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domingo, 28 de dezembro de 1997

UMA PALAVRA DE PASTOR

ANO LV - Domingo, 28 de dezembro de 1997 - No 2722

UMA PALAVRA DE PASTOR

Meus filhos espirituais, meus irmãos que vieram de outras comunidades e se uniram a nós, fazendo-nos família da fé, povo de Deus, que unido comunga as mesmas esperanças de graça e bênção. Depois de tantos anos (38) de comunhão ininterrupta, quando oramos juntos, sorrimos juntos, cantamos juntos, choramos juntos, encontro-me plenamente gratificado por, apesar do tempo, ainda estar com vocês nesta mesma comunhão.

Quero dar-lhes o meu carinho, meu amor pastoral e paternal, agradecido ao Senhor que nos guardou e sustentou; agradecendo mesmo as dores e tribulações passadas, as quais certamente são expressões do zelo de Deus para com o seu povo.

Oro fervorosamente para que 1998 seja um ano transbordante de graça e bênçãos de Deus para nossa amada Igreja, em todos os seus empreendimentos propostos. Para que seu pastores, os anjos da Igreja, conduzam o rebanho do Senhor com suavidade e alegria (Hb 13.17). Para que Deus ilumine o seu Conselho nas decisões grandes e pequenas; para que todos os líderes da Igreja tenham a unção do Senhor no cumprimento de sua missão.

Que todos nós, amados, sejamos unidos como um só povo de Deus; como uma só família, família do Senhor; como um só corpo, o Corpo de Cristo.

Que as bênçãos de Deus estejam em seu lar, na harmonia conjugal; na guarda dos filhos, concedendo saúde, paz, alegria e o permanente sustento material e espiritual, onde nunca falte a mesa farta e o Pão do Céu - Jesus.

E que assim, todos nós, permaneçamos fiéis glorificando ao Senhor.

Abençoado Ano Novo!
Rev. Pércio

domingo, 21 de dezembro de 1997

NATAL

ANO LV - Domingo, 21 de dezembro de 1997 - No 2721

NATAL

4º Domingo do Advento

Deixando a glória excelsa e soberana
Que na mansão celeste usufruia,
O Verbo se transforma, e em forma humana
Habita o ventre virgem de Maria.

A seguir, no interior de uma choupana,
Tendo por berço a manjedoura fria,
Nasce Jesus, sem pompa e sem hosana,
Nasce Jesus em tosca estrebaria!

O mundo - que O esperava - está contente.
Jesus Cristo nasceu! Ele é o Messias,
O mediador de Deus onipotente!

Glória a Deus Pai! Hosana ao Criador!
Cumpriram-se as sagradas profecias.
O mundo tem Jesus - o Redentor!

Josias de Paiva Pinheiro

domingo, 14 de dezembro de 1997

A BÍBLIA NO LAR

ANO LV - Domingo, 14 de dezembro de 1997 - No 2720

A BÍBLIA NO LAR

3o Domingo do Advento

Na comemoração nacional do
DIA DA BÍBLIA
a nossa homenagem.


"Considero um privilégio ter nascido num lar cristão. Meus pais criam que 'o temor do Senhor é o principio da sabedoria', conforme diz a Escritura Sagrada. A Bíblia era de influência vital e diária na vida deles. E eles procuravam infundir da melhor maneira, nos seis filhos, as mensagens de fé e verdade que ela contém.

A despeito da seca e da praga de gafanhotos que lhe arruinaram os negócios, jamais ouvi de meu pai, alguma vez, qualquer palavra de desespero. Nós simplesmente arrumávamos as malas e mudávamos para iniciar nova vida. E o fizemos sem nos deixar abater por pensamentos de malogro.

Se na mente de cada um de nós habitassem as virtudes simples - integridade de caráter, coragem, confiança em si próprio, uma fé inabalável na Palavra de Deus - muitos dos nossos problemas não tenderiam a simplificar-se?

