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domingo, 29 de julho de 2018

ANA (2)

ANO LXXVI - Domingo, 29 de julho de 2018 - Nº 3796

ANA (2)

“Ana, por que choras? E por que não comes? E por que estás de coração triste?”

O texto transcrito acima se encontra em I Samuel 1: 8 e continua a registrar a situação ligada à vida de Ana (mãe de Samuel) em seu drama pessoal em relação à sua condição de mulher estéril.

Ana desfrutava de certa estrutura de vida estável e tranquila, sendo amada por seu esposo, embora não gerasse filhos. Tudo deveria indicar que ela não poderia se sentir triste ou desafortunada, mas, ao contrário, muito agraciada. No entanto, aspectos emocionais são muito fortes e as pressões nos levam a certo de tipo de postura aparentemente sem sentido ou sem justificativa. Portanto, a tristeza, a frustração e cobrança (por outros e por nós mesmos) nos podem lançar em profundo abismo. Foi o que se deu com Ana. Tristeza, abatimento, depressão. Chorava, não comia e tristeza de coração. Mesmo com a tentativa de seu esposo em ajudá-la, tudo parecia sem sentido.

Muitas vezes sofremos tais períodos em nossa vida. As coisas parecem não dar certo, temos a impressão de que tudo conspira contra nós. As pessoas parecem não entender nosso drama e conflito, nossa angústia e sofrimento, e perguntas como as feitas a Ana soam quais alfinetes em nossa alma, fazendo crescer nosso sentimento de abatimento. Não se tratava de mera “pirraça” de criança por não ter algum objeto fruto de seu desejo mesquinho. Seu drama era real, verdadeiro, profundo.

O texto nos informa que Ana “subia à casa do Senhor” (7) para adoração ao Senhor, mas tal atitude (embora positiva) não era suficiente para resolver sua situação e recompor sua estrutura interior. Por vezes pensamos que tais posturas são suficientes (ir ao templo, participar do culto, etc) para solução de nosso problema, mas não são. Embora sejam boas, positivas e necessárias, precisamos de outro tipo de suporte e apoio, de socorro, ajuda e amparo de caráter ‘profissional’.

Não desista. Deus tem para você a graça da vitória. Busque ajuda, procure socorro e não deixe de olhar para Jesus “autor e consumador de nossa fé” (Hb.12:2), por meio de quem “nós temos a vitória” (I Co.15:57). Bendito seja o Senhor.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 22 de julho de 2018

ANA

ANO LXXVI - Domingo, 22 de julho de 2018 - Nº 3795

ANA

“Uma se chamava Ana” (I Samuel 1:2)

Serão apresentados alguns textos de caráter meditativo sobre a pessoa de Ana, mãe do grande sacerdote, profeta e legislador hebreu Samuel. Tais textos não serão de cunho teológico ou doutrinário (embora tais aspectos não sejam desprezados), mas a preponderância é a abordagem de situações relativas à vida de uma pessoa e suas relações consigo, com os outros e com Deus.

Seu nome vem do hebraico e tem significado muito positivo (“Hanna”), ou seja, ‘graça’. Ela era esposa de um homem que a amava profundamente, embora fosse bígamo (possibilidade existente naquele momento e contexto em Israel). Essa posição não a colocava em situação de angústia ou tristeza, pois seu esposo a privilegiava com porções dobradas em relação à outra esposa, e o texto diz o motivo: “porque ele a amava” (1:5). Mas, apesar de amada por seu marido, Ana se via em uma situação de “desana”, ou seja, “desgraça”; não podia gerar filhos, era estéril. Tal fato a angustiava, mesmo quando seu marido lhe afirmava: “Não te sou eu melhor do que dez filhos?” (1:8).

Sofria Ana, por sua condição estéril, a afronta e zombaria da outra esposa, posto que esta se via minorada naquela relação conjugal e o texto registra: “A sua rival a provocava excessivamente para a irritar” (1:6); “a outra a irritava” (1:7).

De fato, sua existência era cercada de contrastes, embora sendo “Graça”, parecia não ter muita “graça”; mesmo que amada, se sentia preterida; ainda que bem tratada e protegida, seu sentimento era de profundo abandono e escassez. Tal estrada a levava ao risco sério e profundo de ansiedade e depressão, pois ela já “chorava e não comia.” (1:7).

