PESQUISAR ESTE BLOG

domingo, 30 de novembro de 2003

ATITUDES E COMPROMISSOS

ANO LXI - Domingo, 30 de novembro de 2003 - No 3031

ATITUDES E COMPROMISSOS

Atitude pode ser entendida como postura, posição, propósito ou procedimento. Uma postura corporal que manifesta um estado emocional; uma disposição de ânimo; um modo de agir, sentir ou pensar que demonstra opinião pessoal. Compromisso significa obrigação, promessa, acordo, pacto, garantia. Em outras palavras, compromisso é abrir mão de interesses estritamente pessoais em favor de um interesse comum; é estabelecer um acordo de mútua participação.

Com estas definições em mente, analisemos de modo sucinto o comportamento de um profeta e do povo em determinado momento histórico de Israel, conforme registrado no capítulo 18 de I Reis. O v.15 nos revela em Elias um homem de atitude correta e compromisso consciente. "Porém o povo nada lhe respondeu", v.21, aponta para uma omissão coletiva silenciosa. No v.24 há uma concordância passiva na declaração popular: "É boa esta palavra". E no final do evento (v.39) o povo se manifesta numa emoção exacerbada: "O que vendo todo o povo, caíram de rosto em terra, e disseram: O Senhor é Deus! O Senhor é Deus!"

Por estranho que pareça, os exemplos do passado não são suficientes para corrigir o nosso comportamento no presente. Há muito crente por aí numa sufocante omissão silenciosa; outros, animadinhos, mas em inativa anuência; alguns ainda buscando emoções fortes (necessitam ver sinais e prodígios para crer ou para confirmar sua crença).

Contudo, e louvado seja Deus, outros há que exprimindo em palavras e ação uma atitude coerente entre fé e vida, assumem um compromisso consciente com Cristo e sua Igreja. Exemplo disto temos hoje, entre nós, quando dois homens se colocam no altar de Deus para ordenação e investidura no diaconato da Igreja. Com eles quatro presbíteros e dois diáconos renovam os seus compromissos diante do Senhor ao serem reinstalados em seus cargos e funções. Agradecendo ao Senhor por essas vidas preciosas, rogamos a Ele que os assista na firmeza de suas atitudes e na fidelidade dos seus compromissos.

Rev. Eudes

domingo, 23 de novembro de 2003

SANTIFICAÇÃO E FIDELIDADE

ANO LXI - Domingo, 23 de novembro de 2003 - No 3030

SANTIFICAÇÃO E FIDELIDADE

Há íntima relação entre santificação e fidelidade a Deus. Isto pode ser visto nas Escrituras, na vida da Igreja e na experiência pessoal do cristão. Um cristão verdadeiro sempre compreenderá que fidelidade a Deus faz parte da santificação. E fidelidade ao Senhor se manifesta no falar e no agir, no crer e no contribuir. Quem é fiel a Deus não consegue reter o dízimo para si, pelo contrário o entrega zelosa e pontualmente. É expressão de fé e de gratidão, elementos essenciais da nossa santificação.

Há pessoas na Igreja que não suportam considerações desta natureza, pois tais considerações lhes atingem no ponto mais vulnerável de sua vida cristã: fidelidade nos dízimos. Contudo há igrejas que enfrentam dificuldades financeiras exatamente por falta de fidelidade dos crentes, que sempre se desculpam, não porque não podem, mas porque não são fiéis ao Senhor na consagração dos dízimos. E não entendem por que sua santificação não acontece!

Não consta que alguma igreja tenha de chamar algum membro a prestar conta de sua fidelidade, pois é uma questão a ser tratada entre o cristão e Deus. Dizer a si mesmo ou à igreja que não pode dar o dízimo é fácil e muito cômodo. Mas dizer ao Senhor, a quem falamos e buscamos a bênção da santificação, e de quem recebemos tudo o que temos, não é a mesma cousa. Ele conhece a nossa real situação e as intenções do nosso coração. E Ele, além de conhecer, nos pede contas e nos persuade a prová-lo em sua misericórdia: "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida" (Ml 3.10).

