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domingo, 29 de dezembro de 2013

FINAL DE ANO

ANO LXXI - Domingo 29 de dezembro de 2013 - Nº 3557

FINAL DE ANO

Esta é uma época do ano em que nos vemos envolvidos pela correria e pelas festas, fazendo-nos sentir dentro de um cesto de máquina de lavar em movimento. Compras, preparativos de ceia, provas de roupas, viagens, enfim, um furacão.

As atividades são tantas e os afazeres se multiplicam de tal modo a não nos permitir refletir e meditar, seja no sentido do que se passou ou na expectativa do que poderá vir.

Muitos de entre nós terão, nestes dias de festa, um tempo de certa nostalgia, melancolia e tristeza. Pessoas que viram seus entes queridos deixarem essa vida, ou outras cujos familiares estão enfrentando doenças de caráter grave e com sério risco de morte, aquelas que estavam esperando com anseio a chegada de parentes amados, mas que recebem a notícia de um acidente que lhes ceifou a vida. A esses o que dizer? Difícil. Resta-nos orar a Deus, a fim de que sejam consolados e confortados com a ação do Espírito Santo em seus corações e a paz do Senhor Jesus envolva suas mentes e corações.

Outros tantos (a maioria certamente) desfrutarão de momentos de alegria e júbilo junto a seus familiares nas ceias e celebrações domésticas. A esses o que dizer? Difícil. Devem lembrar-se de agradecer a Deus as bênçãos recebidas e dedicar a Ele seu viver, em vez de gastá-lo em futilidades, trivialidades e excessos; investir na Obra de Deus seu tempo, seus talentos e seus bens, como agentes e súditos fiéis do Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, promovendo Seu Reino e Sua glória.

Que o Senhor nos abençoe e nos guarde, fazendo resplandecer sobre nós o seu Rosto e dando sua paz neste ano de 2014. Que O sirvamos com fidelidade e zelo, vivendo sempre para o louvor, glória e honra DEle.  

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 22 de dezembro de 2013

PARÁBOLAS

ANO LXXI - Domingo 22 de dezembro de 2013 - Nº 3556

Parábolas são estórias que retratam verdades, foram utilizadas por Jesus e ao fim de muitas delas, causavam impacto em seus ouvintes, pois ao ouvi-las se desarmavam e eram impactados pelo sentido contido em cada uma delas.

Hoje quero fazer uso dessa ferramenta, certamente não causarei o impacto que os ouvintes de Jesus sentiram, contudo gostaria de ao menos fazê-los refletir.

Conta-se que num reino muito antigo, todos os súditos aguardavam ansiosamente o nascimento do primeiro filho do rei e da rainha, pois estava nas mãos dessa criança a continuidade do bom reinado da família. Visto que as gestações anteriores não tinham vingado, essa sim, trazia em si toda a expectativa de um povo.

No inverno rigoroso a criança nasceu com saúde, trazendo calor aos corações do rei e da rainha e eles transbordavam de alegria. Foi anunciado ao povo o nascimento do príncipe e toda a nação se alegrou com os reis. Em retribuição às várias demonstrações de afeto e carinho, os reis decidiram dar uma festa para consagrar a criança.

Alguns dias depois do nascimento os convites foram distribuídos, os cantores mais requisitados foram convocados, vários “chefs” de todo o mundo foram contratados para a realização do banquete, decoradores renomados se colocaram à disposição para fazer a festa, os melhores estilistas estavam com sua agenda lotada pois todo o povo tinha um sentimento em comum, que essa seria a festa do século.

Chegou a noite esperada, enquanto a neve caía forte do lado de fora das casas, as mulheres se aprontavam colocando suas joias mais exuberantes e os casacos mais enfeitados, os homens, bem; os homens apenas se preocupavam com o frio e um a um se dirigiam para a residência real.

O primeiro convidado ao entrar no salão de festas, ficou deslumbrado com a beleza do lugar, a decoração e a mesa farta, e distraidamente colocou o casaco sobre o berço que estava à entrada do salão principal, assim todos os demais convidados colocaram o casaco ali também, pensando em aproveitar ao máximo essa festa. Passada algumas horas, o sino da residência real toca, o rei fica de pé, todo o salão fica num silêncio absoluto e ouve os agradecimentos e à presença de todos, pois agora é chegada a grande hora, a consagração da criança.

O Rei, chama os sacerdotes e diz aos súditos: “Tragam a criança”. Os súditos começam a se movimentar de forma agitada, andam de um lado para outro, não encontrando a criança, perguntam à rainha discretamente, onde a criança estava e foram informados de que estava na entrada do salão e percebem que a criança estava agora, em baixo dos casacos. Correram, tiraram os casacos e perceberam que o bebê havia morrido sufocado pelos casacos.

Meu desejo é que neste natal a celebração do nascimento de Jesus não seja sufocada pelas futilidades da festa, mas que Ele seja lembrado e celebrado em sua vida. Feliz Natal.

Rev. Gustavo Bacha

domingo, 15 de dezembro de 2013

PRESENTE DE NATAL

ANO LXXI - Domingo, 15 de dezembro de 2013 - Nº 3555

PRESENTE DE NATAL

Não há como escapar. Essa é uma época de dar e receber presentes. A tradição natalina tornou-se muito forte em nosso meio e fica difícil não associar o Natal aos presentes.

Pensando, como brasileiro, faço alguns pedidos de presentes neste Natal, não ao papai Noel, mas ao papai do Céu. De fato, estamos precisando muito de manifestações de nosso Pai do Céu com relação a nosso país tão rico, mas tão pobre; tão grande, mas tão pequeno; tão belo, mas tão feio; tão humanitário, mas tão indiferente; tão igualitário, mas tão desigual.

Gostaria de ganhar de presente um pais com punibilidade devida e responsável. Não peço um país sem crime, pois é impossível pela condição da natureza humana, mas, um país onde os criminosos sejam punidos e vão parra a cadeia cumprir a pena, sejam eles "jenuínos", "malufinos", "mensalinos" ou de espécie similar. Um país onde as crianças tenham educação e saúde e possam desenvolver seu potencial com trabalho digno e oportunidade de emprego e ganho próprio e honrado, mas que os delinquentes, criminosos e assassinos sejam recolhidos (ou tenham penalidade mais grave que prisão) à prisão e paguem por seus delitos, mesmo que sejam "de menor", pois adolescente de 13 a 17 anos que já matou friamente, deve ser julgado na condição de "de maior", como ocorre nas nações civilizadas e desenvolvidas do mundo.

Poderia apontar outros presentes que gostaria de ganhar do papai do Céu neste Natal, pensando no Brasil, e são muitos. No entanto, como é época de dar presentes, pergunto o que posso dar de presente ao Brasil neste Natal? Claro que meu presente a ser dado é a intercessão junto a Deus, conforme a Bíblia me orienta fazer. Outro é procurar espalhar a Boa Semente do Evangelho, pois o Evangelho pode transformar as pessoas e, assim, o país. Ainda outro presente é minha conduta e minha ética pautadas nos princípios do reino de Deus com seus valores, de modo que se as pessoas andarem como eu, este país será diferente e para melhor. Nosso Brasil precisa ser do Senhor Jesus.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 8 de dezembro de 2013

DIA DA BÍBLIA

ANO LXXI - Domingo 08 de dezembro de 2013 - Nº 3554

DIA DA BÍBLIA

Quando passamos por estradas e rodovias movimentadas, além das faixas que orientam os motoristas, existem também as muitas tabuletas que exibem legendas tais como: “Reduza a velocidade”; “Curva perigosa”; “Mantenha distância”; “Só ultrapasse com segurança”; “Não pare na pista”; “É proibido trafegar no acostamento”; “Verifique os freios”; “Devagar, quebra molas”, e tantas outras que passam diante dos nossos olhos.

Todas elas têm um objetivo: preservar as vidas humanas. Quem lhes obedece durante a viagem tem muito maior possibilidade de chegar são e salvo ao seu destino.

Fico pensando que a Bíblia, como Palavra de Deus, está diante dos nossos olhos à semelhança das placas, para nos orientar, guiar e dirigir. Quando a lemos, meditamos no seu ensino e obedecemos aos seus mandamentos, nosso coração viaja tranquilo nas curvas perigosas dos caminhos da nossa vida.

Quantas bênçãos, quantas alegrias e quantas transformações nos trazem as Sagradas Escrituras! São elas que nos mostram a vontade de Deus para nossas vidas e nos apontam os pecados, mostrando-nos, ainda, a necessidade de confessá-los diante de Deus, a fim de obtermos seu perdão. O grande avivalista Moody assim se expressou: “Ou este livro me afasta do pecado, ou o pecado me afasta desse livro”. Bendita Palavra de Deus! 

Que neste 2º domingo de dezembro, dia dedicado à Bíblia, possamos pensar no privilégio que é tê-la em nossas mãos, e que a cada dia possamos ser “praticantes da Palavra e não apenas ouvintes.” (Tiago 1: 22).

Alice Gotardelo Delage

domingo, 1 de dezembro de 2013

MÊS DO NATAL

ANO LXXI - Domingo 01 de dezembro de 2013 - Nº 3553

MÊS DO NATAL

Chegamos ao mês de dezembro, mês do Natal. Lembro-me (nos tempos de minha infância) da ansiedade que havia com relação à chegada do Natal. O tempo custaaaaaaava passar e chegar o dia tão esperado. Quando chegava era uma excitação muito grande. Expectativa quanto ao (s) presente(s) e outras coisas. Como venho de família católica romana, tinha padrinhos de batismo e crisma e cada um deles dava um presente ao afilhado. Assim, computava, pelo menos, três no natal.

Havia muita religiosidade também. A formação ou montagem do presépio era uma festa. Lembro-me que a manjedoura ficava vazia e na noite do dia 25 era colocada a pequena figura representando o menino Jesus. Era Natal de Jesus, era nascimento de Jesus. Havia presentes, fartura de comidas boas, roupas novas, frequência ao templo para celebração.

Dezembro está ligado, em nosso calendário, à festividade ou celebração da encarnação de Deus na pessoa de Jesus, o Cristo. Tem-se perdido esse sentido tão simples, puro e exato do Natal. As festas (mais farras do que outras coisas) com excessos gastronômicos e bebedeiras, preocupação exacerbada com presentes, centralização de figura que não tem relação bíblica com a data, têm feito com que a mensagem natalina seja apagada e, às vezes, esquecida.

Dezembro está começando, vamos, como cristãos conhecedores das Escrituras, celebrar com alegria e júbilo grandiosos este evento maravilhoso; Deus fez-se carne e habitou entre nós. Vamos nos lembrar de que Jesus nasceu para morrer por nossos pecados e que nos trouxe salvação, perdão dos pecados e vida eterna. É dezembro, é Natal. Celebremos de forma digna e apropriada o Natal de Jesus.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 24 de novembro de 2013

SEM-COMPROMISSO

ANO LXXI - Domingo 24 de novembro de 2013 - Nº 3552

SEM-COMPROMISSO

Os sem-compromisso são aqueles que não assumem responsabilidade alguma com Deus, com a família, com a igreja e com a sociedade. Estão sempre em cima do muro. Não prometem crer, não prometem fazer coisa alguma em favor do reino de Deus, não prometem nada que esteja além de seus interesses, não prometem mudança de comportamento, não prometem sequer mover um dedo da mão, se isso implica em algum sacrifício. São os que ouvem a Palavra, mas não reagem, não se levantam, não se deixam levar por ela, não se comprometem com a boa nova. São apenas ouvintes, são apenas espectadores.