Situações ambíguas como estas não são incomuns a muitas pessoas. Conflitos de real profundidade que atingem o ser e a profundeza da alma. Não é fácil o enfrentamento de tal situação. Mas, em lugar de focar e fixar-se naquilo que é negativo, ruim ou mal, procure perceber o bem, o positivo e o bom ao seu redor. Quão grandes são os privilégios e manifestações da graça de Deus à sua volta. Não perca isso de vista. Mesmo que haja nuvens densas, nossos olhos são iluminados constantemente pelo “Sol da Justiça”, Cristo Jesus nosso Senhor, que “sempre nos conduz em triunfo” (2 Co. 2:14). Não é ufania humana; é graça de Deus. Aleluia.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 15 de julho de 2018

PAÍS DO FUTEBOL!?

ANO LXXVI - Domingo, 15 de julho de 2018 - Nº 3794

PAÍS DO FUTEBOL!?

O Brasil é conhecido (?) como o país do futebol. De fato, este esporte é uma paixão efervescente em nosso meio. Em quase todo lugar vemos um “campinho”, uma quadra ou um estádio. Bolas de borracha, de meia, de couro de vários tipos. Não há nada de errado com isso. Países como a Holanda, Suécia, Suíça, Alemanha, Dinamarca, Inglaterra, França (entre outros), também possuem uma considerável paixão pelo futebol e o praticam.

Qual a diferença entre eles e nós? Aí está nosso grande problema. Somos, também, o país da violência, do desemprego, do nepotismo, da “desgovernança”, da corrupção, da política sórdida, da injustiça social e jurídica, da falta de infraestrutura, do pouco saneamento básico, da desassistência à saúde pública, da desvalorização da educação com qualidade e da escola-professor, da propina, da sonegação, da impunidade, dos favorecimentos aos meus correligionários à base da improbidade, da cupidez incontrolável dos mandatários e políticos, e de tantas outras mazelas morais das quais estamos empanturrados neste imenso pais do futebol (e pode-se adicionar do carnaval).

Preferiria ser o país da educação, do saneamento básico, do elevado IDH (índice de desenvolvimento humano) e neste campo tão somente empatar (não precisava ganhar) com Islândia, Dinamarca ou Suécia. Gostaria de ser, na verdade, o país da integridade e justiça com punição aos corruptos, empatando com o Japão e Coréia do Sul. Vibraria por ser o país da justiça social, da baixa incidência de violência contra a pessoa e o patrimônio, mais uma vez só empatando com a Suíça, Finlândia, Holanda e Alemanha (para não citar outros).

Mas, parece que iremos continuar sendo, por muitos e muitos anos ainda (e já nem estamos sendo mais tanto assim, é só ver o nível de nosso futebol) o país do futebol, onde o desemprego continua aumentando, a corrupção floresce, a impunidade desafia a moral e o pudor, o desrespeito à pessoa se avoluma, os arranjos à sorrelfa (na calada da noite nos ‘tribunais superiores’) vão sendo processados por políticos de duvidáveis intenções junto a integrantes do judiciário que nunca foram, de fato, provados (aprovados) para ocupação de tal cargo e função. Mas, que importa? Continuamos, afinal de contas, na doce e melíflua ilusão de que somos “o país do futebol”. Ano de eleições gerais. Acordemos. Que Deus tenha de nós misericórdia.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 8 de julho de 2018

OUVIR O CONSELHO DE DEUS

ANO LXXVI - Domingo, 08 de julho de 2018 - Nº 3793

OUVIR O CONSELHO DE DEUS

“... e não pediram conselho ao Senhor.” (Josué 9:14)

O povo hebreu havia saído do Egito sob a liderança humana de Moisés. Este morrera às portas da entrada em Canaã e Josué estava, agora, à frente do povo para conduzi-lo na conquista da “Terra prometida”. Não seria fácil, pois muitas batalhas seriam travadas e muita luta se faria necessário. Uma das determinações do Senhor Deus era de não fazerem acordo com os povos ali existentes e, tampouco, se aliassem às cidades que deveriam ser conquistadas. Simples. No entanto, alguns homens da cidade de Gibeom armaram um estratagema e iludiram a liderança dos hebreus, que “não pediu conselho ao Senhor” e com eles fez um acordo de paz e proteção. Quebraram o compromisso de obediência ao Senhor e colheram suas consequências.

