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domingo, 27 de agosto de 2017

FORÇADO PELAS CIRCUNSTÂNCIAS

ANO LXXV - Domingo, 27 de agosto de 2017 - Nº 3748

FORÇADO PELAS CIRCUNSTÂNCIAS
“e forçado pelas circunstâncias ofereci holocaustos” (I Samuel 13: 12)

Trata-se da declaração do Rei Saul buscando se justificar diante de Samuel pelo fato de haver sacrificado animais ao Senhor, realizando o que não lhe competia fazer, quebrando a determinação de Deus e levantando-se contra as ordens do profeta. A alegação feita é de haver realizado o que fez com boa intenção, que se trata de uma coisa boa e, sobretudo, que estava forçado ou premido pela circunstância daquele momento crítico. Todos estes pontos parecem razoáveis, aceitáveis e justificadores do ato praticado, porém, a censura é feita e as consequências são tremendas, acarretando, para Saul, a perda de sua condição de rei ungido de Israel.

Esta ocorrência nos traz advertências muito oportunas e sérias a nosso viver, pois vivemos em um contexto em que constantemente somos “forçados pelas circunstâncias”. Não há como escapar a este tipo de pressão ou arrocho em nosso viver diário neste ambiente competitivo de mercado e disputa ferrenha pelo sucesso e bem estar. Vemo-nos permanentemente assediados por propostas que colocam em cheque nosso compromisso de fé e obediência ao Senhor nosso Deus, levando-nos a ter que decidir por fidelidade a Ele ou sucumbir “forçados pelas circunstâncias” diante dos desafios.

Mentiras, desvios, sonegação, plágio, “cola”, sexo ilícito pré-conjugal ou extraconjugal (fora do casamento), suborno, propina, violência, discriminação, preconceito e outros tantos comportamentos reprováveis à luz da Bíblia, mas que acabamos tolerando e praticando sustentando a desculpa de que fizemos por estarmos “forçados pelas circunstâncias” as mais variadas possíveis e imagináveis. Este processo é muito cômodo a quem dele se utiliza, pelo fato de transferir de si para o outro (ou a circunstância) a responsabilidade pelo ato praticado; comportamento este observado desde o início da humanidade e registrado nas páginas do livro de Gênesis. “Não importam as circunstâncias”, pois o que se requer de nós é que “sejamos achados fiéis”, bem mais do que apenas frequentando o templo, cantando no coro, ou cumprindo rituais religiosos. Enfrentemos as circunstâncias e nos mantenhamos fiéis `Aquele que “nos chamou para sua maravilhosa luz”. Aleluia.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 20 de agosto de 2017

DURO DISCURSO!

ANO LXXV - Domingo, 20 de agosto de 2017 - Nº 3747

DURO DISCURSO!

“Duro é este discurso, quem o pode ouvir?” (João 4: 60)

Nem sempre fazemos a associação correta e adequada da Pessoa do Senhor Jesus ao que vemos registrado nos escritos evangélicos. Torna-se comum a ênfase em seu caráter de mansidão, tolerância e candura em detrimento de sua postura firme, incisiva, direta, dura e, por vezes, rude e ofensiva. O enfoque exacerbado a uma destas características desvirtua a figura de nosso Salvador Jesus. Assim, é necessário ter a visão equilibrada da doçura e firmeza, da candura e rispidez, da tolerância e da intolerância, da gentileza e da confrontação manifestos por Cristo conforme os registros que temos.

Tais padrões distintos de postura em Jesus não indicam uma pessoa desequilibrada, temperamental, explosiva, instável ou esquizofrênica. As distinções de modo de ação do Senhor Jesus estão ligadas à atitude das pessoas em relação a si mesmas e ao modo como se postavam e se “enxergavam”. Ele não demonstrava mais amor aos publicanos que aos fariseus por serem de determinada “categoria” de pessoas, mas a diferença de tratamento era devido ao modo como se portavam frente à consciência de pecado. Tanto o fariseu como o publicano eram amados e recebidos pelo Senhor, quanto por Ele rejeitados, dependendo apenas de como se viam e se colocavam.

Nosso Salvador Jesus Cristo não foi cordato ou gentil com quem se mantinha empedernido e duro ao apelo de arrependimento, não tolerou aquele (a) que não se via como pecador (a) e era autossuficiente com confiança em sua própria justiça e retidão. Portanto, muitas vezes os discursos (palavras) de Jesus foram duros e pesados e houve quem, devido a isto, o deixasse. O “Vinde a mim os que estais cansados e eu vos aliviarei...” (Mateus 11:28), está no mesmo pé do “Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?” (Mateus 23: 33). Os mesmo lábios que pronunciaram “vinde, benditos de meu Pai!” declararam: “apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno” (Mateus 25: 34 e 41). Muitos ouvindo o discurso duro de Jesus se retiraram, pois não é muito agradável a confrontação com nosso “eu” vaidoso e acomodado no pecado. Ele não se importou com isso. Seu propósito com o discurso duro era promover o arrependimento e a salvação. Mesmo ao falar com dureza o que o movia era o amor no desejo de ver as pessoas salvas. Aleluia.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 13 de agosto de 2017

