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domingo, 30 de dezembro de 2007

SEDE AGRADECIDOS

ANO LXV - Domingo, 30 de Dezembro de 2007 - Nº 3244

"Sede agradecidos" (Colossenses 3: 15)

Queridos irmãos, vou me permitir usar este último boletim de 2007 para nele imprimir um caráter bem pessoal e particular quanto ao ser agradecido.

Agradeço ao Senhor Deus a bênção de me haver trazido para a Igreja Presbiteriana da Vila Mariana, depois de um longo percurso em 2006 eivado de incertezas, instabilidades e possibilidades não concretizadas. Foi e é maravilhoso, por demais, para mim e minha família estarmos juntos com os irmãos neste ano de 2007 e no que agora se aproxima.

Agradeço aos presbíteros, individualmente e no contexto de conselho, o apoio, o companheirismo, a cooperação, a ajuda e o suporte neste ano que se vai findando, superando crises e adversidades, alcançando juntos um porto de paz, calma e segurança. Igualmente agradeço aos diáconos e à Junta Diaconal sua presteza em atender as demandas a eles apresentadas. A companhia e o companheirismo demonstrados a mim e à minha família são preciosíssimos.

Registro minha gratidão aos grupos de casais, GEA, Geração de Ouro, UMP, UPA, UCP, corais , Recanto, enfim, a todas as sociedades internas da IPVM por todos os convites feitos para participarmos de suas atividades e, também, as manifestações de solidariedade e satisfação por nossa presença nestas mesmas atividades. Aos funcionários, sempre prestativos e solícitos; Mara, Marta, "Toninho", Fabrício, D. Ivone, Sr. Dirceu e D. Teresa, faço registrar meus sinceros agradecimentos.

Aos colegas que integram a equipe pastoral que se viu solidária, coesa e unida neste ano de 2007, orando, trabalhando e caminhando comigo, dando-me o suporte indispensável para a realização da Obra do Senhor em nosso meio, agradeço muito.

Enfim, a todos os irmãos e irmãs da querida e amada IPVM que sempre demonstraram sua alegria, amizade, fraternidade e carinho para comigo e com todos os de minha casa, registro e expresso minha mais profunda gratidão e de toda minha família. Amamos todos vocês. Deus os abençoe.


Desejo ( desejamos ) a todos vocês um feliz 2008.

Seu irmão em Cristo, amigo e pastor. Rev. Paulo (e família).

domingo, 23 de dezembro de 2007

BENONI OU BENJAMIM?

ANO LXV - Domingo, 23 de Dezembro de 2007 - Nº 3243

Benoni ou Benjamim ? ( Gênesis 35:18 )

Dois nomes para uma mesma criança. Dois nomes em relação a uma mesma situação ou ocorrência. Dois nomes que nos mostram duas maneiras de ver o fato.

Sabe-se que, embora o fato seja um só , há maneiras variegadas de se perceber e descrever tal ocorrido. Minha formação profissional, cultural, moral, minha relação com o fato e outras circunstâncias determinam forma diferente de me relacionar com ele, se comparado ao modo de outras pessoas .

Assim , vemos que o ocorrido no nascimento desta criança deixa claro que nos envolvemos de modo diferente e vemos de maneira diversa a mesma ocorrência. Benoni , cujo significado é "filho de minha dor", reflete o modo pelo qual a genitora ou parturiente viu o fato. Seu ponto de vista é correto. Desta maneira ela o vivenciou e experimentou. Sua dor e agonia foram ali manifestas, inclusive vindo a óbito por ocasião do parto. Dava à luz um filho , mas sua vida (dela ) era ceifada neste processo. Benjamin, cujo sentido é "filho de minha destra" ou "filho de minha força", traduz a visão do genitor , daquele que via mais um filho vir à luz. Já um pouco idoso ( seria seu último filho ) ainda imagina que seja forte e vigoroso e expressa esta sua convicção no nome dado ao filho que nasce. Como vemos a vida ( principalmente neste final de ano ) que temos recebido do Senhor? Somos tendentes a vê-la na dimensão de Benoni ou de Benjamin? Não se trata de otimismo barato ou de pessimismo sistemático, mas de um modo cristão de buscar ver a graça de Deus e em "tudo dar graças". Manter a visão de Benoni por toda uma vida , seria uma espécie de punição sobre o menino que carregaria este fardo pesado. Mesmo que o fato seja inclinado a Benoni, busquemos tratá-lo ( ou convertê-lo) em Benjamin, a fim de fazermos nossa vida ser reflexo de nossa visão da manifestação da graça e bondade do Senhor.

Benoni ou Benjanin em 2008?

Deus nos abençoe.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 16 de dezembro de 2007

É PRECISO PENSAR

ANO LXV - Domingo, 16 de Dezembro de 2007 - Nº 3242

É PRECISO PENSAR. ( Isaías, 22:13 )

O texto do profeta Isaías nos fala de uma situação em que as pessoas estavam envolvidas em festas e comemorações, absortas nestes momentos prazerosos e engolfadas por estas atividades prazenteiras, divorciadas da situação reinante ao seu redor, explorando e vivendo apenas o momento do agora. Comer , beber , pois amanhã é morrer. Esta época do ano é de muita celebração e nos vemos voltados para esta ênfase. Ligamos o nascimento de Jesus a esta época do ano e a este modo de celebrar: fartura, abastança e , às vezes, desperdício. Por que há tanta ênfase em festas e fartura em tal época? Podemos pensar que seja pelo fato de ser um novo tempo em que haveremos de experimentar esta abundância majestosa e deixarmos de lado qualquer forma de escassez ou privação. Um novo tempo,um novo momento, uma nova era.

Há uma linha bem razoável de formulação histórica que nos vincula à possível explicação para estes "banquetes gastronômicos" que temos nestes "dias natalinos".Vejamos esta informação fornecida pelo site da Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil: " Os Celtas tratavam o solstício de inverno, em 25 de dezembro, como um momento extremamente importante em suas vidas. O inverno ia chegar, longas noites de frio, por vezes com poucos gêneros alimentícios e rações para si e para os animais, e não sabiam se ficariam vivos até à próxima estação. Faziam, então, um grande banquete de despedida no dia 25 de dezembro. Seguiam-se 12 dias de festa, terminando no dia 06 de janeiro".

Sou , como mineiro, adepto da mesa farta . Não tenho vocação para o ascetismo e a frugalidade excessiva. No entanto, de modo triste, vemos que a população de tradição cristã vai transformando esta data de celebração majestosa da chegada do Messias, da Encarnação do Verbo de Deus, em banquetes de enaltecimento da gula e da intemperança no mais vívido estilo: " comamos e bebamos , porque amanhã morreremos".

Alegremo-nos e celebremos o Natal com exultação e regozijo, desfrutemos a bênção da fartura que o Senhor nos tem dado , mas não deixemos que isto nos faça descuidar do principal fator ligado ao Natal; o nascimento do Deus-Homem, trazendo-nos a paz, pelo perdão de nossos pecados, e a bênção da vida eterna. Neste sentido ; feliz Natal.

Deus nos abençoe.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 9 de dezembro de 2007

QUERO SER UM TELEVISOR

ANO LXV - Domingo, 09 de Dezembro de 2007 - Nº 3241

QUERO SER UM TELEVISOR

A professora Ana Maria pediu aos alunos que fizessem uma redação e nessa redação o que eles gostariam que Deus fizesse por eles. À noite, corrigindo as redações, ela se depara com uma que a deixa muito emocionada. O marido, nesse momento, acaba de entrar, a vê chorando e diz: "O que aconteceu?" Ela respondeu: "Leia". Era a redação de um menino.

"Senhor, esta noite te peço algo especial: me transforme em um televisor.

Quero ocupar o seu lugar. Viver como vive a TV de minha casa. Ter um lugar especial para mim, e reunir minha família ao redor... Ser levado a sério quando falo... Quero ser o centro das atenções e ser escutado sem interrupções nem questionamentos.

Quero receber o mesmo cuidado especial que a TV recebe quando não funciona. E ter a companhia do meu pai quando ele chega em casa, mesmo que esteja cansado. E que minha mãe me procure quando estiver sozinha e aborrecida, em vez de ignorar-me.

E ainda que meus irmãos "briguem" para estar comigo. Quero sentir que a minha família deixa tudo de lado, de vez em quando, para passar alguns momentos comigo. E, por fim, que eu possa divertir a todos. Senhor, não te peço muito...

Só quero viver o que vive qualquer televisor!" Naquele momento, o marido de Ana Maria disse: "Meu Deus, coitado desse menino! Nossa, que coisa esses pais". E ela olha: "Essa redação é do nosso filho".

Autor desconhecido.

Deus nos abençoe.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 2 de dezembro de 2007

MUITO DIFERENTE?

ANO LXV - Domingo, 02 de Dezembro de 2007 - Nº 3240

Muito Diferente? (Oséias 4:1-4)

Recomendo aos irmãos a leitura do texto bíblico colocado acima nesta meditação dominical. É muito importante fazer isto para se ter a idéia adequada em relação ao contexto social vivido em Israel. Se estas palavras não tivessem sido gravadas cerca de 2300 anos e em um lugar geograficamente distante de nós, diríamos que poderiam estar presentes em qualquer artigo ou matéria de revista de circulação nacional ou jornais de nosso país.

Confesso que fiquei pasmo ao reler este texto e ouvir sobre a situação de tão profunda corrupção, violência e, também, descaso com a natureza. O quadro descrito é de estarrecer nossos corações e nos faz indagar como é possível uma situação desta?

Passado o primeiro impacto, fui levado a refletir sobre o fato de que já naqueles dias a situação era muito próxima da que agora vivemos em nossa terra. Somos ,muitas vezes , levados a imaginar que outrora era diferente. Será? Não me parece que era muito diferente. O mito do progresso, a ilusão da evolução e a falácia do desenvolvimento são confrontados aqui. Não melhoramos , não progredimos, não desenvolvemos. Apenas tivemos um grande avanço tecnológico e científico. A maldade , vileza, violência , descaso, corrupção, licenciosidade e posturas desta ordem ainda continuam presentes na conduta, no comportamento e na postura do ser humano em geral. Na verdade, hoje não é muito diferente daqueles dias, ou aqueles dias não são muito diferentes dos de hoje. A descrição feita pelo profeta é lamentável e reflete o coração do homem ao deixar de lado a referência da comunhão com o Deus revelado nas Escrituras e obediência a Ele. A vileza era do povo e dos sacerdotes ( líderes religiosos e políticos ) e ambos não se qualificavam para exortarem-se mutuamente, pois o povo refletia o exemplo da liderança e os líderes, por sua vez, ditavam este comportamento ao povo.

