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domingo, 31 de julho de 2016

ATLETA CRISTÃO

ANO LXXIV - Domingo, 31 de julho de 2016 - Nº 3692

ATLETA CRISTÃO
Todo atleta em tudo se domina; aqueles para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível” (I Co 9:25).

Nós, no Brasil, e grande parte do mundo, estamos voltando os olhos para o centro dos jogos olímpicos de 2016, a cidade do Rio de Janeiro. O interesse comercial é imenso, o envolvimento político com seus dividendos é quase imensurável, além da vitrine para promoção da carreira no esporte, algo legítimo e justo. No entanto, não faz tanto tempo (2014), que hospedamos a Copa do Mundo de futebol e a euforia foi grande com as obras realizadas e o desenvolvimento que tudo aquilo traria na esfera da mobilidade urbana, aproveitamento dos espaços, incremento do esporte e tantas outras falas. Porém, qual foi efetivamente o “legado da copa”, além de dívidas e muitos “elefantes brancos”, inclusive na tão decantada “mobilidade urbana”?

O vexame já começou a partir das instalações com deficiências tremendas e baixo nível de acabamento, expondo de forma inequívoca a inépcia dos gestores ligados à execução das obras. As águas poluídas onde serão realizadas provas, cujas promessas de saneamento foram feitas, mas não cumpridas, entre outras coisas. Certamente haveremos de ouvir sobre os valores “propinados”, desviados e embolsados na realização destes tão festejados jogos olímpicos 2016 no Brasil.

O texto de Paulo fala de competição, esporte e desafio, usando como exemplo os atletas que se preparam e se condicionam para a disputa dos jogos. Esforços imensos, privações, longas horas de treinamento e condução do corpo quase ao seu limite por anos, com o propósito, diz Paulo, de alcançar os louros transitórios e corruptíveis de uma coroa terrena. A comparação conosco, na condição de cristãos, é clara e devemos, à exemplo dos atletas, dominarmos impulsos, paixões, com disciplina séria e constante, tendo como estímulo a coroa incorruptível reservada para os que “perseverarem até o fim”. O mesmo apóstolo fala que havia “completado a carreira” e agora restava receber a “coroa da justiça” que o “reto juiz” dará a todos que terminam assim sua carreira (2 Tm 4:7-8). Temos uma carreira proposta a nós, corramo-la com perseverança, tendo nossos olhos sempre fixados em Cristo Jesus, nosso senhor, em quem “somos mais que vencedores” (Rm 8:37).

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 24 de julho de 2016

CICATRIZES E ASSINATURAS

ANO LXXIV - Domingo, 24 de julho de 2016 - Nº 3691

Cicatrizes e Assinaturas
Salmo 39.7

Existe uma história na Escritura Sagrada que relata um momento profundamente triste na vida do rei Davi - o dia em que ele perdeu seu filho. Antes de receber a notícia da morte, seus servos viram o impacto que a doença havia causado em sua vida. Davi jejuou, orou e se humilhou constantemente na presença de Deus e não houve o que mudasse a dura realidade da morte. Depois de sete longos dias de angústia e sofrimento, oração e jejum ele recebeu a notícia não esperada. “A criança está morta.” Eu não imagino como é ter que lidar com esse tipo de dor, mas Davi soube lidar com essa dor extrema e pode nos ensinar também a suportar dores de intensidade menor.

A atitude de Davi foi a seguinte: “Então, Davi se levantou da terra, lavou-se, ungiu-se, mudou de vestes, entrou na casa do Senhor e adorou; depois veio para sua casa, pediu pão... e comeu”. Por mais duro, racional, óbvio que seja, a vida continua com ou sem o nosso consentimento, pois ela não nos pertence e o que esta história deixa como auxílio a nós é que temos escolhas que impactam a vida que segue. Davi poderia continuar em seu estado de privação de alimento, de higiene, de pessoas, de louvor, de alegria, mas ele entendeu que daquele momento em diante não havia mais o que fazer, a não ser cuidar de si mesmo e do seu relacionamento com Deus, pois sobre seus ombros pesavam muitas responsabilidades.

