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domingo, 27 de novembro de 2016

ABUSO DE AUTORIDADE

ANO LXXIV - Domingo, 27 de novembro de 2016 - Nº 3709

ABUSO DE AUTORIDADE

Penso que se houvesse uma pesquisa abrangente e séria sobre o tema “abuso de autoridade”, a resposta da maioria haveria de ser em desfavor de tal prática, ou seja, as pessoas não admitem que haja “abuso”, exagero ou excesso no exercício da autoridade, ultrapassando os limites da lei, do direito e da justiça, subtraindo direitos do cidadão ou desconsiderando sua condição de amparo sob o manto da lei. O abuso de autoridade, em qualquer esfera ou área, deve ser, em princípio, rejeitado ou rechaçado por colocar em risco a estrutura básica do direito do cidadão.

Tramita (em regime de urgência) no Senado Federal projeto sobre abuso de autoridade. Tal projeto foi proposto pelo presidente daquela Casa Legislativa, tendo como foco penalização criminal e pecuniária dos agentes responsáveis por investigação e ou ação criminal (policiais, delegados, promotores e juízes) que agirem em desconformidade com a lei. No entanto, pelo que se vê, não se trata de interesse movido pelo fato de alguns cidadãos comuns estarem sendo atingidos pela suposta exorbitância e truculência das autoridades constituídas, parece ser por medo e temor de serem eles (legisladores) atingidos por investigações que lhes possam comprometer e levar a condenações, como temos visto acontecer com figuras de elevado escalão na esfera política e empresarial do país, coisa que seria inimaginável há algumas décadas atrás. Os resultados das investigações têm sido de grande valia e gerado uma aprovação clara por parte da sociedade, tendo em vista o propósito saneador nas instituições de nosso País. Além do mais, já existe previsão legal para a penalização em caso de “abuso de autoridade” comprovado, bem como a chamada “contaminação das provas”, acarretando risco de nulidade do processo se provas forem coligidas de forma contrária à determinação legal. O responsável pela proposta e sua “urgência” é alvo de sete investigações, podendo ser feito réu em uma ou mais delas. Não significa que seja culpado delas, mas parece ser algo ligado a interesse próprio. Como se diz: “não basta a mulher de César ser honesta, precisa, também, parecer honesta”.

Temos orado para que Deus mude a “face deste país” no sentido da honestidade, integridade e lisura. Estamos chegando a um ponto de saturação em relação a tantos escândalos de corrupção. Não nos omitamos neste processo, clamemos a Deus e, se necessário for, voltemos às ruas para fazer valer a voz da responsabilidade e da justiça.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 20 de novembro de 2016

A VOZ DO POVO E A VOZ DE DEUS

ANO LXXIV - Domingo, 20 de novembro de 2016 - Nº 3708

A voz do povo e a voz de Deus

Nos anos 70, o Brasil possuía 5% da sua população evangélica, em 2000 esse percentual atingiu 15,4%, diante disso, o IBGE estima que até 2030 os evangélicos atingirão a marca de 51% da população sendo, portanto, maioria em nosso país.

Juntamente com esses dados e estimativas, surgem perguntas que são profundamente inquietantes, por exemplo: “E o número de homicídios?”, “E o número de adultérios, divórcios, abortos?”, “E os números da corrupção?” E tantas outras perguntas que revelam mais verdade sobre o nosso país do que a estimativa do IBGE.

Mas qual o link desses dois assuntos? Bom, simplesmente pelo fato de que Jesus nos disse para sermos Sal e Luz do mundo, e que sendo essa a missão de todo discípulo e discípula de Cristo neste mundo, só nos resta a triste realidade de que esses números são uma grande falácia. Por parte de quem? Certamente não do IBGE, ele apenas registra as informações que recebe. Então de quem? Bom, tendo em vista a realidade do contexto evangélico nacional, nota-se um empobrecimento obsceno no ensino das Escrituras, por parte dos líderes das maiores denominações neopentecostais do Brasil. Associado a isso, encontramos também uma ambição por prosperidade tão grande vinda desses membros que os ensinamentos de Jesus, quando não estão de acordo com as vias para a prosperidade, torna-se supérfluo. Para não atirar somente pedra no telhado do vizinho, o nosso também é de vidro, nesta semana prenderam Antony Garotinho, membro da Igreja Presbiteriana Luz do Mundo, Rio de Janeiro, anunciado em todas as mídias, que além de corrupto, era também presbiteriano.

De um lado, líderes gananciosos, de outro membros voltados para seus próprios interesses, de outro lado ainda, um mundo carente de sabor e luz. Um dia seremos maioria, um dia alcançaremos o título de nação evangélica, mas se Jesus não for o Senhor em cada coração, somente o IBGE identificará isso. Termino esse artigo, com uma frase dita por um pensador Cristão, quando meditava sobre esse assunto, “Que Deus nos livre de uma nação evangélica”, acrescento “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor”.