Um dos motivos de tal atitude por parte dos hebreus foi a do descuido em relação à vigilância contra os ardis dos adversários e inimigos. Pode-se ver que certa arrogância e prepotência foram tomando conta dos “judeus” e então se descuidaram da vigilância contra as investidas (bélicas ou estratégicas) de seus opositores. Como cristãos não podemos nos descuidar da atenção em relação à sagacidade de nossos adversários, para não sermos vítimas de seus estratagemas e suas ciladas.

Outro fator, e esse mais grave ainda, foi o de não “pedirem conselho ao Senhor”. Novamente a arrogância e a ideia de autossuficiência determinaram a queda em um engodo montado pelo inimigo. Deixar de pedir (buscar) o conselho (orientação) de Deus é trágico e desastroso na vida do cristão, sendo prenúncio de derrocada e queda em sua vida. Nós não temos hoje a mesma dinâmica dos dias de Josué em relação a ouvirmos a Deus. Temos, entretanto, à nossa disposição, a Palavra de Deus, a qual nos foi dada por Ele como direção para nossa vida, sendo “lâmpada para nossos pés e luz para nossos caminhos” (Salmo 119: 105) e Jesus disse: “eles têm Moisés e os profetas; ouçam-nos” (Lucas 16: 29). Assim, precisamos buscar o conselho de Deus em Sua Palavra, a fim de conduzirmos nossas decisões conforme Sua vontade, evitando a autodeterminação e cometendo o equívoco de decidirmos sem o conselho do Senhor. Não se deixe levar pela falsa ideia de autossuficiência na gestão de sua vida, busque de Deus e em Deus conselho sábio por meio de Sua Palavra, tomando decisões que honrem a Deus e tragam, a você e aos seus, benefício de efeito eterno.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 1 de julho de 2018

CAMINHO SEM VOLTA

ANO LXXVI - Domingo, 01 de julho de 2018 - Nº 3792

CAMINHO SEM VOLTA

“Nunca mais voltareis por este caminho.” (Deuteronômio 17:16)

O texto transcrito faz parte das diretrizes dadas por Deus, por meio de Moisés, acerca das atitudes, posturas, direitos e deveres dos reis que haveriam de ser estabelecidos em Israel posteriormente àqueles dias. Tratava-se de uma profecia sobre a instituição da monarquia, visto não se ter rei em Israel até a fase posterior aos juízes. O destaque é para o imperativo de jamais fazer o povo voltar à terra do Egito, não retornando a uma situação de escravidão.

Claro que, às vezes, na vida temos que retornar por caminhos pelos quais passamos. Por exemplo; ao retornarmos de uma viagem, é comum fazermos “o mesmo caminho de volta”, já conhecido e, na teoria, mais seguro. Ao perdermos alguma coisa costumamos “fazer o caminho por onde passamos” na esperança de encontrarmos o objeto perdido.

No entanto, em relação à nossa vida com o Senhor e nosso resgate do pecado e condenação, devemos ter o mesmo cuidado e determinação expressos no texto focado acima, ou seja, jamais voltarmos por aquele caminho de onde viemos. Mesmo que nosso coração queira se inclinar a retornar a tal estrada, temos que resistir em Cristo, e permanecer no caminho do Senhor, não permitindo que nossos pés retornem à senda da iniquidade e rejeição ao Senhor. O caminho era de morte e perdição e Deus, em Cristo, nos resgatou de tal caminho para um “novo e vivo caminho” (Hb. 10: 20) a vida com Ele e Nele. Jesus é este Caminho no qual fomos postos pelo próprio Deus para Nele andarmos sem jamais voltar às estradas de morte nas quais andamos outrora. Graças a Deus por que “nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma”. (Hb. 10: 39). Amém.

Rev. Paulo Audebert Delage

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.