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domingo, 27 de abril de 2003

É PÁSCOA O ANO TODO!

ANO LX - Domingo, 27 de abril de 2003 - No 3000

É PÁSCOA O ANO TODO!

Inserimos datas especiais em nosso calendário para não esquecermos coisas que julgamos importantes como: o início do nosso primeiro namoro ou o dia do nosso casamento; o nascimento do nossos filhos e netos; o dia em que mudamos para um novo e importante emprego ou quando finalmente realizamos o sonho de comprar nossa casa própria.

Paradoxalmente, motivos que devem ser lembrados SEMPRE, acabam sendo trazidos à memória apenas UMA VEZ POR ANO. Acontece assim com nossos aniversários, dia das mães, dos pais, dos namorados e etc. Acabamos nos lembrando da AIDS apenas no dia mundial da luta contra esta doença; uma vez por ano nos lembramos da raça negra e da discriminação que sofreram e ainda sofrem; é no Dia do Professor que nos lembramos da importante missão de ensinar, e assim por diante. Ou seja, o que deveria ser um dia para "nos lembrarmos" de um assunto importante acaba se tornando em 364 dias para "nos esquecermos" deste mesmo assunto.

Com a Páscoa poderia acontecer o mesmo não fosse o fato de a celebrarmos semanalmente. Todos os domingos quando nos reunimos, o fazemos por que o Senhor Ressuscitou "no primeiro dia semana". Assim, nos lembramos que Jesus morreu, ressuscitou e está vivo - a mensagem da Páscoa - todas as semanas.
Neste caso, corremos um outro perigo, inverso ao anteriormente descrito. Quando fazemos algo com muita freqüência podemos torná-lo rotineiro e por isso mesmo automático. Quando isso acontece, aquele evento torna-se um ritual e este facilmente esvazia-se do sentido original para o qual foi criado.
Celebrar a Páscoa dominicalmente é um privilégio que temos que nos lembra a obra do Senhor e nos trás o privilégio de festejarmos sempre a vida.

Rev. Márcio

domingo, 20 de abril de 2003

ALEGRAI-VOS ELE ESTÁ VIVO

ANO LX - Domingo, 20 de abril de 2003 - No 2999

ALEGRAI-VOS ELE ESTÁ VIVO

Não existe nada como receber uma boa notícia: um parente que recebeu a tão esperada alta hospitalar; um filho distante que mandou boas notícias dos estudos e trabalho; um novo projeto inici-ado que está indo "de vento em popa". Um relacionamento rompido e agora refeito pelo perdão bus-cado e concedido.

Nem sempre nos damos conta de que nos reunimos uma vez por semana para celebrarmos a maior de todas as boas notícias. Foi neste dia, o primeiro da semana, que Jesus, o filho de Deus, ressuscitou. Ele está vivo e prometeu que estaria conosco todos os dias até o final, quando voltaria para nos buscar. Esta é a esperança das esperanças, que nos consola e conforta diariamente em todas as nossas aflições: O sol da justiça raiou trazendo liberdade em seus raios.

Essa nova ecoou inacreditável aos ouvidos das mulheres que foram correndo de madrugada ao túmulo para levar seus bálsamos. Precisavam terminar o sepultamento interrompido pela chegada da noite e da festa pascal que as impedira de preparar o corpo convenientemente. Tal preocupação era fora de hora. A porta do túmulo estava aberta, o lacre rompido e o corpo desaparecido. Ele estava vivo!

Não fora a ressurreição de Jesus e toda a sua vida seria apenas um exemplo de altruísmo e bondade; seus ensinamentos seriam colocados lado a lado com outras estruturas filosóficas; ele ser considerado mais um mártir na história derramando seu sangue em busca de ideais de justiça;

Mas a ressurreição coloca tudo isso num patamar diferente. Somente quem tem a vida tem o poder de reavê-la quando quer. Jesus entregou-se por que quis e pelo seu poder ressuscitou dos mortos por que é maior do que a morte, confirmando assim seus ensinos e milagres.

Rev. Márcio

domingo, 13 de abril de 2003

DIÁRIO DE UM MILITAR

ANO LX - Domingo, 13 de abril de 2003 - No 2998

DIÁRIO DE UM MILITAR

A multidão em festa gritava palavras de júbilo e exaltação. A cidade fora surpreendida por mais uma manifestação popular que poderia despertar uma intervenção do exército romano, responsável por manter os judeus debaixo do domínio de César.

