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domingo, 29 de setembro de 2013

QUE PAÍS É ESSE?

ANO LXXI - Domingo 29 de setembro de 2013 - Nº 3544

“Que país é esse?”

A frase acima colocada é o nome da música de Renato Russo e tocada por Legião Urbana. É uma pergunta instigante e nos leva a muitas direções. Quando foi lançada no final dos anos 70 início dos anos 80 a situação no país era de muita inquietação, instabilidade e restrição de alguns direitos individuais e coletivos.

Apesar de estarmos em outro contexto político, parece que somos atingidos por essa mesma pergunta: “Que país é esse?” Que resposta podemos dar a tal questão? Claro que gostaríamos de dizer: é um país onde se tem segurança, assistência à saúde, educação de qualidade e ao alcance de todos, emprego, justiça social, ausência de miséria e outros aspectos.

Mas, parece-me que esse é o país do futebol, do samba, do carnaval, do Rock in Rio, mergulhado na ilusão de uma Ilha da Fantasia, onde o sol brilha sempre e a chuva cai serena e mansa, apenas para irrigar a terra que frutifica e gerar riqueza para todos sem causar dano algum.

Infelizmente essa ilusão existe. Esse vem sendo (e continua a ser) um país de desigualdades gritantes, de injustiças graves e, sobretudo, de impunidade em relação aos crimes perpetrados contra o erário, ou crimes patrocinados por poderosos, agentes públicos e políticos corruptos.

Esse é o país dos “recursos” que garantem não o direito ao “devido processo legal”, mas as manobras, quase intermináveis, dos ricos que podem financiar advogados de altíssimo custo, safando-se pelas brechas da lei, que protege e agasalha os detentores do poder e do capital. É o país da impunidade que se confunde com imunidade, com excesso de “garantismo” na proteção de bandidos.

Devemos orar e agir, como cristãos reformados e nascidos de novo, para que esse seja um país “cujo Deus é o Senhor“ (Sl.33:212), onde “a justiça e a paz se beijam”(Sl.85:10).

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 22 de setembro de 2013

RUÍNAS

ANO LXXI - Domingo 22 de setembro de 2013 - Nº 3543

RUÍNAS

Não há como não acompanhar os acontecimentos que se desenrolam na Síria, sem que tenhamos algum sentimento de tristeza, perplexidade e, ao mesmo tempo, apreensão. A tristeza se deve ao fato de vermos centenas e milhares de pessoas civis serem atingidas pela insanidade dessa guerra, ceifando crianças e idosos. A perplexidade é por perceber a insensatez humana na disputa pelo poder, deixando de lado o maior valor que é o respeito à própria vida humana, expondo todos ao risco de morte. Já a apreensão se deve ao fato de ser aquela zona, um lugar de alta turbulência e de risco acentuado com relação a um conflito generalizado, envolvendo outros países com potencial nuclear.

De uma forma ou de outra essa situação nos atinge aqui no Brasil. Temos uma presença de sírios ou descendentes que chega a casa de milhões. Isso nos aproxima muito de tal conflito e nos faz sentir, bem de perto, a aflição daqueles que lá estão. Não se trata de questão religiosa, pois morrem e matam cristãos (ortodoxos, católicos e protestantes) e muçulmanos (xiitas, sunitas e alauitas).

Como cristãos devemos nos mobilizar em oração, para que haja cessação dos conflitos e se estabeleça a paz naquelas terras. Precisamos clamar ao senhor por graça e misericórdia sobre aquela gente, no sentido de poderem descansar dos horrores que essa guerra civil está causando. Necessitamos interceder ao Senhor para que mova os corações de todos envolvidos no conflito a encontrarem o caminho da paz. Que as potências estrangeiras deixem de interferir, seja para armar esse ou aquele lado, que os nativos possam se ver como irmãos e conterrâneos e se coloquem lado a lado em paz. Que estrangeiros financiados (seja por Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos ou qualquer outro país) para ali atuarem guerreando, deixem a área e que a ONU possa realizar seu trabalho de ajuda humanitária e auxílio no controle da recuperação daquele país.

