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domingo, 30 de dezembro de 2001

PLANOS COM CONSCIÊNCIA E FÉ

ANO LIX - Domingo, 30 de dezembro de 2001 - No 2931

PLANOS COM CONSCIÊNCIA E FÉ

Estamos às portas de mais um ano.

Mais algumas horas e saudaremos 2002, entrando definitivamente por suas portas adentro.

Enquanto estamos aguardando o ano novo é comum estabelecermos metas e imaginarmos situações ideais que gostaríamos de atingir, tais como: sermos pessoas mais amáveis; dedicarmos mais tempo à família e aos filhos e menos ao trabalho; priorizarmos nossa vida devocional, reservando tempo de qualidade para orarmos e lermos a bíblia diariamente; sermos mais fervorosos na freqüência às reuniões da igreja; sermos mais ousados e intrépidos em nosso testemunho cristão; sermos mais mansos e humildes em nossos relacionamentos com o próximo; cultivarmos a bondade e gratidão em nosso coração e etc.

Mas, quando entramos no tão esperado ano, sem percebermos, estamos entrando na oportunidade que precisamos para mudar nossas vidas. Todos estes nossos desejos e aspirações serão colocados à prova. Os dias continuarão sua seqüência normal. O sol seguirá as noites e as estações entrarão uma após a outra. Não é raro percebemos que mais um ano está se findando e não conseguimos sair do desejo para a ação.

Algo poderia nos ajudar a chegarmos ao fim de 2002 menos frustrados conosco mesmos e sentido-nos satisfeitos por termos realizado coisas que realmente importam.

Uma atitude simples a ser tomada é estabelecer poucas metas. É melhor avançarmos pouco do que não sairmos do lugar. Muito planos simultâneos nos ajudam a perdermos o foco e não realizarmos nenhum deles. Além de estabelecermos uma ou duas metas apenas, elas devem ser plenamente realizáveis. De nada adianta almejarmos presentear nossas esposas todas as semanas se não teremos condições para isso. Um alvo não deve ser tão alto que nos desestimule por ser inatingível, e nem tão fácil que não nos motive a lutar por ele.

Finalmente, devemos estabelecer alvos que estejam de conformidade com a vontade do nosso Soberano Senhor. Pode ser que Ele não deseje que você troque de carro no ano que vem, por que sabe que você precisará de economias para adquirir sua casa própria, ou ajudar um parente que foi surpreendido por uma enfermidade.

Vale lembrar: "As pessoas podem fazer seus planos, porém é o Deus Eterno quem dá a última palavra" (Pv. 16:1 - BLH).

Rev. Márcio

domingo, 23 de dezembro de 2001

CELEBRANDO O NATAL

ANO LIX - Domingo, 23 de dezembro de 2001 - No 2930

Quarto domingo do advento

CELEBRANDO O NATAL

As cenas da conhecida história do Natal nos mostram que celebra-lo de uma forma diferente é:

  • Priorizar a humildade ao invés da opulência, assim como nosso Senhor nasceu em um lugar humilde e precário.
  • Priorizar a simplicidade de coração ao invés do orgulho e prepotência, como quando Maria foi escolhida para ser a mãe do Messias: "que se cumpra em mim a palavra do Senhor".
  • Priorizar a glória que existe nas coisas simples, ao invés de esperar grandes emoções decorrentes de presentes, festas e comidas, como os pastores que fazendo seu rotineiro serviço, ainda no campo, viram e ouviram um coro celestial.
  • Estabelecer e reforçar elos de amor e amizade ao invés da insana competição pela festa mais pomposa, roupas mais elegantes e banquetes mais sofisticados, como ao redor da manjedoura encontraram-se os pais do bebê e seus pastores visitantes da periferia de Belém.
  • Entronizar Jesus como o Senhor em nossos corações e adorá-LO como tal, ao invés de reinar o egoísmo, amor próprio e interesses pessoais, assim como os magos, do distante Oriente, abriram seus presentes e adoraram o Messias criança.
  • Entender o propósito divino para si e sua família, e ao redor da Palavra de Deus, agradecê-LO com sinceridade pelo dom da Vida Eterna concedido a nós, pela única e exclusiva vontade do Senhor.

Rev. Márcio

domingo, 16 de dezembro de 2001

EMANUEL

ANO LIX - Domingo, 16 de dezembro de 2001 - No 2929

Terceiro domingo do advento
EMANUEL

Emanuel quer dizer: "Deus conosco". Vimos, através desta expressão, que Deus não abandonou a Sua criatura, mesmo levando-se em consideração o pecado que a afastou do seu criador. Jesus Cristo fez-Se nosso pontífice, isto é, ligou-nos a Deus novamente.

Também, Emanuel quer dizer "Deus em nós". O apóstolo Paulo, referindo-se ao "mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações" e que Se manifestou agora aos Seus santos, disse que a "riqueza da glória deste mistério entre os gentios" era CRISTO EM VÓS a esperança da glória." (Col. 1:26, 27) Cristo não veio para ser objeto que satisfizesse simplesmente a mente humana, mas para que fosse aceito e crido pelo pecador sincero.

Outra realidade da expressão acima quer dizer: "Deus por nós". Nada poderá separar-nos de Cristo. Ele mesmo disse: " Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora."(João 6:37.) Foi para isso que Jesus Cristo tomou a nossa forma.

Finalmente, a expressão acima também quer dizer: ' Deus para nós ". Devemos entender que a primeira vinda de Jesus ao mundo dos homens pressupõe a chegada de Sua volta. É a volta d'Aquele que nunca foi, porque jamais deixou de estar com aqueles que Lhe pertencem.

Natal traz-nos à mente e ao coração a realidade das verdades acima. Que nas nossas comemorações natalinas deste ano algo faça diferença na nossa maneira de encarar a vinda de Jesus, nascido em Belém e em nossos corações.

Rev. Daniel Belmont

domingo, 9 de dezembro de 2001

UM SONHO DE NATAL

ANO LIX - Domingo, 09 de dezembro de 2001 - No 2928

Segundo domingo do advento

UM SONHO DE NATAL

Todos já sonhamos com um Natal celebrado como festa de amor e gratidão.
Mas, quando olhamos para o comércio intenso, a publicidade e o corre-corre dos corredores dos shoppings e lojas, parece-nos um sonho longe de se concretizar.

Todos já sonhamos com um Natal onde as suaves músicas nos inspirassem a uma vida melhor, mais altruísta e renovassem nosso desejo de preservarmos o bem e lutarmos contra o mal.

Mas, quando vemos pessoas se embebedando, praticando a glutonaria e fazendo da festa um pretexto para extravasar todos seus desejos e prazeres, nos sentimos ingênuos e "fora de moda".

Todos já sonhamos com um Natal que estreitasse os laços que nos unem ao próximo, que as pessoas se entreolhassem mais demoradamente e que um sorriso sincero brotasse de um coração amável e explodisse num abraço caloroso.

Mas, a competição pelos presentes mais caros, pela festa mais suntuosa, pelos pratos mais requintados, nos faz pensar que o sonho é parte de um conto de fadas.
O natal verdadeiro pode se realizar quando convidamos o Senhor da festa para tornar-se Senhor das nossas vidas. Natal só é Natal se acontecer no coração.

Iniciando em cada coração e espargindo além, o verdadeiro Natal pode acontecer hoje. Depende de cada um de nós.

Rev. Márcio

domingo, 2 de dezembro de 2001

NATAL - ÉPOCA DE GLÓRIA

ANO LIX - Domingo, 02 de dezembro de 2001 - No 2927

Primeiro domingo do Advento

Natal - Época de Glória


Um dos momentos de anunciação da chegada do Messias ao mundo foi presenciado por pastores que vigiavam seus rebanhos nos arredores de Belém. A visita do anjo foi seguida do coro que cantou "Glória a Deus nas maiores alturas". O discurso angelical que antecedeu o canto coral mostrou outra realidade: Um sinal humilde marcava a chegada do Messias: "Esta será a prova: Vocês encontrarão uma criancinha enrolada em panos e deitada numa manjedoura." (Lc 2:12 - BLH).

Um berço no meio dos animais! Onde a glória? Onde a opulência? Onde os aposentos da realeza com muitos servos à disposição ?

O anjo não se enganara ao anunciar isso. O Rei dos Reis nasceu humilde. O contraste entre o que o anjo falou e o que o coro cantou demonstra que a glória de Deus em nada se assemelha à dos homens. Para estes, a glória é concedida àqueles que a merecem por algum motivo. Nós precisamos fazer alguma coisa que atraia as luzes e as honras da sociedade. Para Deus não é assim. Ele não precisa fazer nada para ser digno de receber glória. Ele é glorioso e todos os Seus atos também o são. Mesmo que nunca designasse a nós uma sequer de suas ricas bênçãos, mesmo assim Ele seria eterno e totalmente digno de Louvor.

Basta examinar os registros da história no Antigo e Novo Testamentos para percebermos que Deus sempre quis deixar isso claro aos homens, utilizando os instrumentos mais rudes e grotescos que evidenciariam assim a Sua marca de glória. Josué liderou um desfile nada militar por 7 dias antes das muralhas ruírem. Gideão venceu os milhares de inimigos com 300 homens segurando tochas, cornetas e vasos de barro. O Messias nasceu ao lado dos animais, cresceu na obscuridade, era filho de carpinteiro, andou à pé e morreu amaldiçoado num tosco madeiro.