A solução para este estado de coisas ainda permanece o mesmo , é a mesma daqueles dias; o conhecimento de Deus. Não o conhecer de ouvir, ou de saber sobre, mas de assumir Sua vontade e realizar Seu querer, de tal modo que a natureza de Deus seja manifesta por meio de nós. Hoje não é muito diferente daquela época, e o desafio a nós, como Igreja, é ter compromisso com Deus para ser diferente , a fim de termos coragem para fazer diferença.

Deus nos abençoe.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 25 de novembro de 2007

ELEIÇÕES NA IGREJA

ANO LXV - Domingo, 25 de Novembro de 2007 - Nº 3239

Eleições na Igreja (Atos 6:5 e 14:23)

Há muitas pessoas que não gostam que se trate desta questão no âmbito da Igreja, isto é, eleição de diáconos e presbíteros. Já estão saturadas de política secular e de políticos inescrupulosos, e acabam associando, indevidamente, as duas coisas.

Há os que abominam assembléias e dizem que não participam e não querem nem saber: "Tô fora; Num tô nem aí".

Pode-se até entender tal atitude, mas será a mais sábia e mais adequada? Vemos que a prática de eleição de oficiais remonta à Igreja Cristã Primitiva, sendo esta a via pela qual a Igreja estabelecida aqueles que iriam conduzi-la. Não há indício de exercício arbitrário ou exclusivo de um individuo colocando ou instalando pessoas nos ofícios. Trata-se de uma manifestação democrática e bíblica. Vemos também que, em nosso sistema, este é um dos poucos momentos em que a Igreja se manifesta em ponto tão relevante. Assim é que se verifica a importância da participação nas assembléias, já que escolheremos aqueles que nos irão conduzir e representar. Aplica-se aqui a máxima da democracia: "cada povo tem o governo que merece (escolhe)". Sem dúvida nenhuma, cada Igreja em os oficiais que ela merece (escolheu). É preciso, portanto, muito critério, oração e zelo nesta hora de deliberação sobre nomes que comporão a liderança de nossa Igreja. Deixar de vir ou não se envolver, é furtar-se ao previlégio e a oportunidade de direcionar a vida da Igreja e estabelecer liderança efetivamente comprometida com o Senhor, Sua palavra e Seu Reino.

Participar da escolha dos oficiais é privilégio e direito dos membros comungantes da Igreja. A participação tem igual peso decisório, ou seja, o voto tem o mesmo valor. Ninguém tem voto diferenciado ou pode votar mais vezes. É momento de isonomia entre os membros comungantes, exercitando o direito de dizer quem você escolhe para conduzi-lo. Não vir e não votar é renunciar a tal privilégio e abrir mão do direito de exigir daqueles que foram eleitos o cumprimento de suas obrigações. Minha omissão gera a extinsão do direito moral de crítica aos que foram eleitos.

Pense sobre isto. Venha participar de nossa assembléia, e com muita oração e dependência de Deus dê seu voto, escolha aquele(s) que, à luz da Palavra de Deus, esteja(m) mais qualificados(s) para o ofício. Deus nos abençoe.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 11 de novembro de 2007

SEMELHANTEMENTE, QUANTO AOS DIÁCONOS...

ANO LXV - Domingo, 11 de Novembro de 2007 - Nº 3237

"Semelhantemente, quanto aos diáconos..." (I Timóteo 3:8)

Com a graça do Senhor realizamos no último dia 28/10 nossa assembléia para eleição de 05 presbíteros, havendo seu transcurso ocorrido em perfeita ordem e paz.

Temos, agora, a oportunidade de elegermos diáconos, visto que 07 irmãos estão com seus mandatos vencendo. Deste modo a igreja está convocada para reunir-se dia 02/12/07 às 10:30 h em primeira convocação. Casa não haja quorum a segunda convocação será no dia 09/12/07 às 10:30 h com qualquer número de presentes. O apóstolo Paulo em sua primeira carta a Timóteo nos fala das qualificações dos diáconos e usa o termo "semelhantemente", para referir-se ao fato de que os diáconos devem, à semelhança dos presbíteros, ter alta qualificação moral e espiritual para o exercício de seu ofício.

Podemos tomar este termo usado pelo apóstolo e aplicá-lo ao nosso contexto, afirmando que os procedimentos para a assembléia de eleição de diáconos, "semelhantemente" à dos presbíteros, terão as mesmas diretrizes. Assim, a igreja deve estar cônscia da necessidade de chegar no horário, ASSINAR A FOLHA DE PRESENÇA , para que possa haver verificação de quorum. Assim, ao chegar, é preciso que assine a lista de presença. Se você chegar pelos fundos (quadra) ou ficar no salão social para o culto matutino, também deve assinar a lista de presença ANTES das 10:30 h, quando será feita a verificação do quorum. Chegando após as 10:30 h ou chegando antes e não assinando até a hora da convocação, sua presença não será contada e poderemos não alcançar o número necessário para a realização da assembléia. Oramos muito pela ocorrência da última eleição; semelhantemente, devemos orar de igual modo por esta nova assembléia e elegermos homens que estejam de acordo com os padrões de Deus manifestos e exigidos em Sua Palavra.

Ore, venha, chegue no horário, assine a lista de presença, vote. É seu privilégio e sua responsabilidade como membro comungante da IPVM. Deus nos abençoe.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 4 de novembro de 2007

CAIU EM ISRAEL UM PRÍNCIPE E UM GRANDE HOMEM

ANO LXV - Domingo, 04 de Novembro de 2007 - Nº 3236

"Caiu em Israel um príncipe e um grande homem" (II Samuel 3: 38).

Momentos difíceis foram vividos pela IPVM na semana atrasada. Em quatro dias, dois preciosos e mui amados irmãos foram chamados à Presença do Pai e tirados de nosso convívio.

A IPVM teve sua cantata da reforma apresentada por duas vezes de modo belíssimo. Realizamos com tranquilidade e paz nossa assembléia, elegendo cinco presbíteros. Mas, a tristeza esteve também presente no meio de nós e em nosso coração. A morte de nossos irmãos Paulo e Salvador (mesmo com o quadro de enfermidade em que se encontravam) nos trouxe muita consternação.

Entretanto, quando lemos este texto que registra a ocorrência da morte de um valente guerreiro em Israel, não podemos deixar de aplicá-lo àqueles queridíssimos irmãos a quem o Senhor chamou: Caíram na Igreja dois príncipes e dois grandes homens. De fato, eles foram príncipes em Israel (Igreja) e grandes homens na sociedade. Reconhecemos, como Igreja, a verdade aqui assentada e reverenciamos a memória destes dois servos fiéis do Senhor nosso Deus. Eram ( e são) d'Ele e O serviram com fidelidade, legando-nos este exemplo desafiador de também O servirmos com dedicação e estarmos prontos e seguros n'Ele quando arrostarmos e enfrentarmos nosso último inimigo; a morte. Solidarizamo-nos com ambas as famílias, estendendo nosso ombro de apoio, fraternidade e amparo, para chorarmos juntos, mas, sobretudo, para seguirmos juntos celebrando com gratidão a Deus a vida fiel e exemplar destes dois homens de Deus, a quem, com muita propriedade, aplicamos o dito do livro santo: "Caíram em Israel dois príncipes e dois grandes homens". O Senhor abençoe assim as famílias desses amados e queridos irmãos, que agora estão com o Senhor.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 28 de outubro de 2007

PROMOVENDO A ELEIÇÃO DE PRESBÍTEROS (5)

ANO LXV - Domingo, 28 de Outubro de 2007 - Nº 3235

"Promovendo a eleição de presbíteros" (Atos 14: 23)

Teremos hoje a oportunidade de eleger 05 irmãos para o exercício do presbiterato da nossa querida IPVM. Sem dúvida é momento de elevada importância para a vida da igreja, já que se trata de homens que estabelecerão as diretrizes e rumos a serem tomados por nossa comunidade. Nosso privilégio é muito grande, mas não menor nossa responsabilidade.

A escolha dos nomes tem normas e regras prescritas e determinadas, sendo que algumas delas emanam do conselho da igreja (artigo 111 C IPB) tais como: número de candidatos, tipo de cédula, norma de desempate, etc. Outras determinações vêm dos concílios superiores inclusive o Supremo Concílio. Neste sentido nossa Assembléia Maior determinou que as assembléias das igrejas não podem ser iniciadas sem o número legal exigido para o quorum, que é de 1/3 dos membros residentes na sede(artigo 6º dos estatutos da igreja). Portanto, o funcionamento só poderá ocorrer se, ao tempo determinado na convocação, houver quorum legal. Então a sistemática observada atualmente não é "modismo" ou "inexperiência" ou mesmo "incompetência" de quem está conduzindo a assembléia. Trata-se de sujeição às normas estabelecidas e assentadas, as quais têm que ser observadas e cumpridas, sob risco ou pena de nulidade imposta pelo presbitério ao examinar a ata que vai transcrita no livro do conselho da igreja e encaminhado ao presbitério.

Temos neste domingo a segunda convocação que dispensa número determinado para quorum de funcionamento. Isto significa que à hora determinada (10:30 h) iniciaremos a assembléia com o número de membros constante na lista de presença. Portanto, é imprescindível que OS MEMBROS COMUNGANTES ASSINEM A LISTA DE PRESENÇA, ESTANDO NO TEMPLO, SALÃO SOCIAL OU EM OUTRA DEPENDÊNCIA DA IGREJA. Se aquele que for membro da IPVM não assinar, NÃO PODERÁ VOTAR. Desta forma , solicitamos que NÃO ENTREM SEM REGISTRAR SUA PRESENÇA NA LISTA DE CHAMADA. Por que precisamos deste controle, uma vez que não há necessidade de quorum? É necessário para se conhecer o coeficiente para eleição, ou seja, quantos votos são necessários para que alguém seja declarado eleito, isto é, temos que saber o número que manifesta a maioria de votantes. Com tais esclarecimentos espero que tenhamos uma boa e tranqüila assembléia com a graça e a direção de Deus.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 21 de outubro de 2007

PROMOVENDO A ELEIÇÃO DE PRESBÍTEROS (4)

ANO LXV - Domingo, 21 de Outubro de 2007 - Nº 3234

"Promovendo a eleição de presbíteros" (Atos 14: 23)

Chegamos ao dia de nossa assembléia extraordinária para eleição de 05 presbíteros. A sistemática determinada pelo Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, em observância aos preceitos de sua constituição, não permite que a eleição se prolongue da manhã até a tarde (noite) sem interrupção das atividades normais de culto e Escola Bíblica Dominical. Assim, temos que iniciar na hora marcada da convocação (caso haja quorum) e encerrar após a votação. Deste modo, não é admitida a votação ao longo do dia, mas, apenas no período determinado. Em sendo assim, teremos, no máximo, dois (02) escrutínios nesta assembléia e, para tanto, as pessoas terão que permanecer até o final das votações.