Os sem-compromisso nunca assinam um papel, nunca fazem uma declaração, nunca levantam a mão em sinal de assentimento, nunca se juntam aos decididos, nunca se põe a caminho em direção a Deus. Eles nunca se casam, nunca se batizam, nunca juram fidelidade a ninguém, nunca empenham sua palavra, nunca conjugam o verbo resolver na primeira pessoa do singular. 

Artigo extraído do livro “Dicionário dos desprovidos, dos sem-alegria aos sem-vontade” de Elben M. Lenz César

domingo, 17 de novembro de 2013

CONSCIÊNCIA

ANO LXXI - Domingo 17 de novembro de 2013 - Nº 3551

CONSCIÊNCIA

O termo que dá título a esse escrito pode ser entendido em acepções diferentes. Se pensarmos na psicologia (psicanálise) o entendimento é de algo ligado à percepção de si mesmo na condição de ser emocional e que distingue o Eu do Outro. Se tomado pelo aspecto clínico e somático seu sentido é de que está desperto, ou seja, não está com seus sentidos subtraídos ou suprimidos (desmaio, coma, etc.). Caso o tenhamos em termos sociológicos a significação ficará vinculada à noção de “pertença”, ou seja, de pertencimento ou integração a determinado segmento de grupo, raça, cor, religião, classe social, etc.

Estamos às vésperas de um feriado municipal ligado à consciência negra. Isso nos faz pensar bastante sobre o aspecto do “fechamento” de minhas características e sustentação de tal fato em relação (às vezes confronto) a outros segmentos. Entendo que, neste sentido, todos devemos ter nossa consciência. Assim é preciso que se tenha consciência de fé cristã (que se distingue e, em certo sentido, confronta com outras), muçulmana, hindu, budista, kardecista e outras. É legítimo que se imponha a consciência branca (ariana?), a consciência amarela (asiáticos; chineses, japoneses, filipinos, indonésios, e outros), a vermelha (índios) ou outra às demais? À medida que tais “consciências” legítimas em termos de percepção de origem e identificação de interesses deixam esses parâmetros e se tornam elementos promocionais de distinções, diferenças ou merecimento de privilégios, tornam-se, no mínimo, perigosas.

Sei que posso ser mal entendido no que digo, mas insisto que não sou contra o fato de que haja o Dia da Consciência Negra, posiciono-me questionando a distinção com feriado. Estabelecer determinado dia em nosso calendário para a consciência negra é salutar e compreensível, mas decretar feriado tal dia, isso é inadequado. Abre o direito ao feriado do dia da consciência branca, amarela, cristã, muçulmana, hindu e as outras tantas consciências legítimas e merecedoras de todo respeito e consideração. Os negros merecem todo respeito, como os brancos, vermelhos ou amarelos, mas sem distinções ou privilégios.

Nós cristãos (negros, brancos, amarelos ou “mestiços”) precisamos aguçar nossa consciência em termos de nossas convicções e posições, pois o Senhor Jesus espera isso de seus servos e servas, os quais foram salvos por sua graça, levantando bem alto o pendão real do evangelho redentor de Cristo. No entanto, votaria contra a proposta de lei para a criação do feriado do Dia da Consciência Evangélica (ou Protestante) por entender que isso seria discriminação em relação a outros credos. Consciência sim, privilégios não. 

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 10 de novembro de 2013

OS OLHOS DO SENHOR VEEM TODOS OS PASSOS DOS HOMENS

ANO LXXI - Domingo 10 de novembro de 2013 - Nº 3550

OS OLHOS DO SENHOR VEEM TODOS OS PASSOS DOS HOMENS” (JÓ 34:21)

A questão da privacidade vem sendo discutida de modo bastante evidente nos últimos meses em nosso país. A presidente do Brasil esteve na assembleia das Nações Unidas falando, e censurou acerbamente os Estados Unidos por haverem “espionado” o Brasil, leia-se Petrobras, Palácio da Alvorada, Itamarati e outros locais estratégicos. Nesta semana foi a vez do Brasil ser apontado como espião, ao “monitorar” agentes diplomáticos ligados à Rússia, Irã e Iraque (só estes?) em solo brasileiro. Claro que em nosso caso nós não “espionamos”, não invadimos a privacidade, apenas “monitoramos legitimamente”. Embora sejam situações diferentes o princípio é o mesmo: vigilância ou invasão de privacidade?

A Bíblia nos afirma que o Senhor é Aquele que conhece todas as coisas, está presente em todos os lugares a um só tempo e nada escapa ao seu olhar, ou seja, as lentes (ou escutas) do Senhor estão captando todos os movimentos, ações, conversas e, até mesmo, pensamentos. Isso significa que nenhum de nós está fora desta ação de Deus, e por isso todos nós teremos que responder a Ele, em sua condição de Juiz, por tudo que tenhamos feito (ou deixado de fazer) com nossos corpos. Claro que Deus não é o Grande Bisbilhoteiro, o Espião Mor do universo. Trata-se de um princípio simples, ou seja, a premiação absolutamente justa em relação aos atos por nós praticados: “Nada há encoberto que não venha a ser revelado” (Mt.10:26). Não se trata de salvação pelas obras, mas condenação devido a elas, posto que nossas obras são más e não haja “nenhum que faça o bem” (Rm3:12).

Nossas biografias (não autorizadas) serão publicadas por Ele e não haverá recurso para impedir que isso ocorra. Todos os nossos atos e pensamentos serão trazidos à luz, sendo eles o fator gerador de nossa sentença de condenação. Enquanto nesta vida, somos zelosos em ocultar (ou pelo menos em impedir que se manifestem) nossas mazelas, à exemplo do que vêm fazendo algumas figuras públicas do mundo artístico. O único modo de não sermos condenados pelos nossos atos, pensamentos ou omissões é (mesmo sendo eles apontados no juízo) haverem sido condenados em Cristo. Somos perdoados em relação a eles, porque todos eles foram já punidos em Cristo. É por meio da fé (identificação) em Cristo que tenho meus pecados lançados sobre Ele e nEle punidos, recebendo dEle graciosamente o perdão. Hoje, os “olhos” do Senhor continuam me vendo, mas em Cristo Jesus, em Quem vivo e que vive em mim. 

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 3 de novembro de 2013

OS MORTOS NÃO LOUVAM AO SENHOR

ANO LXXI - Domingo 03 de novembro de 2013 - Nº 3549

OS MORTOS NÃO LOUVAM AO SENHOR” (SL.115:17)

Dia 02 de novembro é o Dia dos Fiéis Defuntos (Dia de Finados), ou Dia dos Mortos (México). Essa comemoração remonta ao século V, onde já se encontra forte costume de se orar a favor dos mortos. Em 998 o monge Odilon determinou que se fizesse oração pelos mortos (em Cluny) e no século XIII passa-se a ser celebrado oficialmente logo após o dia de Todos os Santos. Há, ainda, alguma mistura com a festa do Halloween.

Não nos deteremos em aspectos históricos da evolução de tal comemoração. Mas, destaco a colocação feita pelo salmista em uma afirmação, para nós, chocante ao dogmatizar que “os mortos não louvam ao Senhor”. Isso implica na situação das pessoas após a morte. E gera algumas controvérsias. Há (como Testemunhas de Jeová, Adventistas e outros) quem afirme que após a morte não há atividade qualquer, ou seja, o corpo se desfaz e a alma dorme sem consciência alguma (Ec.9:5). Outros há (católicos romanos, ortodoxos, por exemplo) que sustentam a situação de consciência da alma após a morte, indo além ao afirmar que os mortos podem interferir (mediante intercessão- os santos) na vida dos que estão vivos na terra. Assim, temos posições em extremos, indo de absoluta inconsciência (sono) à ajuda a favor dos que ainda estão vivos (intercessão).

Como entender a afirmação do salmista e a do apóstolo João que afirma “vi as almas dos que foram mortos...e clamavam em grande voz...”(Ap.6:9-10). Na sequência do capítulo vemos uma multidão inumerável de salvos na presença do Senhor entoando louvores. 

Não há contradição nos textos. O salmista fala do morto (pessoa morta), ou seja, aquele que ali está (corpo) não pode louvar e não louva ao Senhor e não tem consciência de coisa alguma. João nos fala de nossos espíritos (almas) na glória onde, de forma consciente, louvam ao Senhor. Assim, vemos que nossa posição evangélica é a que admite a sobrevivência da alma ao corpo, sua consciência plena (em sofrimento ou gozo), mas a sua não interferência a favor dos que estão ainda na experiência de vida neste mundo, e nem podem ser por nós influenciados na condição em que estão.

Celebramos o Dia de Finados? Não. Mas, lembramo-nos de nossos queridos que já partiram e não estão conosco, mantendo em nós a boa lembrança, a saudade permanente devido à ausência e reverenciando-lhes a memória. Assim é para nós.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 27 de outubro de 2013

SÓ A ESCRITURA SAGRADA

ANO LXXI - Domingo 27 de outubro de 2013 - Nº 3548

SÓ A ESCRITURA SAGRADA

Em tempos de comentários superficiais, “Achismos Teológicos”, opiniões adquiridas com Ctrl+C e Crtl+V (Linguagem da informática relativa a copiar algo de um lugar e colar em outro, sem citar fontes, Plágio) qual seria a fonte ideal para nortearmos a caminhada cristã? Certamente a Bíblia Sagrada.

Neste mês de outubro comemoramos 496 Anos da Reforma Protestante, um marco histórico da ação de Deus que proporcionou a liberdade religiosa num mundo controlado pelo clero romano. Esse acontecimento só foi possível à custa de muito sangue. Vidas oferecidas pelo propósito maior da fidelidade a Deus e à sua palavra.

Mas o que a Reforma buscava? Não era nenhuma inovação, nem invenção, antes o desejo dos reformadores era resgatar as verdades bíblicas que haviam sido levadas aos porões do domínio romano e consequentemente distantes da realidade do povo. A Reforma trouxe à tona os ensinos relevantes da Escritura e principalmente às Boas Novas da Salvação. 

Hoje, ao celebramos essa data, como podemos responder à essa herança? Entendo que de algumas maneiras, primeiro, não abrindo mão jamais da suficiência das Escrituras como elemento norteador da vida cristã. Segundo, usando-a como fonte principal e soberana da Verdade, sobrepondo em muito qualquer tipo de experiência pessoal, como “Revelações”, “Línguas”, “Visões”, “Dente de outro”, e tantas outras situações que dividem o corpo de Cristo ao invés de uni-lo. Como dizia o Rev. Eli Moreira “Já vi muitas igrejas se dividirem por diversos dons, mas nunca vi uma igreja se dividir por conta do dom maior, o de Amar”.