O Natal pode ser uma boa oportunidade para relembrarmos que a glória de Deus não depende das coisas que são importantes para o homem: "Para envergonhar os sábios, Deus escolheu aquilo que o mundo acha que é loucura; e, para envergonhar os poderosos, ele escolheu o que o mundo acha fraco" (1 Cor.1:27- BLH ). Nós mesmos não podemos nos orgulhar em nada diante d'Ele, pois fomos escolhidos em nossa simplicidade para cumprirmos o Seu propósito: "Porém nós que temos esse tesouro espiritual somos como potes de barro para que fique claro que o poder supremo pertence a Deus e não a nós." (2 Cor. 4:7- BLH).

Rev. Márcio

domingo, 25 de novembro de 2001

DONS MINISTERIAIS

ANO LIX - Domingo, 25 de novembro de 2001 - No 2926

DONS MINISTERIAIS

O Novo Testamento ensina que todo cristão, ao ser unido ao Corpo de Cristo pela fé, é agraciado com dons espirituais utilizados para a edificação da igreja. Esses dons ajudam-nos a servirmos uns aos outros para o crescimento e edificação da Igreja.

Há ainda uma outra espécie de dons, que aparece registrada em Efésios 4:11. Podem ser chamados de dons ministeriais: "E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres...". Isto é, no meio da Sua Igreja, o Senhor escolhe alguns para exercerem dons específicos com a finalidade de auxiliarem Seu povo.

O pastor é um ministro que tem sob sua responsabilidade o cuidado e manutenção do rebanho. A liderança espiritual deve ser uma de suas preocupações principais. Desde os tempos neo-testamentários que as igrejas locais precisavam de uma certa estrutura que viabilizasse seu funcionamento e crescimento. Os líderes eram consagrados para dirigirem e governarem as novas comunidades, prestando o auxílio e socorro espiritual e zelando pela preservação da doutrina conforme ensinada pelos apóstolos.

O próprio texto em epígrafe explica qual a razão da existência deste tipo de dons na Igreja: "...com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo...". Os dons ministeriais são concedidos para que os santos sejam aperfeiçoados no seu serviço e desta forma todo o Corpo de Cristo seja edificado. Por aqui já percebemos que não são os ministros que realizam o serviço da igreja. São os membros. E para que estes o façam, Deus quis escolher alguns para aperfeiçoarem os santos, concedendo-lhes as ferramentas e meios necessários para o correto e eficaz serviço cristão.

No exercício de seus dons, a igreja encontra o caminho do crescimento e edificação saudáveis.

Que seja assim também entre nós.

Rev. Márcio

domingo, 18 de novembro de 2001

MINHA REVOLUÇÃO PESSOAL

ANO LIX - Domingo, 18 de novembro de 2001 - No 2925

MINHA REVOLUÇÃO PESSOAL

A história da humanidade é marcada por movimentos sociais exigindo direitos e garantias de liberdade para uma vida mais digna. As revoluções da atualidade transferiram-se para o âmbito individual. Recentemente, no Brasil, uma empresa de acesso à Internet, a rede mundial de computadores, lançou uma campanha publicitária oferecendo seus serviços com o apelo de uma "revolução pessoal" do usuário.

Cada pessoa deseja ter seu próprio mundo de forma personalizada: Amigos que dividam os mesmos gostos, roupas e preferências musicais, lugares similares a freqüentar, valores e princípios comuns. Quando alguma destas coisas não se encaixa dentro dos interesses e vontade, o indivíduo é estimulado a fazer sua revolução pessoal. Mudar radicalmente seu estilo de vida e valores.

Esta é uma demonstração clara de que o domínio e governo da vida está cada vez mais nas próprias mãos do homem pós-moderno, procurando estabelecer um mundo só seu de acordo com a sua visão e ótica pessoal. A aldeia global possui suas micro-aldeias mais delimitadas e identificadas.

As conseqüências que tal filosofia de vida tem trazido ao mundo de hoje pode ser visto nas páginas de qualquer diário. A violência se estabelece como a forma de defesa a tudo o que é estranho e diferente. A "liberdade de expressão" é empunhada como a arma de ataque contra quaisquer tentativas de limitar o que se entende por liberdade. Os "direitos humanos" abrigam dentro de seus limites todos os comportamentos estranhos e esdrúxulos sobre o pretexto de liberdade. Liberdade cada vez mais confundida com libertinagem.

A liberdade, segundo as escrituras, não está na ausência de um domínio sobre nós. Está na qualidade deste domínio. "Pois vocês sabem muito bem que, quando se entregam a alguma pessoa para serem escravos dela, são, de fato, escravos dessa pessoa a quem vocês obedecem. Assim sendo, vocês podem obedecer ao pecado, que produz a morte, ou podem obedecer a Deus e ser aceitos por ele." (Romanos 6:16 - BLH).

Não somos nós que conquistamos a liberdade. Ela é conseqüência da nossa submissão voluntária a um senhorio que não nos oprime. Aí está a verdadeira liberdade !

Rev. Márcio

domingo, 11 de novembro de 2001

A MINHA TERCEIRA PERNA

ANO LIX - Domingo, 11 de novembro de 2001 - No 2924

A Minha Terceira Perna

"E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno." (Mateus 5:30)

Clarice Lispector, em seu livro, "A paixão segundo G. H." descreve o sentimento de uma pessoa que havia perdido um ponto de referência na sua vida, perdendo alguma coisa que lhe fora essencial em determinada época, mas que agora não lhe era mais. Era como se houvesse perdido uma terceira perna que lhe impossibilitava de andar, mas que, por outro lado, lhe fazia um tripé estável.

De certa forma, temos nossas "terceiras pernas" que nos dão a agradável sensação de estabilidade. Nos apoiamos nelas e nos acostumamos tanto com esta situação que passam a ser muito naturais para nós. Cremos que sempre estiveram ali a ponto de acharmos estranhos aqueles que não as tem. Sem percebemos, essas "seguranças" criadas por nós mesmos, homens, nos imobilizam e impedem-nos de experimentar a inquietante, porém rica experiência de ver a vida por novos ângulos.

Estabilidade versus agilidade.

Parece que este mesmo antagonismo foi tratado por Jesus. Do ponto de vista divino, nem sempre o que nos dá estabilidade e conforto é de fato essencial e útil. Nossa "terceira perna" pode ser uma causa de tropeço e não de estabilidade. Por outro lado, o que nos causa insegurança e apreensão pode ser, no propósito do Criador de todas as coisas, o que nos fará seguir em direção ao novo.

Você já observou como facilmente nos sentimos perdidos e desorganizados quando perdemos o que não precisávamos e nos vemos caminhando em direção ao desconhecido e àquilo que não conhecemos? A incerteza instalada facilmente nos convence de que a crise pela qual passamos poderia ter sido evitada se não tivéssemos perdido nossa terceira perna. Para amenizar este conflito chegamos ao ponto de elaborarmos a "teologia da terceira perna", crivo pelo qual todos os nossos julgamentos vão passar. Os que conseguiram se livrar dela, não podem ser "dos nossos". E quem não é "dos nossos", é "contra nós".

Estaremos mais tranqüilos agora?

Acredito que não.
"Por que é que você vê o cisco que está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que está no seu próprio olho? Como é que você pode dizer ao seu irmão: "Me deixe tirar esse cisco do seu olho", quando você está com uma trave no seu próprio olho? Hipócrita! Tire primeiro a trave que está no seu olho e então poderá ver bem para tirar o cisco que está no olho do seu irmão." (Mateus 7:3-5 - BLH)

Rev. Márcio

domingo, 4 de novembro de 2001

SEGURANÇA E PAZ

ANO LIX - Domingo, 04 de novembro de 2001 - No 2923

SEGURANÇA E PAZ

Tudo em Jesus me fascina! Mas o seu gesto de honestidade, sua palavra realista a respeito da vida em sociedade é simplesmente impressionante! Sem metáforas ou outras figuras de retórica, Ele expõe a realidade dos fatos: "No mundo passais por aflições" !

É interessante observar que ele não prometeu remover as aflições do nosso caminho, nem compensar as aflições com prosperidade. Ele não nos ilude. Mas completa a sua declaração dizendo: "... tende bom ânimo, eu venci o mundo". (Jo 16.33)

O mundo atual tem sido descrito como uma aldeia global. Todavia, pelo fato de ser habitada por vizinhos hostis, essa aldeia global tem-se tornado, cada vez mais, um local perigoso para se viver. Os problemas que dividem a humanidade cobrem uma enorme gama de ordem moral, política, econômica e familiar. Por mais conflitos e aflições que essas divisões possam causar, existe algo mais que está dividindo o mundo de um modo alarmante e vergonhoso - a concepção de Deus à luz de definições teológicas radicais. É o fanatismo religioso conduzindo a humanidade ao absurdo da violência em nome da fé. E isto está produzindo mais insegurança e aflição.

O homem tem demonstrado que é irremediavelmente incapaz de governar a raça humana. Paz e justiça para todos só serão realidade quando o Príncipe da Paz assumir o comando. "Então os homens converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças em foices; não levantará espada nação contra nação, nem aprenderão mais a guerrear" (Is 2.4).