Não poderíamos, depois de ter dado o melhor dos nossos esforços para resolvê-los, contentar-se em deixar o resto com Deus? Penso que isto é possível, porque a contemplação, o estudo, a fé verdadeira naquelas virtudes simples ajudam-nos poderosamente."

Dwight D. Eisenhower
Comandante-chefe dos Aliados na II Guerra Mundial
Presidente dos Estados
Unidos da América

domingo, 7 de dezembro de 1997

ELEIÇÃO DE DIÁCONOS

ANO LV - Domingo, 7 de dezembro de 1997 - No 2719

ELEIÇÃO DE DIÁCONOS

2º Domingo do Advento

Hoje, conforme convocação estatutária, estaremos elegendo 7 (sete) irmãos para o cargo e ofício de diácono. E diácono, segundo a nossa Constituição e à luz da Palavra de Deus, é o oficial eleito pela Igreja e ordenado pelo Conselho para, sob a supervisão deste, dedicar-se especialmente:

a) à aplicação de verbas e ofertas para fins caritativos (ou de ação social);

b) à assistência aos órfãos e viúvas;

c) à manutenção da ordem e reverência nos cultos e instalações da Igreja.

Para o diaconato exigem-se as mesmas características do presbítero: assiduidade, pontualidade, liberalidade, moral irrepreensível, prudência no agir, discrição no falar e testemunho de fé. Escrevendo a Timóteo (I Tm 3:8-13), Paulo diz que os diáconos devem ser respeitáveis, amantes da verdade, moderados, não cobiçosos, casados, monógamos, bons esposos e pais, e que sejam aprovados antes de serem ordenados. Em Atos 6:3 lemos que devem ter boa reputação e sejam cheios do Espírito Santo e de sabedoria.

Vamos, pois, irmãos, escolher não segundo a aparência ou por força de amizade, mas seguindo a orientação do Espírito Santo. Que Ele nos ilumine na escolha de homens que preencham na prática as qualificações exaradas em Sua santa Palavra. E que assim aconteça para honra do Seu nome e para edificação da Igreja.

Aos que, como candidatos, não venham a ser escolhidos desta vez, lembramos que para alguns ministérios é necessário ser eleito, mas para servir a Jesus ser salvo é o bastante. Além disto, na dinâmica da Igreja e pelos princípios constitucionais por ela adotados, outras eleições virão e novas oportunidades surgirão.

Ainda cremos em Rm 8:28!

Rev. Eudes

domingo, 30 de novembro de 1997

AO ESPÍRITO SANTO E A NÓS

ANO LV - Domingo, 30 de novembro de 1997 - No 2718

AO ESPÍRITO SANTO E A NÓS

1º Domingo do Advento

"... Ao Espírito Santo e a Nós"

Hoje e no próximo domingo a nossa Igreja se reúne em Assembléia Geral Extraordinária para eleger, respectivamente, presbíteros e diáconos. São momentos significativos de sua militância cristã. Oramos e esperamos que, em clima de alegria e fraternidade, os membros comungantes presentes revelem um alto grau de participação comunitária. Sem partidos, sem cabos eleitorais, sem politicagem, apenas através do voto livre e consciente.

Presbíteros e diáconos, via de regra, espelham a própria comunidade. No dizer do profeta Oséias, "como é o povo, assim é o sacerdote" (4.9). A liderança de uma Igreja é, pois, extensão do povo que a elege, e vice-versa. Se a liderança claudica na doutrina ou se desentende em questiúnculas carnais, a comunidade sofre e se divide. Mas se a liderança se mostra firme na fé e coesa no testemunho, a comunidade é atingida por esse contagiante exemplo e se fortalece na comunhão dos santos. Por isso não é tão fácil escolher aqueles que nos lideram. Contudo, é necessário e bíblico.