Eu e você, somos beneficiados com a Reforma, ela resgatou elementos que não podem perder-se jamais, como beneficiados, também responsáveis pela fidelidade à nossa vocação a Deus que revela sua vontade por meio de sua Palavra.

Rev. Gustavo Bacha

domingo, 20 de outubro de 2013

COMO OUVIRÃO?

ANO LXXI - Domingo 20 de outubro de 2013 - Nº 3547

COMO OUVIRÃO?

O apóstolo Paulo estabelece uma sequência de ideias em Rm.10:13-15, na qual deixa claro que a pessoa que invocar o nome do Senhor será salva, mas argumenta que ela não poderá invocar aquele em quem não creu, não poderá crer naquele de quem não ouviu e não ouvirá se não forem enviados os pregadores.

Neste sentido vê-se, com clareza, que a salvação está ligada a uma cadeia de eventos, que culmina com o envio dos pregadores e o ministério de divulgação pela Igreja de Cristo. A pergunta que se deve fazer, por lógica e consequência, é: como isso pode se dar, ou seja, como os pregadores “podem ser enviados”, ou como a Igreja desenvolve esse ministério?

A resposta à indagação acima pode ser dada envolvendo muitos aspectos, apontando estratégias, indicando ações de campo, estabelecendo ministérios, ampliando leque missionário, plantando igrejas ou comunidades, etc. Todas essas formas de envolvimento na busca de cumprimento ao propósito de “fazer ouvir o evangelho” são válidas, oportunas e, mesmo, necessárias. A pergunta é como realizar tudo isso sem recursos?

Graças a Deus por podermos participar dessa cadeia de eventos abençoadores, levando a mensagem de redenção a muitos corações (perto e longe de nós), conduzindo tantos à fé em Jesus como Salvador e Senhor. Como fazemos isso? Por meio da contribuição financeira fiel e zelosa. O princípio bíblico da entrega (na tesouraria) dos dízimos e ofertas possibilita e viabiliza fazermos com que seja ouvida a “Boa Nova” de salvação em Cristo, de libertação e restauração no “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.

É seu privilégio, é meu privilégio. Dele participo desde minha conversão e mantenho tal prática bíblica e abençoada, juntamente com minha família, havendo ensinado e dado exemplo disso a meus filhos e filhas. Continue com fidelidade, ou comece a contribuir, para que a Palavra Santa seja pregada e ouvida por muitos, para que possam crer e invocar Aquele que pode lhes dar Vida e vida em abundância, Jesus.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 13 de outubro de 2013

PRIVILÉGIO E RESPONSABILIDADE

ANO LXXI - Domingo 13 de outubro de 2013 - Nº 3546

PRIVILÉGIO E RESPONSABILIDADE
“... o que contribui, faça-o com liberalidade...” (Romanos 12:8)

O apóstolo Paulo, neste trecho de sua carta aos romanos, nos fala de uma série de dons e ministérios na Igreja de Cristo. Entre os apresentados Paulo fala sobre a contribuição e, nesse caso, exorta para que seja com liberalidade.

A liberalidade implica, entre outros aspectos, em não reter o que é devido e não entregar menos do que seja possível. A liberalidade é o oposto da mesquinhez, atitude pela qual se retém além do devido, beirando à avareza.

Quando nos dispomos a contribuir (financeiramente inclusive e, sobretudo) com liberalidade, cumprimos a ordem do Senhor dada a nós por meio de Paulo. Ao fazermos assim, estamos desfrutando de um privilégio e cumprindo uma responsabilidade.

É um privilégio que desfruto, pois me torno participante da divulgação do Evangelho de Cristo, viabilizando a pregação da Palavra, a manutenção da Igreja e o sustento da obra missionária e de socorro a carentes, fazendo com que o Reino de Deus seja manifesto e plantado.

É uma responsabilidade que cumpro, pois o que se espera de quem recebeu do Senhor a vida eterna e a salvação, é que expresse sua gratidão em contribuir, a fim de que tal mensagem, que alcançou sua vida, alcance a muitos outros por meio de seu suporte, sustento e liberal contribuição. Jesus disse a seus discípulos: “dai-lhes vós mesmos de comer” e o diz ainda a nós, hoje. Sem o alimento espiritual, as pessoas perecerão; e nós podemos atuar para que não morram, contribuindo com liberalidade.

O Senhor nos tem dado, assim, o privilégio e a responsabilidade de contribuir, para que Sua Obra continue sendo feita com fidelidade e empenho, a fim de que muitos possam vir a conhecer e receber a Cristo como único Salvador e Senhor de suas vidas. Desfrute de tal privilégio e assuma tal responsabilidade; contribua com liberalidade como gesto de gratidão e amor ao Senhor. Procure a tesouraria e dê sua contribuição.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 6 de outubro de 2013

PRESENTES PARA AS CRIANÇAS

ANO LXXI - Domingo 06 de outubro de 2013 - Nº 3545

PRESENTES PARA AS CRIANÇAS

O mês de outubro chega e traz consigo a expectativa de comemorações, festas e presentes pelo Dia das Crianças. Claro que se trata, em princípio, de mais uma “jogada” de comércio, na tentativa de aquecer as vendas e fazer circular um montante maior de valores. Nós cristãos, não ficamos alheios a tal data e nos mobilizamos em relação às nossas crianças para darmos os presentes.

Há empenho justificável e louvável em buscar oferecer às nossas crianças os regalos nesta data comemorativa. No entanto, devemos ver que mais do que coisas, há presentes muito mais importantes, ainda que, no momento, para elas assim não pareça. Vejamos:

a) Presença significativa: As crianças desejam e precisam ter a presença dos pais e mães consigo de forma significativa. Devem ser seus melhores “amigos”, estarem juntos, compartilharem assuntos. Os pais e mães precisam ver (acompanhar) seus filhos crescerem. Às vezes eles ficam tanto tempo longe de nós (escola, atividades esportivas e culturais, etc), que não os vemos e eles não nos veem. Dê sua presença significativa a seus filhos.

b) Exemplo digno: Os filhos e filhas precisam de referenciais em sua formação. Os mais imediatos são o pai e a mãe. Quando isso não ocorre, outros assumirão tal lugar. Heróis de TV, de jogos eletrônicos, de esportes, professores, etc. A postura (conduta) dos pais é de alta influência sobre filhos e filhas. Claro que não é “determinante”, mas orientador seguro para a vida que se vai formando. Dê a seus filhos e filhas o melhor exemplo com o testemunho e a vida cristã no lar.

c) Instrução adequada: O compromisso que os pais assumem (em nosso contexto religioso) ao apresentarem os filhos e filhas pelo batismo é de “dar-lhes ou mandar dar-lhes a instrução e trazê-los consigo ao culto...” Fala-se de educação secular e bíblica. Há um cuidado em cumprir a primeira, mas vemos um descaso em relação à segunda, onde os pais e mães priorizam o lazer no clube, o ócio em casa, o passeio no parque, ao compromisso de trazer ao templo para que haja a complementação da instrução bíblica que recebem (deveriam receber) em casa. Pais, a negligência, neste ponto, é tão grave quanto à da educação secular. Você não deixa de levar seu filho à escola; por que não se esforça do mesmo modo em relação à Igreja?

Dê presentes a seus filhos pequenos, mas, mais que coisas, dê (constantemente) os presentes que foram apontados, pois as coisas passarão, mas sua presença, seu exemplo e a instrução na fé, permanecerão.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 29 de setembro de 2013

QUE PAÍS É ESSE?

ANO LXXI - Domingo 29 de setembro de 2013 - Nº 3544

“Que país é esse?”

A frase acima colocada é o nome da música de Renato Russo e tocada por Legião Urbana. É uma pergunta instigante e nos leva a muitas direções. Quando foi lançada no final dos anos 70 início dos anos 80 a situação no país era de muita inquietação, instabilidade e restrição de alguns direitos individuais e coletivos.

Apesar de estarmos em outro contexto político, parece que somos atingidos por essa mesma pergunta: “Que país é esse?” Que resposta podemos dar a tal questão? Claro que gostaríamos de dizer: é um país onde se tem segurança, assistência à saúde, educação de qualidade e ao alcance de todos, emprego, justiça social, ausência de miséria e outros aspectos.

Mas, parece-me que esse é o país do futebol, do samba, do carnaval, do Rock in Rio, mergulhado na ilusão de uma Ilha da Fantasia, onde o sol brilha sempre e a chuva cai serena e mansa, apenas para irrigar a terra que frutifica e gerar riqueza para todos sem causar dano algum.

Infelizmente essa ilusão existe. Esse vem sendo (e continua a ser) um país de desigualdades gritantes, de injustiças graves e, sobretudo, de impunidade em relação aos crimes perpetrados contra o erário, ou crimes patrocinados por poderosos, agentes públicos e políticos corruptos.

Esse é o país dos “recursos” que garantem não o direito ao “devido processo legal”, mas as manobras, quase intermináveis, dos ricos que podem financiar advogados de altíssimo custo, safando-se pelas brechas da lei, que protege e agasalha os detentores do poder e do capital. É o país da impunidade que se confunde com imunidade, com excesso de “garantismo” na proteção de bandidos.

Devemos orar e agir, como cristãos reformados e nascidos de novo, para que esse seja um país “cujo Deus é o Senhor“ (Sl.33:212), onde “a justiça e a paz se beijam”(Sl.85:10).

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 22 de setembro de 2013

RUÍNAS

ANO LXXI - Domingo 22 de setembro de 2013 - Nº 3543

RUÍNAS

Não há como não acompanhar os acontecimentos que se desenrolam na Síria, sem que tenhamos algum sentimento de tristeza, perplexidade e, ao mesmo tempo, apreensão. A tristeza se deve ao fato de vermos centenas e milhares de pessoas civis serem atingidas pela insanidade dessa guerra, ceifando crianças e idosos. A perplexidade é por perceber a insensatez humana na disputa pelo poder, deixando de lado o maior valor que é o respeito à própria vida humana, expondo todos ao risco de morte. Já a apreensão se deve ao fato de ser aquela zona, um lugar de alta turbulência e de risco acentuado com relação a um conflito generalizado, envolvendo outros países com potencial nuclear.

De uma forma ou de outra essa situação nos atinge aqui no Brasil. Temos uma presença de sírios ou descendentes que chega a casa de milhões. Isso nos aproxima muito de tal conflito e nos faz sentir, bem de perto, a aflição daqueles que lá estão. Não se trata de questão religiosa, pois morrem e matam cristãos (ortodoxos, católicos e protestantes) e muçulmanos (xiitas, sunitas e alauitas).