Na 1ª Carta de João (2.17), o Senhor revela que o mundo passa... com sua concupiscência, com sua maldade, com sua violência. E na 2ª Carta de Pedro (3.7) o Senhor anuncia que "os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra têm sido entesourados para o fogo, estando reservados para o dia do juízo e destruição dos homens ímpios". Esse dia infelizmente ainda não chegou. Mas vai chegar. Assim, enquanto o Senhor não estabelece um novo céu e uma nova terra - onde habita justiça - temos de conviver com um mundo conturbado por muitas aflições.

O dia do retorno visível de Jesus está se aproximando. Quando esse dia surgir, a Terra se encherá do conhecimento e da glória do Senhor. Então gozaremos de segurança e paz permanentes. É nesta esperança que renovamos o nosso ânimo e bradamos apaixonadamente - Maranata! Vem Senhor Jesus!

Rev. Eudes

domingo, 28 de outubro de 2001

É TEMPO DE REFORMA

ANO LIX - Domingo, 28 de outubro de 2001 - No 2922

É TEMPO DE REFORMA

O fim do mês de outubro traz sempre de volta ao cristianismo evangélico os ecos da Reforma Religiosa do Século XVI. Para a tradição protestante, o movimento representou mais que uma simples ruptura com a Igreja Romana. Naturalmente, a ruptura com um passado negativo e comprometido com o erro foi importante. Todavia, é bom salientarmos o que de novo a Reforma proporcionou à Igreja, fazendo-a ressurgir como renovo na terra seca e cansada.

Primeiro, a Reforma representou um novo compromisso com a verdade. Até o Séc. XVI tanto a Palavra de Deus estava aferrolhada quanto a preocupação com a verdade estava amortecida, tantos eram os erros que vingavam no seio da Igreja. A leitura da Bíblia foi proibida, porque lê-la representava comprometer a velha ordem. O compromisso era com "a doutrina dos homens", tradições criadas para dar base a falsos ensinos e interesses. Tudo isto foi por terra com a Reforma, porque ela começou com a Bíblia, lida e traduzida para todo o povo. O compromisso passou a ser com a Verdade.

Segundo, do Séc. IV ao XVI a Igreja, com raras exceções de líderes e grupos, passou a viver para si, tornando-se um fim em si mesma. Transformou-se em instituição separada do povo, que ficou esquecido, marginalizado. A Reforma representou uma volta da Igreja aos seus objetivos reais - evangelizar e servir ao homem no mundo.

Terceiro, a Reforma mudou também os métodos de ação. O estilo ritualístico característico do culto romano, mais transformado em júri do que em adoração, foi abandonado. A expressão reformada de culto foi evidenciada pela alegria do perdão e do louvor, contando com a participação da congregação. A Igreja recomeçou, assim, a ler, cantar e pregar como antes. A evangelização dos povos tornou-se uma atividade dinâmica.

É tempo de Reforma! Precisamos lembrar que a Igreja Reformada continua a se reformar, criando e aprendendo novas formas de viver e comunicar o Evangelho de Cristo. A Ele, toda a glória!

Rev. Edijece Martins Ferreira

domingo, 14 de outubro de 2001

PERFIL DE UM DIÁCONO

ANO LIX - Domingo, 14 de outubro de 2001 - No 2920

PERFIL DE UM DIÁCONO

QUEM É?
Literalmente diácono significa "servo, assistente, ministro". No Novo Testamento a instituição do diaconato é registrada em Atos 6.1-7. Um grupo distinto dos apóstolos e presbíteros com a finalidade de dar assistência aos necessitados, principalmente aos da família da fé. Na prática presbiteriana o diácono é um oficial eleito pela Igreja e ordenado pelo Conselho.

O QUE DEVE FAZER?
a) Aplicar zelosamente verbas e ofertas destinadas à caridade cristã.
b) Cuidar carinhosamente dos pobres, doentes e inválidos.
c) Manter cuidadosamente a reverência nos lugares reservados ao culto divino.
d) Exercer eficazmente a fiscalização para que haja boa ordem no templo e suas dependências.
(Constituição da IPB, Art. 53)

COMO DEVE SER?
Exigem-se do diácono as mesmas qualificações do presbítero: assiduidade, pontualidade no cumprimento dos deveres, moral irrepreensível, pureza na fé, prudência no agir, discrição no falar e santidade de vida (Constituição da IPB, Art. 55).

Em I Timóteo 3.8-13 Paulo diz que os diáconos devem ser respeitáveis, amantes da verdade, moderados, não cobiçosos, casados, monógamos, bons esposos e pais, e que sejam aprovados primeiro antes de ordenados. Em Atos 6.3 lemos que devem ter boa reputação e sejam cheios do Espírito Santo e de sabedoria.

De acordo com esse perfil, ser diácono não é cargo para presunção ou vaidade de ninguém, mas para santificação e serviço. Que seja esta a única motivação dos atuais candidatos e de todos os oficiais da Igreja. A recompensa virá do Senhor: "Pois os que desempenharem bem o diaconato, alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus" (I Tm 3.13).

Rev. Eudes

domingo, 7 de outubro de 2001

ELEIÇÃO DE DIÁCONOS

ANO LIX - Domingo, 07 de outubro de 2001 - No 2919

ELEIÇÃO DE DIÁCONOS

No domingo 21 a Igreja estará reunida em Assembléia Geral Extraordinária com a finalidade de eleger oficiais que, juntamente com os pastores e presbíteros, zelarão por sua doutrina e testemunho orando, visitando, instruindo, socorrendo e consolando.

As qualificações para o diaconato são as mesmas exigidas para o presbiterato: firmeza na doutrina, assiduidade, pontualidade no cumprimento dos deveres, moral irrepreensível, prudência no agir, discrição no falar e testemunho de fé.

Escrevendo a Timóteo (I Tm 3.8-13), Paulo diz que os diáconos devem ser respeitáveis, amantes da verdade, moderados, não avarentos, casados, bons esposos e pais, e que sejam aprovados antes de serem ordenados. Em Atos dos Apóstolos (6.3) lemos que devem ter boa reputação e serem cheios do Espírito Santo e de sabedoria.

À luz da Palavra de Deus fica evidente que não é qualquer pessoa que pode ou deve ser contemplada com tão honroso encargo. Ninguém deve ser eleito para se tornar ativo na Igreja ou apenas para ocupar um cargo. Ninguém deve ser movido a votar neste ou naquele por ser "simpático" ou "ser bonzinho". Agir com sentimentos carnais, sem observar os ensinos da Palavra, é por em risco a paz, a harmonia e a edificação da Igreja. Por outro lado, a Igreja é abençoada e a obra prospera quando homens íntegros e cheios do temor do Senhor são escolhidos para sua liderança.

E para que os nossos votos manifestem, de fato, o nosso compromisso com o bem-estar e o crescimento do "corpo de Cristo", é-nos mister buscar em jejum e oração a orientação do Espírito Santo. Que assim seja.

Rev. Eudes

domingo, 30 de setembro de 2001

NÃO TEMAS

ANO LIX - Domingo, 30 de setembro de 2001 - No 2918

"NÃO TEMAS..."

Não temas... Isto não parece irreal? Ainda estamos sob o impacto da tragédia que se abateu sobre o povo norte-americano. Quais serão as conseqüências? Haverá uma terceira guerra mundial? Sentimo-nos todos assustados e inseguros diante do terror organizado, seja civil ou militar.

Não precisamos nos transportar para Nova Iorque ou para o Afeganistão. Aqui mesmo em nossa cidade a insegurança é real. Cidadãos ordeiros são fulminados a tiros na rua, em pleno dia. Balas perdidas atingem mulheres e crianças inocentes no "abrigo" do lar. É a violência do trânsito nas avenidas e estradas. É a aproximação do aparentemente frágil trombadinha ou da covardia das gangues. É a ameaça da AIDS ou do desemprego. É a podridão moral e contagiante no mundo dos negócios e da política. É a prepotência dos fortes diante dos fracos. É a descrença nas instituições encarregadas da lei e da ordem. É o futuro incerto que tem de ser enfrentado. Sim, em face de tantos perigos e dificuldades é quase impossível viver sem temor, sem receios.

A aflição também tem atingido os "escolhidos do Senhor". Embora não sejamos do mundo, ainda estamos no mundo. E sofremos as contingências da nossa humanidade. Contudo há uma diferença marcante. Diante da adversidade o homem sem Deus se desespera, mas o homem com Deus... espera. Está escrito: "Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós" (I Pe 5.6,7). Podemos ser afligidos, mas nunca abatidos. Não estamos sozinhos, nem desamparados. Somos do Senhor e nada nos pode separar do Seu amor!

Assim, em meio a angústias e incertezas de um mundo ensandecido, fazemos nossa a oração de Davi ao Senhor do universo e da nossa vida: "dispõe-me o coração para só temer o teu nome" (Sl 86.11). E a resposta do Senhor está em Is 41.13: "Porque eu, o Senhor teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: Não temas, que eu te ajudo". (Is 41.13).

Rev. Eudes

domingo, 23 de setembro de 2001

A RUÍNA DAS TRÊS TORRES GÊMEAS

ANO LIX - Domingo, 23 de setembro de 2001 - No 2917

A RUÍNA DAS TRÊS TORRES GÊMEAS

No dia 11 de setembro de 2001 noticiários no mundo todo mostraram a queda de duas torres gêmeas no WTC (World Trade Center) em Nova York. O que a imprensa, e a maioria da população mundial se esqueceram é que estas duas ruíram depois de uma outra torre gêmea, e pelo mesmo motivo.