A atitude de Davi mostra que diante da dor e da angústia, cabe em nosso relacionamento com Deus súplica, humilhação, clamor para que, segundo a vontade do Pai, Ele nos ouça, mas, diante da resposta negativa de Deus em curar seu filho, diante da contraditória vontade de Davi frente à de Deus coube a aceitação e principalmente o louvor a Deus.

Não consigo crer que passaremos por essa vida sem cicatrizes, não consigo imaginar almas com a perfeição de bonecas de porcelana. Antes, vejo sorriso, júbilo, exultação, palmas, pulos de almas marcadas por situações que foram permitidas ou determinadas pelo próprio Deus e que nos acompanharão, como uma assinatura do Senhor em nossa vida. Assim como a cicatriz só vem com a cura da ferida, assinaturas normalmente vêm no final de documentos, validando tudo aquilo que está anterior a ela, dizendo: “Eu fiz isso, Eu disso isso, Eu concordo com isso, Eu dou permissão a fulano para fazer isso...”. Ao olhar para essas cicatrizes, lembre-se de que Deus esteve aí e por mais doloroso que isso tenha sido, não há mais volta, não há mais como mudar o que passou, mas resta esperança. A esperança de Davi, ao se deparar com a dor da perda de seu filho foi essa: “Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim.”

Eu espero que sua dor não seja a de Davi, mas desejo profundamente que sua esperança seja a mesma dele.

“E eu, Senhor, que espero? Tu és a minha esperança.”

Pr. Gustavo Bacha

domingo, 17 de julho de 2016

SEMEAR E COLHER

ANO LXXIV - Domingo, 17 de julho de 2016 - Nº 3690

SEMEAR E COLHER
Quem sai chorando enquanto semeia, voltará com alegria com a colheita” (Sl. 126:6)

A experiência do salmista é gratificante, pois após haver semeado com lágrimas e dificuldades, pode retornar com a colheita farta e abundante, expressão da graça de Deus em recompensa ao trabalho árduo e duro realizado. Assim, é com aquele que lida no campo e semeia, mesmo com toda a estrutura de tecnologia aplicada à agricultura e ao campo, ainda se lança a semente com “lágrimas”, mas se espera voltar com os braços cheios e colheita farta com alegria e júbilo.

O mês de julho é mês de semeadura com mão farta e abundante. Claro que com lutas, dificuldades, embates, mas com certeza de que se semeia a Boa Semente da Palavra de Deus, e Ele não permitirá que volte vazia e sem fruto. Os irmãos que participaram da viagem missionária a Ventania (PR) voltaram (depois de semear com certo cansaço) celebrando as vitórias e a colheita permitida pelo Senhor da seara. A temporada está se desenvolvendo em nosso Recanto e serão mais de duas centenas de crianças e adolescentes ouvindo a Palavra da Salvação, tendo tal bendita semente lançada em seus corações. Teremos duas Escolas Bíblicas de Férias ainda no mês de julho, uma aqui na IPVM (21-23) e outra na igreja de Itapeva de Minas da qual somos parceiros (28-30). Certamente a semeadura continuará nestas atividades. Muitos ouvirão a Boa Nova da Salvação em Cristo Jesus, nosso Senhor. Haverá os que atenderão e os que não responderão positivamente; como Jesus preveniu. Mas, a Obra está sendo feita e a evangelização se desenvolve, sabendo que nossa parte é semear esta Bendita Semente, enquanto que o frutificar (brotar) é Obra do Espírito Santo. Ele é fiel e nos dará a alegria de trazermos os feixes, aliada à dedicação do lançarmos a Semente. Graças a Deus pelos que semeiam sempre na dependência do Senhor da Seara.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 10 de julho de 2016

APOIADO NO MALIGNO

ANO LXXIV - Domingo, 10 de julho de 2016 - Nº 3689

APOIADO NO MALIGNO

Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno” (I Jo. 5:19)

O contraste exposto pelo escritor desta epístola é notório, ou seja, nossa consciência de sermos de Deus e a situação deplorável do mundo, estando este a repousar no Maligno.

