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domingo, 30 de setembro de 2007

PROMOVENDO A ELEIÇÃO DE PRESBÍTEROS (2)

ANO LXV - Domingo, 30 de setembro de 2007 - Nº 3231

"Promovendo a eleição de presbíteros" (Atos 14: 23)

Em seqüência ao boletim do domingo próximo passado e em cumprimento ao disposto no artigo 111 parágrafo único da Constituição da IPB, continuamos a instruir a igreja sobre as qualidades e condições para o candidato ao presbiterato.

Estamos tratando do aspecto institucional e neste sentido o Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil (SC/IPB) tem normatizado quanto ao vínculo com a Ordem Maçônica e isto nos seguintes termos:

Supremo Concílio 2006: " RESOLVE: 1. Afirmar a incompatibilidade entre algumas doutrinas maçônicas, como as retromencionadas, com a fé cristã; 2. determinar a não recepção de membros, à comunhão da igreja, de pessoas oriundas de maçonaria sem que antes elas renunciem à confraria; 3. não eleger, nem ordenar ao oficialato de igreja, aqueles que ainda estão integrados na maçonaria; 4. orientar com mansidão e amor aos irmãos maçons a, por amor a Cristo e sua Igreja, deixarem a maçonaria; 5. tratar com o máximo amor e respeito aqueles que ainda estão na maçonaria, para que seu desligamento seja feito pelo esclarecimento do Espírito mais do que por coerção ou constrangimento. Sala das Sessões, 21/07/2006.

Em reunião da Comissão Executiva do Supremo Concílio (CE/SC/IPB) em maio deste ano, conforme Doc. CLXXVI ficou ratificada a decisão do SC/IPB 2006 nos seguintes termos: " A CE/SC/IPB resolve: ...a decisão desta CE não muda, em absolutamente nada, a decisão SC 2006 quanto a esta matéria. A finalidade desta decisão da CE SC/IPB 2007 é de tão somente normatizar o que foi decidido em 2006. A decisão SC/IPB 2006 permanece em pleno vigor e aplicação em todos os seus termos". Diante destas decisões de nosso Concílio maior e sua ratificação pela Comissão Executiva, nenhum irmão que seja integrante da Ordem Maçônica poderá ser eleito e ordenado oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil. A filiação à Maçonaria passa, portanto, a ser elemento impeditivo à eleição e exercício do oficialato na IPB. (Segue no próximo boletim).

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 23 de setembro de 2007

PROMOVENDO A ELEIÇÃO DE PRESBÍTEROS (1)

ANO LXV - Domingo, 23 de setembro de 2007 - Nº 3230

"Promovendo a eleição de presbíteros" (Atos 14: 23)

Muitos não gostam: assembléia para eleição de oficiais. O livro de Atos dos Apóstolos nos mostra que esta prática era usual na Igreja Cristã como vemos com o Apóstolo Paulo a promover "eleição de presbíteros", os quais conduziriam a vida da Igreja.

Esta é a oportunidade de a igreja manifestar-se com relação a seus oficiais, escolhendo-os, reconduzindo-os ou não ao oficialato. A Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil em seu artigo 111 parágrafo único diz que o pastor instruirá a igreja a respeito das qualidades que deve possuir o escolhido para desempenhar o ofício e isto um mês antes da realização da assembléia. Assim, usarei nosso boletim para tal orientação.

Veremos primeiramente as diretrizes em nosso ordenamento constitucional, focando em primeiro lugar as qualidades pessoais e caráter cristão, seguindo-se os requisitos institucionais.

Qualidades pessoais e caráter cristão:

Artigo 50: "O presbítero regente... juntamente com o pastor, exercerá o governo e a disciplina, zelará pelos interesses da igreja que pertencer bem como de toda comunidade..."
Artigo 55: "Presbítero... deve ser assíduo e pontual no cumprimento de seus deveres, irrepreensível na moral, são na fé, prudente no agir, discreto no falar e exemplo de santidade na vida"

Requisitos institucionais:

Artigo 13: parágrafo 1º c/c artigo 112: "Só poderão ser votados os maiores de 18 anos e os civilmente capazes."
Artigo 13: parágrafo 2º: "Para alguém exercer o cargo eletivo para o presbiterato ou diaconato, o prazo é de 1 ano após a sua recepção, salvo casos excepcionais, a juízo do conselho, quando se tratar de oficiais vindos de outra igreja presbiteriana".
Artigo 25: parágrafo 2º: "Para o oficialato só poderão ser votados homens maiores de 18 anos e civilmente capazes".