Como cristãos devemos nos mobilizar em oração, para que haja cessação dos conflitos e se estabeleça a paz naquelas terras. Precisamos clamar ao senhor por graça e misericórdia sobre aquela gente, no sentido de poderem descansar dos horrores que essa guerra civil está causando. Necessitamos interceder ao Senhor para que mova os corações de todos envolvidos no conflito a encontrarem o caminho da paz. Que as potências estrangeiras deixem de interferir, seja para armar esse ou aquele lado, que os nativos possam se ver como irmãos e conterrâneos e se coloquem lado a lado em paz. Que estrangeiros financiados (seja por Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos ou qualquer outro país) para ali atuarem guerreando, deixem a área e que a ONU possa realizar seu trabalho de ajuda humanitária e auxílio no controle da recuperação daquele país.

Oremos e instemos com o Senhor para que haja paz na Síria, cessando a mortandade, o êxodo e a destruição, a fim de que não restem apenas ruínas sobre as quais muitos continuarão chorando.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 15 de setembro de 2013

DIA DA ESCOLA DOMINICAL

ANO LXXI - Domingo 15 de setembro de 2013 - Nº 3542

DIA DA ESCOLA DOMINICAL
“Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns...”(Hb10. 25)

Cabe a Robert Raikes (1735-1811), nascido em Gloucester, Inglaterra e batizado na Igreja Anglicana, a ideia e a fundação da primeira escola dominical.

Um dia, saiu ele à procura de um jardineiro no bairro de Sooty Alley, quando deparou com um grupo de meninos maltrapilhos, brincando na rua. A esposa do jardineiro disse que, aos domingos, a situação era pior, pois as crianças que trabalhavam nas fábricas, de segunda a sábado, ficavam desocupadas, e com isto metiam-se em brigas e já começavam a ter problemas com vícios.

Raikes preocupado com o futuro de tais crianças, e cheio de amor, resolveu estabelecer uma escola gratuita para esses meninos de rua. Tendo o apoio de algumas senhoras e do Rev. Thomas Stock, Ministro Anglicano, deu início à escola contando com cerca de 100 crianças de seis a quatorze anos.

A primeira escola foi instalada na Rua Saint Catherine. Além de alfabetizar, ensinava os princípios da Palavra de Deus, formando assim o caráter daqueles meninos.

Já no Brasil, a Escola Dominical teve início com casal de missionários escoceses independentes, Robert e Sarah Kalley. Em 19 de agosto de 1855, na cidade imperial de Petrópolis, no Rio de Janeiro, eles dirigiram a Escola Dominical que é considerada a primeira em terras brasileiras. Embora tivesse apenas 5 crianças presentes nessa reunião, o trabalho floresceu e alcançou muitos e muitos lugares no nosso país.

O terceiro domingo de setembro foi a data reservada pela Igreja Presbiteriana para a comemoração do Dia da Escola Dominical

Que privilégio termos um lugar onde reunir para ouvir e aprender a Palavra de Deus! Mas nem sempre isto acontece. Quantos hoje acomodados estão deixando de congregar e, o que é pior, não têm investido na vida espiritual de seus filhos em casa, nem no que diz respeito a trazê-los à casa do Senhor.

Somos, às vezes, tão indolentes, em meio a tanta liberdade religiosa! Quantos países não têm abertura para se falar no cristianismo, nem tão pouco para ensinar os filhos a Palavra de Deus. Intercedamos por eles. Que Deus abençoe nossos irmãos perseguidos, que desconhecem esta bênção grandiosa de reunir com o povo de Deus, e tenha misericórdia de cada um de nós que, com tanta liberdade, por vezes tornamo-nos negligentes em fazer parte assiduamente dessa Escola tão abençoada e que tanta riqueza traz à nossa vida.

Alice Gotardelo Delage

domingo, 8 de setembro de 2013

VERGONHA SOBRE VERGONHA

ANO LXXI - Domingo 08 de setembro de 2013 - Nº 3541

VERGONHA SOBRE VERGONHA

Fui, na semana passada, tomado por um duplo sentimento de vergonha. Devo dizer que não foi por ter eu assumido qualquer postura da qual pudesse me envergonhar. Trata-se de atitudes de elementos que, de alguma forma, trazem certa declaração de identificação comigo e acabam por me levar-me a “corar de vergonha”.

O primeiro atingido foi o de brasilidade, ou seja, o sentimento de ser brasileiro, de envergar essa nacionalidade, de haver nascido neste país e de nele viver toda minha vida. A vergonha veio com a decisão da Câmara dos Deputados em manter o mandato do deputado Natan Donadon, mesmo tendo sido este cidadão condenado, em última e final instância, a 13 (treze) anos de reclusão. O coletivismo, protecionismo, fisiologismo e corporativismo mais baixo e vil mostrou sua fase em tal decisão. Depois não se podia encontrar um deputado sequer, que assumisse, publicamente, haver votado pela não cassação do dito parlamentar. Nesse momento foi grande minha vergonha em ser brasileiro e ter uma casa legislativa que assim faz.

O segundo sentimento, está ligado ao mesmo caso, e é o de ser evangélico. Isso se deve ao fato de que (fui informado) o referido parlamentar condenado apresenta-se como evangélico. Minha reação foi: “Se ele é; então eu não sou”. Todos têm o benefício da dúvida, ou seja, são considerados inocentes até provado em contrário. Isso foi feito e a condenação de tal político pelo STF demonstrou sua culpa por corrupção (no mínimo), no uso de seu cargo e função políticos. Claro que não me envergonho do e nem por causa do Evangelho, mas a vergonha me toma quando pessoa com postura que enlameia o Evangelho se apresenta como evangélico. Tais posturas vão se tornando comuns e chega-se até orar agradecendo a Deus a propina que se conseguiu obter em negócio escuso. Foi grande minha vergonha em ser evangélico em tal momento.

Somos cidadãos brasileiros e cidadãos do céu (evangélicos). Devemos assumir postura condigna com tais cidadanias, rejeitando estas formas abjetas de conduta que maculam e mancham a brasilidade e a “evangelicidade”. O Senhor nos sustente e guarde em testemunho de fidelidade que honre o Nome Dele, para não sermos envergonhados, não envergonhar aos outros e, sobretudo, ao Senhor Jesus Cristo.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 1 de setembro de 2013

O QUE É IGREJA?

ANO LXXI - Domingo 01 de setembro de 2013 - Nº 3540

O QUE É IGREJA?

Essa pergunta é importante porque a sua definição de igreja, está intimamente relacionada ao seu envolvimento com ela. Por exemplo, se você entende, primordialmente, que igreja é instituição, seu relacionamento com ela será através de cargos. Se igreja é a Casa de Deus, ela se torna pra você um lugar de visita em momentos de dificuldade. Se igreja é um refúgio, você jamais se relacionará ali com profundidade, pois fará o máximo para evitar conflitos e situações que possam tirar sua paz, no lugar que te dá a paz.

Então, voltemos a pergunta “O que é igreja?” Etimologicamente, igreja (do grego ekklesia) possui o significado literal “chamados para fora”, ou seja, aqueles que estavam no conforto de suas casas, são chamados agora ao encontro comunitário em praça pública para algum tipo de anúncio importante.

E o que a Bíblia diz ser igreja? Em Efésios 4.12, diz que o povo de Deus é o corpo de Cristo. Em João 15.5, as palavras de Jesus aos seus discípulos, os compara a uma videira, ou seja, ambos elementos vivos e dinâmicos.

Essa analogia traz um ponto de vista relevante, que é aprofundado em 1 Coríntios 12, quando o apóstolo Paulo fala de algumas características desse corpo vivo, e dentre elas, destaco as três abaixo.

A primeira, sua Pluralidade, “v.12 Cristo é como um corpo, o qual tem muitas partes.” revelando assim a diversidade do corpo, reconhecendo que somos diferentes uns dos outros.

A segunda, sua Interdependência v.12 ... E todas as partes, mesmo sendo muitas, formam um só corpo”. Somos diferentes, mas não autônomos. Nossas ações particulares, afetam a comunidade.

A terceira, a Responsabilidade v.27 Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo”. Diferentes, comunitários e responsáveis, pois nós somos o corpo de Cristo.

Eu sou e você é a igreja. Ela existe para o reino de Deus, que também é associado biblicamente a elementos vivos, o Fermento (Mateus 13.13) e uma Semente (Marcos 4.26).

A igreja é viva, assim como Deus é, e nós também somos. O lugar é importante, a instituição é importante e a agradabilidade também, contudo nada se compara à realidade de que Deus nos chamou para sermos parte do corpo de Cristo, eu e você, temos esse privilégio e o fazemos aqui na IPVM, uma pequena parte desse corpo, com toda a Responsabilidade, Interdependência e Pluralidade que nos são permitidas e apoiadas pela palavra de Deus.

Rev. Gustavo Bacha

domingo, 25 de agosto de 2013

OBRIGAÇÃO?

ANO LXXI - Domingo 25 de agosto de 2013 - Nº 3539

OBRIGAÇÃO?
“Josias... os obrigou a servirem ao Senhor” (2 Cr.34:33)

O texto sobre o rei Josias nos leva a refletir sobre uma situação muito oportuna, qual seja, até onde podemos estabelecer a validade de servir ao Senhor por obrigação.

A espontaneidade sempre foi vista, e ainda é, como uma grande virtude em nosso meio, que valoriza e enfatiza a autonomia e a liberdade humana. No entanto, existem aspectos e momentos em que se nos impõe o aspecto da obrigatoriedade, sem que haja ideia de ser ela inaceitável ou inadmissível.

Além do caso de Josias, lembramo-nos do apóstolo Paulo ao dizer: “Se anuncio o Evangelho não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação...”(I Co.9:16). Nesse caso o apóstolo Paulo deixa claro que compromisso assumido gera obrigatoriedade, ou seja, obrigação de fazer ou não fazer. Claro que faremos por decisão nossa, mas tal postura envolve caráter obrigacional, ou seja, o compromisso que assumi por livre iniciativa, determina realização de obrigações.

Não é diferente na vida cristã. Claro que ninguém pode ser obrigado a servir ao Senhor, mas uma vez que você assumiu (decidiu) o compromisso de servi-LO, passa a ter obrigações a cumprir.

Nossas obrigações são assumidas, em nosso sistema ou Igreja, quando fazemos a profissão de fé, quando somos ordenados a algum ofício, ou quando apresentamos nossos filhos ao batismo. Os membros têm obrigação de frequência aos cultos; os oficiais de serem exemplos neste sentido e os pais (incluindo mães) de trazer, no mínimo, ao culto e à Escola Bíblica Dominical os seus filhos. Não se engane (pais e mães), é SUA OBRIGAÇÃO trazer seus filhos à EBD e aos cultos, para deles participarem e receberem o reforço da educação cristã que á dada em casa. Compromisso feito gera responsabilidade e obrigação. Não sendo executados, deve-se aguardar a cobrança por parte dAquele que tem o direito de exigir o cumprimento de nossas promessas e obrigações. Pais e mães tragam seus filhos e filhas para o serviço sagrado com o mesmo zelo que os levam às escolas seculares. É sua responsabilidade e obrigação.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 18 de agosto de 2013

ANIVERSÁRIO, CELEBRAÇÃO E CLAMOR

ANO LXXI - Domingo 18 de agosto de 2013 - Nº 3538

ANIVERSÁRIO, CELEBRAÇÃO E CLAMOR.