Justiça seja feita. Não é porque a terceira irmã gêmea seja um pouco mais velha que deve ser esquecida como foi. Aliás, se ela tivesse sido lembrada, talvez as outras duas nem mesmo tivessem sido construídas. Suas histórias têm muitos pontos em comum.

A diferença entre a terceira torre é que ela foi erguida e ruiu um pouco antes das outras duas. Há mais de 5 mil anos os homens se reuniram, planejaram e começaram a construir uma cidade com uma torre. Não fosse o lapso de tempo e aquela história seria reportada nos noticiários de hoje.

O primeiro arranha-céu da humanidade foi projetado com a mesma intenção do WTC: "... disseram: Agora vamos construir uma cidade que tenha uma torre que chegue até o céu." Sem rodeios, sem palavras floreadas, sem discursos políticos e econômicos, naquela época as verdadeiras intenções das pessoas ficaram claramente demonstradas. Não o ocultaram em momento algum: "Assim ficaremos famosos e não seremos espalhados pelo mundo inteiro".

Mas o futuro sinistro daquele empreendimento não foi diferente deste que presenciamos, perplexos, pela televisão, revistas e jornais. Houve Alguém que "atrapalhou" os planos e não permitiu que o projeto se completasse. Nem mesmo ruínas ficaram para testemunhar às futuras gerações a pujança e grandeza daquela civilização.

Nova York é considerada hoje a "capital do mundo". A maior cidade da nação mais rica e poderosa do planeta, pode ser vista como um cenário ampliado da civilização de milênios atrás. Pessoas de todas as línguas, raças e nações vivem na cidade cosmopolita. Seus ícones de grandeza refletem o tamanho de seu vigor econômico e político. Contudo, a facilidade com que os vidros, aço e concreto ruíram naquela terça-feira negra mostram a fragilidade do ser humano. Diante dela, ele tenta tornar seu nome famoso através de seus feito e obras. Como se isso o colocasse acima dos meros mortais.

Tanto no passado quanto hoje, Deus mesmo "atrapalha" (babel, no hebraico) quando o homem tenta engrandecer-se mais do que o necessário e controlar sua própria vida. Grande e Eterno é somente um: "É Deus quem julga, é Ele quem rebaixa uns e eleva outros" (Salmo 75.7 da BLH).

A atitude do passado deve ser nossa atitude no presente: "Ó Deus Eterno, eu já não sou orgulhoso; deixei de olhar os outros com arrogância. Não vou atrás das coisas grandes e extraordinárias, que estão fora do meu alcance. Assim, como a criança desmamada fica quieta nos braços da mãe, assim eu estou satisfeito e tranqüilo, e o meu coração está calmo dentro de mim. Povo de Israel, ponha a sua esperança no Deus Eterno, agora e sempre!" (Salmo 131 da BLH).

Rev. Márcio

domingo, 16 de setembro de 2001

CUI HONOR, HONOREM

ANO LIX - Domingo, 16 de setembro de 2001 - No 2916

"CUI HONOR, HONOREM"

Romanos 13.7

Comemoramos hoje o "Dia da Escola Dominical". Para os mais antigos, este dia era conhecido como "Dia de Rumo à Escola". Fazia-se campanha para homenagear aqueles que trouxessem maior número de visitantes. A animação era geral. Damos graças a Deus porque nossa Escola Dominical atrai a atenção e interesse de todos os que a freqüentam, pois conta com um corpo de professores dos mais abalizados no conhecimento da prática do ensino e na doutrinação da Palavra de Deus.

Os missionários Dr. Robert Reid Kalley e sua esposa Sarah Poulton Kalley iniciaram o trabalho que daria fundação à Igreja Evangélica Congregacional no Brasil, em 19 de agosto de 1855, portanto há 146 anos, na cidade de Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro. D. Sarah reuniu em sua casa cinco alunos, filhos de duas famílias inglesas, Webb e Carpenter. A primeira lição foi a história de Jonas, cantaram hinos e deram graças a Deus pelo seu grande amor.

No jornal "O Cristão", citado no livro "Esboço Histórico da Escola Dominical da Igreja Evangélica Fluminense", lemos: "Passados dois ou três domingos, já naquela casa funcionavam algumas classes, destacando-se a "classe das crianças", dirigida pela Sra. Kalley, e uma outra classe, constituída somente de adultos, dirigida pelo próprio Dr. Kalley".

Dr. Kalley e D. Sarah organizaram o primeiro hinário evangélico do qual fazemos uso em nossa Igreja, o famoso "Salmos e Hinos", hoje em edição aumentada, que tem servido de inspiração para muitas almas no louvo a Deus e na proclamação das boas novas do Evangelho.

Rendemos nossa homenagem aos Congregacionais e por extensão a todas as Igrejas que, fiéis à Palavra de Deus, dão continuidade à evangelização, especialmente no trabalho do ensino da Bíblia através da Escola Dominical.

Paulo tinha razão quanto recomendou o que lemos no texto acima: "A QUEM HONRA, HONRA."

Rev. Daniel Belmont

domingo, 2 de setembro de 2001

A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR E A DEUS O QUE É DE DEUS

ANO LIX - Domingo, 02 de setembro de 2001 - No 2914

A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR
E A DEUS O QUE É DE DEUS


O capítulo 22 do Evangelho de Mateus registra uma passagem de grande importância no ministério do Senhor Jesus. Toda uma teoria concernente aos deveres e responsabilidades da nossa cidadania temporal é baseada nesse texto.

A intenção dos fariseus era conduzir o Senhor Jesus a uma armadilha política e moral. Se Jesus simplesmente admitisse subordinação ao Império Romano, seria acusado diante do povo como traidor da causa judaica e, lógico, não poderia ser o Messias. Se Jesus rejeitasse a subordinação ao Estado pelo não pagamento dos impostos, seria acusado diante das autoridades romanas como subversivo, um perigoso rebelde político. A intenção dos fariseus era, portanto, hipócrita, venenosa, suja. Para eles os fins justificavam qualquer meio. O importante era destruir Jesus.

A resposta de Jesus é magistralmente desconcertante! Jamais os fariseus esperavam que Jesus fizesse o que fez e dissesse o que disse! Os judeus piedosos tinham vergonha e até se recusavam olhar a imagem de César. É claro que eles gostavam de dinheiro, mas, por escrúpulo, não olhavam a cara, só a coroa. O Senhor Jesus não nutria falsos escrúpulos. Ele pede uma moeda e aponta a efígie de César. Coloca, então, os seus opositores em confronto com a realidade - César era o imperador. Submetam, pois, a César o que é devido a César. Contudo não se esqueçam de submeter a Deus o que a Deus é devido!

É da natureza do poder temporal o desejo de domínio. Verdade que se manifesta na estrutura e normas políticas deste mundo. Não é assim no Reino que será estabelecido por Jesus. Ao contrário, servir é a norma preponderante do Reino de Cristo (Mt 20.25-28). Torna-se, pois, descartável qualquer justificativa para um cristianismo armado ou uma sociedade cristã imposta pela força. Não precisamos de uma "guerra santa". Deus ainda governa a história. A autoridade temporal existe porque Ele assim a permite (Jo 19.10,11). A soberania é de Deus.

César pode requerer o nosso trabalho e o nosso dinheiro, nunca a nossa alma. Fé e vida devemos apenas e exclusivamente a Deus.

Rev. Eudes

domingo, 26 de agosto de 2001

MISSIONÁRIO: MALUCO, MÁRTIR, MENDIGO OU O QUÊ?

ANO LIX - Domingo, 26 de agosto de 2001 - No 2913

MISSIONÁRIO: MALUCO, MÁRTIR, MENDIGO OU O QUÊ?

Fui convidada para falar sobre missões numa igreja bem viva e dinâmica. A familia que me hospedou não se cansava de ouvir minhas experiências missionárias. Até que, de repente, a filha que estava para terminar o curso de medicina começou a mostrar que estava seriamente considerando a possibilidade de servir na obra missionária. O ambiente mudou totalmente. Isso seria uma loucura! Muitos cristãos ainda consideram o missionário basicamente um maluco.

Missionário é uma pessoa chamada para sofrer. É alguém que não se preocupa com as coisas do mundo, despojado, um verdadeiro mártir! É assim que muito vêem o missionário. Um ideal que pode ser admirado e colocado num pedestal, não um modelo para ser seguido. E é claro que uma pessoa que está no pedestal não precisa de minha ajuda e compreensão.

Outros vêem o missionário como mendigo. Mas o missionário, que é convidado para se apresentar com carta de sua agência missionária com vistas a levantar sustento para o seu ministério, não deveria se sentir e muito menos ser tratado como mendigo. Missão é sempre um ministério participativo, nunca uma tarefa isolada de um excêntrico. Por outro lado, a igreja não deve ser ingênua, como muitas vezes tem se mostrado. Há missionários com boa lábia, que despertam as emoções e levam as pessoas a contribuir. Estes nem sempre têm um bom testemunho no campo. Há outros que sendo fiéis e respeitados no seu ministério são, contudo, humildes na sua apresentação e, por isso, esquecidos.

