PARE DE ENGOLIR CAMELOS!

ANO LV - Domingo, 25 de janeiro de 1998 - No 2726

PARE DE ENGOLIR CAMELOS!

De fato a exortação é muito forte. Mas foi Jesus quem a fez: "Guias de cegos! Que coais o mosquito e engolis o camelo" (Mt 23.24).

Se você, em público se mostra muito escrupuloso e, às ocultas, faz o que bem entende - isso é coar mosquito e engolir camelo. Você pode continuar a coar mosquito, mas precisa parar de engolir camelo. Se você não parar de tragar camelo, é muito melhor parar também de coar mosquito. Assim, pelo menos, você não comete o pecado mais grave, o pecado que Jesus não suporta - a hipocrisia.

Hipocrisia é devorar as casas das viúvas e, para o justificar, fazer longas orações. Hipocrisias é dar o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e, ao mesmo tempo, negligenciar os preceitos mais importantes da lei. Hipocrisia é limpar o exterior do copo e deixá-lo por dentro cheio de rapina.

Tenha coragem. Seja determinado. Pare de engolir camelos!

Extraído de Ultimato, edição deste mês.
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A SEGUNDA VEZ

ANO LV - Domingo, 18 de janeiro de 1998 - No 2725

A SEGUNDA VEZ

A história de Jonas, o profeta fujão, é simplesmente fascinante! Da decisão divina de usar um judeu para levar a mensagem de juízo e salvação a um povo que era inimigo figadal do seu povo, ao milagre da preservação de Jonas no ventre do grande peixe; da oração de Jonas nas entranhas do peixe ao humanamente inesperado arrependimento dos ninivitas; da atitude temperamental de Jonas, por Deus não haver destruído os seus inimigos, à gentil lição do Senhor através de uma planta. Tudo é simplesmente fascinante!

Mas o que mais me fascina em todo este relato histórico, está contido na singeleza de uma frase. ""Veio a palavra do Senhor segunda vez a Jonas""(3.1,2).

Por que Deus se volta uma segunda vez para um homem tão ranzinza, tão problemático como Jonas? Um homem que não merecia confiança? Pela mesma razão que deu uma segunda oportunidade a Pedro após este havê-lo negado três vezes. Por amor. Um amor que está além da nossa compreensão. Amor exigente, persistente, que não se deixa abalar pelas nossas fraquezas e limitações. Amor que realiza em nós o querer e o efetuar, apesar das nossas vacilações. Amor que nos impele cumprir a Sua soberana vontade.

"Na caminhada da fé - disse um pensador cristão - ninguém jamais pereceu por cair, mas por permanecer caído".

Nenhum de nós é melhor do que Jonas. Quantas vezes ficamos a duvidar se vale a pena orar pelos inimigos, como ordenou Jesus, ou se vale a pena investir tanto tempo e dinheiro na missão da Igreja?! Quantas vezes procuramos uma justificativa para não ir à nossa Nínive? E quando não encontramos uma justificativa razoável, inventamos.

Quando Deus nos convoca, Ele nos capacita. Mas não faz o que nos convocou a fazer. Ele espera que nos levantemos e passemos a agir em seu santo Nome. Isto aconteceu com Jonas. Isto pode acontecer comigo e com você. Felizes os que não desperdiçam a segunda vez oferecida por Deus.

Rev. Eudes

DIANTE DO DESCONHECIDO

ANO LV - Domingo, 11 de janeiro de 1998 - No 2724

DIANTE DO DESCONHECIDO

Ao abrir-se a porta de um novo ano,
em vão esforço-me a vislumbrar,
em meio à bruma do desconhecido,
o que de bem ou mal
a mim é reservado.
E assustado fico.

Vem-me à lembrança, então,
a figura do viril pastor
que no Oriente à frente do rebanho segue.
Qualquer ameaça à mais frágil ovelha
o encontrará em guarda, protetor.
E animado fico.

O Deus em quem descanso o meu futuro,
do tempo e da eternidade é Senhor.
Todos os meus amanhãs terão, primeiro,
de passar por Ele, o Bom Pastor,
e nada me atingirá sem Seu consentimento.
E confiante sigo.

Rev. Eudes

UMA IGREJA CUSTA MUITO CARO

ANO LV - Domingo, 4 de janeiro de 1998 - No 2723

UMA IGREJA CUSTA MUITO CARO

ELES ESTÃO SEMPRE PEDINDO DINHEIRO!

A afirmação acima citada foi feita por uma pessoa, que se dizia cristã, a um amigo. Para sua surpresa o amigo lhe respondeu: "Há alguns anos, um menininho nasceu em nossa família. Ele custou muito dinheiro desde o início. Tinha um grande apetite e precisava de roupas, remédios, brinquedos e outras coisas. Então ele foi para a escola e isso significou uma despesa adicional enorme para nós. Mais tarde, crescendo, entrou para a universidade e começou também a nomorar e, como você pode imaginar, tudo isto nos custou uma fortuna! Mas, no segundo ano da universidade ficou seriamente enfermo e faleceu. Desde o seu funeral, ele não tem me custado um centavo sequer. Eu pergunto: Qual das situações você acha que eu preferiria?"

Depois de uma longa pausa, continuou: "Enquanto uma igreja estiver viva, custará muito dinheiro. Quando ela enfraquecer e morrer por falta de ajuda, não custará mais nada. Um igreja viva tem a mensagem vital para o mundo de hoje. Eu vou continuar orando e contribuindo com tudo o que eu puder para manter a minha igreja viva. E você deve fazer o mesmo."

Esse diálogo é narrado pelo Rev. Dr. Allan Redpath em seu livro "A Senda Real para o Céu". O Dr. Redpath foi pastor, hoje aposentado, da Moody Bible Church, uma das maiores igrejas evangélicas de Chicago, nos Estados Unidos. Pode ser fruto da imaginação do autor, pode ser parte parte de sua experiência pastoral. Contudo, ilustra muito bem dois tipos de concepção do significado e manutenção da Igreja.

Na IPVM o ofertório foi eliminado há muitos anos da nossa liturgia, porém não da nossa contribuição dizimal consciente e liberal, movida por fé e gratidão ao Senhor. Pouco falamos em dinheiro, mas pequenas reformas e grandes construções têm sido realizadas sem empréstimos bancários e sem chantagem emocional. Os compromissos financeiros, da conta de luz à aquisição de Bíblias e folhetos para evangelização, do material de limpeza à manutenção dos funcionários, seminaristas, missionários e pastores, têm sido pontualmente honrados. O sustento discreto dos irmãos carentes - idosos, crianças e enfermos - não tem falhado. A oportunidade e prazer de servir às entidades evangélicas em particular e à comunidade brasileira em geral, tem sido uma constante em nossa caminhada eclesial.

Louvamos a Deus por todos aqueles que, através dos dízimos e ofertas, têm demonstrado amor pela IPVM; por todos aqueles que têm contribuido para sua manutenção e expansão. E que diante do desafio de "alargar a tenda e estender as estacas" o Senhor derrame sobre todos bênçãos sobre bênçãos, animando os ativos, despertando os inativos e abrandando os contestadores.

Sim, a Igreja em sua estrutura humana e militância temporal custa dinheiro. E no decorrer deste ano vai custar muito mais. Duplicar o espaço do santuário e melhorar as demais instalações é um tremendo desafio à nossa fé. Não dependemos de um tempo economicamente favorável. Dependemos, sim, e contamos tão somente com o favor Divino. E se essa obra é para a Sua glória, em nome de Jesus ela será realizada dentro do prazo previsto.

Rev. Eudes