Oremos e instemos com o Senhor para que haja paz na Síria, cessando a mortandade, o êxodo e a destruição, a fim de que não restem apenas ruínas sobre as quais muitos continuarão chorando.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 15 de setembro de 2013

DIA DA ESCOLA DOMINICAL

ANO LXXI - Domingo 15 de setembro de 2013 - Nº 3542

DIA DA ESCOLA DOMINICAL
“Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns...”(Hb10. 25)

Cabe a Robert Raikes (1735-1811), nascido em Gloucester, Inglaterra e batizado na Igreja Anglicana, a ideia e a fundação da primeira escola dominical.

Um dia, saiu ele à procura de um jardineiro no bairro de Sooty Alley, quando deparou com um grupo de meninos maltrapilhos, brincando na rua. A esposa do jardineiro disse que, aos domingos, a situação era pior, pois as crianças que trabalhavam nas fábricas, de segunda a sábado, ficavam desocupadas, e com isto metiam-se em brigas e já começavam a ter problemas com vícios.

Raikes preocupado com o futuro de tais crianças, e cheio de amor, resolveu estabelecer uma escola gratuita para esses meninos de rua. Tendo o apoio de algumas senhoras e do Rev. Thomas Stock, Ministro Anglicano, deu início à escola contando com cerca de 100 crianças de seis a quatorze anos.

A primeira escola foi instalada na Rua Saint Catherine. Além de alfabetizar, ensinava os princípios da Palavra de Deus, formando assim o caráter daqueles meninos.

Já no Brasil, a Escola Dominical teve início com casal de missionários escoceses independentes, Robert e Sarah Kalley. Em 19 de agosto de 1855, na cidade imperial de Petrópolis, no Rio de Janeiro, eles dirigiram a Escola Dominical que é considerada a primeira em terras brasileiras. Embora tivesse apenas 5 crianças presentes nessa reunião, o trabalho floresceu e alcançou muitos e muitos lugares no nosso país.

O terceiro domingo de setembro foi a data reservada pela Igreja Presbiteriana para a comemoração do Dia da Escola Dominical

Que privilégio termos um lugar onde reunir para ouvir e aprender a Palavra de Deus! Mas nem sempre isto acontece. Quantos hoje acomodados estão deixando de congregar e, o que é pior, não têm investido na vida espiritual de seus filhos em casa, nem no que diz respeito a trazê-los à casa do Senhor.

Somos, às vezes, tão indolentes, em meio a tanta liberdade religiosa! Quantos países não têm abertura para se falar no cristianismo, nem tão pouco para ensinar os filhos a Palavra de Deus. Intercedamos por eles. Que Deus abençoe nossos irmãos perseguidos, que desconhecem esta bênção grandiosa de reunir com o povo de Deus, e tenha misericórdia de cada um de nós que, com tanta liberdade, por vezes tornamo-nos negligentes em fazer parte assiduamente dessa Escola tão abençoada e que tanta riqueza traz à nossa vida.

Alice Gotardelo Delage

domingo, 8 de setembro de 2013

VERGONHA SOBRE VERGONHA

ANO LXXI - Domingo 08 de setembro de 2013 - Nº 3541

VERGONHA SOBRE VERGONHA

Fui, na semana passada, tomado por um duplo sentimento de vergonha. Devo dizer que não foi por ter eu assumido qualquer postura da qual pudesse me envergonhar. Trata-se de atitudes de elementos que, de alguma forma, trazem certa declaração de identificação comigo e acabam por me levar-me a “corar de vergonha”.

O primeiro atingido foi o de brasilidade, ou seja, o sentimento de ser brasileiro, de envergar essa nacionalidade, de haver nascido neste país e de nele viver toda minha vida. A vergonha veio com a decisão da Câmara dos Deputados em manter o mandato do deputado Natan Donadon, mesmo tendo sido este cidadão condenado, em última e final instância, a 13 (treze) anos de reclusão. O coletivismo, protecionismo, fisiologismo e corporativismo mais baixo e vil mostrou sua fase em tal decisão. Depois não se podia encontrar um deputado sequer, que assumisse, publicamente, haver votado pela não cassação do dito parlamentar. Nesse momento foi grande minha vergonha em ser brasileiro e ter uma casa legislativa que assim faz.