Os irmãos devem atentar para o fato da necessidade de permanência até a segunda votação para efeito de contagem de voto e apuração do resultado. A retirada só será permitida mediante autorização da assembléia com exposição de motivos. Desta forma, solicitamos a gentileza dos irmãos de não sairem, a não ser por motivo imperioso. Lembremo-nos que o horário de encerramento da EBD ocorre às 12:00 h e pretendemos encerrar nossa assembléia, no máximo neste horário. Estamos projetando nossa logística de tal modo a realizarmos nossa assembléia em uma hora e meia.

Temos um encarte em nosso boletim dominical, onde figuram os nomes dos irmãos que concorrerão a eleição. Estes nomes são seguidos de brevíssimo informativo sobre os candidatos com referência à sua vida pessoal, profissional, familiar e eclesiástica. Todos serão apresentados à igreja a fim de que se possa ter melhor percepção de quem sejam os irmãos indicados.

Lembramos, ainda, que os nomes de todos os candidados constarão da cédula e poderão ser escolhidos até cinco (05) nomes. Caso haja em uma cédula de indicação mais de 05 nomes apontados, este voto será nulo. Se, no entanto, houver indicação de número menor que 05, o voto é válido e será computado a favor dos que ali foram assinalados. Anotações quaisquer nas cédulas determinarão a anulação do voto. Portanto, NÃO ESCREVA NADA NA CÉDULA, apenas marque os nomes que são de seu interesse e vontade.

Orientamos a que se evite perguntar aos outros em quem se deve votar, ou o que o outro pensa de tal ou qual candidato. Ore ao Senhor, analise com cuidado e manifeste sua vontade diante do Senhor. Não aceite nenhuma forma de "condução de vontade" ou "sugestão de voto" . O voto é seu, exclusivo e independente. Submeta-se apenas ao que você entende ser a vontade do Senhor. Vote com temor e tremor diante de Deus e sejam sobre nós a Sua graça e bondade.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 7 de outubro de 2007

PROMOVENDO A ELEIÇÃO DE PRESBÍTEROS (3)

ANO LXV - Domingo, 07 de Outubro de 2007 - Nº 3232

"Promovendo a eleição de presbíteros" (Atos 14: 23)

Vimos nos últimos dois boletins aspectos institucionais que são requeridos dos candidatos ao oficialato e, particularmente, ao presbiterato na Igreja Presbiteriana do Brasil.

Trataremos dos aspectos bíblicos que devem ser observados pela igreja na escolha de seus oficiais. As orientações a que nos referimos encontram-se em I Timóteo 3: 1-7 e Tito 1: 5-9 (leiam estes textos). A simples leitura dos textos apontados já é, por si mesma, suficiente para fornecermos visão adequada e própria sobre quem deve ser um presbítero. Note que não se fala sobre situação financeira (rico ou pobre), nível acadêmico-intelectual, charme ou simpatia, ou coisas de natureza semelhante. As indicações apontam para postura e caráter, além de aspectos ligados à maturidade da fé.

Talvez você não encontre alguém que reúna todos os atributos listados nos textos apresentados. No entanto, examine com cuidado o candidato e verifique quantas e quais virtudes ele agrega a si mesmo. Observe aquele (s) que mais virtudes manifesta (m) em seu dia-a-dia. Perceba que estão envolvidos aspectos vinculados à fé e maturidade ("não neófito", pouco tempo de conversão), à vida familiar (cuida bem dos de sua casa), à vida social ("bom testemunho dos de fora"), relações interpessoais (não espancador, hospitaleiro, etc) e capacidade de instruir e ensinar.

A decisão de escolher um oficial é muito séria, pois você entregará a ele a condução da igreja. Assim, não vote desta ou daquela maneira por ser mais fácil ou rápido ou por não ter opção, alegando que como não tem outros... Se, em sua visão, não há ninguém apto para o ofício, melhor não votar.

Há três atitudes a serem assumidas por você quanto ao privilégio de votar e escolher: 1ª) ore por esta eleição; 2ª) esteja presente no dia da assembléia; 3ª) após ler e meditar nos textos bíblicos apontados, dê seu voto consciente.

Finalizo lembrando que toda e qualquer forma de campanha ou tentativa de captação de votos é repulsiva e iniqüa, devendo ser rechaçada por todos nós. Além do quê, tal prática é determinativa de nulidade da eleição, conforme previsto em nossos regimentos.

Ore, leia os textos, reflita, vote. Deus nos abençoe na condução desta assembléia para Sua Glória e Honra.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 30 de setembro de 2007

PROMOVENDO A ELEIÇÃO DE PRESBÍTEROS (2)

ANO LXV - Domingo, 30 de setembro de 2007 - Nº 3231

"Promovendo a eleição de presbíteros" (Atos 14: 23)

Em seqüência ao boletim do domingo próximo passado e em cumprimento ao disposto no artigo 111 parágrafo único da Constituição da IPB, continuamos a instruir a igreja sobre as qualidades e condições para o candidato ao presbiterato.

Estamos tratando do aspecto institucional e neste sentido o Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil (SC/IPB) tem normatizado quanto ao vínculo com a Ordem Maçônica e isto nos seguintes termos:

Supremo Concílio 2006: " RESOLVE: 1. Afirmar a incompatibilidade entre algumas doutrinas maçônicas, como as retromencionadas, com a fé cristã; 2. determinar a não recepção de membros, à comunhão da igreja, de pessoas oriundas de maçonaria sem que antes elas renunciem à confraria; 3. não eleger, nem ordenar ao oficialato de igreja, aqueles que ainda estão integrados na maçonaria; 4. orientar com mansidão e amor aos irmãos maçons a, por amor a Cristo e sua Igreja, deixarem a maçonaria; 5. tratar com o máximo amor e respeito aqueles que ainda estão na maçonaria, para que seu desligamento seja feito pelo esclarecimento do Espírito mais do que por coerção ou constrangimento. Sala das Sessões, 21/07/2006.

Em reunião da Comissão Executiva do Supremo Concílio (CE/SC/IPB) em maio deste ano, conforme Doc. CLXXVI ficou ratificada a decisão do SC/IPB 2006 nos seguintes termos: " A CE/SC/IPB resolve: ...a decisão desta CE não muda, em absolutamente nada, a decisão SC 2006 quanto a esta matéria. A finalidade desta decisão da CE SC/IPB 2007 é de tão somente normatizar o que foi decidido em 2006. A decisão SC/IPB 2006 permanece em pleno vigor e aplicação em todos os seus termos". Diante destas decisões de nosso Concílio maior e sua ratificação pela Comissão Executiva, nenhum irmão que seja integrante da Ordem Maçônica poderá ser eleito e ordenado oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil. A filiação à Maçonaria passa, portanto, a ser elemento impeditivo à eleição e exercício do oficialato na IPB. (Segue no próximo boletim).

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 23 de setembro de 2007

PROMOVENDO A ELEIÇÃO DE PRESBÍTEROS (1)

ANO LXV - Domingo, 23 de setembro de 2007 - Nº 3230

"Promovendo a eleição de presbíteros" (Atos 14: 23)

Muitos não gostam: assembléia para eleição de oficiais. O livro de Atos dos Apóstolos nos mostra que esta prática era usual na Igreja Cristã como vemos com o Apóstolo Paulo a promover "eleição de presbíteros", os quais conduziriam a vida da Igreja.

Esta é a oportunidade de a igreja manifestar-se com relação a seus oficiais, escolhendo-os, reconduzindo-os ou não ao oficialato. A Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil em seu artigo 111 parágrafo único diz que o pastor instruirá a igreja a respeito das qualidades que deve possuir o escolhido para desempenhar o ofício e isto um mês antes da realização da assembléia. Assim, usarei nosso boletim para tal orientação.

Veremos primeiramente as diretrizes em nosso ordenamento constitucional, focando em primeiro lugar as qualidades pessoais e caráter cristão, seguindo-se os requisitos institucionais.

Qualidades pessoais e caráter cristão:

Artigo 50: "O presbítero regente... juntamente com o pastor, exercerá o governo e a disciplina, zelará pelos interesses da igreja que pertencer bem como de toda comunidade..."
Artigo 55: "Presbítero... deve ser assíduo e pontual no cumprimento de seus deveres, irrepreensível na moral, são na fé, prudente no agir, discreto no falar e exemplo de santidade na vida"

Requisitos institucionais:

Artigo 13: parágrafo 1º c/c artigo 112: "Só poderão ser votados os maiores de 18 anos e os civilmente capazes."
Artigo 13: parágrafo 2º: "Para alguém exercer o cargo eletivo para o presbiterato ou diaconato, o prazo é de 1 ano após a sua recepção, salvo casos excepcionais, a juízo do conselho, quando se tratar de oficiais vindos de outra igreja presbiteriana".
Artigo 25: parágrafo 2º: "Para o oficialato só poderão ser votados homens maiores de 18 anos e civilmente capazes".

Verifique estes postulados, examine criteriosamente, ore com instância e participe com seu voto consciente. Analise cuidadosamente a vida pessoal, familiar, social, econômica e eclesiástica daquele em quem você pretende votar. Escolha zelosamente e em oração. (segue no próximo boletim).

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 16 de setembro de 2007

NÃO HÁ ÁRBITRO

ANO LXV - Domingo, 16 de setembro de 2007 - Nº 3229

Não há árbitro. (Jó 9: 33)

É comum confundir juiz e árbitro. Nas competições esportivas aqueles responsáveis por verificar a aplicação das regras eram erroneamente chamado de juiz. Na verdade, ele é um árbitro (o que acertadamente tem sido ensinado) e está na condição de mediador entre duas partes, a fim de estabelecer o que seja correto e justo à luz das normas e regras daquele esporte.

