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domingo, 29 de abril de 2018

MAR DE ANGÚSTIA

ANO LXXV - Domingo, 29 de abril de 2018 - Nº 3783

MAR DE ANGÚSTIA

“Passarão o mar de angústia...” (Zacarias 10: 11)

O profeta Zacarias traz ao povo de Israel uma mensagem bafejada pela esperança em relação à sua restauração, não à glória dos tempos do Rei Davi e Salomão, mas à sua condição de povo com território e de nação com suas fronteiras, embora a soberania ainda permanecesse comprometida devido ao fato da dominação estrangeira que perduraria ainda por séculos com os persas, gregos e romanos.

No entanto, a mensagem traz algum alento com o vislumbre de vitória e superação sobre determinada situação de tragédia e derrocada nacional impostas em anos anteriores pela invasão de seu território, aprisionamento de milhares e condução ao cativeiro em terra estranha. A saudade consumia os corações e almas dos exilados e o cântico lânguido do salmista testifica tal fato: “Às margens dos rios de Babilônia nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião” (salmo 137: 1). Lembrança, saudades, tristeza.

Muitas vezes vemo-nos em situação similar a esta do povo da Antiga Aliança, a sensação de cativeiro, tristeza, abatimento e prostração. É como se houvesse um mar de angústia diante de nós, ou no qual nós estamos mergulhados e imersos. Parece que a solução não existe, já não há alento ou esperança, só esse imenso mar de angústia.

A mensagem do Senhor ainda chega a nós com a mesma força e vigor, fazendo-nos ver e entender que haveremos de “passar o mar de angústia”, ou seja, não é um pequeno riacho, mas um verdadeiro mar, porém, não é infinito e, por graça de Deus, haveremos de passar por ele, atravessá-lo e, por fim, vencê-lo. A última palavra não é desse mar aflitivo, dessas ondas aterrorizantes, mas, é de nosso Deus, Senhor e Soberano, que nos conduz graciosa, bondosa e vitoriosamente. Não desista, não desanime, não se desespere, pois Ele não apenas nos faz passar o mar de angústia, mas passa conosco por ele. Bendito seja o Senhor Jesus.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 22 de abril de 2018

COMO OUVIRÃO?

ANO LXXV - Domingo, 22 de abril de 2018 - Nº 3782

COMO OUVIRÃO?

O apóstolo Paulo estabelece uma sequência de ideias em Rm. 10:13-15, na qual deixa claro que a pessoa que invocar o nome do Senhor será salva, mas argumenta que ela não poderá invocar aquele em quem não creu, não poderá crer naquele de quem não ouviu e não ouvirá se não forem enviados os pregadores.

Neste sentido vê-se, com clareza, que a salvação está ligada a uma cadeia de eventos, que culmina com o envio dos pregadores e o ministério de divulgação pela Igreja de Cristo. A pergunta que se deve fazer, por lógica e consequência, é: como isso pode se dar, ou seja, como os pregadores “podem ser enviados”, ou como a Igreja desenvolve esse ministério?

A resposta à indagação acima pode ser dada envolvendo muitos aspectos, apontando estratégias, indicando ações de campo, estabelecendo ministérios, ampliando leque missionário, plantando igrejas ou comunidades, etc. Todas essas formas de envolvimento na busca de cumprimento ao propósito de “fazer ouvir o evangelho” são válidas, oportunas e, mesmo, necessárias. A pergunta é: com que recursos se fará isso? A resposta é simples: com recursos financeiros (dízimos e ofertas) e recursos humanos (pessoal envolvido).

Graças a Deus temos tido recursos financeiros para realizar tal propósito, necessitamos recursos humanos. A viagem missionária para a cidade de Mara Rosa (GO) será em julho, mas ainda precisamos de pessoal para participar. Temos apenas onze inscritos, mas necessitamos de, pelo menos, trinta adultos. É seu privilégio fazer parte dessa grande Obra. Está com disponibilidade e tem disposição? Procure o pb. Petrilli ou pb. Hothir e envolva-se neste projeto maravilhoso e edificante, levando a Boa Nova, a fim de que outros possam ouvir, crer, invocar e ser salvos. Apresente-se e empregue seus talentos e dons na difusão do Evangelho, socorro aos necessitados e fortalecimento dos irmãos naquele lugar, pois só crerão se houver quem lhes anuncie a Boa Nova de redenção. Viagem missionária: envolva-se, participe, atue.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 15 de abril de 2018