Rev. Gustavo Bacha

domingo, 13 de novembro de 2016

COISA BOA

ANO LXXIV - Domingo, 13 de novembro de 2016 - Nº 3707

COISA BOA

... Abias... se achou nele coisa boa para com o Senhor...” ( I Reis 14: 13)

O texto acima faz referência a Abias filho de Jeroboão, rei de Israel. Não deve ser confundido com Abias filho de Roboão- rei de Judá (15: 1). É destaque o que se diz sobre esse filho de Jeroboão ressaltando haver sido achada nele “coisa boa para com o Senhor”. É interessante que se trata de um menino e que adoecera, vindo a morrer de tal enfermidade (14:1), mas, de alguma forma, este menino foi o único da casa de Jeroboão a ser enterrado, pois os demais foram devorados pelos cães ou aves (11). Jeroboão foi um rei idólatra em Israel e conduziu o povo ao pecado, perversão e idolatria. No entanto, surpreendentemente, houve no coração de seu filho Abias “coisa boa para com o Senhor”.

O nome dele (ainda que tal fato não seja determinante de expressão de vida) tem significativa importância, pois o sentido é “Iavé é pai”, isto é, Deus é pai. Claro que não foi apenas algo do nome o elemento a lhe dar este destaque nas Escrituras e se “achar nele coisa boa”, nem tampouco o privilégio de ser honrado com sepultura digna. Seu pai, como disse, era idólatra e sua mãe (egípcia) era, igualmente, pessoa que não tinha vínculo com o Senhor. Como foi então que tal fato se tornou presente na vida de Abias? É um mistério sem indicação clara na Bíblia com relação à sua solução. No entanto, podemos admitir duas possibilidades: a primeira poderia se cogitar que fosse um bebê e, como tal, salvo pela graça de Deus na Pessoa de Cristo, a qual nos livrou de toda condenação gerada pelo pecado de Adão, portanto, a “coisa boa” seria a graça redentora em seu coração; a segunda poderia ser o fato de haver sido instruído sobre a genuína e verdadeira fé em Iavé, levando-o, mesmo sendo menino, a entregar-se a Ele e tê-lo como seu Senhor. Caso a hipótese verdadeira seja a segunda, a pergunta é como isso teria acontecido sendo o pai e a mãe idólatras? A resposta estaria na influência recebida de uma criada ou algum instrutor temente a Deus. Neste caso podemos perceber a importância da influência nossa sobre os meninos e meninas em sua formação. Pais, mães, professores de criança da EBD, plantonistas do berçário, participantes dos “cultos infantis”, empregadas domésticas e ou professores (as) vejam que coisa maravilhosa (mas que responsabilidade) a possibilidade de ser instrumento de salvação de uma criança (menino ou menina), levando-o a conhecer a Deus e fazendo com que possa haver em seu coração “coisa boa para com o Senhor”. Creia, invista, ore e clame por aqueles que você tem podido orientar, educar, criar ou instruir, a fim de que Deus realize a obra de salvação na vida deles.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 6 de novembro de 2016

AS COISAS IAM MAL

ANO LXXIV - Domingo, 06 de novembro de 2016 - Nº 3706

AS COISAS IAM MAL

“[...] lhe chamou Berias, porque as coisas iam mal na sua casa” (I Cr.7:23).

Temos, em nosso texto transcrito acima, um péssimo exemplo em relação à escolha de nomes para os filhos. O nome é derivado da palavra cujo sentido é, de fato, indicativa de que “iam mal”. Temos a informação (versos anteriores) de que circunstâncias muito difíceis haviam atingido a vida daquela família, ou seja, dois filhos haviam sido mortos quando do roubo de gado da família. Sem dúvida que esta tragédia e expressão da cobiça e violência humanas são terríveis e traumatizantes, mas, não se justifica que certo filho tenha, ao longo da vida, de sustentar pecha tão terrível, como um marco de lembrança de desgraça e amargor. Faltou sensatez àquele pai ao dar tal nome a seu filho.

Além deste aspecto ligado à escolha infeliz do nome para o filho, devemos atentar para o aspecto existencial ligado à situação daquela casa. Parece ser algo a refletir a condição de muitos lares, mesmo em nosso contexto e ambiente cristão. As coisas vão mal dentro de casa. Os relacionamentos estão se quebrando ou se tornando sem sentido e com pouca profundidade. A solidariedade e companheirismo vão desaparecendo, as rusgas, desconfianças, infidelidades, maus tratos, entre outras tantas maneiras de agir se tornam mais e mais comuns no seio da família, fazendo-nos exclamar: as coisas vão indo mal dentro de casa.

É preciso e necessário que despertemos para a urgência de ajustarmos as coisas dentro de nossa casa, não só para evitar que venham a “ficar ruins”, mas para poderem ser recuperadas e restauradas caso estejam nesta condição infeliz. A família, o lar, a casa estão sob ataque ferrenho das forças de destruição dos princípios e ensinos bíblicos. Muitos estão sucumbindo por negligência, apatia e falta de vida e firmeza em Cristo. As brechas e oportunidades estão sendo dadas aos inimigos de nossas vidas e de nossas famílias e eles não descansam, nem se acomodam no seu propósito danoso e destrutivo de ver “as coisas irem mal” em nosso lar. Postemo-nos com dependência de Deus, firmeza nos princípios de Sua Palavra e amor por Sua Cruz e colhamos com alegria a bênção de dizer: “as coisas vão bem em minha casa”. Amém.

Rev. Paulo Audebert Delage

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.