Estando Jó debaixo de situação calamitosa para si, com sua família morta, seus bens todos perdidos e a saúde em situação de desgraça com a pele coberta de chagas purulentas, tornando-o repulsivo e detestável aos olhos das pessoas que o viam assim; lamenta não haver árbitro entre ele e Deus, que possa ter a mão estendida sobre ambos. Jó conhecia o Senhor apenas de ouvir e mantinha rituais de culto e purificação, mas seu conhecimento de Deus não era pessoal e vivencial, Deus estava distante, longe, separado.

Este lamento legítimo de Jó esteve presente por longos séculos na experiência humana. Mesmo quando havia sacerdotes humanos instituídos por Deus, estes não podiam ter suas mãos "postas sobre nós ambos". Eles eram limitados e apenas homens. O lamento continuava verdadeiro e aflitivo.

No entanto, Deus em Sua graça nos abençoa e resolve este problema mudando tal quadro de forma radical. Jesus, Seu único Filho, vem ao mundo para ser aquele que é o mediador ou árbitro e que tem "a mão sobre nós ambos". De fato, Jesus tem uma das mãos sobre o nosso ombro e a outra no "ombro" de Deus, estabelecendo este vínculo, determinando esta relação e fazendo esta ponte com sua mediação. Jesus é o único que está entre Deus e nós e nos torna unidos e reconciliados. O apóstolo Paulo nos fala sobre isto ao ensinar: "há um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem" (I Timóteo 2: 5). Assim, alegremo-nos e regozijemo-nos pois hoje temos Jesus que mantém Sua mão colocada no coração de Deus e, ao mesmo tempo, a mantém posta sobre nós, para consolar-nos, amparar-nos e dar-nos a salvação e a vida eterna. Bendito seja o Senhor por este nosso mediador. Deus nos abençoe.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 9 de setembro de 2007

POR CAUSA DO TEMOR DE DEUS

ANO LXV - Domingo, 09 de setembro de 2007 - Nº 3228

"Por causa do temor de Deus" (Neemias 5:15)

Sete de setembro de mil oitocentos e vinte e dois. Ah, como suspira nossa alma por vermos nossa Pátria, de fato, livre! Ao lermos integralmente o texto acima referido situamo-nos em Israel nos dias da restauração dos muros, do templo e da cidade de Jerusalém. Tudo fora destruído e queimado como manifestação da ira de Deus por causa da transgressão e pecado de Israel. Agora era o tempo de restauração, momento de reconstrução, instante de reedificação.

Neemias era o grande restaurador vocacionado pelo próprio Deus para esta grande e desafiadora tarefa. Empenha-se, esforça-se, dedica-se. O resultado foi a reedificação do muro da cidade em 52 dias. Que vitória, que realização, que conquista. Tornara-se um homem de referência em seu tempo entre o seu povo. Seus aliados o admiravam, seus adversários tiveram que reconhecer seu valor e tributar-lhe respeito. Sua postura de integridade, honestidade e fidelidade a Deus e Sua Palavra era determinada por um fator imprescindível ainda hoje na vida de um líder e, sobretudo, de um político: o temor de Deus.

O comportamento de Neemias era distinto dos políticos (governadores) que o antecederam no governo exatamente pelo senso de temor de Deus que havia em seu coração. A descrição da conduta dos governadores era triste: opressão do povo, usurpação, enriquecimento ilícito, abuso de poder, entre outros. Com tristeza vemos que tal conduta assemelha-se à dos mandatários de nosso país. Tem-se a impressão que esta forma de conduta corrupta e antiética está ligada à classe dos gestores públicos e administradores do bem comum desde tempos antiqüíssimos. Independência. Data bela e jubilosa. Mas, com a falta de temor a Deus (e vergonha na cara) o que vemos é uma situação de tendência degenerativa da vida pública em nosso contexto político e público-administrativo. Há falta de Neemias neste nosso país; há escassez de Neemias neste universo político brasileiro.

Nestes tempos de comemoração de nossa independência, oremos e clamemos a Deus para vermos dependência do temor do Senhor, para que atitudes sejam mudadas dentro do universo corrompido do poder político e econômico de nosso Brasil. Dependência ou morte. Ou dependemos de Deus e caminhamos em Seu temor ou haveremos de ver a morte de nossas instituições públicas.

Deus tenha misericórdia de nós e nos abençoe.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 2 de setembro de 2007

NÃO SOMOS IGREJA DE CRISTO

ANO LXV - Domingo, 02 de setembro de 2007 - Nº 3227

Não somos Igreja de Cristo

Pode soar de modo estranho a afirmação que se lê acima. Mas, esta é uma declaração recente da Igreja Católica Romana sobre as demais comunidades cristãs, feita pela Congregação para os Assuntos da Fé, novo nome dado à antiga instituição romanista chamada Inquisição. Ah saudades das fogueiras que ardiam em nome da fé romana; por certo assim respiram os liderados pelo radical e intransigente ex-prefeito da referida Congregação e, certamente, ele mesmo, hoje chefe maior e cabeça da Igreja Católica Romana. A declaração não foi feita de forma negativa, mas positiva, ou seja, o documento afirma ser a Igreja Católica Romana a única e verdadeira, estando os demais grupos chamados cristãos fora desta realidade e necessitam voltar ao seio da "Santa Madre Igreja".

Alguns aspectos devem ser ressaltados quanto a este fato. O primeiro é reconhecer a coerência da Igreja Romana e sua convicção em fazer tal declaração. Ensina-nos a não ter medo de assumir e sustentar determinada posição e convicção, mesmo que isso seja interpretado de maneira hostil pela sociedade. Não estou afirmando que tal declaração seja correta, mas reconheço a coragem em fazê-la e suportar suas conseqüências. O segundo refere-se à demonstração de que: "Roma é sempre a mesma". Trata-se de tradução livre de um provérbio latino, enfatizando que Roma não muda. Isto é positivo no sentido de deixar claro a alguns seguimentos evangélicos de caráter "ecumenóide", (que imaginavam haver Roma mudado seu interior e se modernizado), o fato de que Roma ainda é a mesma. Todos os dogmas desde a infalibilidade papal até a assunção física de Maria e sua entronização como rainha do céu e mediadora entre Deus e os homens continuam intocados. O fato da postura de Roma fica claro também na alteração do documento produzido pelos Bispos da Conferência Episcopal Latino Americana, documento que foi "reredigido" pelo Vaticano, deixando descontente a "ala avançada e progressista" da Igreja Romana. Um terceiro aspecto é relativo ao desafio à nossa convicção como Igreja de Cristo de tradição reformada.

Estamos conscientes e firmes de nossas posições, ensinos e doutrinas, certos não só de nossas raízes históricas, mas também de nossa conversão pessoal e relação vivencial com Jesus Cristo na condição de nosso Salvador e Senhor, tendo como base as Escrituras Sagradas, promovendo a evangelização dos que ainda não estão nesta dimensão de fé cristã, bíblica e evangélica, visando sua conversão à verdade em Cristo Jesus.

Termino afirmando que integramos e compomos uma igreja que é una, santa, católica e apostólica como genuínos e autênticos servos e discípulos do Senhor Jesus, não dependendo isto de declaração formal de pessoa alguma ou mesmo instituição terrena, pois temos certeza de que em Cristo fomos "libertados do império da trevas e transportados para O Reino do Filho do Seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados" (Cl 1: 13-14). Aleluia. Glória a Deus. Somos Igreja de Cristã.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 26 de agosto de 2007

PERTURBADOR DE ISRAEL

ANO LXV - Domingo, 26 de Agosto de 2007 - Nº 3226

"Perturbador de Israel" (I Crônicas 2: 7 e I Reis 18: 17)

A expressão grafada acima é a mesma nos dois textos apontados e refere-se a duas pessoas distintas na história antiga de Israel. Embora aplicada a ambos, seria ela, de fato, verdadeira? Estariam os dois enquadrados na situação de "perturbadores"?

Recordemos os fatos. O primeiro texto é colocado em relação a Acã e o uso está correto devido ao fato deste indivíduo haver desobedecido ao Senhor e escondido do despojo da cidade de Jericó alguns itens (prata, ouro e vestes), levando o povo de Israel à derrota diante da pequena cidade de Ai. Ele realmente perturbou Israel, levando-o à derrota e ao fracasso. O segundo texto diz respeito ao profeta Elias e é dito pelo covarde e pusilânime rei Acabe que era manipulado e conduzido por sua perversa esposa Jezabel. Acabe ao se defrontar com Elias questiona: "és tu o perturbador de Israel?" Na verdade, esta expressão aplicada a Elias era indevida, já que ele não perturbava Israel (ainda que ocasionasse alguma agitação social), mas buscava reconduzir Israel aos caminhos do Senhor e restaurar a vida com o Deus de Israel, livrando o povo da manifestação da ira do Senhor devido aos pecados cometidos. De forma injusta Elias recebe esta pecha ou designação injuriosa contra si.

Ao tomarmos estas duas situações históricas somos levados a refletir sobre nossa situação atual. As relações sociais, os comportamentos, as posturas e a ética estão se degenerando colocando-se fora de padrões estabelecidos pelo Senhor. A possibilidade de nos enquadrarmos na condição de perturbadores é grande, seja na posição de Acã ou na de Elias. Podemos entrar na "onda" e assumir o padrão de vida ofensivo a Deus e isto em nome da modernidade, civilidade e progresso, perturbando a ordem requerida por Deus; ou então, postarmo-nos e posicionarmo-nos de tal sorte a produzirmos, por nosso comportamento resistente a este fluxo degenerativo, uma maré de oposição, gerando um ambiente de perturbação na esfera social onde estamos inseridos. Os cristãos primitivos passaram por isto quando disseram sobre eles: "estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui". (Atos 17:6).

A isto somos chamados, a isto somos desafiados: sermos perturbadores e transtornadores deste mundo caótico e distante do Senhor. Vejam, no entanto, que nós não transtornaremos para o mal, faremos apenas voltar a posição adequada e correta conforme a vontade do Senhor. Perturbadores não como Acã, mas como Elias e os cristãos primitivos, fazendo com que as virtudes, valores e padrões do Reino de Deus seja manifestos e estabelecidos em oposição a este padrão degenerado e baixo que vemos grassar ao nosso redor. Ajude-nos o Senhor a sermos santos perturbadores em Seu Nome.