Afinal, quem é o missionário? É um ser humano vulnerável, que vive pressões muito maiores que as de cristãos que ficam em casa, e que geralmente têm muito menos estruturas de apoio. É um ser humano seriamente comprometido com o reino de Deus, disposto a abrir mão de muitos confortos, segurança e relacionamentos para obedecer ao seu chamado de amar e servir um povo diferente. É um ser humano que precisa de pessoas que procurem compreende-lo, interessar-se por seus problemas, dores, projetos, sonhos e frustrações. É um ser humano muitas vezes deslocado, desorientado, confuso, cansado, precisando de repouso, restauração de forças e amizade sincera.

(Sinopse de um artigo de Antônia Leonora van der Meer (Tonica), ex-missionária em Angola e atualmente deã e professora no Centro Evangélico de Missões - CEM, em Viçosa, MG.)

domingo, 19 de agosto de 2001

POR QUE MISSÕES?

ANO LIX - Domingo, 19 de agosto de 2001 - No 2912

POR QUE MISSÕES?

Para uma população mundial de pouco mais de 6 bilhões de almas, a mais favorável estatística aponta a cristandade como uma parcela em torno de 30%, composta de católicos romanos, ortodoxos e evangélicos, nominais e praticantes. Assim sendo, significa que a grande maioria da humanidade está envolvida por outras religiões ou simplesmente indiferente a qualquer credo religioso. A "porta larga" da ignorância espiritual e o "caminho espaçoso" do comodismo continuam exercendo uma tremenda atração.

Mais de 12 mil povos continuam não alcançados pela mensagem do Evangelho. Há mais de 4 mil línguas em que nenhuma parte da Bíblia foi traduzida. Temos apenas 138.500 missionários evangélicos, porque cada crente investe apenas R$1,30 em missões por ano!

Paralelamente gasta-se mais de 600 bilhões de dólares no crime organizado, 20 bilhões na pornografia, 180 bilhões em sonegação fiscal e 950 bilhões em material bélico.Há mais de 20 milhões de refugiados de guerra. Dois de cada cinco seres humanos são mal nutridos, e um deles em tão absoluta pobreza que sua sobrevivência é um desafio diário. A cada dia morrem 25 mil pessoas por beberem água não potável e a maioria delas é constituída de crianças. É realizado um aborto induzido para cada cinco nascimentos no mundo. Corrupção, violência, insegurança e conformismo marcam esta sociedade chamada de pós-moderna e globalizada.

Se pudéssemos contemplar o mundo com a visão divina, sentiríamos profunda tristeza. Como está escrito: "Do céu olha o Senhor para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus. Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um sequer" (Salmo 14.2,3).

O que a humanidade precisa não é de mais uma ou de mil formas de religião. O que o mundo precisa, urgentemente, é de Cristo Jesus e sua mensagem redentora, "porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (At 4.12). "Como, porém, invocarão aquele em que não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão se não forem enviados?" (Rm 10.14,15)

É hora do cristão ser menos egoísta, de abrir mão do supérfluo e investir tempo e recursos no que realmente interessa para o bem do nosso próximo e para a glória de Deus. É tempo de aceitar o desafio da obra missionária - indo ou contribuindo generosamente.

Rev. Eudes

domingo, 12 de agosto de 2001

IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL 1859 - 2001

ANO LIX - Domingo, 12 de agosto de 2001 - No 2911

1859 2001

Comemora-se hoje, em todo o território nacional, a chegada do Rev. Ashbel Green Simonton, e com ele a implantação do presbiterianismo em nossa Pátria.

Jovem ministro, formado pelo Seminário de Princeton, escolheu o Brasil como seu campo missionário. Aqui desenvolveu, em menos de uma década, um profícuo e extraordinário ministério. Organizou a Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro, fez circular a "Imprensa Evangélica", nosso primeiro órgão de informação, criou o primeiro Presbitério, batizou e ordenou o primeiro pastor brasileiro, o ex padre José Manoel da Conceição, e fundou o primeiro estabelecimento de ensino teológico para a formação de ministros do Evangelho.

Fruto abençoado do trabalho e testemunho do Rev. Simonton, a Igreja Presbiteriana do Brasil é uma federação de igrejas locais, que adota como única regra de fé e prática as Escrituras Sagradas do Antigo e Novo Testamentos. Tem o seu próprio sistema expositivo de doutrinas e exerce o seu governo por meio de concílios democraticamente eleitos e instalados.

Como parte do corpo vivo de Cristo, a Igreja Presbiteriana do Brasil existe para servir a Deus divulgando entre os homens as boas novas de redenção em Cristo Jesus, celebrando os sacramentos por Ele instituídos, estimulando os redimidos à prática dos ensinos da Palavra de Deus na sua pureza e integridade, e promovendo a fraternidade cristã.

Sem pretender ser dona da verdade e reconhecendo as limitações de sua expressão humana, abre espaço para todos aqueles que comungando da mesma fé e das mesmas limitações, buscam viver "de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra, e crescendo no pleno conhecimento de Deus" (Cl 1.10).

Neste dia tão significativo para todos nós, rendemos graças ao Senhor Jesus, nosso único e suficiente Salvador, pela vida preciosa de Ashbel Green Simonton.

Rev. Eudes

domingo, 5 de agosto de 2001

TEMPO DE SALTAR DE ALEGRIA

ANO LIX - Domingo, 05 de agosto de 2001 - No 2910

"... tempo de saltar de alegria."

Eclesiastes 3.4

Julho findou, e com ele as férias. Um novo período letivo chama as crianças (e todos os que estudam) de volta às aulas. E com as crianças retornam os pais ao corre-corre de cada dia. Na bagagem de retorno as fotos para serem reveladas, marcando lugares e momentos. E as estórias para serem contadas e recontadas. Esperamos que as férias tenham propiciado a todos muita descontração e lazer. Que as baterias físicas e mentais estejam plenamente recarregadas, pois férias só no final do ano.

Com o término das férias dá-se o reencontro com os vizinhos, com os familiares, com os amigos, com os colegas na escola, com os colegas de escritório, com as contas a pagar e com os compromissos agendados.

De todos, certamente o mais alegre e edificante é o reencontro com a Igreja, nossa família em Cristo. Talvez porque tenha sido ela a que mais sentiu a sua ausência, a que mais se preocupou com o seu bem estar no decorrer das viagens, a que sempre se lembrou de você em oração, e a que mais se regozija com o seu abençoado retorno. Talvez porque nosso reencontro seja motivo de celebração ao Senhor, como expressão de gratidão e louvor. Talvez porque você seja um daqueles "dois ou três" sem os quais Jesus não se faz presente em nossas reuniões. Talvez, simplesmente, porque você seja importante para nós.

E para aquele que continua "espiritualmente de férias" - da fé, da comunhão fraternal, de uma vida cristã transparente, de um compromisso eclesial - gostaria de dizer que ainda é tempo de um reencontro com Cristo. Um reencontro restaurador, que lhe dê uma nova paixão, um novo sabor à aventura diária de viver.

Sim, feliz é aquele ou aquela cuja ausência é sentida, e cuja presença é motivo de festa.

Rev. Eudes

domingo, 29 de julho de 2001

EM TUDO DAI GRAÇAS...

ANO LIX - Domingo, 29 de julho de 2001 - No 2909

"EM TUDO DAI GRAÇAS..."

I Ts. 5.18

Com que freqüência você tem agradecido a Deus pela saúde, por seu emprego, pela condução, pelo sorriso de uma criança ou pelo canto de um pássaro? Com que freqüência você tem agradecido a Deus pelos seus filhos ou pela dedicação de sua esposa ou de seu esposo?

O Senhor Jesus agradeceu ao Pai por tudo, inclusive por duas coisas de que freqüentemente nos esquecemos. Ele agradeceu por um pão e por uma taça de vinho!

Recebemos diariamente bênçãos como estas e as encaramos como sendo coisas naturais e insignificantes. Da mesma forma coisas simples como um dia de sol, o colorido das flores, o abraço de um amigo, o aroma de um perfume, o sabor de um doce, os sons e ruídos da vida, o voltar para casa, são consideradas rotineiras. Tão rotineiras que só lhes damos atenção quando nos faltam.

O Rev. George Matheson foi um pregador muito admirado na Escócia, sua terra natal, e em toda a Europa. Era difícil dizer o que causava mais impacto - se o dom da palavra ou sua deficiência visual. Ele era cego! Entre os seus escritos foi encontrado, após a sua morte, a seguinte oração: "Meu Deus, nunca Te agradeci por meu "espinho". Milhares de vezes Te agradeci pelas rosas que puseste em meu caminho, nunca, porém, pelo meu "espinho". Tenho procurado na vida compensações pela cruz que carrego. Ajuda-me Senhor a enxergar a glória dessa cruz, pois agora percebo - e Te agradeço - porque através dessa cruz cheguei a Ti. Agradeço-Te, Senhor amado, porque pelas minhas lágrimas formaste o meu arco-íris."

"Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco", ensina o apóstolo Paulo. Até no sofrimento podemos ser agradecidos pela disciplina. Se oferecermos a Deus o nosso fardo Ele pode torna-lo uma bênção. Nossas vidas adquirem sentido e tornam-se mais radiantes quando aprendemos a agradecer.