IPB 158 ANOS DE EXISTÊNCIA

ANO LXXV - Domingo, 13 de agosto de 2017 - Nº 3746

IPB 158 ANOS DE EXISTÊNCIA

No dia 09 de agosto a Igreja Presbiteriana do Brasil celebrou seus 158 de existência em solo brasileiro, considerando a data da chegada do Rev. Simonton ao Rio de Janeiro, vindo dos Estados Unidos da América do Norte como missionário para implantar o presbiterianismo no Brasil, depois de tentativas não bem sucedidas com os calvinistas franceses em 1555 no Rio, e os calvinistas holandeses em 1628 em Pernambuco.

A semeadura inicial foi feita com dificuldades e os primeiros frutos bem poucos. Mas, a firmeza na fé e a convicção com relação à sua vocação fizeram com que Simonton perseverasse no Trabalho a que viera. Fica cerca de 8 (oito) anos apenas no Brasil, morrendo em solo brasileiro vitimado pela febre amarela, sua esposa havia morrido não muito tempo antes e sua única filha seria cuidada por seu cunhado Rev. Blackford. Ao morrer a semente estava lançada e havia um presbitério organizado, um seminário constituído e funcionando, um jornal circulando e levando a Boa Nova e as doutrinas reformadas ao povo brasileiro.

Nestes anos de existência a IPB tem crescido com mais ou menos vigor em determinadas épocas de nossa história. Tem vivenciado crises e as tem superado com a graça de Deus. Experimentou algumas cisões ou divisões, ocasionando o surgimento de igrejas irmãs como a Independente, a Cristã Maranata, a Fundamentalista e a Renovada. Momentos de embates internos por questões políticas de interesse de grupos e que, em certo modo, ainda se fazem manifestos até hoje, sendo estes como “praga de tiririca em canteiro florido”.

Muito se fez na área da educação, saúde e serviço social com várias instituições ao longo destas décadas com algumas até hoje prestando relevantes serviços à sociedade em várias regiões do Brasil. Mas, ainda muito precisa ser realizado e há de ser, por graça de Deus. A IPB precisa (como as igrejas evangélicas no Brasil) ser mais relevante a cada dia no contexto brasileiro como agente do Reino de Deus como proclamadora da Mensagem Transformadora da Graça de Deus em Cristo e sendo “consciência do Estado” e não mera ancila ou subserviente a ele. Esta é a missão da IPB no Brasil. Continuemos a fazê-la para a glória de Deus.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 6 de agosto de 2017

IMPERFEIÇÕES

ANO LXXV - Domingo, 06 de agosto de 2017 - Nº 3745

ImPerFeiçõeS

Erramos mais do que gostaríamos e mudamos menos do que desejamos. E de onde vem nossa imperfeição? Segundo a bíblia ela é parte do nosso DNA, embora esse termo obviamente não seja encontrado na Escritura. Fomos atingidos pelo pecado original, nossos pais nos deixaram essa herança. Nossas imperfeições são também assimiladas pelo exemplo daqueles que nos geraram. A própria sociedade também é um fator a ser considerado acerca da origem das nossas imperfeições, contudo, o melhor diagnóstico que podemos fazer é a insensibilidade ou inexistência de temor a Deus.

Alguns podem pensar então num determinismo trágico a nos acompanhar, chegando a questionar se, de fato, pessoas mudam e melhoram. Sem dúvida que sim, contudo isso não é natural em nós, por maior que seja o desejo de mudança, ela requer um processo, às vezes dolorido. A mudança também não acontece da noite para o dia, este processo também pode ser demorado. Agora, é fato que as mudanças jamais nos levarão a plenitude que só pode ser alcançada com a extinção da nossa natureza pecaminosa que está reservada ao nosso corpo glorificado.

Desta maneira, entendo ser prudente nessa luta a favor do nosso aperfeiçoamento, que o confronto com o nosso pecado é essencial e isso acontece através da consciência de Cristo em nós e principalmente através da sua palavra, como diz Hebreus 4.12.

Lidar com as nossas imperfeições requer uma intervenção divina e isso muitas vezes pode produzir sofrimento. Mas, o mesmo Deus que ama também pode permitir o sofrimento? Sim, conforme a Escritura, para o nosso bem e no tempo certo nos curará (Os 6.1-2). E estes eventos podem produzir em nós grandes mudanças, para nos aperfeiçoar e nos conduzir a plena estatura.

Lidar com imperfeições também requer uma resposta humana, por exemplo, abrir mão de algumas coisas que insistimos sustentar para mascarar quem somos diante da sociedade. Deus não se encontra com seus títulos, com sua conta bancária, com seu tempo de convertido, com seu ativismo, Ele se encontra com seus filhos(as) a quem conhece plenamente para se relacionar.

Esse é um grande desafio, sermos santos, como ele é Santo. (1Pe 1.16)

Rev. Gustavo Bacha

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.