Deus nos abençoe.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 10 de junho de 2007

ESTÁ ENFERMO

ANO LXV - Domingo, 10 de Junho de 2007 - Nº 3215

“Está enfermo” (João 11: 3)

Temos, em nossa amada IPVM, experimentado em um tempo de refrigério e alegria, com o Senhor a nos abençoar com paz e edificação na Sua Palavra. É perceptível também, por outro lado, que vivenciamos um período de enfrentamento com muitos irmãos sendo acometidos de enfermidade cuja malignidade é muitíssimo séria. Isso nos deixa assutados, apreensivos e mesmo inquietos. Pomo-nos a perguntar: Por quê? Como pode? O que é isso? Perguntas deste jaez tomam conta de nossa mente e somos, às vezes, levados a imaginar que seja algo ligado a nós mesmos, ao nosso comportamento, postura, conduta, etc. Há os “teólogos de botequim” que, de forma açodada e impertinente se arvoram em “interpretar” esta situação na mesma dimensão e postura dos “amigos de Jó”, para estabelecer a relação direta entre a enfermidade e algum pecado cometido ou à ação do próprio satanás, gerando sobrecarga insuportável àqueles que já estão com fardo suficientemente pesado para levar.

No entanto, é mister que atentemos para o depoimento da Escritura Sagrada ao tratar deste assunto. Veja que João registra: “aquele a quem amas está enfermo” . Vemos, assim, que aqueles a quem Jesus ama também sofrem e os que amam a Jesus estão, de igual modo sujeitos à enfermidade e ao sofrimento. Não nos deixemos enganar por esses que insinuam ou mesmo afirmam ser a enfermidade sinal de ausência de fé ou da presença de Deus na vida. O Senhor Jesus disse ( verso quatro), de forma surpreendente, que aquela enfermidade era para glória de Deus. Trata-se de uma visão que nos causa certo embaraço por afirmar que Deus manifesta Sua glória mesmo no contexto da enfermidade. Para muitos isto é um tremendo absurdo, mas é fato e verdade. O Apóstolo Paulo entendia que a sua luta (espinho na carne) era agente divinal para fazê-lo caminhar na dependência do Senhor.

Amados(as) irmãos(ãs) em Cristo, não nos deixemos abalar ou abater com as notícias que temos recebido. Sejamos solidários com aqueles(as) que estão enfermos(as), oremos intensamente por eles(as) com clamor e súplicas e ofereçamos todo o nosso apoio prático e efetivo no auxílio para o enfrentamento deste tempo difícil pelo qual passam. Cerquemolos de atenção, carinho, estima e suporte cristãos para que se sintam amados nossos e do Senhor; pois “são amados do Senhor estes que estão enfermos”.

Deus nos abençoe.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 3 de junho de 2007

A QUE HORAS?

ANO LXV - Domingo, 03 de Junho de 2007 - Nº 3214

A que horas? (Isaías 21: 11-12)

Em nosso dia a dia é muito comum ouvirmos ou fazermos estas perguntas: “ quantas horas” ou “que horas são”? Estamos interessados em saber com exatidão a que tempo estamos naquele dado momento, tendo em vista compromissos ou atividades a serem cumpridos. Não nos contentamos com respostas imprecisas tais quais: “ acho que são quase dez horas” ou “ é mais ou menos uma hora da tarde”. Não, isto não nos interessa. Queremos ter exatidão.

Ao lermos o texto referido no começo deste artigo vemos que tal indagação ali aparece: “a que horas estamos”? É digno de nota que o inquiridor encontra-se mergulhado em algum momento da noite ao indagar do guarda “a que hora”. De fato, irmão (ã), quando enfrentamos a noite, esta, muitas vezes, nos parece excessivamente longa e com muita lentidão em se escoar. Encontramo-nos, por vezes, em situação de aflição em determinada noite que parece infindável e, freqüentemente, perguntamos “a que hora estou desta noite?” Estará ela ainda no início ou já se aproxima do fim com prenúncio da chegada do alvorecer? O indagador é insistente, e pergunta por duas vezes: “a que horas”? A resposta dada pelo guarda soa aos nossos ouvidos de modo insatisfatório, pois não tem precisão e não oferece exatidão. Mas, atente bem (você que está enfrentando um período de noite já longa) na palavra de alento e esperança: “vem a manhã” .

Meus queridos (as) não sei (nem pessoa alguma sabe) a que hora da noite alguém se encontra, mas podemos ter certeza de que vem a manhã. É verdade que poderá demorar um pouco, talvez até muito tempo, mas, certamente virá. Não se desalente, nem imagine que esta noite jamais passará, considerando o fato de que se vai alongando. Ela terminará e a manhã brilhante surgirá. O salmista nos diz que “a tristeza pode durar a noite inteira, mas a alegria vem pela manhã”. (Salmo: 30-5). Certamente a manhã e a alegria vêm.

Porém, ao ouvirmos a resposta dada pelo guarda do texto bíblico, vem-nos uma advertência: “ e também a noite”. O ciclo é inexorável: “manhã, noite, manhã, noite...” . Estejamos preparados pois mesmo quando a manhã sucede à noite e enche de alegria e luz nossa vida, a noite está prestes a vir novamente. Isto não é “mau agouro” ou “palavra de derrota” ou ainda “falta de fé”. É constatação da verdade. A noite na qual você se encontra (não importa a que horas) passará e virá a manhã. Saiba, no entanto, que outra noite poderá suceder sua manhã. Por isso é necessário estarmos com a vida colocada nas mãos do Senhor com confiança e fé, pois haveremos de tê-Lo a nos amparar e confortar seja no brilho radiante da manhã, ou na penumbra da noite. Sua graça, bondade e misericórdia sempre estão conosco. “A que hora estamos da noite”? Não sei. Mas, esteja certo: vem a manhã.

Deus o (a) abençoe.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 27 de maio de 2007

ALMA PERFUMADA

ANO LXIV - Domingo, 27 de Maio de 2007 - Nº 3213

ALMA PERFUMADA

Agradecimento a Deus pela
vida de Wanda de Assumpção,
por ocasião de seu falecimento em 21/5/2007

Acredito firmemente que existem almas perfumadas, pois acredito que os sentimentos também têm cheiro e tocam todas as coisas com seus aromas penetrantes.

D. Wanda foi assim: era tão amiga de Deus que o Criador lhe deu cheiro de passarinho quando canta, de sol quando se acorda.

D. Wanda tinha cheiro do colo quentinho de Deus, de banho de mar quando a água é quente e o céu é azul.

Ao lado dela, a gente se sentia no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde quente, sem relógio e sem agenda...

Ao lado dela, a gente se sentia comendo pipoca na praça, lambuzando o queixo de sorvete, ou mesmo chupando manga sentado na sombra. Ao lado dela, a gente se sentia chegando em casa e trocando o sapato pelo chinelo.

Ao lado dela, podia ser julho, mas parecia manhã de Natal no tempo em que a gente acordava e encontrava os presentes daquele dia.

Wanda perfumou muitas vidas nesses anos que Deus lhe concedeu e a minha é somente uma delas.

E o perfume divino que ela deixou é tão gostoso, tão inebriante , tão delicado, que continua e continuará vivo no coração de todas as pessoas que ela amou...

E acho que esse é o maior presente que, durante minha vida, ganhei dela ...

Sim, graças a seu perfume marcante , em tudo o que eu amar vou encontrar, de alguma forma, os vestígios desse perfume de Deus, que se vestiu de WANDA para me ensinar o que significa amar a Deus acima de todas as coisas e aos outros como a si mesmo....

(de Ana Cláudia Jácomo adaptado
por Eleusis Bruder Di Creddo)

domingo, 22 de abril de 2007

CORRUPÇÃO NO CORAÇÃO

ANO LXIV - domingo, 22 de abril de 2007 - Nº 3208

Corrupção no coração (Jeremias 17: 9)

A doutrina bíblica evidenciada pela teologia Calvinista da “ Depravação total do gênero humano” não é bem vista, aliás, é hostilizada e antipatizada, pois dizem ser ela negativista e manifestar uma imagem extremamente depreciativa do ser humano. Claro está que tal doutrina não afirma que o ser humano é apenas maldade e que não há nenhum bem nele. O que se afirma, e os fatos confirmam, é que toda a raça humana foi atingida pelo pecado e corrupção, fazendo com que seus atos sejam assim comprometidos, levando- a à prática do erro e do mal.

Ao lermos a passagem que dá suporte ao título deste artigo, vemos que esta visão não é restrita apenas aos nossos dias, mas é direcionada a todo o tempo da humanidade. A corrupção é erva daninha e se encontra presente e enraizada no coração (íntimo), do ser humano. Não nos causa satisfação saber disso, ao contrário gera tristeza. A afirmação feita pelo profeta traz a nós a confrontação com todo o nosso otimismo vão e fútil de “bondade inerente à espécie humana”. Somos maus.

As propostas seculares e meramente humanas para solução desta “inclinação” são apresentadas como determinativas da erradicação dos problemas ligados à maldade e a violência.

Há quem afirme ser a educação a solução para tal realidade. Sem dúvida, podemos e devemos nos empenhar para promover a educação e instrução das pessoas. Mas, não podemos ser ingênuos e deixarmos de perceber que isso não levará ao desaparecimento da maldade social e individual. Há intelectuais e doutos que são desumanos e responsáveis por muitas barbáries. As tropas SS alemãs foram as de mais alto nível cultural que já existiram. No entanto, conhecemos a história deste agrupamento bélico em suas manifestações de violência e maldade.

Há os que afirmam ser a justa distrubuição de riquezas a solução do problema. Havendo emprego digno para todos, haverá eliminação das formas de violência e maldade. Claro que também concordamos com a necessidade de medidas sócio-político-econômicas para que ocorra menos injustiça social e mais justa distribuição de riquezas. No entanto, imaginarmos que resolvido isso, ocorrerá elininação da violência, é dizer, levianamente, que pobre é violento, criminoso e responsável pela mazela social vigente. Há pessoas bem empregadas e ricas que são responsáveis por situação de prática hedionda de violência, tortura e corrupção, evidenciando que não se trata apenas de emprego e dinheiro.

A corrupção do coração humano encontra sua solução em Cristo Jesus. Não em mera religiosidade ou vinculação a alguma religião, mesmo a cristã. Trata-se de entrega da vida a Jesus Cristo, bem como aceitação e vivência de Seus ensinos, na condição de Novo Ser (homem ou mulher), tendo a mudança interna em seu coração determinado a mudança externa em seus atos e comportamento. Na expressão do profeta Ezequiel vemos a solução e a verdade: “Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis. “(Ez. 36: 26-27)”. A solução para o coração humano corrupto é o coração puro que o Senhor Jesus tem implantado em nós. Receba este novo coração e viva por ele.