Somos levados, tantas e tantas vezes, a procedermos a análises de nosso contexto brasileiro e mundial sob a ótica da sociologia, antropologia, psicologia, etnologia, filosofia, economia, pedagogia e outros ramos da ciência, e isso é válido e não pode ser desprezado. Mas, mesmo nós cristãos protestantes, temos nos esquecidos de analisar a situação na qual nos vemos mergulhados sob a ótica da informação bíblica, ou seja, de que há uma estrutura espiritual maligna, a qual modela e amolda as ações desenvolvidas de violência, corrupção, extremismo religioso, terrorismo, degradação moral, promoção, divulgação e massificação de costumes contrários à Palavra de Deus. O apóstolo Paulo nos fala desta luta que não é contra “carne e sangue, mas, sim, contra os principados e potestades, contra as forças espirituais da maldade nas regiões celestiais” (Ef. 6:12).

Não se trata de transferirmos a responsabilidade do ser humano em seu envolvimento em todos estes processos danosos à pessoa, para o “costado” de seres espirituais. Mas, desconsiderarmos o fato de que tais seres agem e usam pessoas em seu processo nefando de destruição e morte é ser ingênuo. A afirmação de João é clara no sentido de apontar para o fato de que o “mundo” (sistema vigente, estrutura atual) está apoiado no Maligno, ou seja, age em consonância com seus princípios e ditames, além do propósito que lhe é próprio de “roubar, matar e destruir”. Temos que lançar mão de dispositivos e instrumentos “seculares” na luta, mas, acima de tudo, agir com determinação contra tais “dominadores deste mundo tenebroso” (Ef. 6:12) com as armas espirituais do Espírito e repreender tais forças e seres espirituais no poder e no Nome de Jesus. Nossa maior luta não é contra o que vemos, mas contra o que se oculta nas trevas e jaz no Maligno. Combatamos na unção, autoridade e poder do Espírito Santo do Senhor.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 3 de julho de 2016

PROVADO

ANO LXXIV - Domingo, 03 de julho de 2016 - Nº 3688

PROVADO

"[...] assim o homem é provado pelos louvores que recebe." (Pv. 27:21)

Faz-se comum ao ser humano pensar que a provação ocorre apenas em situações adversas, contrárias e difíceis. Evidente é o fato de que em tais circunstâncias, realmente somos provados e duramente provados. Mas, esquecemo-nos de que o teste, a provação e a luta ocorrem, também, no momento de vitórias, júbilo e, sobretudo, aplausos. Aliás, o escritor de Provérbios nos indica ser neste momento (de aprovação e elogio) nosso grande e dificultoso campo de batalha.

Não se pode negar a realidade de sermos provados e testados em tempos de aflição, dificuldades e lutas. Nestas ocasiões estamos atentos, buscamos com mais instância a graça e a misericórdia de Deus, achegamo-nos de forma mais intensa ao Senhor e nossa vida de comunhão com Ele se aprofunda e crescemos NEle. Por exemplo, Davi diz: "Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse teus decretos" (Salmo 119:71), realçando o aspecto positivo do momento de sua aflição.

No entanto, enquanto na tribulação nos pomos em vigilância e atenção, na hora do elogio, do aplauso e da ovação, somos, às vezes, sorrateiramente, tomados pela vaidade, pelo orgulho e jactância devido à ideia de nossa alta capacidade e potencialidade. É neste sentido a advertência do proverbialista de Israel, ou seja, o risco de ser dominado pelo orgulho, de ver-se como "superior" e esquecer-se de quem e "do que" realmente é. A pessoa depois atingir sua fama, após receber seus lauréis; em sequência à sua conquista dos aplausos e elogios humanos, tende a ver-se em condições "acima dos demais", a julgar-se superior, e a vaidade, nesse tempo, se apossa de sua alma. Daí esta séria, profunda e significativa advertência quanto aos louvores que recebemos. Eles não são ruins ou maus em si mesmos, sendo até desejáveis. Mas, cuidado, pois os aplausos podem tornar-se armadilhas terríveis a enredar o coração nas teias da sedução, da fama, do orgulho e da arrogância. A Deus todo louvor e elogio que se possa receber; esta é a melhor resposta para resistir à provação dos aplausos.

Rev. Paulo Audebert Delage

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.