Podemos tentar entorpecer a nossa consciência alegando que o dízimo é coisa da lei e que agora vivemos na dispensação da graça. Abraão, nosso pai na fé, centenas de anos antes da lei honrou ao Senhor com sua fidelidade na entrega do dízimo. Jesus repreendendo os fariseus, observadores da lei, falou-lhes no tempo da graça: "Mas ai de vós, fariseus! porque dais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças, e desprezais a justiça e o amor de Deus; devíeis, porém, fazer estas cousas, sem omitir aquelas" (Lc 11.42).

Irmãos, busquemos a santificação "sem a qual ninguém verá o Senhor" (Hb 12.14), porém não nos esqueçamos de que Deus não admite nem tolera a falsa santificação, identificada pela falta de fidelidade.

Rev. Eudes

domingo, 16 de novembro de 2003

TARDIOS EM IRAR-SE

ANO LXI - Domingo, 16 de novembro de 2003 - No 3029

TARDIOS EM IRAR-SE

"O iracundo levanta contendas,
e o furioso multiplica as transgressões" Pv 29.22

Estamos vivendo a "era do rancor, da fúria". Tiago nos ensina que a ira produz uma vida que não é aceitável nem agradável a Deus. Ele diz: "Se alguém supõe ser religioso deixando de refrear a sua língua, antes enganando o próprio coração, a sua religião é vã" (1.26).

Todos nós sabemos, por experiência própria, que a ira nos leva a fazer o que é errado. Na maioria das vezes justificamos que nosso problema não é com a ira, e, sim, com as circunstâncias que enfrentamos diariamente. Mas, bem lá no fundo da nossa mente, sabemos que manter a raiva sob controle não exige mudar as circunstâncias e sim as nossas atitudes. Tiago pede aos cristãos: "Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar." (1.19).

A Bíblia alerta para os danos que a ira pode causar. Geralmente a ira nos coloca em situações vexatórias, encrencas, prejudica nossa vida espiritual, fere os outros e ofende a Deus. A Bíblia fala que podemos ficar irados e não pecar. Mas a maioria não consegue ficar irada sem pecar. Quando estamos irados freqüentemente pecamos dizendo palavrões, fazendo ameaças, brigando ou alimentando um sentimento de ódio e desejo de vingança. A ira leva à amargura, à falta de esperança e até mesmo à doença. E, por que não, à morte. A ira pode levar uma pessoa a cometer suicídio ou assassinato.

Se ficamos irados com facilidade, alguma coisa está errada. É bom analisar: que tipo de coisas nos deixam irados? Nós nos irritamos quando os outros não fazem as coisas como nós queremos ou não concordam com as nossas idéias? Ficamos irados com os erros que cometemos? Quem se ira com facilidade faz papel de bobo e trilha os caminhos da estupidez.

Devemos controlar nossa ira ou vamos passar a vida inteira pedindo perdão aos outros, se tivermos hombridade moral, ou a Deus em nossas orações silenciosas. Uma boa maneira de vencer a ira é viver pelo Espírito, recuperando a auto-estima e não satisfazendo os impulsos da carne. Afinal, o fruto do Espírito é, entre tantas outras coisas, mansidão e domínio próprio. (Gl 5.16,22).

(Compilado de Cada Dia, edição de julho de 2003)

domingo, 9 de novembro de 2003

FALSA HUMILDADE OU O ENGANO DA APARÊNCIA

ANO LXI - Domingo, 09 de novembro de 2003 - No 3028

FALSA HUMILDADE OU O ENGANO DA APARÊNCIA

"Ninguém se faça árbitro contra vós outros,
pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões,
enfatuado, sem motivo algum, na sua mente carnal..." Cl 2.18

Recife é conhecida por suas pontes e praias de águas mornas. Poucos, porém, sabem da poesia de suas ruas: Jasmim, Aurora, do Sol, do Sossego, da Paz, da Saudade, da União, etc. Além disso há outras cousas pitorescas como o Íbis, o time de futebol que foi para o Guiness Book como o maior perdedor do mundo! Pitorescos são também os seus restaurantes: Buraco da Otília, Parraxaxá, Chica Pitanga, Tio Pepe e outros mais. No meu tempo de garoto havia um restaurante conhecido como "Zé do Bode, a pior comida do Recife". E o seu proprietário afirmava que o serviço ainda era pior que a comida. Na realidade a comida era muito boa, farta, bem temperada, com uma sobremesa especial de queijo com melaço de cana. O ambiente era simples e o preço razoável.