Rev. Eudes

domingo, 22 de julho de 2001

SERVIR COM AMOR

ANO LIX - Domingo, 22 de julho de 2001 - No 2908

SERVIR COM AMOR

"Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém" I Pe 4.10,11

Nestes versículos temos precioso ensino sobre o ministério na igreja: quem recebeu um dom de Deus para edificação da igreja deve ministra-lo com humildade e zelo. Em outras palavras, deve repartir com os irmãos as bênçãos especiais ou talentos que Deus lhe concedeu.

O ensino é dirigido a todos os crentes. Não há servo de Deus que não tenha sido contemplado com um ou mais dons. "Cada um" deve reconhecer que as preciosidades espirituais que desfruta não são para si somente, mas também para toda a comunidade. Não há lugar para egoísmo ou presunção espiritual. O importante não é o tipo ou valor dos dons, e sim a sua aplicabilidade. De acordo com os melhores exegetas, os dons do Espírito Santo são literalmente "dons da graça", isto é, são propriedades comuns de toda a comunidade cristã. O crente abençoado com um dom deve conduzir-se como um mordomo fiel reconhecendo que esse dom não é para sua exaltação pessoal, mas para edificação do Corpo de Cristo - a Igreja.

Nenhum dom é humilhante, mas exige humildade para ser exercido. Servir uns aos outros não apenas implica em reciprocidade, mas indica que todo e qualquer sentimento menor (arrogância, exibicionismo, inveja, competição) deve ser excluído do nosso relacionamento. Se alguém serve, diz o texto sagrado, faça-o na força que Deus supre. E a finalidade principal está indicada nas palavras do apóstolo: "Para que em todas as cousas seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém."

Servir com amor, com dedicação, deveria ser um compromisso de todos os cristãos, no entanto tem sido um privilégio de poucos. A questão agora é saber se você e eu somos parte dessa minoria atuante ou da maioria acomodada. É uma questão de consciência, de submissão ao Senhor.

Rev. Eudes

domingo, 15 de julho de 2001

ONDE DOIS OU TRÊS...

ANO LIX - Domingo, 15 de julho de 2001 - No 2907

ONDE DOIS OU TRÊS...

Quando eu conheci o Evangelho e passei a participar das atividades da Igreja, uma das reuniões que eu mais gostava de freqüentar era a de oração. Era realizada a cada sexta-feira e normalmente o número de participantes era pequeno. Sempre e sempre alguém citava Mateus 18.20! Minha impressão era de que os irmãos se sentindo desestimulados por serem poucos usavam aquele versículo como justificativa, algo que lhes dava alguma compensação.

Anos mais tarde participei de grupos de oração bem menores, mas o tom era de uma certeza dinâmica. Aprendi, então, que nos tornamos fracos quando usamos essa declaração do Senhor Jesus como um mecanismo de defesa. Essa verdade não deve ser fator de acomodação e sim de motivação. Não é ponto de chegada. É ponto de partida. Sim, quando consideramos o significado real dessa afirmação de Cristo, quando concluímos que dois ou três são suficientes para receber o poder que a presença do Senhor comunica, então nos tornamos confiantes e destemidos, saímos da defesa para o ataque... "e as portas do inferno não prevalecerão". Glória ao Senhor!

Examinando o texto, verificamos que o capítulo 18 de Mateus aborda valores e interesses na convivência dos discípulos de Cristo. Em função desses valores e interesses é feita uma promessa especial. Uma promessa para os que concordam em oração. E para haver concordância alguns elementos são necessários: a mesma compreensão da necessidade, um desejo ardente comum, a mesma esperança na resposta, o mesmo desejo de banir da vida qualquer coisa que impeça a bênção divina.

O crescimento numérico da Igreja, especialmente nas grandes cidades, tem produzido uma espécie de desagregação dos seus membros. O indivíduo fica esquecido na multidão. E isto ameaça a expressão da Igreja como família, reduz o seu sentido comunitário e dilui a comunicação fraternal. Quantos aqui conhecem quantos? Quantos aqui convivem com quantos?

Uma das grandes experiências de libertação vem quando podemos partilhar nossos fracassos e esperanças com um grupo amoroso e sentir apoio, sem ser julgado ou criticado. Muita gente começa a entender o amor e o perdão de Deus somente depois de encontrar tal aceitação entre irmãos. Esta é uma das bênçãos da reunião de oração. E isto independe do número de participantes. Felizmente a dedicação resoluta de poucos (e não a acomodação de muitos) ainda move os poderes do Céu.

Rev. Eudes

domingo, 24 de junho de 2001

O SERVIÇO CRISTÃO: PRIVILÉGIO SEM IGUAL

ANO LIX - Domingo, 24 de junho de 2001 - No 2904

O SERVIÇO CRISTÃO: PRIVILÉGIO SEM IGUAL

(Por ocasião da eleição de oficiais da IPVM)

Um dos privilégios da Vida Cristã é participarmos da obra de Deus neste mundo. A Bíblia é clara quando afirma a vitória definitiva e completa do Senhor Jesus sobre todos os inimigos de Deus. A vitória da cruz foi selada com o túmulo vazio após três dias.

Embora Deus tenha consumado em Cristo todo o Seu plano eterno, quando nos chama para fazermos parte do Seu povo, Ele também nos comissiona para O servirmos nesta vida.
Aqui também vemos uma demonstração da graça de Jesus.

Apesar de toda a obra realizada, Ele nos concede o privilégio de trabalharmos por Ele e para Ele. Privilégio sem igual.

Imagine se alguém como Gustavo Kuerten lhe convidasse para jogar uma partida de duplas com ele e combinasse que você deveria pegar apenas as bolas mais fáceis. O resto ele faria sozinho. Alguns saques, uma ou outra tacada durante a partida e nada mais. Ocupando um pequeno espaço da quadra, sua participação só não seria figurativa porque o grande atleta o envolveria na disputa. Dá até para imaginar de antemão o resultado: Vitória certa. Jogar ao lado do número um do mundo e subir ao pódio com ele seria um privilégio para pouquíssimos na terra.


Qualquer um de nós que se visse frente a uma situação inusitada destas, iria mudar de atitude para com este esporte: pagaríamos umas aulas extras, treinaríamos bastante, aprenderíamos todas as regras e faríamos o melhor possível para "não dar vexame". Mesmo que todo o mérito da vitória fosse do tenista maior, nossa participação seria, no mínimo, para não atrapalhar.

E o que dizer de subir ao pódio ao lado do número um do Universo?!?
O serviço cristão deve ser encarado da mesma forma. Longe de ser uma obrigação dos filhos de Deus, ele é muito mais um privilégio que nos motiva a treinar, aprender suas "regras" e dar o melhor de nós.

A compreensão da graça de Deus nos impulsiona para O servimos de todo o coração. Esta atitude estará presente em cada ato dos Seus servos durante toda a sua vida neste mundo.

Rev. Márcio

(Leia também o artigo ELEGENDO PRESBÍTEROS)

domingo, 17 de junho de 2001

ELEGENDO PRESBÍTEROS

ANO LIX - Domingo, 17 de junho de 2001 - No 2903

ELEGENDO PRESBÍTEROS

Firmada no ensino das Escrituras (vide I Tm 3.1-10, Tt 1.5-9, At 6.1-6), a Constituição da nossa Igreja em seu Artigo 55 assim se expressa: "O presbítero e o diácono devem ser assíduos e pontuais no cumprimento de seus deveres, irrepreensíveis na moral, sãos na fé, prudentes no agir, discretos no falar e exemplos de santidade na vida".

Eleger presbíteros e diáconos é coisa muito séria. Nenhum sentimento carnal, mesmo do tipo "esse é dos nossos", deve nos levar a escolher fulano e não beltrano. Eleição entre os filhos de Deus requer oração, reflexão e submissão da nossa vontade à soberana vontade do Senhor. Por outro lado, fazer parte do ministério da Igreja é sentimento nobre e legítimo daqueles que no dia a dia (independentemente de cargos ou comissões) se mostram comprometidos com Cristo e sua Igreja. Ninguém deve ser eleito para se tornar ativo ou apenas para ocupar um cargo. A ele faz jus quem, sem o ter, já vem preocupado e ocupado com o crescimento e bem-estar da comunidade.

No próximo domingo os irmãos estarão elegendo 3 (três) presbíteros. Oficiais que nos representarão a nível local e em concílios regionais e nacionais. Oficiais que, juntamente com os pastores, exercerão o governo e a disciplina, zelarão pela doutrina e testemunho, e se dedicarão ao ministério orando, visitando, instruindo e consolando. A missão é árdua e exige desprendimento. Por isso mesmo a eleição não deve ser um "favor" ou "homenagem", mas uma investidura em nome do Senhor Jesus.

Mais que um dever, será um privilégio manifestar pelo exercício do voto o nosso interesse na harmonia e expansão da nossa querida IPVM. Estamos orando há muito tempo em favor da eleição que será realizada no próximo domingo. Que o Senhor da Igreja revele, pois, através dos votos, os seus escolhidos.

Rev. Eudes

(Leia também o artigo O SERVIÇO CRISTÃO: PRIVILÉGIO SEM IGUAL)

domingo, 10 de junho de 2001

A LIBERDADE DO AMOR

ANO LIX - Domingo, 10 de junho de 2001 - No 2902

A liberdade do amor

Uma das experiências mais elevadas na existência humana é a de amar e ser amado.