Deus o (a) abençoe.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 15 de abril de 2007

PORTA DA ESPERANÇA

ANO LXIV - domingo, 15 de abril de 2007 - Nº 3207

Porta da esperança (Oséas 2: 15)

É possível que a expressão contida no versículo apontado e que está encimada neste texto, traga à mente de muitos um programa de televisão no qual pessoas manifestavam um determinado pedido e o apresentador do dito programa fazia um grande suspense em abrir uma “porta” onde poderia estar ou não o objeto do pedido feito pelo participante. Às vezes ocorria o fato de que aquela “porta de esperança” transformava-se em “porta de desilusão”, pois o pedido não era atendido.

Quando lemos o texto apontado percebemos que a porta da esperança citada é o Vale de Acor. Isto nos remete ao livro de Josué (7:24-26), onde encontramos o passo histórico de sua origem. Este vale é assim chamado por causa de Acã e seu pecado ensejador de sua punição bem como da família. “Akar” tem o significado de “perturbação, conturbação”. De fato, houve perturbação dentro de Israel por causa da transgressão cometida por Acã, gerando a manifestação punitiva do Senhor. No entanto, o Deus da graça, da misericórdia, da benevolência, da bondade e da longaminidade transmudou um lugar de perturbação em portal de esperança. Este é o Senhor nosso Deus. Louvado seja o Seu glorioso Nome.

Hoje, temos também uma gloriosa e maravilhosa “porta da esperança”; Jesus. Ele é O que tem sido estabelecido pelo Pai como lugar de ingresso para a geração e alimentação de nossa esperença. Nesta porta, diferentemente daquela do programa de tv, jamais haverá frustação para o que vai até ela. Ali sempre será concedido encontrar a satisfação de suas angústias e aflições, a cura de seu vazio existencial e interior, a restauração de sua paz de espírito. Jesus é esta “porta da esperança” ao alcance de sua mão. Vá até Ele, entre por Ele por meio da fé, a fim de ser revestido de toda esperança, lançando fora sua derrota, perturbação, angústia e ansiedade. Felizes e bem-aventurados os que encontram e entram por essa bendita “Porta da Esperança”.

Deus o (a) abençoe.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 8 de abril de 2007

VAZIO

ANO LXIV - Domingo, 08 de abril de 2007 - Nº 3206

VAZIO (Lucas 24:1-7)

Esta é a época do ano em que vivemos o clima de celebração da esperança. As comemorações do mundo cristão evangélico nos fazem pensar no triunfo da vida sobre a morte, ao anunciarmos a vitória do Senhor Jesus sobre o poder e a força do sepulcro e da sepultura (“as portas da sepultura não prevalecerão contra a minha Igreja” Mt.16:18).

De fato, na manhã radiante daquele primeiro dia da semana houve a constatação: “O túmulo está vazio”. Este era um fato absoluto e totalmente novo. Agregava-se à história da Páscoa uma ocorrência que mudaria o foco de atenção de apenas morte, para a explosão e exuberância de vida. O Cordeiro Pascal que era morto, era também consumido na refeição da Páscoa hebréia. Dali em diante o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, Jesus Cristo, já não é vítima impotente da morte, mas torna-se seu algoz e carrasco. Na ressurreição de Cristo vemos a consumação de Sua Obra na terra quando, de fato, contemplamos a morte da morte na morte de Cristo, graças à Sua triunfal e retumbante ressurreição. Não mais um Cristo (Messias, Ungido) vencido, alquebrado, ferido, impotente e morto. Mas, um Cristo vitorioso, vigoroso, restaurado, poderoso e vivo para sempre. Não somos cultuadores da morte ou proclamadores de sua perpetuação por meio de arte equivocada e imprópria com a prisão permanente de Cristo à cruz, fazendo-O perpetuamente prisioneiro dela no crucifixo. Somos anunciadores destes gloriosos e maravilhosos vazios: a cruz está vazia; o sepulcro está vazio. Ele ressuscitou, não está mais ali. Não mais retido e cativo da morte, mas seu Senhor absoluto e Soberano sobre ela. Do céu à terra; da terra à cruz; da cruz ao sepulcro; do sepulcro à vida e nesta ao Céu.

Proclamemos e anunciemos esta verdade que distingue o autêntico cristianismo evangélico de outras religiões: o sepulcro está vazio, a morte está vencida, Jesus ressuscitou. Tenhamos certeza de que, à exemplo de Cristo, haveremos de ressuscitar para a glória eterna com o Senhor.

Neste domingo falemos, propalemos, exultemos e cantemos porque: “Ele não está no sepulcro; aleluia, ressuscitou”. O túmulo está vazio para que nossos corações e vida estejam cheios de Sua graça, triunfo e vitória.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 25 de março de 2007

OPOSIÇÃO, RESISTÊNCIA E DESOBEDIÊNCIA

ANO LXIV - Domingo, 25 de março de 2007 - Nº 3204

OPOSIÇÃO, RESISTÊNCIA E DESOBEDIÊNCIA (Atos 5: 29)

“Como ovelha muda perante os seus tosquiadores ele não abriu a sua boca” (Isaías 53:7 b). Este é um texto deveras sublime e aplicável ao Servo Sofredor, o Senhor Jesus. Ele, de fato, não abriu Sua boca , curvou-se àquelas circunstâncias por ser vontade do Pai.

Porém, irmãos(ãs), embora sejamos também ovelhas do Aprisco do Senhor, não podemos nos manter silentes, calados e mudos diante de decisões e deliberações legislativas que nos afrontam e, assintosamente, tripudiam e vilipendiam os princípios da fé cristã.

A tramitação de projeto de lei que estabelece como crime passível de pena de reclusão de até 05 (cinco) anos, a qualquer forma de restrição às manifestações sociais de demonstrações públicas de afetividade de pessoas do mesmo sexo (beijar em público, assentar no colo, etc.), ou cerceamento de ingresso (não freqüência, mas integração como sócio, associado, membro, etc.) em qualquer instituição pública ou privada de pessoas que tenham preferência ou opção sexual convergente para alguém do mesmo sexo, seja homossexual, transsexual, travesti , etc.

São os nossos representantes que estão fazendo isto. São aqueles que o povo escolheu para conduzi-lo, dirigi-lo e governá-lo. A omissão dos justos e retos é a oportunidade dos iníquos e ímpios.

Tenho convicção de que as pessoas não podem ser impedidas do exercício de seus direitos como cidadão. Não se pode agir com violência física (ou de qualquer ordem) contra pessoas que têm esta opção sexual. É preciso haver respeito. No entanto, é necessário que haja limites e os que assim desejam viver (em afronta aos ditames da fé cristã revelada em nossas Escrituras Sagradas) precisam saber que suas atitudes não são aceitáveis, nem apoiadas por outros que mantém firme sua convicção e fé cristã.

Pessoas que tenham este comportamento e que queiram entrar e participar dos cultos serão bem vindas como deve ser em um ambiente de culto cristão. Mas, sua integração à membresia da Igreja não poderá ser admitida se são praticantes de tal forma de vivência sexual. Não é discriminação, é fidelidade a Deus e à Sua Palavra. Aplica-se o mesmo princípio ao ladrão, assassino, adúltero, etc. Se deixam e abandonam tal comportamento são admitidos, caso contrário não o são.

Aprovando tal legislação abrimos a porta para admissão da pedofilia (ainda crime), necrofilia (ainda crime), etc, já que são manifestações de sexualidade. “Estas formas são doentias, portanto, é algo diferente”; poderão alegar. Até quando (a homossexualidade já foi vista como manifestação doentia)? Dentro em pouco tempo poderão já não ser vistas mais desta maneira. Os que assim se comportam, reivindicarão seus direitos como cidadãos e a criminalização do impedimento da manifestação de sua opção sexual.

Irmãos, é tempo em que se começa a exigir de nós postura de confrontação e desobediência civil mais uma vez, tendo em vista a imoralidade que se pretende assentar por via da lei. Não tenhamos dúvida: “importa mais obedecer a Deus que aos homens” (Atos 5:29). Amamos, em Cristo, as pessoas que assim têm manifestado sua preferência sexual, mas repulsamos e repudiamos seus atos por entendermos serem contrários às diretrizes do Senhor Deus, expostas e firmadas em Sua Palavra.

Rejeitemos tal propositura legislativa lutando de todos os modos lícitos contra esta posição, assumindo os riscos todos de nossa convicção de fé, resistindo ao pecado, se necessário, até à prisão e ao sangue (Hebreus 12:4). Enchamos, pela fidelidade a Deus, as prisões deste país. Deus tenha misericórdia deste brasil (letra minúscula).

Rv. Paulo Audebert Delage

domingo, 18 de março de 2007

PORTA FECHADA

ANO LXIV - Domingo, 18 de março de 2007 - Nº 3203

PORTA FECHADA (Gênesis 7:16)

Torna-se difícil imaginar nosso sistema social ligado à engenharia e arquitetura, sem a figura da porta. A porta é o elemento que estabelece a interligação de dois (ou mais) ambientes e propicia a transposição de um para outro. É instrumento de privacidade (banheiros) e segurança (casas, lojas, etc). O uso figurativo da porta no universo lingüístico é muito comum. Usa-se para dizer que “uma porta de emprego está aberta naquela empresa”, ou então “que existe uma porta de esperança aberta quanto ao tratamento”. Porta é também sinônimo de oportunidade presente (aberta) ou passada (fechada) comumente empregada neste sentido no âmbito das Escrituras Sagradas cristãs.

A referência que temos no texto apontado neste artigo é sobre a arca construída por Noé, na qual Deus fez preservar a vida em um contexto de juízo e destruição que se abateu sobre o mundo de então. Durante um longo tempo Noé pregou a todos os seus contemporâneos. Falava-lhes de Deus e Sua graça , mas também de Sua justiça e juízo. Enquanto construia a arca, pregava. A porta estava aberta. As pessoas não se importavam com tal postura, ridicularizavam e zombavam daquele anunciador da justiça que os chamava ao arrependimento e à fé. Como João Batista, Noé clamava no deserto. Mas, a porta estava aberta.

O tempo do relógio de Deus atingiu seu final e esgotou-se. A areia da ampulheta de Deus se escoara totalmente. Começa a chover. Os céus se rompem em um verdadeiro dilúvio. A porta é fechada e trancada por fora. Não há possibilidade de abrir. Desespero, angústia, choro, gritos, lamentos, blasfêmias, súplicas. Nada adianta. Tudo vão. A PORTA ESTAVA FECHADA.