Verifique estes postulados, examine criteriosamente, ore com instância e participe com seu voto consciente. Analise cuidadosamente a vida pessoal, familiar, social, econômica e eclesiástica daquele em quem você pretende votar. Escolha zelosamente e em oração. (segue no próximo boletim).

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 16 de setembro de 2007

NÃO HÁ ÁRBITRO

ANO LXV - Domingo, 16 de setembro de 2007 - Nº 3229

Não há árbitro. (Jó 9: 33)

É comum confundir juiz e árbitro. Nas competições esportivas aqueles responsáveis por verificar a aplicação das regras eram erroneamente chamado de juiz. Na verdade, ele é um árbitro (o que acertadamente tem sido ensinado) e está na condição de mediador entre duas partes, a fim de estabelecer o que seja correto e justo à luz das normas e regras daquele esporte.

Estando Jó debaixo de situação calamitosa para si, com sua família morta, seus bens todos perdidos e a saúde em situação de desgraça com a pele coberta de chagas purulentas, tornando-o repulsivo e detestável aos olhos das pessoas que o viam assim; lamenta não haver árbitro entre ele e Deus, que possa ter a mão estendida sobre ambos. Jó conhecia o Senhor apenas de ouvir e mantinha rituais de culto e purificação, mas seu conhecimento de Deus não era pessoal e vivencial, Deus estava distante, longe, separado.

Este lamento legítimo de Jó esteve presente por longos séculos na experiência humana. Mesmo quando havia sacerdotes humanos instituídos por Deus, estes não podiam ter suas mãos "postas sobre nós ambos". Eles eram limitados e apenas homens. O lamento continuava verdadeiro e aflitivo.

No entanto, Deus em Sua graça nos abençoa e resolve este problema mudando tal quadro de forma radical. Jesus, Seu único Filho, vem ao mundo para ser aquele que é o mediador ou árbitro e que tem "a mão sobre nós ambos". De fato, Jesus tem uma das mãos sobre o nosso ombro e a outra no "ombro" de Deus, estabelecendo este vínculo, determinando esta relação e fazendo esta ponte com sua mediação. Jesus é o único que está entre Deus e nós e nos torna unidos e reconciliados. O apóstolo Paulo nos fala sobre isto ao ensinar: "há um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem" (I Timóteo 2: 5). Assim, alegremo-nos e regozijemo-nos pois hoje temos Jesus que mantém Sua mão colocada no coração de Deus e, ao mesmo tempo, a mantém posta sobre nós, para consolar-nos, amparar-nos e dar-nos a salvação e a vida eterna. Bendito seja o Senhor por este nosso mediador. Deus nos abençoe.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 9 de setembro de 2007

POR CAUSA DO TEMOR DE DEUS

ANO LXV - Domingo, 09 de setembro de 2007 - Nº 3228

"Por causa do temor de Deus" (Neemias 5:15)

Sete de setembro de mil oitocentos e vinte e dois. Ah, como suspira nossa alma por vermos nossa Pátria, de fato, livre! Ao lermos integralmente o texto acima referido situamo-nos em Israel nos dias da restauração dos muros, do templo e da cidade de Jerusalém. Tudo fora destruído e queimado como manifestação da ira de Deus por causa da transgressão e pecado de Israel. Agora era o tempo de restauração, momento de reconstrução, instante de reedificação.

Neemias era o grande restaurador vocacionado pelo próprio Deus para esta grande e desafiadora tarefa. Empenha-se, esforça-se, dedica-se. O resultado foi a reedificação do muro da cidade em 52 dias. Que vitória, que realização, que conquista. Tornara-se um homem de referência em seu tempo entre o seu povo. Seus aliados o admiravam, seus adversários tiveram que reconhecer seu valor e tributar-lhe respeito. Sua postura de integridade, honestidade e fidelidade a Deus e Sua Palavra era determinada por um fator imprescindível ainda hoje na vida de um líder e, sobretudo, de um político: o temor de Deus.