A IPB comemora mais um ano de implantação e existência em nosso país. Estabelecida com a chegada do missionário norte americano Simontom, em 1859, na cidade do Rio de Janeiro, iniciou-se, então, a longa jornada para sua consolidação e expansão. Tensões e disputas internas (por ideais ou por liderança) já estavam fortemente delineadas, causando divisão em igrejas locais (Primeira de São Paulo) e, cerca de 40 anos depois de seu início, a primeira cisão em 1903 com a criação da Igreja Presbiteriana Independente.

Anos seguiram-se com marchas e contramarchas. Algumas regiões com expressivo crescimento e outras sem nenhum progresso. Pastores nacionais sendo formados, patrimônio se constituindo, colégios se projetando e a IPB é, no meado dos anos 50, a maior denominação protestante (evangélica) no Brasil.

Como estamos hoje? Em termos numéricos somos apenas um pequeno traço (cerca de oitocentos mil membros entre comungantes e não comungantes). Algumas regiões com absolutamente nada de presbiterianismo, outras com muito pouco, a exemplo do Rio Grande do Sul, estado em que temos apenas 12 igrejas (pequenas). Temos 8 seminários, alguns criados por questões de pressão e interesses políticos, pois havia ideia de que os próximos (geograficamente) não eram “teologicamente confiáveis”, sendo que alguns deles estão com sérios problemas de manutenção. Os sínodos (em grande parte) se tornaram concílios intermediários para trânsito de papéis, sem expressão efetiva de envolvimento e desenvolvimento na Obra de evangelização, servindo (para muitos) como elemento de interesse político para alcançar destaque denominacional (com assento na Comissão Executiva do Supremo Concílio) e defesa de interesses regionais.

Claro que há muitas vitórias e bênçãos do Senhor, sendo motivos para celebrarmos, com gratidão, mais um ano de existência da IPB. Mas, é necessário, também, uma visão crítica de nossa situação atual e levantarmos um clamor por misericórdia ao Senhor nosso Deus, a fim de haver uma renovação abençoada no seio da IPB, com maior interesse em vida abundante no Espírito, que em questiúnculas e política de interesses menores. Louvado seja Deus pela IPB, que o Senhor dela tenha misericórdia e a renove poderosamente.

Rev.Paulo Audebert Delage

domingo, 11 de agosto de 2013

ECOS DO PARAGUAI

ANO LXXI - Domingo, 11 de agosto de 2013 - Nº 3537

ECOS DO PARAGUAI Sl 67.1-2

1-. Seja Deus gracioso para conosco, e nos abençoe: Depois de pedir a direção de Deus, o Conselho Missionário definiu que a Viagem Missionária de 2013 seria feita de 6 a 13/07, em Santa Rita, no Paraguai, onde estão pela APMT, o Rev. Flávio, Jurema e sua filha Claudia. Foi um período de muita preparação, em oração e clamor ao Senhor, para sermos usados na Sua Obra naquele lugar, onde uma Igreja, que já havia experimentado um bom momento, agora tem somente três membros ativos, ainda que disponha de excelente estrutura. O Senhor nos abençoou nos mínimos detalhes. Contamos com irmãos da IP Butantã, inclusive seu Pastor e filhos, que foram bênção também com seus dons; houve entendimento perfeito, pela ação do fruto do Espírito em e entre todos nós. Formamos um pequeno Coral, entoamos muitos louvores, com teclado, violões e com flautas. Louvado seja Deus!


2- E faça resplandecer sobre nós o rosto: Por sua graça, Deus nos usou de forma maravilhosa. Levamos lenitivo ao sofrimento de muitas pessoas, com bem mais de 100 atendimentos médicos e dentários. Realizamos a EBF tendo no 1º dia cerca de 35 crianças; 2º, 55; 3º, 75 e no 4º, quase 100 crianças, inclusive com atividades esportivas. Fizemos devocionais todas as manhãs, conduzidas pelos jovens, alimentando-nos com a Palavra de Deus para sair às atividades de cada dia. Houve banhos e catação de piolhos em crianças índias (que vivem no lixão); banho em uma pessoa da rua que estava muito mal e muito suja. Lares foram visitados; também autoridades locais, entregando-lhes um exemplar da Bíblia em Espanhol e orando com eles em seus lugares de trabalho. O Defensor Geral para a Família atendeu ao convite e esteve no Culto de 4ª. Feira. Realizamos obras civis: troca da caixa d´água, os jovens fizeram pintura da parede externa do templo, e parte do muro. Glórias ao Senhor!

3- Para que se conheça na terra o teu caminho e, em todas as nações, a tua salvação: Mapeamos as ruas e saímos, de dois em dois, batendo de porta em porta para anunciar a Jesus, o Salvador; entregar-lhes material evangelístico. Tivemos cultos, todos os dias à noite, com número crescente de pessoas presentes, dentre aquelas que haviam sido convidadas nas ruas ou em suas casas. O Senhor usou os pregadores de cada noite e pessoas foram alcançadas, cabendo ao Espírito Santo completar a obra que o Senhor iniciou na vida deles. Irmãos afastados voltaram e, pela graça de Deus, hão de ser revivificados, para retomar o primeiro amor e assim fazer prosseguir a Obra naquela cidade. “É tão bom, Senhor, sentir esta alegria! A alegria da tua salvação, Senhor! É tão bom, ó Deus, com nossos dons te servir! E anunciar Jesus Cristo, nosso Salvador!” Ecoam em nossos corações e nos aquecem as palavras de Jesus (Lc 10.2): “A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara”.

Com gratidão ao Senhor, e à IPVM por seu espírito missionário.

Conselho Missionário.

domingo, 4 de agosto de 2013

DEPOIS DA FESTA

ANO LXXI - Domingo 04 de agosto de 2013 - Nº 3536

DEPOIS DA FESTA

O Brasil, “Pátria amada salve, salve”, passou por momentos de muita festa e alegria, mesmo estando em um momento de encruzilhada, protestos, manifestações, depredações e outras situações de risco. Afinal, tudo bem, vencemos a Copa das Confederações, o Papa passou uma semana em nosso país, um time brasileiro (Atlético Mineiro) venceu a Taça Libertadores.

A questão é o depois da festa. Pratos sujos para lavar, móveis para serem recolocados, limpeza a ser feita e contas a pagar. Não é diferente com nosso país. As festas (momentâneas) não conseguem resolver os problemas (constantes) que devem ser enfrentados e resolvidos, não apenas adiados ou “empurrados com a barriga”.

Essas festas costumam gerar certo alheamento da realidade e podem nos mergulhar em algum torpor ou esquecimento. Por exemplo: como está o “mensalão” e seus condenados? Continuam tranquilos no exercício de suas funções. Alguém se lembra da Rosemary (a funcionária da assessoria da presidência – ou do presidente? -) das viagens nas aeronaves da FAB; das falas e atitudes de alguns políticos (chefes de poderes da República)? Estão se articulando para aprovar o aborto. Poderíamos alongar a lista. Não vale a pena.

Que podemos nós cristãos fazer? Continuarmos em nossa postura de consciência crítica ao Estado, mobilizarmo-nos para que haja mais integridade e ética no universo político de nosso país, assumirmos posição no uso adequado do instrumento do voto, buscando banir da vida pública elementos cuja improbidade esteja demonstrada (ficha limpa, cara limpa, vida limpa); e, sobretudo, colocando diante do Senhor nossa Pátria em oração e súplicas, bem como testemunhando o Evangelho de Cristo como solução eficaz e perene para as desigualdades, injustiças e mazelas do Brasil. Assim seja, com a graça de Deus.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 28 de julho de 2013

SEMEADURA E COLHEITA

ANO LXXI - Domingo 28 de julho de 2013 - Nº 3535

Semeadura e colheita

Um dos muitos princípios existentes na natureza é a lei da semeadura e da colheita. Essa lei estabelece o fato de que não se pode esperar colher sem que haja alguma forma de semeadura, sendo que esta pode ser mecânica, manual, animal, etc. Mas, não semeando não se colhe.

A Igreja Presbiteriana de Vila Mariana entende tal princípio e empenha-se em vê-lo cumprido. A semeadura tem sido feita pela IPVM com dedicação e afinco, em várias frentes, de vários modos, com várias ferramentas, mas sempre espalhando a Boa Semente do Evangelho de Cristo, e isto sem alarde, sem “marketing”, sem propaganda, ao contrário de algumas outras que fazem questão de alardear seus feitos.

Na temporada de inverno, no Recanto, tivemos cerca de 260 crianças e adolescentes recebendo a ministração da Palavra de Deus por meio de nossa equipe (42 monitores, preletores e pastores) com várias decisões por Cristo. Nossos irmãos voltaram da viagem missionária em Santa Rita (Paraguai) alegres e felizes, por haverem espalhado ali a Semente do Evangelho com Escola Bíblica (com mais de 70 crianças), reforma no templo da Igreja, visitas de evangelização, cultos, mais de 200 assistências médicas e odontológicas, entre outras atividades. O Disque Paz recebeu (sem computar os contatos dos conselheiros) no mês de junho 3.896 ligações em que pessoas foram tocadas pela Palavra de Deus, confortadas, consoladas e evangelizadas. Receberemos, dia 04 de agosto, mais 15 irmãos por profissão de fé e batismo, vindos de nossa classe de catecúmenos, que já iniciará neste mesmo dia nova turma.

A IPVM tem sua vocação de semear com mão cheia. Deus nos tem dado a graça de colhermos com fartura, pois sabemos que nossa função é semear, sendo a colheita uma manifestação da graça de Deus em relação ao trabalho de semeadura que, em sua dependência, tem sido realizado. Louvado seja Deus a quem tributamos toda honra e glória.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 21 de julho de 2013

JMJ E A CONTA?



ANO LXXI - Domingo 21 de julho de 2013 - Nº 3534

JMJ e a conta?

O mês de julho será marcado pela Jornada Mundial da Juventude. Um movimento de grande magnitude e de caráter mundial, promovido pela Igreja Católica Romana. Um movimento digno de admiração por sua extensão e organização. Estará presente nestas comemorações o Papa Francisco I, vindo ao Brasil na condição de Chefe da referida comunidade religiosa que, no Brasil, congrega dezenas de milhões de fiéis, sendo o maior grupo religioso em nossa pátria.

A questão se complica quando ocorre a mescla da figura do chefe religioso com o chefe de Estado do Vaticano. Todo o movimento existente em relação à Jornada é de iniciativa religiosa e o estado laico (não religioso) não pode patrocinar a realização ou investir verba em tal evento. Caso a visita do Papa fosse oficial, ou seja, como chefe de Estado, toda a responsabilidade seria do Governo Brasileiro com custeio de viagem, hospedagem, e outros gastos que ocorrem nestes casos. Mas, a visita é como religioso e não como “político”. Se houve ação de censura em relação ao uso por políticos de aeronaves da FAB, cabe a mesma indagação quanto aos aviões da FAB irem buscar os “papa móveis” na Itália. O custo de tal operação não pode ser lançado aos cofres públicos, mas deve ser suportado pela Igreja Católica Romana, a promotora do evento.