GUERRA SANTA

ANO LXXV - Domingo, 15 de abril de 2018 - Nº 3781

GUERRA SANTA

No universo das religiões a violência ou a guerra são, imediatamente, rejeitadas e tidas como algo condenável e indevido. No entanto, mesmo as chamadas “religiões de paz” como o judaísmo, cristianismo, hinduísmo, budismo e islamismo (entre outras) acabam cedendo à prática ou uso da força e da guerra (defensiva ou ofensiva), em relação a seus propósitos de implantação ou manutenção de seu “domínio” sobre as pessoas, regiões ou países.

Embora o Islã esteja mais em evidência em relação a tal assunto devido à ideia de ‘jihad’, isto é, luta, combate ou guerra, pesando sobre os muçulmanos esta responsabilidade por ações de violência contra a pessoa humana e intransigência com os “não alinhados” à sua expressão de fé, vemos que os hindus tem perseguido cristãos e muçulmanos com violência da Índia, levando este país a estar no 27º lugar em perseguição contra cristãos. Os budistas em Miamar deflagraram pesada perseguição aos muçulmanos, expulsando-os de seu território e levando muitos à morte (também os cristãos são perseguidos). Parece que os cristãos estão fora deste panorama. Lamentavelmente não. Há cristãos que perseguem cristãos (América Latina. México, países da região dos Bálcãs, etc) em nome de sua fé cristã tradicional e sua intolerância os leva a atos de violência e perseguição.

Veja que o profeta Joel fala sobre isso ao registrar: “Proclamai isto entre as nações, apregoai guerra santa...” (3:9). Alega-se tratar de contexto específico e tal texto não se aplica fora do momento em que foi proferido, etc. As justificativas para as ‘jihads’, sejam de qual religião for, existirão sempre e nos levarão a assumir que é legítima a expressão da guerra ou violência em defesa de nossa convicção de fé ou crença e imposição delas.

A noção de “guerra santa” passa ao universo geopolítico como “guerra justa”, sendo esta manifestação aceita (até vista como necessária) em determinadas situações (defesa da soberania territorial ou da determinação nacional), levando nações ao combate entre si ou mesmo internamente, de forma fratricida, na chamada “guerra civil”. Há guerra santa ou justa? Justa e santa na perspectiva de quem? Devemos condenar a “jihad” islâmica, mas será justo (e santo) promover nossa “jihad” para eliminarmos a “jihad” deles? Morrer ou matar pela fé, o que se espera do discípulo de Jesus à base do exemplo de seu Mestre e Senhor?

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 8 de abril de 2018

DECÊNCIA E DECORO

ANO LXXV - Domingo, 08 de abril de 2018 - Nº 3780

DECÊNCIA E DECORO

Os exemplos são, para nós, algo de extrema importância, agindo como balizadores de comportamento ou direcionando modo de ser e viver. Daí a importância das “figuras públicas” saberem como se comportar e, sobretudo, transmitir a forma civilizada de coexistência, evitando apresentar um padrão reprovável, que possa ser entendido como algo permitido, aceito e imitável. Quanto maior a figura em destaque (pais, professores, políticos, magistrados e outros) maior o prejuízo e a lesão que podem ser causados por comportamento indevido e censurável por parte desses tais.

Não posso dizer que a expressão usada por determinado Ministro do Supremo Tribunal Federal em resposta a um repórter, reflita a figura exata do colegiado ao qual integra. Seria injusto para com os demais que ali estão. Contudo, à população parece, de fato, que por meio de tal resposta (baixa, vil, desqualificada, grosseira, chula e, até, obscena), o senhor ministro revelou quem de fato é e como se vê ou se percebe. Mandar que o repórter pegasse a pergunta e enfiasse (não me atrevo a escrever aqui o resto) é algo da mais profunda falta de compostura, decência e decoro, com péssimo exemplo a ser passado ao povo brasileiro. Se um integrante da Suprema Corte de Justiça do Brasil fala desse modo, trata dessa maneira as pessoas, o que se esperar?

