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domingo, 25 de abril de 2010

AI (22)

ANO LXVII - Domingo, 25 de abril de 2010 - Nº 3365

"Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos..." (Ezequiel 24:2); "Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! diz o Senhor" (Jeremias 23:1)

Temos diante de nós dois textos contundentes da parte do Senhor, com relação aos que têm a responsabilidade de conduzir o rebanho do Senhor, na condição de pastores dessa grei. A palavra de Deus é dura e pesada e soa como séria advertência.

Quando ouvimos essa passagem somos confrontados com a situação dos líderes religiosos em nosso país e vemos sua atualidade, propriedade, precisão e necessidade. Guias cujas atitudes são de mercenários ou, até mesmo, lobos.

Os escândalos que têm alcançado a Igreja Católica Romana, trazendo à luz o que de há muito tempo ocorre, abalando a confiabilidade do clero Romano em sua conduta moral quanto à sexualidade, bem como os escândalos nos meios "evangélicos" , com seus pastores em sua volúpia por dinheiro e poder, em uma forma de imoralidade de conduta quanto aos bens materiais, locupletando- se às custas das ovelhas e fiéis, ou mesmo a "poligamia sucessiva" em que casam e descasam, para casar-se novamente, sem que estejam presentes os motivos bíblicos admitidos para o divórcio, abalam a credibilidade da própria instituição Igreja.

Esses pastores (líderes) são responsabilisados pelo Senhor quanto ao dano causado ao rebanho que está sob seu cuidado e pastoreio. A destruição e dispersão das ovelhas, bem como o apascentamento para seu próprio ventre (a si mesmos) estão em contradição com sua tarefa primeira e maior, ou seja, de conduzir com e em segurança aqueles e aquelas que estejam sob sua orientação. O descrédito a que esses indivíduos estão lançando o ofício pastoral é trágico.

Vidas estão sendo marcadas de modo desastroso e nefasto por atitudes contrárias aos princípios bíblicos e cristãos. O abuso de crianças, a manifestação da homossexualidade, a incontinência conjugal, a ganância pelo dinheiro e poder, são posturas inadmissíveis àqueles que dizem conhecer ao Senhor e, sobretudo, àqueles que devem conduzir as ovelhas do rebanho do Senhor. Jesus nos advertiu: "É inevitável que venham os escândalos, mas ai daquele por quem vierem os escândalos" (Mt.18:7) e "Qualquer um que fizer tropeçar a um desses pequeninos que crêem em mim...melhor que fosse afogado no mar" (Mt.18:6).

Esses tipos de escândalos não são coisa nova, mas as proporções estão aterradoras. O risco do Nome do Senhor ser blasfemado no meio dos não cristãos está se concretizando (Rm.2:24), e isso por causa da conduta de "pastores", os quais são verdadeiros lobos travestidos de pele de cordeiro ou de roupagem de pastores (Mt.7:15). Deus tenha misericórdia de nós.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 18 de abril de 2010

AI (21)

ANO LXVII - Domingo, 18 de abril de 2010 - Nº 3364

"Ai da cidade que derrama sangue no meio de si... ai de ti cidade sanguinária" (Ez. 22:3 ; 24:6,9).

A urbanização tem sua história ligada aos tempos em que o ser humano abandona seu nomadismo e passa a estabelecer- se e fixar-se, desenvolvendo o cultivo e plantações, passando a formar núcleos ou aglomerados com ajuntamento de pessoas e incremento de escambo (troca e comércio). A Bíblia nos fala de formação de cidades e as mazelas nelas existentes, sejam elas (cidades) pequenas ou grandes.

No texto do profeta Ezequiel a palavra é dirigida contra Jerusalém (cidade da paz) pelo fato de sua situação de violência, injustiça e criminalidade (pecaminosidade) . O adjetivo que lhe é dado soa triste e sombrio: sanguinária.

Se houver o exame (sugiro que façam) dos textos completos nos capítulos apontados acima, pode-se perceber que as abominações cometidas são também vistas nas cidades ao redor do mundo e nos dias atuais, sendo, igualmente, sanguinárias.

Nossas cidades não estão fora do contorno dado à cidade de Jerusalém nos dias de Ezequiel. É de deixar pasmo ao perceber que essas condições estavam presente na "cidade santa". A violência, iniquidade e corrupção estavam manifestas e pululavam em suas ruas. Nossas São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e mesmo as pequenas e do interior, estão em condições semelhantes. As injustiças e maldades fazem o sangue ser derramado e escorrer nas ruas e avenidas dessas nossas cidades.

Há solução? Que fazer? Urbanistas, engenheiros, arquitetos, cientistas sociais, cientistas políticos e tantos outros buscam soluções, mas há um certo desalento e desesperança.

Não podemos, como cristãos, ficar indiferentes. Nossa postura deve ser de mudança de atitude, para que, a partir de nós, mudança ambiental e comportamental seja verificada, embora saibamos que o ideal de cidade projetada pelo Senhor para nós, só será manifesto e efetivado quando vier "a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus..."(Ap. 21:2). Até que esse momento de regeneração da "urbe" venha e se instale a "nova ordem", a postura cristã não é de apenas ficar "enxugando" o sangue das ruas, mas agir de forma positiva para que seja estancada ou, pelo menos, minimizada essa violenta sangria nas vielas escuras ou avenidas iluminadas dessas cidades sanguinárias. O Senhor nos abençoe.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 11 de abril de 2010

AI (20)

ANO LXVII - Domingo, 11 de abril de 2010 - Nº 3363

"Ai das que cosem invólucros feiticeiros. ..para caçarem almas" (Ez.13:18)

As "artes" da magia são tão antigas como a própria civilização. Mesmo com a evolução tecnológica e científica que temos visto e vivido, as manifestações de magia e feitiçaria ainda estão bem fortes e visíveis em nosso meio.