Hoje esta história volta a ocorrer. Deus está exercitando sua paciência e graça. Os pregoeiros da graça e da misericórdia divinas estão trabalhando e chamando as pessoas ao arrependimento e à fé em Cristo. Muitos há que têm ouvido e entrado por esta porta ainda aberta. Entre você também por esta porta que é Jesus, aberta a todos ainda hoje. Aproveite a oportunidade, pois como nos dias de Noé esta porta também será fechada e as chances desaparecerão. Entre agora e experimente a certeza de segurança de salvação em Cristo Jesus e receba a vida eterna, lembrando-se do que disse Jesus: “então os que estavam preparados entraram com ele para a grande festa ; e FECHOU-SE A PORTA” (Mateus 25:10).

Deus o (a) abençoe.

Rv. Paulo Audebert Delage

domingo, 25 de fevereiro de 2007

DIAS MAUS, TEMPOS DIFÍCEIS

ANO LXIV - Domingo, 25 de fevereiro de 2007 - Nº 3200

DIAS MAUS, TEMPOS DIFÍCEIS (2 Tm.3:1 )

Às vezes assalta-nos a dúvida: falar sobre o que já foi exaustivamente dito ou calar-nos? Os fatos ocorridos recentemente na cidade do Rio de Janeiro, envolvendo a barbárie contra um menino arrastado pelas ruas, por vários quilômetros, amarrado ao cinto de segurança do carro de sua família que fora roubado, nos leva a pensar sobre nossa situação social hodierna.

Que fazer com todos os implicados nesta situação aziaga e deplorável? Àqueles que perpetraram tão nefanda ação, esperamos que sejam punidos devidamente pela Justiça, mesmo sabendo que as penas aplicadas não cobrirão os danos causados à família, nem tampouco farão retornar à vida a criança atingida, sem levar em conta que tais penas não serão cumpridas em sua integralidade pelos benefícios da legislação criminal, além do que o menor infrator (não criminoso) receberá, no máximo, 03 anos de “medida sócio-educativa” de restrição de liberdade.

À família, postamo-nos com total solidariedade, orando a fim de que haja consolação da parte de Deus sobre seus corações dilacerados por esta manifestação hedionda de violência contra seu pequeno filho.

Pela vítima direta, na dimensão de nossa fé e à luz de nossas Escrituras Sagradas, já não há nada que possamos fazer, a não ser descansar na esperança dos ditos de Jesus: “dos pequeninos é o Reino dos Céus”.

O texto de Paulo apontado acima já nos alertava sobre estes “tempos difíceis”. Temos consciência de que em tempos de antanho houve muita manifestação de violência, covardia e crueldade, não sendo isto prerrogativa apenas de nossos dias atuais. No entanto, parece-nos que tais manifestações vão se tornando cada vez mais comuns e mais bárbaras, fazendo com que ocorra a vulgarização da violência e bagatelização da vida humana, gerando em nós uma certa ambientação e conformação a tudo isto, levando-nos a considerar tais ocorrências com certo grau de “naturalidade” e acomodação. Se tivessem só assaltado, ou se quem morreu fosse adulto e tivesse levado um tiro ou uma facada... Já nos esquecemos do ônibus incendiado. Notícia passada.

Irmãos, os “dias são difíceis”, mas nós não podemos nos acomodar a isto, é mister nos posicionarmos em oração e em beligerância civil, a fim de vermos este quadro social gravíssimo ser alterado para melhor. Nossa responsabilidade como Igreja é imensa e não podemos nos furtar à liça. “Nossas armas não são carnais, mas poderosas em Deus para destruir fortalezas” (2Co 10:4), usemo-las, portanto, com autoridade e unção como combatentes nesta cruzada contra a violência e em prol da vida em nossos dias. Precisamos ser diferentes. Temos que fazer diferença.

Deus o (a) abençoe.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 18 de fevereiro de 2007

CARNAVAL: CINCO DIAS DE INTENSA BATALHA ESPIRITUAL

ANO LXIV - Domingo, 18 de fevereiro de 2007 - Nº 3199

CARNAVAL: CINCO DIAS DE INTENSA BATALHA ESPIRITUAL

Várias são as explicações da origem da palavra “carnaval”. Atualmente a mais aceita é a que liga a palavra "carnaval" à expressão carne levare, ou seja, afastar a carne, uma espécie de último momento de alegria e festejos profanos antes do período triste da quaresma.

A famosa poetisa Cecília Meireles (1901-1964) retrata, do ponto de vista secular, a respeito desta data “insigne”, porém efêmera: “Terminado o Carnaval, eis que nos encontramos com os seus melancólicos despojos: pelas ruas desertas, os pavilhões, arquibancadas e passarelas são uns tristes esqueletos de madeira; oscilam no ar farrapos de ornamentos sem sentido, magros, amarelos e encarnados, batidos pelo vento, enrodilhados em suas cordas; torres coloridas, como desmesurados brinquedos, sustentam-se de pé, intrusas, anômalas, entre as árvores e os postes. Acabou-se o artifício, desmanchou-se a mágica, volta-se à realidade".

Do ponto de vista bíblico e segundo o registro de Lucas 22:53, o período de “Carnaval” pode ser comparado ao que o Senhor Jesus descreveu como sendo “a hora e o poder das trevas”. É a predominância da devassidão, da luxúria, quando a cidade assume a identidade e características de “Sodoma e Gomorra”. Tudo acontecendo de maneira cada vez mais explícita, mais despudorada, sem arrependimento, sem constrangimento, sem ninguém mais se importando em manter as aparências. È a hora em que o Brasil de fato “jaz no Maligno”. É quando os “carnavalescos prostrados adoram a Satanás”.

Mas em meio a este intenso frenesi de paixões, orgias, glutonarias, bebedices desenfreadas, e em detestáveis idolatrias, firmada sobre a Rocha, está assentada a gloriosa Igreja de Jesus. Os adoradores do Aba Pai crêem nas palavras de Jesus: “mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (João 6:33).

Enquanto o mundo extasiado está sorvendo o “cálice de ouro transbordante de abominações e com as imundícias da sua prostituição”, e o Estado dá sua modesta contribuição, distribuindo gratuitamente centenas de milhares de preservativos à população, uma poderosa Igreja militante ergue-se altaneira, proclamando: “A Igreja de Jesus, é o sal da terra; o sal da Igreja de Jesus é sal sápido”. A Igreja é o purificador e o preservativo moral em um mundo onde os padrões morais são baixos, instáveis ou mesmo inexistentes.

A Igreja de Jesus possui a realidade daquilo que professa, da mesma forma que o sal apresenta a propriedade que esperamos dele. Ela é a “igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito”.

Queremos neste espaço, homenagear a nossa UMP, que nestes cinco dias, onde nas ruas das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, entre outras, imperam “trevas, e nuvens, e escuridão”, nossos jovens alojaram-se lá no RECANTO PRESBITERIANO REV. PÉRCIO GOMES DE DEUS, na cidade de Tietê. Estão reunidos onde Jesus aparece magnificente: sobrevestido de glória e majestade, onde o principal objetivo é mostrar, ao vivo e em cores, a Satanás, que os moços e moças da nossa UMP têm vencido o Maligno.

Ali nossos jovens se reciclam, se disciplinam, estudam, meditam na Palavra e testificam, serem o sal da terra; adquirem aptidão para dar seu testemunho de fé, e ao mesmo tempo rogam ao Espírito que a luz que emitem ao seu redor, tenha origem Naquele que é supremamente a Luz do mundo.

Quando nossos jovens voltarem do “acampamento”, devem viver, estudar e trabalhar em lugares onde sua influência seja sentida, e que a luz da verdadeira bondade cristã, possa expressar-se em atos reais de gentileza e serviço; que os nossos jovens estejam perfeitamente habilitados, aptos a levar esperança e soerguimento a outros tantos jovens “do lado de lá”, que precisam conhecer Jesus, para que eles um dia também possam dar honra e louvor ao Doador desta maravilhosa luz.

Quando eu pensava como daria o fecho final para esta palavra pastoral, veio-me à mente o diretor de uma famosa Escola de Samba, cuja mente por muitos anos foi privada da verdade, mas que um dia, pela graça irresistível do nosso Deus, ele conheceu a Verdade; ele e toda sua casa foram libertos por Jesus, e tiveram um encontro real com o Deus dos impossíveis.

Há vários anos este nosso irmão exerce o oficialato aqui na IPVM. Louvado seja Deus, que mesmo na mais cruenta batalha espiritual, em Jesus, nós somos mais do que vencedores, não apenas nestes poucos cinco dias de batalha, mas sempre! Aleluia! Amém!

Pb. Nelson Schlittler

domingo, 11 de fevereiro de 2007

COMO ESTAMOS OFERTANDO AO SENHOR?

ANO LXIV - Domingo, 11 de fevereiro de 2007 - Nº 3198

COMO ESTAMOS OFERTANDO AO SENHOR?

Jesus era um mestre na arte da observação. Invariavelmente, Ele procurava observar a criação, os acontecimentos à sua volta, os hábitos e costumes das pessoas, a fim de utilizá-los em suas parábolas, ensinos e conversas com os seus discípulos.

Em Marcos 12:41-44, encontramos Jesus no templo, mais precisamente no pátio das mulheres, onde ficavam 13 cofres em forma de trombeta. O que Jesus fazia ali? Ele estava observando “como o povo lançava ali o dinheiro”. Ele observou que muitos ricos depositavam grandes somas de dinheiro, pois pelo barulho que as moedas faziam ao serem colocadas no gazofilácio e pelo tempo que elas percorriam até chegar ao fundo do mesmo, era possível dimencionar o volume das ofertas.

Mas o olhar de Jesus não se demorou nos ricos. Ele se deteve numa mulher anônima, viúva e pobre, que colocou no tesouro apenas duas moedas, dois leptos, a moeda de menor tamanho e valor. Jesus, então, aproveitou aquele momento para ensinar preciosas lições aos seus discípulos e, por extensão, a todos nós também.