Não se trata de “resmungo de protestante”, mas de princípio legal. Imaginemos se o aiatolá do Irã resolve vir ao Brasil para participar do Encontro da Juventude Islâmica, deveria o Poder Público arcar com gastos de transporte ou algo assim? Se os budistas resolvessem fazer algo parecido, quem deveria arcar com o custo? O Ministério Público do Rio de Janeiro entrou com ação para impedir que os gastos com assistência médica durante o evento sejam suportados pelo erário. A discussão está posta. Não se diga que isso é coisa pouca. Se “nossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus” estamos em situação triste. Se nós cristãos (católicos romanos, ortodoxos, protestantes) e os religiosos não dermos o exemplo aos políticos com relação à ética e cumprimento da lei, será difícil exigir que eles observem essas coisas. Não quero pagar a conta dos políticos em suas ações ilegais e imorais, mas, também, não quero pagar a conta da JMJ, pois se trata de movimento religioso ao qual o Estado não deve dar nenhum amparo monetário. Questão de justiça.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 14 de julho de 2013

FARRA DE BRIGADEIROS

ANO LXXI  - Domingo 14 de julho de 2013 -  Nº 3533

“FARRA DE BRIGADEIROS”

Após os dias turbulentos de manifestações nas ruas e ainda com alguns pequenos focos, acendeu-nos a esperança de que os políticos assustados e temerosos (fala do senador Pedro Simon) pudessem mudar. Votaram algumas coisas em ritmo acelerado, dando a impressão de trabalhar (depois de inércia de meses e meses), atendendo ao anseio do povo que protestava. Mas, nossas esperanças se esvaem rapidamente. A farra com aviões da FAB foi apontada, onde presidente da Câmara dos deputados, presidente do Senado, ministro de Estado usaram tais aeronaves para “deleite pessoal” e de acólitos familiares (e agregados), voando para assistir jogo da seleção brasileira de futebol. Pegos “no pulo” querem negar, dizendo ser “chefe de um poder e tem tal direito”, ou que “tinha compromisso oficial no Rio” (agendas negam isso), ou irá “ressarcir os cofres públicos no valor das passagens” (reconhece que cometeu o desvio), ou outro, quando perguntado (Renan Calheiros) se iria devolver o dinheiro relativo às passagens, afirma acintosamente; “claro que não”. Depois, certamente alertado por alguém (cuidado com o povo na rua), vem manso e dócil dizer que devolverá os valores.

Precisamos de reforma política ou de mudança dos políticos? Certamente a segunda opção é a correta. Não se faz reforma política, mantendo-se esses que aí estão por décadas a sugar e exaurir os recursos públicos, legislando em benefício próprio, mantendo-se, por mero, fisiologismo na estrutura do poder. É um absurdo, mas a responsabilidade é do povo que os conduz e reconduz a cargos políticos.

O problema não é tanto o sistema, mas os que nele estão inseridos e o conduzem. Falta-lhes o caráter cristão de alguém “nascido de novo” e comprometido com o Reino de Deus e seus valores (não apenas com nome de cristão), que tenha hombridade, honestidade, honradez e integridade. Nós cristãos temos que verificar em quem votamos e a quem conduzimos aos cargos públicos eletivos, do contrário não adiantará reforma política, pois os políticos não serão “reformados”. É preciso acabar com a farra desses “falsos brigadeiros”.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 7 de julho de 2013

CAIXA DE PANDORA

ANO LXXI - Domingo 07 de julho de 2013 - Nº 3532

CAIXA DE PANDORA

É famoso o mito grego de Pandora e sua caixa de males, a qual sendo aberta derramou as desgraças sobre a humanidade, mas deixou fechada dentro dela a esperança. Falamos, ainda hoje, sobre a caixa de Pandora no sentido de não sabermos as consequências devastadoras quando iniciamos certos processos ou tomamos certas atitudes.

Estamos vendo alguns momentos em que “caixas de Pandora” têm sido abertas em algumas partes do mundo. Egito, Líbia, Turquia e, agora, o Brasil estão, em certo sentido, com a caixa de Pandora aberta e as consequências são imprevisíveis em termos do que há de acontecer. A expectativa é grande por parte de todos nós aqui no Brasil. Há muita esperança pelo fato de termos “descoberto” essa força imensa, que á a opinião pública, sobre o Poder Público Constituído. Existe, por outro lado, nesse mesmo Poder, um temor (medo) muito grande ao sentir-se acuado e pressionado. Alguns resultados positivos já aconteceram, o que é bom. Mas, a pergunta surge: aberta a caixa de Pandora, o que esperar?

Como cristãos podemos e devemos nos posicionar em relação às propostas salutares e benéficas ao país, protestando contra a violência (e não usando-a nos protestos), corrupção, criminalidade, leis frouxas e pífias em relação aos crimes contra a vida e o patrimônio, imunidades por função e ofício, desigualdades sociais, falta de saneamento, saúde e educação dignos. E, acima de tudo, orando ao senhor para que haja mudança efetiva na vida desta Nação, a fim de que os valores do reino de Deus sejam assumidos e vivenciados por todos os que integram este povo brasileiro. Essa é a nossa esperança, não retida na caixa de Pandora, mas viva e manifesta em nosso coração, pois “feliz o povo cujo Deus é o Senhor”. (Salmo 33:12).

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 30 de junho de 2013

TEMPORADA PERMANENTE

ANO LXXI - Domingo 30 de junho de 2013 - Nº 3531

Temporada Permanente

Na sexta-feira p.p. dia 28 de Junho, iniciamos a Temporada de Inverno 2013, onde trabalharemos sobre gratidão, por isso o tema é VALEU!

Para quem ainda não sabe, todos os meses de Janeiro e Julho a IPVM realiza no Recanto Presbiteriano, localizado em Tietê – SP, três semanas de atividades voltadas para o público infantil, pré-adolescente e adolescente, ou seja, de 5 a 17 anos. Essas atividades são direcionadas para as áreas sociais, com muita diversão e esportes e também espirituais, com músicas e mensagens bíblicas, essas direcionadas para cada faixa etária.

Para cuidar dos grupos nesta temporada de inverno, teremos cerca de 40 equipantes, jovens em formação acadêmica, que ainda não ingressaram no mercado de trabalho (sua grande maioria) e que descobriram na temporada o prazer do trabalho missionário. Para eles, servir é um privilégio, afinal qual jovem hoje em dia, abre mão de suas férias de lazer para trabalhar em um sítio no interior de SP, sem televisão e internet, sem o lazer do descanso, pois nesse período as atividades ocupam no mínimo 15h do dia.

Quer saber o motivo dessa atitude? Tenho algumas constatações. A primeira é a alegria de servir a Deus com seus dons, pois ao servir nós abençoamos as pessoas, que nos dão o retorno por palavras e atitudes e isso alimenta o desejo de servir com mais dedicação e excelência. A segunda é o privilégio que é dado a nós de participar do anuncio do evangelho e ver a ação do Espírito Santo salvando vidas, aproximando pecadores da cruz de Jesus, alterando o rumo daqueles que caminhavam para a morte e hoje experimentam vida. A terceira, por fim, a recompensa, sabemos que a Temporada é temporária, mas os frutos são permanentes. Esse trabalho é o investimento que Jesus nos incentiva a fazer em Mateus 6.19-21. Além da recompensa eterna existe a terrena, muitos desses jovens são bem sucedidos em processos de seleção, por carregarem no currículo meses de trabalho voluntário e por se destacarem na comunicação entre o grupo.

Sabemos que tudo isso existe para a glória de Deus e a Ele damos todo o louvor, por colocar na IPVM pessoas que oram e investem tempo e dinheiro no ministério da Temporada, possibilitando que ela produza frutos permanentes. Valeu!

Pr. Gustavo Bacha e Presb. Ruy Ferreira

domingo, 23 de junho de 2013

VINTE CENTAVOS?

ANO LXXI - Domingo 23 de junho de 2013 - Nº 3530

R$ 0.20 ?

O valor que encima este texto é referente a vinte centavos do real, moeda brasileira. Foi esse o valor que deflagrou todo o movimento de manifestações pelo Brasil, tendo seu início em São Paulo. Algo tão pequeno e de tão pouca monta, mas que levantou multidões. Porém, foi só isso o que, de fato, gerou todo movimento?

Tal valor foi apenas um estopim e não se imaginava que teria a repercussão que teve e está tendo. Prefeitos, governadores, ministros e a presidente têm se manifestado e mudado sua opinião sobre os acontecimentos e estão temerosos com seu desdobramento. O fato é que havia uma “demanda reprimida” com relação a tanta sujeira e corrupção (como anda o julgamento do “mensalão”? a ficha limpa já está sendo “mudada” pelos políticos, a fim de poderem se candidatar mesmo com as contas rejeitadas, etc.).

Fico pensativo sobre o desenrolar de tais fatos. Quando se tem um movimento de massa, há uma reivindicação ( o não aumento do preço da passagem de ônibus), queda de um presidente, renúncia de primeiro ministro ou alguma outra. Alcançada a postulação, cessa o movimento. Quando conseguirem a redução do preço, as coisas voltarão ao que eram? Dizem que há mais assuntos: PEC 37, gastos com a Copa e outros. Quando se tem mais de um, pode-se acabar não tendo algum. Os políticos desistirão da votação da PEC 37 (a maioria dos manifestantes, provavelmente, não saiba o que seja)? Reverteremos os gastos com a Copa? Eliminaremos a CIDE? Melhoraremos a educação e saúde?

O que nós cristãos podemos fazer em meio a isso tudo? Aliarmo-nos aos que reivindicam e lutam por melhorias, manifestarmos nosso descontentamento juntando nossas vozes a tantas outras, mas repudiarmos a ação de aproveitadores e baderneiros que se valem do momento para depredar, saquear e vandalizar.

Muito mais que vinte centavos devem nos indignar. Milhões na ferrovia Norte-Sul (ainda ligando lugar nenhum a nenhum lugar) com trilhos que direcionam a bolsos de poucos; outros milhões na transposição do Rio São Francisco que continua sem ser transposto, mas com inundação de dinheiro no bolso de alguns políticos e empreiteiros. Que o Senhor use esse vento novo para poder limpar um pouco essa nossa “Pátria amada, Brasil”.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 16 de junho de 2013

DIACONATO

ANO LXXI - Domingo 16 de junho de 2013 - Nº 3529

DIACONATO

Estamos com quatro mandatos de diáconos vencendo (Alessandro Segalla, Marcos Palombarini, Giddalthy de Oliveira e Eduardo Luiz Novaes Machado) e a Igreja está convocada para eleição, sendo a primeira convocação para o dia 23 de junho e, em caso de não haver quorum, em segunda convocação dia 30 de junho. As indicações poderão ser feitas até hoje (dia 16 de junho), podendo haver até quatro indicações por pessoa. Ressalta-se que não há necessidade de indicar os nomes dos irmãos cujos mandatos estão vencendo.