Outra colocação, imprópria, da lavra do mesmo Ministro foi a afirmação dizendo não poder o STF viver no “autismo”. Tal colocação se mostra de uma desconsideração profunda para com pais e mães que enfrentam tal situação em relação a seus filhos. Houve como que uma forma de desdém à condição de tais pessoas, além do fato de não se aplicar (“in casu”) tal modo de falar e a comparação despropositada. Não se trata apenas de “politicamente incorreto”.

Assistimos pela televisão uma cena desagradável e decadente na qual dois ministros do Supremo Tribunal Federal se ofendem de forma pública, ostensiva, virulenta e pesadíssima, deixando de lado os aspectos próprios da legitimidade da divergência e discordância de conceitos, para enveredarem pela viela obscura da agressão verbal baixa e desqualificada, manifestando total falta de decoro próprio à liturgia que o cargo lhes impõe.

Pedir, portanto, à sociedade brasileira que aja com decoro e decência à luz de exemplos dados por integrante de nossa Casa Judiciária Suprema, de nossas Casas Legislativas e nossos “Palácios Executivos”, parece ser pedir demais a quem não consegue ver, lamentavelmente, em seus dirigentes e líderes maiores esse mesmo decoro e essa mesma decência. Tenha Deus de nós misericórdia.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 1 de abril de 2018

PECADO E MORTE

ANO LXXV - Domingo, 01 de abril de 2018 - Nº 3779

PECADO E MORTE

“[...] a alma que pecar, essa morrerá” (Ezequiel 18: 4).

Esse assunto “pecado e morte” está presente em quase toda a extensão das Sagradas Escrituras adotadas pelos cristãos. Do Gênesis ao Apocalipse tal relação é estabelecida de modo claro e inquestionável. No livro do profeta Ezequiel (contexto imediato) está sendo apontado o fato da responsabilidade pessoal, ou seja, o pai não será levado à morte por causa do pecado cometido pelo filho, nem este será morto pelo pecado daquele. Não haverá projeção do pecado de um sobre o outro em termos de penalização, nem tampouco ambos serão mortos se apenas um haja cometido o pecado. Neste sentido a “alma que pecar, essa morrerá”, não outra. Alma, neste caso, tem conotação de pessoa, ser humano, indivíduo.

Uma visão primeira poderá levar à ideia de ser a doutrina do “pecado original” e a corrupção humana herdada equivocadas. Mas, de fato, isso não ocorre. Não se trata aqui deste ponto (pecado original), mas do aspecto da ação pessoal em atos realizados pelos quais você (e não seus pais, ou seus filhos) é o responsável, devendo responder por tais atitudes. Os cristãos da Igreja Ortodoxa não reconhecem a doutrina do pecado original e insistem na responsabilidade pessoal. Em certo sentido os muçulmanos fazem o mesmo, e, igualmente, insistem em tal aspecto, levando à conclusão (para os muçulmanos) da impossibilidade da morte vicária (substitutiva) de Jesus pelos pecadores, pois cada um é responsável pelo seu pecado e recebe a punição devida por ele.

Embora o ensino bíblico seja sobre a responsabilidade pessoal do pecado cometido, há, também, ensino sobre o fato de nascermos “em pecado”, ou seja, recebermos como herança essa corrupção a que se dá o nome de pecado original. Não há contradição ou incongruência em tais ensinos. No caso da morte vicária de Jesus nossos pecados tornaram-se DEle (tornou-se maldito de Deus), Ele não morreu em nosso lugar sem merecer, Ele mereceu pelo fato de nossos pecados estarem Nele e passarem a ser DEle. Assim, ao receber todo o castigo (morte) merecido, livrou-nos de sermos castigados, posto que ninguém pode ser condenado (punido) duas vezes pelo mesmo pecado (delito). Jesus morreu não por que cometeu algum pecado, mas porque meu pecado foi “posto Nele e passou a ser DEle”, devendo morrer por isso. Dessa forma aquele que se identifica pela fé com Cristo e Seu sacrifício recebe todos os benefícios, incluindo o perdão e a bênção da ressurreição para a vida eterna, pois assim como morremos figuradamente com Cristo, com Ele ressuscitamos pelo fato de havermos tido nossos pecados devidamente punidos e pagos. Bendito seja o Senhor por tão grande amor e salvação. Louvado seja Deus, pois Jesus ressuscitou.

Rev. Paulo Audebert Delage

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.