O segundo sentimento, está ligado ao mesmo caso, e é o de ser evangélico. Isso se deve ao fato de que (fui informado) o referido parlamentar condenado apresenta-se como evangélico. Minha reação foi: “Se ele é; então eu não sou”. Todos têm o benefício da dúvida, ou seja, são considerados inocentes até provado em contrário. Isso foi feito e a condenação de tal político pelo STF demonstrou sua culpa por corrupção (no mínimo), no uso de seu cargo e função políticos. Claro que não me envergonho do e nem por causa do Evangelho, mas a vergonha me toma quando pessoa com postura que enlameia o Evangelho se apresenta como evangélico. Tais posturas vão se tornando comuns e chega-se até orar agradecendo a Deus a propina que se conseguiu obter em negócio escuso. Foi grande minha vergonha em ser evangélico em tal momento.

Somos cidadãos brasileiros e cidadãos do céu (evangélicos). Devemos assumir postura condigna com tais cidadanias, rejeitando estas formas abjetas de conduta que maculam e mancham a brasilidade e a “evangelicidade”. O Senhor nos sustente e guarde em testemunho de fidelidade que honre o Nome Dele, para não sermos envergonhados, não envergonhar aos outros e, sobretudo, ao Senhor Jesus Cristo.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 1 de setembro de 2013

O QUE É IGREJA?

ANO LXXI - Domingo 01 de setembro de 2013 - Nº 3540

O QUE É IGREJA?

Essa pergunta é importante porque a sua definição de igreja, está intimamente relacionada ao seu envolvimento com ela. Por exemplo, se você entende, primordialmente, que igreja é instituição, seu relacionamento com ela será através de cargos. Se igreja é a Casa de Deus, ela se torna pra você um lugar de visita em momentos de dificuldade. Se igreja é um refúgio, você jamais se relacionará ali com profundidade, pois fará o máximo para evitar conflitos e situações que possam tirar sua paz, no lugar que te dá a paz.

Então, voltemos a pergunta “O que é igreja?” Etimologicamente, igreja (do grego ekklesia) possui o significado literal “chamados para fora”, ou seja, aqueles que estavam no conforto de suas casas, são chamados agora ao encontro comunitário em praça pública para algum tipo de anúncio importante.

E o que a Bíblia diz ser igreja? Em Efésios 4.12, diz que o povo de Deus é o corpo de Cristo. Em João 15.5, as palavras de Jesus aos seus discípulos, os compara a uma videira, ou seja, ambos elementos vivos e dinâmicos.

Essa analogia traz um ponto de vista relevante, que é aprofundado em 1 Coríntios 12, quando o apóstolo Paulo fala de algumas características desse corpo vivo, e dentre elas, destaco as três abaixo.

A primeira, sua Pluralidade, “v.12 Cristo é como um corpo, o qual tem muitas partes.” revelando assim a diversidade do corpo, reconhecendo que somos diferentes uns dos outros.

A segunda, sua Interdependência v.12 ... E todas as partes, mesmo sendo muitas, formam um só corpo”. Somos diferentes, mas não autônomos. Nossas ações particulares, afetam a comunidade.

A terceira, a Responsabilidade v.27 Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo”. Diferentes, comunitários e responsáveis, pois nós somos o corpo de Cristo.

Eu sou e você é a igreja. Ela existe para o reino de Deus, que também é associado biblicamente a elementos vivos, o Fermento (Mateus 13.13) e uma Semente (Marcos 4.26).

A igreja é viva, assim como Deus é, e nós também somos. O lugar é importante, a instituição é importante e a agradabilidade também, contudo nada se compara à realidade de que Deus nos chamou para sermos parte do corpo de Cristo, eu e você, temos esse privilégio e o fazemos aqui na IPVM, uma pequena parte desse corpo, com toda a Responsabilidade, Interdependência e Pluralidade que nos são permitidas e apoiadas pela palavra de Deus.

Rev. Gustavo Bacha

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.