Há em nós uma necessidade de ser aceito pelo grupo social, estimado pelo nosso próximo e conviver harmônicamente com os que estão ao nosso redor.

Embora vital para nossa saúde emocional, nem sempre experimentamos a dádiva do amor; mais que isso, nem sempre conseguimos expressá-la àqueles a quem realmente queremos bem.

Se esta realidade já nos causa mal estar, sentimo-nos totalmente impotentes diante do princípio expresso na lei de Deus: amar os nossos inimigos e orar pelos que nos perseguem.

Humanamente isto é impossível. Nosso amor é retroativo; ele se direciona aos outros que nos amam e se expressa em atos de retribuição que dedicamos aqueles a quem queremos bem. A fonte de alimentação do amor humano são os gestos de bondade que recebemos; na mesma proporção nutrimos ódio àqueles que nos ferem e fazem mal.

O princípio do amor ao inimigo somente poderia constar na Lei de Deus. Existe para mostrar nossa total incapacidade de atingi-lo por nossos próprios meios. Se não recebermos auxílio, jamais poderemos cumpri-lo.

Nossa segurança é que Deus não exige nada dos seus, sem antes providenciar o meio para o cumprimento da exigência. Assim é que "o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo seu Espírito que nos foi outorgado". Isto nos garante o amor de Deus dentro de nós, porque o próprio Deus veio habitar em nós.

Perdoar os inimigos; estender a mão aos que sempre nos volveram o rosto; oferecer ajuda quando não somos ajudados. Não são ideais de sacrifício a serem perseguidos pelo devoto. São atos que expressam a liberdade de um coração que soltou-se das amarras do ódio e voa na liberdade do amor.

Rev. Márcio

domingo, 3 de junho de 2001

PENTECOSTE

ANO LIX - Domingo, 03 de junho de 2001 - No 2901

PENTECOSTE

Hoje é celebrado o dia de Pentecoste. Pentecoste é uma palavra de origem grega que literalmente significa "dia da cinqüentena", ou seja, o qüinquagésimo dia após a Páscoa.

Essa celebração religiosa tem suas raízes no Antigo Testamento, quando o Senhor Deus decretou ao povo de Israel (Ex 23.14-17), a celebração de três festas fixas anuais: a dos Pães Asmos (relacionada com a festa da Páscoa); a das Primícias (Primeiros Frutos) para comemorar o início da colheita do trigo (Ex 34.22), que representava a provisão do Altíssimo. Esta celebração também ficou conhecida como Festa das Semanas, por ser realizada 7 semanas depois da Páscoa; e a terceira, a Festa da Colheita, também conhecida como Festa dos Tabernáculos (Ex 34.22; II Cr 8.13), que era comemorada ao término da colheita, praticamente no final do ano hebraico.

A Festa das Primícias ou Festa das Semanas obteve um novo significado para a Igreja, a partir dos acontecimentos registrados no capítulo 2 do livro de Atos dos Apóstolos. Aí, pela primeira vez, aparece na Sagrada Escritura a expressão grega Pentecoste. As ocorrências no primeiro "dia de Pentecoste", após a ressurreição do Senhor Jesus, marcaram definitivamente a história do cristianismo. Cumprindo a promessa do Senhor, o Espírito Santo desceu sobre os discípulos com poder e glória. No Pentecoste o Espírito Santo, demonstrando Sua autoridade divina, transformou a mente, o coração, e o comportamento dos apóstolos.

Todo o Livro de Atos e as epístolas pastorais descrevem com riqueza de detalhes o que foi a Igreja - em crescimento e santidade - a partir do dia de Pentecoste. Mas a dispensação do Espírito Santo não terminou nas páginas de Atos dos Apóstolos. Ao longo dos séculos o Espírito Santo tem interferido na vida da Igreja, corrigindo erros, reorientando os rumos, animando o remanescente fiel. Sempre que a Igreja foi ameaçada por heresias, apostasias, ou mesmo por frieza espiritual, a intervenção poderosa do Espírito Santo trouxe um novo refrigério, um novo alento.

Hoje estamos vivendo o que alguns historiadores ousam classificar como "era pós-cristã". Sem fazer distinção entre ortodoxos, católicos e protestantes, é, de fato, alarmante a situação das igrejas cristãs nos países do Primeiro Mundo. Cristãos nominais permitem com a sua ausência dos cultos que os templos sejam fechados, transformados em museus ou simplesmente vendidos pela melhor oferta. Na América Latina não dá para se avaliar o significado e extensão dessa situação. A América Latina ainda experimenta uma efervescência do cristianismo evangélico. O surgimento galopante de novas denominações e seitas "cristãs" nos leva a um estado de ufanismo enganador e preconceituoso. Se nos países do Primeiro Mundo a riqueza material sufocou a vida espiritual dos cristãos, nos países como o nosso o perigo está com o divisionismo, a arrogância, as inovações doutrinárias.

Mais do que nunca precisamos de um novo Pentecoste. Um novo sopro de restauração espiritual. Um quebrantar do Espírito que nos torne mais servos e menos donos da verdade, mais humildes e menos presunçosos, mais autênticos e menos fingidos, mais ousados e menos acomodados.

Rev. Eudes

domingo, 27 de maio de 2001

O QUE DAREI?

ANO LVIII - Domingo, 27 de maio de 2001 - No 2900

O QUE DAREI?

Essa é uma pergunta típica quando vamos comparecer a uma festa comemorativa. Atender ao convite que nos foi feito sem levar algum presente é desfeita para com o anfitrião.

Mais do que isso, o tipo de presente revela muitas vezes o grau de importância que o dono da festa tem para nós. Das pessoas mais chegadas, espera-se um presente que simbolize o quanto estimam e querem bem ao homenageado. De outras, uma dádiva que expresse afeto e carinho. Algo que costumamos chamar de "lembrancinha" demonstra que não passa desapercebido para nós.

Como bons representantes de nossos sentimentos, tais dádivas não substituem a importância das pessoas a quem honramos. Não é a festa regada a comida farta e os presentes dos convidados que conta. Estes elementos compõem o cenário ideal para um relacionamento agradável e fraterno entre os convivas.

Contudo, vemos a inversão dos valores em muitas reuniões que participamos. Os elementos secundários passam a ser mais valorizados e o que deveria ser evidenciado fica em segundo plano, quase esquecido.

Estas considerações valem para nossa relação com Deus também. Ele nos convida para um banquete, uma verdadeira festa sem precedentes. Mesa farta, muita música, alegria, convidados importantes, roupas bonitas e o homenageado mais belo: seu próprio Filho, o herdeiro de todas as coisas que o Pai criou.

Apesar disto, há muitos filhos seus preocupados exclusivamente com o que vão dar a Deus. Procuram servi-Lo com seu trabalho, seus dons e seu dinheiro. Embora tudo isso revele o grau de importância e o privilégio que atribuem ao fato de terem sido convidados para tão importante evento, nada substitui a alegria de estarmos juntos na companhia do Todo Poderoso. Este sim, é privilégio sem igual. Os outros itens são meros complementos que expressam nossa gratidão por tudo que Deus tem feito por nós.

"Que darei ao Senhor por todos os benefícios para comigo? Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome do Senhor". (Salmo 116:12,13)

Rev. Márcio

domingo, 20 de maio de 2001

QUALIFICAÇÕES BÍBLICAS DE UM PRESBÍTERO

ANO LVIII - Domingo, 20 de maio de 2001 - No 2899

QUALIFICAÇÕES BÍBLICAS DE UM PRESBÍTERO

À luz de I Timóteo 3.1-7, verificamos que um presbítero deve ser:
  1. Correto. "Irrepreensível". O presbítero deve ser uma pessoa imparcial e de vida limpa. Sua conduta precisa estar isenta de qualquer censura.
  2. Marido exemplar. O presbítero precisa ser "marido de uma só mulher", fiel à sua esposa e inculpável em sua conduta moral.
  3. Moderado. "Temperante", alguém que demonstra inteireza de caráter, que domina apetites e paixões. Em outras palavras, o presbítero não pode ser indiscreto, nem fofoqueiro.
  4. Sóbrio. "Não dado ao vinho", isto é, não dominado pelo álcool ou outros entorpecentes, mas controlado pelo Espírito Santo.
  5. Despretensioso. "Modesto" bastante para ver no presbiterato uma oportunidade de servir e não de ser servido. Ser presbítero não é motivo de vaidade.
  6. Hospitaleiro. Alguém que se disponha a acolher outra pessoa em sua casa, especialmente os irmãos em Cristo. Na sua mesa sempre cabe mais um.
  7. Apto para ensinar. O presbítero deve ter humildade para aprender diariamente da Palavra de Deus e habilidade para compartilhar o seu conhecimento.
  8. Pacífico. "Não violento, cordato, inimigo de contendas". O presbítero não pode ser uma pessoa geniosa, explosiva, pelo contrário deve ser compreensivo, um apaziguador.
  9. Dizimista. "Não avarento". O presbítero não pode ser um unha-de-fome, um sovina. Como mantenedor fiel da Igreja, deve se tornar um modelo para a comunidade.
  10. Líder no lar. "Governe bem a sua própria casa", implica em conquistar o respeito e admiração da esposa e dos filhos por sua liderança espiritual. O presbítero deve ser o sacerdote da família.
  11. Experiente. Idade e maturidade são cousas diferentes. O presbítero não deve ser um recém-convertido, um "neófito", mas alguém de comprovado testemunho cristão.
  12. Bem conceituado. "Tenha bom testemunho dos de fora". Em outras palavras, o presbítero deve ter um bom nome na vizinhança, no seu ambiente de trabalho, nos seus negócios.