O nome era apenas um truque. Por trás daquela aparente humildade estava a vaidade de ter uma grande clientela. Sua estratégia de marketing funcionou. Clientes que iam só por curiosidade, logo voltavam trazendo convidados.

Essa modalidade criativa de negócio me lembra de uma prática religiosa descrita pelo apóstolo Paulo no capítulo 2 de sua Carta aos Colossenses. Nesse texto Paulo nos adverte quanto à possibilidade de sermos enganados por irmãos que parecem muito consagrados e humildes. Parecem, mas, na realidade estão querendo apenas satisfazer seus próprios e inconfessáveis interesses. Tais pessoas são capazes de grandes extremos para vender a imagem de humildade. Suas ações, entretanto, servem apenas de fachada para esconder orgulho e autopromoção.

Anos atrás o Rv. Alceu Cunha foi submetido a uma delicada intervenção cirúrgica. Ainda no hospital, observando rigoroso repouso, recebeu a visita de um desconhecido 'missionário' que chegou com a intenção de orar por ele e ungi-lo com um "santo óleo". A esposa do Rv. Alceu informou ao insistente visitante que ele podia orar, mas dispensava a "unção" que não havia sido solicitada. Indignado o santo homem bateu o pé no chão e disse: "Se não ungir também não oro. E o que acontecer com ele a culpa será da senhora". Graças a Deus o Rv. Alceu recebeu alta e continua pregando o Evangelho de Cristo.

Queridos, cuidado com a falsa humildade. Cuidado com o engano da aparência. Há muitos 'denorex' por aí. Por outro lado, sejamos honestos diante do Senhor. Nossa humildade e abnegação devem ser motivadas por real submissão a Cristo e não por uma estratégia para obter lucro ou projeção pessoal. Lembrem-se, é impossível glorificar a sim próprio e a Cristo ao mesmo tempo.

Rev. Eudes

domingo, 2 de novembro de 2003

MORRER É LUCRO?

ANO LXI - Domingo, 02 de novembro de 2003 - No 3027

MORRER É LUCRO?

"Porquanto, para mim o viver é Cristo
e o morrer é lucro". Fp 1.21

Uma pessoa querida se foi para sempre. Tudo o que lhe pertencia - dinheiro, propriedades, família, a própria vida - tudo está perdido para ela. Será que não é de nossa perspectiva terrena que avaliamos as perdas dos nossos queridos? Em nossa aflição é difícil vermos que a morte é, toda ela, um lucro para quem morreu no Senhor.

Ainda assim a morte é perda... Durante essa perda de alguém que amamos, podemos iniciar o processo de transformar a morte em lucro, elevando os nossos olhos para Jesus.

Freqüentemente ouvimos falar da gloriosa experiência de um cristão vislumbrando o céu durante o processo de seu falecimento. Aconteceu com Estêvão. Transcendendo o apedrejamento que sofria, ele fixou os olhos no além... no seu Senhor Jesus... no céu. Como é importante erguermos os olhos para o lugar onde todas as perdas da terra se tornam em lucro!

Deus leva os seus deste lugar de pecado, tristeza e dor para o seu lugar de alegria, paz e plenitude de vida. Assim, se é tão tremendo o lucro para os que vão estar com Deus, por que nos é tão difícil libertá-los para Ele? É porque a perda é nossa. O vazio profundo e devastador que é deixado, pertence a nós. Não fomos criados para a experiência da morte. Isto é resultado da queda no Jardim do Éden. Sentimos a separação. Deus, contudo, levou embora o terror da morte fazendo dela a porta de entrada do céu.

"Onde está ó morte a tua vitória? Onde está ó morte o teu aguilhão?
Graças a Deus que nos dá a vitória
por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo". (I Co 15.55,57)

Jesus, por sua própria morte, assegurou uma vez por todas que morrer é lucro!

(Extraído e adaptado de
"Ganhando através da perda", de Evelyn Christenson)

TWITTER

ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.