos e por todas as formas legítimas tais propostas e diretrizes, deixando claro nosso testemunho e padrão cristãos como contrários a todas essas formas vis de conduta e viver social. Resistamos, seja à sociedade ou ao Estado, quando exigirem fazermos o que Deus rejeita ou rejeitarmos o que Deus determina. O custo não será barato nem as consequências pequenas, mas grande a recompensa do Senhor.

Rev. Paulo Audebert Delage

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

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