Hoje, reunida em Assembléia Geral Extraordinária, a família IPVM elege três (3) irmãos para o cargo e ofício de Presbítero. Permita Deus que os nossos escolhidos apresentem as qualificações acima arroladas.

Rev. Eudes

domingo, 13 de maio de 2001

MÃE: RETORNO E RECOMEÇO

ANO LVIII - Domingo, 13 de maio de 2001 - No 2898

MÃE: RETORNO E RECOMEÇO

São muitas as formas que a humanidade utiliza para demonstrar sua gratidão àquelas que lhe trazem ao mundo.

Mas o significado de mãe vai muito além de uma simples progenitora. Não é meramente um vínculo biológico que une uma pessoa a outra que lhe deu a luz. Até mesmo entre os animais, cujo instinto natural está longe de aproximar-se à capacidade de amar do seres humanos, é possível identificar uma relação mais estreita que a biológica, ocasionada por laços afetivos.

Entre os vários significados que a palavra mãe traz ao coração, um deles é: "um lugar para onde se volta".
Todos nós já experimentamos a alegria da volta. Um abraço, um aconchego, um olhar amigo, um lar, um destino. Nossa vida, embora descrita como uma caminhada constante, carece de um lugar onde sentimos finalmente que chegamos. Ou ainda, um lugar para o qual nos volvemos com o intuito de recomeçar.
Esta pálida tentativa de expressar a importância da figura materna para o homem faz ainda mais sentido quando a relacionamos com Deus.

Deus sempre ofereceu ao povo a oportunidade da volta. Talvez aí encontremos a maior prova da sabedoria e amor divinos. Ele jamais obrigou sua criatura a amar-lhe e devotar-lhe afeto. Ele deixa o homem ir, mesmo sabendo dos riscos que isso representa. E sempre que o homem foi, Deus lhe acenou com a oportunidade do regresso. Realidade ilustrada pela história que Jesus conta do homem que tinha dois filhos e um deles resolve ir e gastar tudo. Quando volta, encontra um lugar e uma pessoa esperando por ele. Esta imagem clara em sua mente lhe concedeu forças para o duro caminho do recomeço.

Para nós é consolo lembrar da promessa do Senhor Jesus: "Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros." (João 14:18) e ainda o salmista: "Deus faz que o solitário more em família" (Salmo 68:6)

Rev. Márcio

domingo, 8 de abril de 2001

SEMANA SANTA

ANO LVIII - Domingo, 8 de abril de 2001 - No 2893

"SEMANA SANTA"

Esta semana, comumente chamada de "santa" é iniciada pelo "Domingo de Ramos". O título é uma alusão ao primeiro dia da semana em que Jesus, montado num jumentinho emprestado, entrou na cidade de Jerusalém sob os vivas de júbilo e festa da multidão.

Esta entrada triunfal marca o início da derradeira semana no ministério de Jesus. Os evangelhos dão, com detalhes, os discursos, obras e atividades de Jesus em Jerusalém nestes dias. A oposição dos líderes religiosos ao ministério de Jesus vai gradualmente transformando-se em oposição pessoal. Ele torna-se indesejável e seus opositores não descansam enquanto não encontram um meio de silenciá-lo.

Este enredo, conhecido de nós, repete-se em muitas vidas ainda hoje. Celebrar a Jesus no meio da multidão em festa é fácil. Participar das procissões, dos ajuntamentos, dos cultos lotados, entoando cânticos e bradando louvores Aquele que vem em nome do Senhor torna-se cada vez mais comum em nosso país.

Mas "suportar" as exigências da vida cristã é, por muitas vezes, algo incômodo. A pessoa de Jesus é um testemunho constante da vontade santa e divina para o homem. E o incômodo surge porque nem sempre o homem deseja saber da vontade de Deus para si mesmo. Ele não quer saber porque não quer obedecer. Logo, a presença de Jesus torna-se insuportável. Resistir aos seus ensinos é demonstrar repúdio à sua pessoa. Jesus foi o único cuja vida e ensino eram uma coisa só.

No meio do burburinho dos festejos, pensemos seriamente sobre nossa própria atitude para com o Messias. Qual é o lugar que, de fato, Ele ocupa em nossa vida? Não estaríamos hoje no meio dos festejos, para amanhã, tacitamente rejeitá-Lo?

Rev. Márcio

domingo, 25 de março de 2001

NOSSAS FAMÍLIAS SÃO ALVO DO OCULTISMO

ANO LVIII - Domingo, 25 de março de 2001 - No 2891

NOSSAS FAMÍLIAS SÃO ALVO DO OCULTISMO

O ocultismo, cultos pagãos e ensinamentos de seitas místicas orientais estão ganhando espaço e aceitação entre os brasileiros. Com grande facilidade entram nos lares e cativam as mentes e corações dos membros das famílias. A estratégia mais recente é de infundir seus princípios nas crianças.

Tudo isso já era esperado e anunciado desde os tempos neotestamentários. Contudo, a sutileza do inimigo de nossas almas é tamanha que muitos crentes estão recebendo, aceitando e aplaudindo essas coisas sem o saberem.

O meio mais eficaz utilizado para sua divulgação é a televisão. Os programas de maior audiência na emissora líder do país são, hoje, totalmente dedicados a expansão das religiões afro-brasileiras, do espiritismo e religiões orientais. Num desses programas, a deusa cultuada como rainha das águas aparece pessoalmente salvando os personagens da morte por afogamento; seus sacerdotes tem presença marcante nos capítulos que se sucedem, aumentado sua projeção e prestígio. Os poderes por eles demonstrados são apresentados como sendo "do bem". No programa que vai ao ar ao final da tarde, crianças e jovens apreciam a encenação de atores que fizeram, obrigatoriamente, curso de astrologia antes de iniciarem as gravações. O enredo da novela é baseado na religião oriental budista, e a dupla de atores jovens cantam mantras e pregam a paz de espírito e harmonia interior com o universo. Em outro horário, um anjo caído reforça a crença popular e pagã no "anjo da guarda" e na "reencarnação".

Tais ensinos são afronta ao verdadeiro evangelho de Jesus Cristo. As religiões orientais pregam a bondade como uma conquista do espírito interior do homem, sem a necessidade de um salvador pessoal. Perguntamos: como um cristão verdadeiro pode aceitar tais cultos dentro do seu lar?

Talvez a ausência do culto doméstico, dedicado à leitura da bíblia e oração em família, tenha favorecido a entrada de outros deuses nos nossos lares. Jesus bem nos advertiu do perigo de mantermos uma casa limpa, porém, vazia. O espírito imundo, antigo ocupante dela, diz: "Voltarei para minha casa donde saí. E tendo voltado a encontra vazia, varrida e ornamentada. Então vai, e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro."

Já é hora de impedirmos que isso ocorra em nossas casas.

Rev. Márcio

domingo, 18 de fevereiro de 2001

AQUIETAI-VOS !

ANO LVIII - Domingo, 18 de fevereiro de 2001 - No 2886

AQUIETAI-VOS !

O estilo de vida chamado "moderno" tem trazido inquietação a muitos. As pessoas correm, atendem agendas cheias, cumprem compromissos variados, assinam contratos importantes e, de repente, percebem que sobra pouco ou quase nenhum tempo para si mesmos.

As muitas vozes que clamam ao redor estão sempre apontando para uma vida cada vez mais agitada. Desde que a Revolução Industrial introduziu a máquina na produção de bens e a vida moderna começou, o homem tem sido empurrado para frente ouvindo brados, muitas vezes silenciosos, mas incisivos: "produza mais"; "seja competitivo"; "você tem que ser o melhor"; "faça mais, mais e mais"; "você é bom mesmo, por isso vai assumir mais esta responsabilidade". A enxurrada de atividades que se abate sobre as pessoas é tão violenta que quase impede que elas parem e façam uma pergunta simples e fundamental: "para que tudo isso?"

Como a resposta a esta questão é inquietante, muita gente simplesmente ocupa seu pensamento com um pouco de lazer: viagens, passeios, fim de semana na praia, cinemas e restaurante, encontros com os amigos, etc. Uma forma branda de anestesiar uma consciência perturbada.

Mas, ainda assim, poucos são os que ouvem a voz suave vinda do Criador de todos nós: "aquietai-vos e sabei que eu sou Deus".

Quando o homem resolve parar com tudo o que faz e reservar uma pequena parcela do dia para acalmar seu coração, tem novamente a possibilidade de recolocar seus olhos na direção certa. Embora as coisas pelas quais lutamos no dia-a-dia são importantes para nossa sobrevivência, elas não precisam desviar nossa visão de quem somos e a quem pertencemos.

Somos do Senhor e para Ele voltaremos um dia. As dádivas recebidas nesta vida são recursos que Ele nos concedeu, temporariamente, para realizarmos Seu propósito onde estivermos e ao lado de quem convivermos.

E não existe ocupação mais sadia para a nossa mente do que lembrarmos que Ele é Deus soberano acima de todas as coisas.

Rev. Márcio

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.