O ofício diaconal é de grande valor na vida da Igreja Presbiteriana. São os diáconos os oficiais responsáveis pelo exercício do cuidado com os necessitados do rebanho (órfãos, viúvas, pobres) e com o atendimento dos carentes que demandam a Igreja. Compete-lhes, ainda, zelar pela boa ordem nos cultos e dependências do templo. São os oficiais da misericórdia, do cuidado e da ordem.

Suas qualificações bíblicas são muito parecidas com a dos presbíteros conforme se pode verificar em I Tm. 3:8-13. Suas qualificações eclesiásticas são: assiduidade aos trabalhos da Igreja, pontualidade em cumprir seus deveres, são na fé e irrepreensível na moral, prudente no agir, discreto no falar e exemplo de santidade na vida (Constituição da IPB art.55). Deve ainda aceitar a doutrina, governo e disciplina da IPB conforme estabelecidos na Confissão de fé, catecismos, constituição e código de disciplina (Constituição da IPB art. 114).

A Igreja deve orar, meditar, indicar, comparecer e votar para eleger aqueles que sejam de conformidade com as diretrizes apresentadas, expressando a vontade do Senhor para a glória Dele.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 9 de junho de 2013

BOFETADAS EM NOSSO ROSTO

ANO LXXI - Domingo 09 de junho de 2013 - Nº 3528

BOFETADAS EM NOSSO ROSTO

O odontólogo que foi vitimado por assaltantes dentro de seu gabinete, e teve seu corpo queimado em 60% morreu em São Paulo. Motivo de crime tão odioso e bárbaro: ele não tinha dinheiro consigo naquele instante. Os criminosos não foram presos.

Menor de 18 anos, com 90 passagens pela polícia por furto, roubo, porte de arma de fogo, tráfico de entorpecentes (suspeita de assassinato) é colocado em liberdade e agora é, tecnicamente, réu primário, ou seja, como se nunca houvera cometido qualquer delito, na mesma condição de qualquer jovem de conduta ilibada e sem envolvimento com a polícia.

A pressão agora é pela redução da maioridade penal. O governo federal em toda sua base não se move. Estamos sendo esbofeteados no rosto em nosso viver diário, onde rapazes (e moças) são agentes de crimes os mais variados, mas, sendo menores, não podem responder a processo ou serem presos como são os maiores. Bofetadas e mais bofetadas em nosso rosto. A redução da idade penal diminuirá a criminalidade? Não sei. Mas, é medida que visa tratar com seriedade essa questão e acabar com a “farra de impunidade” desses adolescentes e jovens criminosos violentos.

Nem tudo o que é bom lá (Europa, Estados Unidos), será bom aqui também. Mas, uma coisa é certa, verifique-se o tratamento que se dá às crianças e adolescentes em países europeus e nos EUA (onde a idade penal chega a 12 anos de idade) no que concerne à aplicação da lei e prisão, e se perceberá que já passou do tempo de tratarmos, por aqui, os adolescentes de igual modo. Chega de levarmos bofetadas e mais bofetadas no rosto e vermos o sorriso de deboche e zombaria desses criminosos nas câmeras de TV e diante das forças de segurança pública. Chega de bofetadas. “Quando o perverso domina, o povo geme “ (Pv.29:2-b).

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 2 de junho de 2013

PROTESTO EXTREMO

ANO LXXI - Domingo 02 de junho de 2013 - Nº 3527

PROTESTO EXTREMO

Faz pouco mais de 15 dias que, na Catedral de Notre Dame, determinado sujeito levou ao extremo sua forma de protesto contra o casamento gay legalizado na França. Dentro daquele histórico e majestoso templo tal indivíduo matou-se com um tiro, proclamando sua revolta e assinalando seu protesto contra tal forma de união, agora admitida como casamento.

Não posso concordar com esta pessoa, ou com outras que ateiam fogo ao próprio corpo para protestar contra isso ou aquilo. Mas, sinto-me constrangido com minha passividade e falta de manifestação contra as injustiças, violência, maldade e violações dos princípios bíblicos do Novo Testamento, sobretudo.

O CNJ, em nosso país, determinou que os cartórios transformem em casamento as uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo, dos que assim solicitarem. Que dizer quanto às cartilhas distribuídas nas escolas para ensinar como fazer “sexo seguro”, etc, onde está meu protesto? De que forma manifesto meu repúdio a tais posturas e determinações governamentais ou não?

Trata-se apenas da área da sexualidade? Não. Onde está meu protesto pela liberalidade com “menores” de 18 anos que matam, violentam, estupram e queimam pessoas e não são presos, mas “apreendidos” para ficarem apenas três anos (se tanto) “internados”? Onde fica meu protesto contra a celebração e legalização da morte, mediante o aborto, dos inocentes que ainda não vieram à luz? Onde foi parar meu protesto contra a impunidade de criminosos que matam e são beneficiados por saída “do dia das mães” (quando já não têm mais mãe), de páscoa, de Natal, etc? Que dizer da ausência de meu protesto efetivo contra os políticos que continuam locupletando-se à custa do erário, ou de propinas e subornos?

Não sei ao certo como fazer, mas sei que se torna imperativo fazer protesto contra essas mazelas descritas (e outras tantas), que ofendem a consciência, o caráter e a fé dos que são conduzidos pelos princípios da honestidade, justiça e integridade.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 19 de maio de 2013

A PAZ NA CIDADE


ANO LXX - Domingo 19 de maio de 2013 - Nº 3525

A PAZ NA CIDADE

Este é um desejo cada vez mais presente no coração de quem vive na cidade, sobretudo nas grandes cidades. O profeta Isaías já nos falava sobre isso ao dizer: “Procurai a paz da cidade, para onde vos desterrei, e orai por ela ao Senhor; porque na sua paz tereis paz” (Isaías 29:7). Algo atualíssimo e que nos atinge diretamente.

O profeta não fala de uma cidade na qual as pessoas haviam escolhido viver, mas uma para a qual foram desterrados. Estavam na condição de desterro ou exílio. O sentimento natural era de amaldiçoar e improperar tal lugar, mas a direção de Deus foi para que fizessem duas coisas básicas, mas essenciais em relação à cidade: trabalhar, ou seja, agir para que houvesse paz e orasse com o mesmo motivo ou propósito. 

A exortação continua valendo e com igual força de aplicação. As mesmas duas posturas continuam a ser requeridas de nós. Procurar a paz significa que eu devo agir gerando a paz. Meus atos e comportamento têm que ser deflagradores de uma nova ordem, não podendo ser geradores de aumento da tensão ou conflito. Orar (não pela paz) pela cidade na qual nós estamos é outra atitude. Não nos damos conta do valor e potencial de tal postura requerida de nós, quão valiosa é a intercessão pela cidade na qual Deus nos tem colocado, pois “muito pode a súplica do justo em seus efeitos” (Tg.5:16). 

É imperativo que “reouçamos” a voz de Deus a nos falar tão firmemente sobre nosso engajamento e investimento em relação à cidade para a qual nós fomos “desterrados”, ou na qual escolhemos trabalhar e viver. Havendo paz na cidade, em sua paz teremos, também, nossa paz. Nosso privilégio, nossa responsabilidade, nosso compromisso.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 12 de maio de 2013

GRANDE RESPONSABILIDADE


ANO LXX - Domingo 12 de maio de 2013 - Nº 3524

GRANDE RESPONSABILIDADE

Quando uma criança enfia a mãozinha na tua, esta mão bem pode estar pegajosa de sorvete de chocolate ou suja por ter seu dono andado brincando com o cachorro; pode ter uma verruga no lado de dentro do polegar ou um curativo cobrindo uma feridinha no anular.

Mas, a coisa mais importante dessa mãozinha é que ela contém o futuro. 

Essas são as mãos que um dia poderão segurar uma Bíblia ou um revólver; tocarão muito bem o órgão da igreja ou farão rodar as máquinas de jogo que roubam o sustento de mulheres e crianças; elas tratarão, com ternura as feridas de um leproso ou tremerão com a degeneração que o álcool produz no cérebro humano. 

Hoje esta mãozinha está enfiada na tua. Ela está pedindo auxílio e direção. Ela representa uma personalidade em miniatura, um indivíduo que deve ser respeitado como tal, cujo crescimento diário em direção à maturidade cristã é tua responsabilidade”.  (transcrito)

Você tem trazido seu filho sistematicamente à Escola Dominical?
Nossa igreja tem se esmerado em dar às crianças um rico ensino da Palavra de Deus – você tem sido fiel em trazer seu filho a cada domingo?
Tem orado com ele e por ele a cada dia? Têm vocês, como família, se reunido em torno da Palavra de Deus durante a semana? 

Pense nisso:
É um grande privilégio ser Mãe, mas seguramente é grande a nossa RESPONSABILIDADE. 

Alice Gotardelo Delage

domingo, 5 de maio de 2013

UM ANO MAIS DE VIDA


ANO LXX - Domingo 05 de maio de 2013 - Nº 3523

UM ANO MAIS DE VIDA

Esta frase faz parte de um dos hinos constantes de nosso hinário. Nós a cantamos para celebrar a bênção de se alcançar mais um ano de existência, concedido pela graça benfazeja de nosso Senhor Jesus Cristo.

No mês de maio a IPVM tem o privilégio de celebrar (mais que comemorar) um ano mais de vida como igreja organizada. São, agora, setenta e um anos (71) de existência para o louvor e glória do Senhor nosso Deus. Estaremos entregando a cada família da IPVM uma Bíblia (edição especial) com fotos e parte de nossa história, sendo esta edição fruto do trabalho e empenho de muitos irmãos.

Estaremos recebendo a visita de alguns pastores para pregações em nossos cultos de adoração. No dia 12 o Rev. Wildo dos Anjos (Missão Vida- Anápolis), dias 18 e 19 Rev. Messias Anacleto (Londrina) e dia 26 Rev. Guilhermino Cunha (Primeira Igreja do Rio de Janeiro). Serão momentos de adoração, louvor e pregação evangelística da Palavra de Deus. Desejamos que todos participem intensamente destas atividades e que sejam ricamente abençoados pelo Senhor.

Costumamos “presentear” o aniversariante em sua data natalícia. Caso você deseje fazer isso em relação à IPVM, poderá entregar sua oferta especial de aniversário em nossa tesouraria. 

O Senhor nos tem abençoado grandemente nestes anos de existência como Igreja. O crescimento numérico, a plantação e organização de outras igrejas, o investimento em campos missionários no Brasil e fora dele, o desenvolvimento de ministérios na área da música, ensino, família e acampamento (entre outros). Reconhecemos tal manifestação de bondade de Deus para conosco e a Ele rendemos toda glória, honra e louvor por estes setenta e um anos de existência abençoada de nossa amada IPVM.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 28 de abril de 2013

RESPONSABILIDADE


ANO LXX - Domingo 28  de abril  de 2013 - Nº 3522

RESPONSABILIDADE

Não é incomum ouvirmos a frase: “É preciso apurar a responsabilidade”. Às vezes isso se dá no contexto dos órgãos do governo, ou em relação ao atendimento de saúde em hospitais e postos, etc. Percebe-se haver uma disposição em buscar a responsabilidade pela ocorrência de determinado fato. Mas, é raríssimo que aquele que assim fala admita que ele tenha grande peso de responsabilidade no que ocorreu.