O texto de Ezequiel nos fala de objetos (invólucros e véus) usados para "caçarem" almas ou pessoas. Esses utensílios (a tradução mais usada é almofadas em lugar de invólucros) eram usados para envolver as pessoas em rituais de ocultismo e manifestação de espíritos. Alguns sugerem tratar-se de meio de engodo para cativar a alma ao fazê-la "sair" do corpo e conduzi-la a uma condição de melhora e restauração.

Embora não se tenha uma ideia exata do que fosse esse ritual, fica certo o fato de que servia para estabelecer um cativeiro às pessoas aos quais se aplicava, tornando tal indivíduo submisso e cativo daquele que desenvolvia a manipulação desses objetos.

Continuamos a ver, mesmo nas sociedades avançadas, a utilização de objetos como meio condutor da ação da divindade, deixando as pessoas dependentes de tais elementos e de seus manipuladores. Isso vai desde a "água batismal regeneradora" no catolicismo romano, passando pelos patuás, vodus e ebós dos terreiros e centros espíritas, até a "água orada", rosa ungida, sabonete abençoado de comunidades neo pentecostais. É a manipulação do sobrenatural e o encabrestamento da divindade ao mundo da magia que se pode manusear e controlar, é a "domesticação das forças divinais".

Ai desses que assim fazem e dos que se deixam levar por eles. Tornam-se cativos e presas de seus próprios "encantamentos" . A solução desse problema ainda continua sendo a mesma, a ação resgatadora de Deus (v.20). O Senhor tem poder para livrar essas almas (vidas, pessoas) que são caçadas e também os caçadores, à medida em que se entreguem a Ele e nEle confiem (não nas coisas ou pessoas) para a condução de suas vidas e libertação restauradora, levando-as a experimentar o genuíno resgate para "nunca mais serem caçadas" (v.21). Não precisamos de coisas ou objetos para a ação do senhor nosso Deus. Mesmo os elementos dos sacramentos (água, pão e vinho) são apenas símbolos e não têm em si poder algum. Nossa dependência não é desses objetos nem dos que os manipulam (pastores), mas do Senhor que os instituiu e estabeleceu como referência da libertação que temos nEle. Não nos deixemos "caçar" e rejeitemos esses "caçadores". Ao Senhor, e somente a Ele, nossa dependência e toda a glória.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 4 de abril de 2010

ELE NÃO ESTÁ AQUI, MAS RESSUSCITOU

ANO LXVII - Domingo, 04 de abril de 2010 - Nº 3362

"Ele não está aqui, mas ressuscitou..." (Lucas, 24:6)

O texto acima refere-se à ressurreição de Jesus e ao momento em que as mulheres foram ao sepulcro para perfumar (preparar) o corpo de Jesus, mas não O encontraram como pensavam, pois Ele estava vivo, e não morto.

A pergunta feita pelo anjo é significativa: "Por que buscais entre os mortos ao que vive?" (v.5) e traz a nós muita orientação ainda hoje, sobretudo nesses momentos em que relembramos a ressurreição de Cristo.

Digo isso porque muita gente, mesmo em nossa sociedade ocidental "cristã", ainda continua procurando o Senhor em lugares equivocados e errados. É triste vermos um contingente imenso de pessoas tentando encontrar o Senhor (com sinceridade) , mas buscando-O em lugares em que Ele, definitivamente, não está.

Formas várias de religião se nos apresentam e levam as gentes a buscarem Jesus, o Cristo, em locais onde Ele não se encontra. Vimos recentemente a manifestação religiosa ligada ao "Daime". Entristecemo- nos com fatos como esses.

Onde as mulheres deveriam procurar o Senhor? A lógica da resposta as levou a buscarem no lugar presumível: onde Ele fora sepultado. Elas estavam certas na condução de seus passos pela lógica. Onde mais procurar? Muitos há que, ainda hoje, querem encontrar-se com o Senhor no local projetado pela lógica. Mas, Ele não está ali. A ressurreição do Senhor é fato que se contrapõe a toda lógica e formulação racional.

Claro que buscar a Jesus já é uma grande virtude, é um desejo primoroso, mas é preciso buscá-LO no lugar certo e do modo certo. Ele disse: "buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo vosso coração" (Jeremias, 29:13). Procurar Jesus na formalidade da religião é como procurá-LO na cruz ou no sepulcro, perpetuado na morte; não será achado, não estará lá. "Examinais as Escrituras.. . são elas que apresentam a mim" (João 5:39), nelas (Escrituras Sagradas cristãs) é que encontraremos a Cristo redivivo e ressurreto. Por meio delas seremos conduzidos ao conhecimento, de fato e de verdade, d!Aquele que é Senhor da morte, posto ser Senhor da vida. São elas que continuam a testificar sobre Ele. Portanto, às Escrituras para encontrarmos o Senhor que ressuscitou e vivo está. Aleluia.

Rev. Paulo Audebert Delage

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.