O comportamento de Neemias era distinto dos políticos (governadores) que o antecederam no governo exatamente pelo senso de temor de Deus que havia em seu coração. A descrição da conduta dos governadores era triste: opressão do povo, usurpação, enriquecimento ilícito, abuso de poder, entre outros. Com tristeza vemos que tal conduta assemelha-se à dos mandatários de nosso país. Tem-se a impressão que esta forma de conduta corrupta e antiética está ligada à classe dos gestores públicos e administradores do bem comum desde tempos antiqüíssimos. Independência. Data bela e jubilosa. Mas, com a falta de temor a Deus (e vergonha na cara) o que vemos é uma situação de tendência degenerativa da vida pública em nosso contexto político e público-administrativo. Há falta de Neemias neste nosso país; há escassez de Neemias neste universo político brasileiro.

Nestes tempos de comemoração de nossa independência, oremos e clamemos a Deus para vermos dependência do temor do Senhor, para que atitudes sejam mudadas dentro do universo corrompido do poder político e econômico de nosso Brasil. Dependência ou morte. Ou dependemos de Deus e caminhamos em Seu temor ou haveremos de ver a morte de nossas instituições públicas.

Deus tenha misericórdia de nós e nos abençoe.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 2 de setembro de 2007

NÃO SOMOS IGREJA DE CRISTO

ANO LXV - Domingo, 02 de setembro de 2007 - Nº 3227

Não somos Igreja de Cristo

Pode soar de modo estranho a afirmação que se lê acima. Mas, esta é uma declaração recente da Igreja Católica Romana sobre as demais comunidades cristãs, feita pela Congregação para os Assuntos da Fé, novo nome dado à antiga instituição romanista chamada Inquisição. Ah saudades das fogueiras que ardiam em nome da fé romana; por certo assim respiram os liderados pelo radical e intransigente ex-prefeito da referida Congregação e, certamente, ele mesmo, hoje chefe maior e cabeça da Igreja Católica Romana. A declaração não foi feita de forma negativa, mas positiva, ou seja, o documento afirma ser a Igreja Católica Romana a única e verdadeira, estando os demais grupos chamados cristãos fora desta realidade e necessitam voltar ao seio da "Santa Madre Igreja".

Alguns aspectos devem ser ressaltados quanto a este fato. O primeiro é reconhecer a coerência da Igreja Romana e sua convicção em fazer tal declaração. Ensina-nos a não ter medo de assumir e sustentar determinada posição e convicção, mesmo que isso seja interpretado de maneira hostil pela sociedade. Não estou afirmando que tal declaração seja correta, mas reconheço a coragem em fazê-la e suportar suas conseqüências. O segundo refere-se à demonstração de que: "Roma é sempre a mesma". Trata-se de tradução livre de um provérbio latino, enfatizando que Roma não muda. Isto é positivo no sentido de deixar claro a alguns seguimentos evangélicos de caráter "ecumenóide", (que imaginavam haver Roma mudado seu interior e se modernizado), o fato de que Roma ainda é a mesma. Todos os dogmas desde a infalibilidade papal até a assunção física de Maria e sua entronização como rainha do céu e mediadora entre Deus e os homens continuam intocados. O fato da postura de Roma fica claro também na alteração do documento produzido pelos Bispos da Conferência Episcopal Latino Americana, documento que foi "reredigido" pelo Vaticano, deixando descontente a "ala avançada e progressista" da Igreja Romana. Um terceiro aspecto é relativo ao desafio à nossa convicção como Igreja de Cristo de tradição reformada.

Estamos conscientes e firmes de nossas posições, ensinos e doutrinas, certos não só de nossas raízes históricas, mas também de nossa conversão pessoal e relação vivencial com Jesus Cristo na condição de nosso Salvador e Senhor, tendo como base as Escrituras Sagradas, promovendo a evangelização dos que ainda não estão nesta dimensão de fé cristã, bíblica e evangélica, visando sua conversão à verdade em Cristo Jesus.

Termino afirmando que integramos e compomos uma igreja que é una, santa, católica e apostólica como genuínos e autênticos servos e discípulos do Senhor Jesus, não dependendo isto de declaração formal de pessoa alguma ou mesmo instituição terrena, pois temos certeza de que em Cristo fomos "libertados do império da trevas e transportados para O Reino do Filho do Seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados" (Cl 1: 13-14). Aleluia. Glória a Deus. Somos Igreja de Cristã.

Rev. Paulo Audebert Delage

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.