Uma primeira lição é que Jesus não somente vê o que ofertamos, mas como ofertamos. Seu olhar não fica na superfície, mas penetra profundamente, atinge o coração e vê o que está no íntimo de cada um de nós. Ele sabe que, muitas vezes, a generosidade externa esconde a escassez no íntimo, ao passo que a generosidade interna dá sentido à escassez externa. Foi por isso que aquela viúva ofertou mais que todos os outros. Ela não deu as sobras, mas tudo! O nosso Deus não está à cata de sobras. Ele quer o nosso tudo, a nossa vida, enfim, aquilo que somos , temos e fazemos. Que as nossas ofertas ao Senhor sejam, de fato, uma expressão sincera e verdadeira do seu Senhorio sobre nós.

Uma segunda lição é que aquela mulher, não obstante trazer tão irrisória oferta aos olhos humanos, não abriu mão do privilégio de ofertar ao Senhor. Ela sabia que não somos avaliados pela quantidadae daquilo que trazemos ou damos, mas pela fidelidade, pela nossa obediência e disposição em dar. Além disso, ao colocar no gazofilácio todo o seu sustento, ela se colocou totalmente nas mãos de Deus, na dependência de Deus, revelando assim o quanto ela confiava Nele.

Finalmente, nós aprendemos que ninguém é tão pobre que não possa dar nada ao Senhor. E, não estamos falando apenas de dinheiro. Falamos de dons, talentos, potencialidades. Ninguém é insignificante, descartável aos olhos de Deus. Portanto, não se descarte e nem se negue para Ele, mas entregue-se completamente em suas mãos.

Rev. José Roberto Silveira

domingo, 28 de janeiro de 2007

ORAI TAMBÉM POR MIM

ANO LXIV - Domingo, 28 de Janeiro de 2007 - Nº 3196

Orai também por mim”.
Êxodo, 8:28 (final)

A prece e a oração fazem parte da experiência da humanidade na relação com a religião e o sagrado. É muito difícil que alguém rejeite a feitura de uma oração a seu favor, mesmo que seja por mera delicadeza e até pense: “se não faz bem, mal também não faz” ou por respeito à opinião do outro.

A expressão que temos encimando este escrito, à “prima face” pode parecer altamente positiva e extremamente boa. No entanto, ao analisarmos o contexto em que está inserta, parece-nos desvanecer-se tal idéia. O solicitante ou suplicante é o grande e poderoso Faraó do Egito, já agora abalado pelas manifestações poderosas de Javé. Tal situação faz com que aquele suserano se torne suscetível a uma tentativa de possível abrandamento ou arrefecimento da ira deste “deus”, que se demonstra e manifesta tão portentoso. Vemos que não é uma atitude de fato sincera, posto que aquele mandatário não manterá sua palavra e voltará a posicionar-se zombeteiramente, mantendo o povo cativo e, descumprindo o que houvera prometido e dito a Moisés.

Há, a exemplo de Faraó, ainda hoje, aqueles que se voltam para nós com o fito de nos pedirem o mesmo que aquele soberano do passado: “ore por mim”. Todavia, o que vemos, em muitos casos, é um mero desejo ou interesse em relação a determinado benefício que poderá ser alcançado pela oração a seu favor; porém nada mais que isto. Não há desejo em conhecer Àquele a quem se vai orar, não há interesse em comprometer-se com Aquele que responderá a prece; não há vontade de compromissar-se, de fato e de verdade, com inteireza de alma, entendimento e coração com Deus a quem se vai orar. Interessam apenas o benefício imediato, a ajuda pronta, o socorro momentâneo.

Tenhamos, pois, o cuidado de não nos tornarmos como Faraó que via em Deus e na oração apenas um modo rápido de resolver uma dificuldade que nos aflige; porém, seja nosso coração levado a pedir que orem a nosso favor, mas com desejo real e autêntico de conhecermos e aceitarmos incondicionalmente em nossa vida Aquele a quem oramos. Não peça apenas que orem por você, se-entregue irrestritamente ao Senhor Jesus e receba bem mais que a simples solução de um problema terreno, alcance a paz e a vida eterna.

Ao nos pedirem “ore por mim”, ore, mas, também fale da vida eterna que há somente em Cristo Jesus.

Deus o (a) abençoe.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 21 de janeiro de 2007

INESPERADO

ANO LXIV - Domingo, 21 de Janeiro de 2007 - Nº 3195

INESPERADO

Alguém está andando tranqüilamente na rua que aparenta toda segurança e estabilidade quando, subitamente, o solo se desloca, a terra se move e o chão desaparece de sob seus pés e se vê engolido pela terra.

Outro está desenvolvendo seu trabalho no transporte coletivo de passageiros e seu veículo está em perfeito estado, trânsito tranqüilo sem engarrafamento, tudo em ordem e calma. Repentinamente seu veículo é tragado para dentro de um vão que se abre inexplicavelmente e o ônibus que dirigia é literalmente tragado pela massa de terra que cedera.

Vimos e ouvimos sobre esta tragédia. Somos levados a indagar os motivos de tal ocorrido. Negligência dos construtores? Conjugação de fatores naturais para ocorrência deste episódio? Há responsabilidade de quem em tudo isto? Perguntas que indagarão do porquê destas pessoas estarem naquele instante naquele lugar, etc.

É grande a dor dos que perderam familiares nesta lamentável e lastimável tragédia. Com todos eles somos solidários em sua dor.

Há, no entanto, um ponto de devemos ressaltar neste ocorrido; o inesperado. Foi algo sobre o que não havia a mínima previsão de ocorrência. Ninguém imaginaria que algo desta proporção pudesse acontecer. Porém, tantos foram atingidos. Este aspecto do inesperado nos leva a vermos a necessidade de estarmos preparados, pois não sabemos quando seremos vitimados de igual modo. Assim, é preciso que tenhamos nossa vida colocada nas mãos do Senhor e andemos com Ele continuamente , posto ninguém saber “o dia ou a hora” . Deste modo é mister que vigiemos.

Esteja sua vida entregue ao Senhor Jesus como seu salvador, para que seu preparo seja constante no enfrentamento do inesperado . Deus o abençoe e guarde.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 14 de janeiro de 2007

EXAUSTÃO

ANO LXIV - Domingo, 14 de Janeiro de 2007 - Nº 3194

Exaustão
( I Samuel 14:28 e 31)

Há nestes dois versículos das Escrituras referência ao estado do povo de Israel naquele contexto social e político ; diz-se : “ o povo estava exausto” “o povo se achava exausto em extremo”.

A situação era difícil tendo em vista a dominação e constante ameaça filistéia, o que gerava permanente estado de humilhação e sobressalto a Israel.

A este fator agrega-se o “modus vivendi” de seu rei, Saul. Sua liderança e conduta doentias estavam colocando o povo em situação de angústia e aflição suprimindo-lhe a esperança e ânimo para batalhar e seguir adiante. A exaustão se instalara e o desânimo passara a dominar aquele povo já minado em seus ideais e sonhos.

Nossa situação como nação vai chegando a esta mesma condição quando se torna comum ouvir: “Não dá mais para agüentar”; “não suporto mais esta situação”, etc. De fato, a situação de corrupção e as notícias que são veiculadas sobre a impunidade de tantos fazem com que nos sintamos exauridos e esgotados em nossas esperanças. Devemos notar, no entanto, que o fator de maior determinação do cansaço humano existencial é a corrupção humana, fruto da presença destrutiva do pecado na alma. Estes fatores conduzem ao cansaço , à exaustão e ao esgotamento extremos.

Mas, bendito seja o Senhor por meio de Quem experimentamos a bênção da restauração e do refrigério. A palavra de Jesus é bálsamo ao nosso coração nestes tempos de esgotamento de esperança quando O ouvimos dizer: “venham a Mim todos vocês que estão cansados e exaustos e Eu lhes darei alívio”.

Nossa palavra de ânimo e incentivo é esta : vá a Jesus, deposite diante dEle seu cansaço, lance sobre Ele sua exaustão e opressão e receba o refrigério, usufrua a restauração, vivencie o ânimo novo e a paz que “excede a todo entendimento” que só Jesus pode lhe dar.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 7 de janeiro de 2007

UNIDADE NA PLURALIDADE

ANO LXIV - Domingo, 07 de Janeiro de 2007 - Nº 3193

UNIDADE NA PLURALIDADE
(Efésios 4:15-16)

Nas páginas do Novo Testamento várias figuras são usadas para ilustrar a Igreja de Cristo. Uma das favoritas de Paulo é o corpo. Esta figura é recorrente nos escritos paulinos e traz consigo ensinos de profundo valor e significado para nós como Igreja ainda hoje. Alguns princípios devem estar presentes em nossa experiência como Igreja Cristã , Corpo vivo do Senhor, a saber:

1º) Importância do Outro e de Todos: Neste sentido Paulo deixa claro o fato de que todos os membros têm sua importância na estrutura unitária do Corpo. Ele não diz que todos têm igual importância ou valor, mas destaca a verdade de que todos são importantes para a harmonia e funcionamento adequado do todo.

2º) Respeito ao Outro: Como decorrência da visão da importância de todos, surge a compreensão quanto ao respeito pelo outro. No contexto do corpo é preciso haver respeito mútuo entre os membros, manifestando o que na linguagem paulina é assim expresso: “preferindo-vos em honra uns aos outros” (Rm.12:10). O desprezo, o desdém e o menos cabo não podem encontrar agasalho no ambiente do Corpo de Cristo, a Igreja do Senhor.

3º) Necessidade do Outro: O corolário natural que segue aos dois anteriores é a percepção da necessidade existente em relação ao outro. É claro que, às vezes (por situação de acidente ou violência), poderá ocorrer a supressão de algum elemento integrante do corpo. Mas, esta situação não elimina a verdade de que aquela parte seccionada seja necessária. Sua ausência, falta ou supressão determinará ônus para outra parte e desequilíbrio na estrutura harmônica do corpo.

4º) Cooperação com o Outro: Por fim, fica claro o imperativo da cooperação de todos para o benefício de todos. A inoperância de um poderá gerar colapso no todo. A mão não pode entrar em “greve” contra o estômago e pensar que o dano será só do estômago. Não somos partes isoladas e estanques, mas uma unidade que é afetada pela inércia ou inoperância de qualquer membro. Ouçamos o que nos diz o apóstolo Paulo: “pela justa cooperação de cada parte, efetua seu próprio crescimento”. Oremos e trabalhemos para que estes princípios sejam manifestos enfaticamente na vida e experiência de nossa amada e querida IPVM, a fim de vivenciarmos nosso “próprio aumento para a edificação de nós mesmos em amor”. Pela graça de Deus e para Sua glória.

Rev. Paulo Audebert Delage

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.