Mas desta vez fora diferente. A população não reunira-se numa revolta nem a turba agitara-se politicamente. Gritavam palavras de alegria, não de ordem. Falavam termos pouco conhecidos no cenário político mas muito familiares ao linguajar religioso. Tinham uma expressão diferente no rosto e, ao invés de enxadas ou foices, agitavam nos ares galhos de árvores arrancados da vegetação ao redor da cidade. Não agrediram ninguém nem destruíram nada. Pelo contrário, tiravam de si suas capas e as estendiam no chão, numa atitude de quem estava diante de uma autoridade. De fato, não era um líder político. Não montava um cavalo vitorioso numa batalha nem atrás dele não havia um séquito de prisioneiros de guerra mas uma multidão de maltrapilhos e famigerados, marginalizados da sociedade pela pobreza e doença.

Tanto alvoroço por um homem em cima de um jumentinho? O que isso significava?

Mesmo para um homem acostumado a obedecer ordens e lidar com uma população instável e alvoroçada, jamais havia visto algo assim em todos estes anos que sirvo a César na Palestina. Não entendi direito tudo o que eles falaram e muito menos por que a manifestação terminou assim tão de repente quanto começou. Mas algo me deixou inquieto desde então: O que queriam dizer quando se referiram a ele como aquele que vem "em nome do Senhor ? "Seria ele o que costumam dizer "o Filho de Deus"?

Um provável oficial romano de plantão naquele primeiro dia
da semana em algum ano do início da era cristã.

Rev. Márcio

domingo, 6 de abril de 2003

FÉ EM CRISE

ANO LX - Domingo, 06 de abril de 2003 - No 2997

FÉ EM CRISE.

O mundo que nos cerca e no qual estamos inseridos, é um mundo em crises - política, econômica, ecológica, de moradia, de emprego, de comunicação, de amor, etc. A de caráter tem sido apontada como a mais grave de todas.

Infelizmente na Igreja também temos algumas crises: de seriedade - com as cousas sagradas; de devoção - não reservamos tempo para estar a sós com Deus, o culto doméstico já era; de consagração - dos talentos, do tempo, dos bens; de solidariedade - o meu próximo tem de ser muito próximo, se não... Talvez a mais séria, no momento, seja a crise de fé!

Na tendência dos radicalismos, de um lado queremos resolver tudo na força do raciocínio, dos cálculos e das estatísticas, fazendo o jogo de cintura da dialética humana e do tráfico de influência. Por outro lado, fé está sendo confundida com emocionalismo exacerbado, crendices e carismatismos.

O cap. 10 de Hebreus demonstra a preocupação do autor da Carta: o abandono da fé em Cristo e retorno a uma tradição religiosa. Era mais cômodo praticar uma religião que não impusesse tanta renúncia, tanto sacrifício, tanta consagração. Uma religião sem espinhos e sem cruz. Por que perder um "bom negócio" por causa de Cristo? Por que me preservar para o casamento se posso curtir a juventude? Por que me limitar a uma só mulher ou a um só homem se há tantos livres e ninguém se importa? Por que pagar o que devo se não sou trouxa? Por que sacrificar um bom programa de manhã se posso ir ao culto à noite? Não tolero imposições, dizem alguns, nem de Cristo! Não é sem motivo, e sem mercado, que têm surgido tantos grupos tentando contextualizar a Bíblia aos interesses pessoais do "cristão liberado".

Quando os apóstolos disseram a Jesus: "aumenta-nos a fé" (Lc 17.5), foi curiosa a resposta do Senhor. Não era uma questão de ter mais fé ou menos fé, e sim de usar a fé. Há circunstâncias na vida em que sentimos a nossa fé abalada. Diante de uma injustiça irreparada, de uma violência sem sentido, de uma tragédia inexplicável, parece que perdemos a fé. Em todos esses momentos, porém, a fé não se desfez, deixamos apenas de usa-la. Como Abraão, precisamos subir o monte da provação, mas subir com fé, na certeza de que Deus proverá - a solução, a libertação, a bênção.

Se os valores da vida cristã estão sendo testados, faça uso de sua fé, não importa se forte ou fraca. Descanse em Deus.

Rev. Eudes

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.