No ambiente do exercício da democracia representativa isso é comum. Vemos que são eleitos políticos que cometeram delitos graves, que têm agido de má fé, foram pegos por câmeras, telefonemas, etc. No entanto, são reconduzidos a mandatos pelo voto popular. A escolha deve ser cautelosa e com muito critério, pois a responsabilidade é de quem elege.

No ambiente de nossa denominação encontramos o exercício da democracia representativa e do privilégio do voto. Temos, em nosso contexto, a diretriz das Escrituras nas eleições de oficiais. Devemos nos basear em seus ensinos e orientações para escolhermos aquele que deverá exercer o mandato como oficial da Igreja. Não podem ser apenas por aspectos de simpatia, carisma ou “status”. Há necessidade de se verificar o compromisso com a fé em Cristo, com a Igreja local, com a vida familiar e o testemunho secular. 

A Igreja deve comparecer para exercer seu privilégio de escolha de seus oficiais. Com dependência em oração e exame da Bíblia deve eleger aquele que for o mais próximo dos ensinos bíblicos. Em nosso sistema de governo a responsabilidade de escolha de quem nos dirige e representa é SUA, ou seja, da igreja. Ore, examine, compareça e vote.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 21 de abril de 2013

O PAPA E O PASTOR


ANO LXX - Domingo 21  de abril  de 2013 - Nº 3521

O PAPA E O PASTOR

Temos visto nos meios de informação a polêmica instaurada sobre a figura do presidente da Comissão de Direitos Humanos, o pastor Feliciano. É certo que ele manifestou suas opiniões sobre assuntos ligados a chamadas minorias, algumas das quais divirjo. A que mais tem gerado a manifestação revoltada de seguimentos da sociedade (com a qual me perfilo a ele) é com relação ao comportamento homossexual e seus aspectos de legalidade e “direitos conjugais e familiares”. Ele tem sido alvo de ataques constantes e pesados. Falam até em processo e prisão por homofobia.

Por sua vez o papa Francisco I disse que “o casamento gay é invenção do Diabo para destruir a família”, colocando-se em posição igual ou, pelo menos, bem próxima à do pastor. Vejamos qual será a reação dos integrantes do movimento dos direitos dos homossexuais quanto à figura do papa. Não devemos nos esquecer de que ele é líder religioso de quase um milhão de pessoas, além de ser Chefe de Estado. Tal postura é corajosa e expressa sua opinião e da hierarquia da Igreja Romana e do cristianismo de modo geral. Será que processarão o papa?

Claro que não se pode repudiar as pessoas, é evidente que não se justifica violência ou agressão contra tais pessoas pela opção sexual que fizeram. Rejeitamos, como cristãos, esse tipo de comportamento e modo de ser. No entanto, estendemos nosso respeito a tais pessoas (como seres humanos) e lhes falamos da redenção gerada por Cristo, no sentido de dar-lhes superação e abandono de tal prática, vivendo de modo consonante com os ensinos bíblicos cristãos. É a mesma situação de alguém que se prostitui ou vive em adultério. Não concordamos com tal comportamento, mas levamos a Boa Nova de Cristo a tais pessoas e cremos na libertação operada pelo Senhor. Demonstremos nosso cuidado com tais pessoas, embora rejeitemos seu comportamento, levando-lhes a palavra de vida nova e eterna em Cristo nosso Senhor.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 14 de abril de 2013

O PRESBÍTERO


ANO LXX - Domingo 14  de abril  de 2013 - Nº 3520

O PRESBÍTERO

A IPVM está convocada para reunir-se em assembleia extraordinária para eleição de dois presbíteros. Nem sempre temos as informações necessárias sobre este ofício tão relevante no contexto da Igreja Presbiteriana do Brasil.

Na IPB existem dois ofícios, a saber: presbiterato e diaconato. Os presbíteros são separados em duas categorias: docentes (pastores) e regentes (não pastores). Estes últimos têm função administrativa quando atuam no contexto do conselho, deliberando sobre questões ligadas à estrutura da igreja local. Têm, também, função pastoral, ou seja, devem atuar como conselheiros e ajudadores na condução do rebanho (I Pe.5:1-2) e seu pastoreio. Devem exercer a função pedagógica, ou seja, devem estar aptos para orientar e ensinar os membros da Igreja com relação a aspectos bíblicos e de estrutura da Igreja. Isso implica em que devem ter bom preparo sobre assuntos bíblicos e conhecer bem as normas, estrutura de governo e legislação de nossa Igreja. 

Na Bíblia as diretrizes sobre as características do presbítero são encontradas em dois textos em especial: I Timóteo capítulo três e Tito capítulo primeiro. Podemos verificar que as qualificações estão em grupos de assuntos: família (marido de uma só mulher; filhos com boa reputação; governe bem a própria casa), pessoal (envolve comportamento moderado e sóbrio, não iracundo, maduro na fé), relacional (aptidão para ensinar- não se trata de ser professor, mas capaz de orientar adequadamente nos assuntos da fé- testemunho positivo dos de fora do ambiente da Igreja, conduta ilibada).

A Igreja deve levar em conta estas características ao eleger o oficial que será seu representante no conselho da Igreja. Certamente há pessoas assim qualificadas no seio de nossa Igreja. Faça sua avaliação, à luz dos textos bíblicos apresentados, e converse com aquele que você julga ser apto para o cargo, indicando-o (após consulta a ele) como candidato.

Oremos com relação à eleição e compareçamos para darmos nossa participação efetiva neste processo de suma importância para a vida de nossa amada Igreja.  

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 7 de abril de 2013

SIMPLICIDADE OU OPULÊNCIA?


ANO LXX - Domingo 07  de abril  de 2013 - Nº 3519

SIMPLICIDADE OU OPULÊNCIA?

O Senhor nos deu o privilégio de realizarmos uma viagem riquíssima de informações ligadas a aspectos da vida da Igreja Cristã, seja em Israel, na Grécia ou Roma. Entre muitos pontos merecedores de reflexão detenho-me no que diz respeito a uma espécie de contraste entre a simplicidade e a opulência.

O contraste entre o ambiente simples da gruta em Belém (o ambiente local, a pobreza de então), as grutas de moradia da desprezível e muito pobre Nazaré, local onde Jesus viveu a maior parte de sua vida, as construções de extrema simplicidade em Cafarnaum como sendo a casa do pescador Pedro; e o ambiente de manifestação estonteante de opulência e riqueza presentes na Basílica de São Pedro e outros sítios ligados a ela, com todas as mais nítidas formas de destaque da exuberância palaciana, levam-nos a refletir e pensar: será isso algo que alegra o coração de Deus?

Não se trata apenas do romanismo. Nós, muitas vezes, mergulhamos nestas mesmas águas imaginando impressionarmos as pessoas (o mundo, o povo, as gentes) com nossos templos suntuosos nos quais se investem, às vezes, milhões de dólares, numa espécie de competição pela atração do povo. A ideia deixa, por vezes, de ser empreender algo grandioso para o Senhor, para tornar-se uma forma de atrair as pessoas pela estética ou sentimento de grandiosidade, numa competição pela preferência. As pessoas, pensamos nós, não virão para adoração se o templo não for suntuoso (veja os templos da Universal), sentirão vergonha e irão para o que for mais majestoso. Há muito deixamos o modelo bíblico do Novo Testamento dos lugares simples e aconchegantes da casa e dos cenáculos, trocando-o pelo fulgor e brilho estético das construções impressionantes.

Não é apologia à miséria, à feiura, ao desconforto ou ao desmazelo, mas uma chamada à reflexão daquilo a que nos tem chamado o Senhor. “Não tenho prata, nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda”. (Atos, 3:6)

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 31 de março de 2013

CANTATA DE UMA VEZ POR TODAS (ONCE AND FOR ALL)


ANO LXX - Domingo 31 de março de 2013 - Culto Vespertino

CANTATA DE UMA VEZ POR TODAS
(ONCE AND FOR ALL)

"Cristo deu a Sua vida e ressuscitou para tornar possível a sua reconciliação com Deus. A causa da salvação não está no homem, mas em Deus. Não está no mérito do homem, mas na graça de Deus. Não está naquilo que fazemos para Deus, mas no que Deus fez por nós através dos méritos eternos de Jesus Cristo, que vivo está!".


Essa é a essência da mensagem da cruz, trazida através do Coro da Igreja Presbiteriana de Vila Mariana em 31 de março de 2013 com a Cantata De Uma Vez Por Todas (Once And For All). Criação e Arranjos de Tom Fettke, com texto da narração de Max Lucado. Tradução para o português de Saulo A. M. Pinhão e orquestrações de Aldi de Sousa. Participação da Orquestra IPVM.


Programa da Cantata de uma vez por todas. Clique aqui para baixar gratuitamente.

LEGENDAS DISPONÍVEIS. Clique em  ao iniciar o vídeo.


Conteúdo da LISTA DE REPRODUÇÃO .
  1. PRELÚDIO
  2. A CRUZ(Instrumental)
    DE UMA VEZ POR TODAS
    Regie Hamm e Joel Lindsey
    Solista: João Pedro Lima
  3. VIA DOLOROSA
    Niles Borop e Billy Sprague
  4. Ó SIÃO GRITA JÁ
    Jon A. Sherberg
  5. DIGNO
    Tom Fettke
  6. A BRINCAR BEM AOS PÉS DE JESUS
    Mike Harland
    Solista: Jane Tonani
  7. LÁGRIMAS, PROMESSAS E ESPERANÇAS
    (Dueto: Maria Madalena e Jesus)
    James L. Darby
    Solistas: Helga Nishioka e Rafel Buzzi
  8. GLÓRIA! ALELUIA! VIVO ESTÁ!
    Dave Burns
  9. FINAL
    Solista: Rogério Volpe
  10. POSLÚDIO
Coro IPVM
Pastor titular: Rev. Paulo Audebert Delage
Conselheiro: Everson de Paula Fernandes
Presidente: Ercília Mara Agreste
Regente: Aldi de Sousa
Pianista titular: Janine de Freitas
Pianista substituta: Simone Rocha Gabriel
Narrador: Daniel Machado

Orquestra IPVM
Conselheiro: Everson de Paula Fernandes
Regente e Orquestrador: Aldi de Sousa
Piano: Janine de Freitas
Violinos: Paulo Ricardo Rocha Vianna, Gustavo Pereira Gomes, Gabriel Melo Francisco Correia, Marlene de Melo, Marcos Solano e Stéphani Fontes Damasceno
Flauta: Silvia Alves Nishioka
Saxofone: Filipe Bernardo
Flauta e Saxofone: João Alfredo Ribeiro
Trompete: Francisco José Rezende
Trombone: Kleber Silva de Freitas

Gravação, edição e publicação pelo Departamento de Som e Imagem da Igreja Presbiteriana de Vila Mariana.

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.