Hoje, para compor o Conselho de Presbíteros, serão eleitos 6(seis) entre os 12 candidatos. No próximo domingo, para a Junta Diaconal serão eleitos 7 (sete) entre os 14 candidatos. O importante aqui não é quem vai sair ou quem vai entrar, continuísmo ou renovação. Quando a Igreja elege oficiais, o que é relevante é a oportunidade franqueada a todos aqueles que, em submissão ao Senhor, se colocam à disposição da comunidade. Gente que acima de qualquer outra capacidade humana demonstre humildade e zelo. Gente que possa servir de modelo de vida cristã no lar e na sociedade. Gente que se comprometa a orar, visitar, consolar e exortar as ovelhas de Cristo. Gente cheia do Espírito Santo.

Assim sendo, e para que possamos dizer "pareceu bem ao Espírito Santo e a nós" (At 15.28), humilhemo-nos diante do Senhor da Igreja e peçamos a Sua sábia e santa direção. Que Ele supra as nossas limitações com o dom do discernimento. Que a simpatia pessoal por esse ou aquele irmão não impeça a ação do Espírito. Que os nossos votos manifestem tão somente a Sua soberana vontade. Este é o meu apelo e a minha oração.

Rev. Eudes

domingo, 23 de novembro de 1997

ELEIÇÃO DE PRESBÍTEROS

ANO LV - Domingo, 23 de novembro de 1997 - No 2717

ELEIÇÃO DE PRESBÍTEROS

No próximo domingo a nossa comunidade estará elegendo 6 (seis) irmãos para o exercício do Presbiterato. Tal compromisso se reveste de grande importância para a vida da nossa igreja, daí a busca consciente e insistente, em oração e reflexão, da vontade de Deus.

A Igreja é chamada para eleger oficiais que a representarão a nível local e em concílios superiores. Oficiais que, juntamente com os pastores, exercerão o governo e a disciplina, zelarão pela doutrina e testemunho, e se dedicarão ao ministério da oração, visitação, instrução e consolação.

Eleger Presbíteros é coisa muito séria. A Bíblia revela que não é qualquer pessoa que pode ou deve ser contemplada com tão honroso encargo. Somente aquelas que se credenciarem por uma vida de consagração e testemunho. Aquelas que no dia a dia se mostram comprometidas com Cristo e sua Igreja.

É, pois, extremamente importante que todos os membros comungantes da IPVM participem da Assembléia. E o façam não apenas para possibilitar a formalidade de um "quorum" regimental, exigência justa e prevista em nossos preceitos constitucionais, mas - e isto sim - movidos por amor ao Senhor da Igreja, e conscientes de sua participação ativa na harmonia e expansão do Corpo Vivo de Cristo.

Mais que um dever, é um privilégio comparecer e expressar pelo voto o seu carinho e interesse pelo destino da Igreja. Ainda mais, é um privilégio ser um instrumento nas mãos do Senhor para indicação dos Seus escolhidos. Que benção! Que glória!

Rev. Eudes

domingo, 16 de novembro de 1997

DERRUBE AS BARREIRAS

ANO LV - Domingo, 16 de novembro de 1997 - No 2716

DERRUBE AS BARREIRAS

Dois meninos brincavam correndo sobre os dormentes da linha de trem. Ao atravessar um pontilhão um escorrega e fica perigosamente dependurado. O outro tenta ajudar. De repente, na curva próxima, ouve-se o apito de uma composição em velocidade. Os meninos gritam. Alguns homens que passavam pelo local apressam-se em socorrê-los. Após segundos de desesperado esforço eles conseguem tirar os garotos e saltam juntos fora do pontilhão. Passado o susto, o trem à distância, um dos meninos grita: Caramba! E o outro olhando para um dos seus salvadores acrescentou: Valeu! Esses garotos passaram por uma experiência de salvação. Um grande livramento. Para um a sua experiência resumiu-se numa palavra: Caramba! Para o outro também numa palavra: Valeu!

O que eu quero dizer com esta estória é que por experimentar a verdadeira e eterna salvação ninguém é obrigado a dizer caramba ou valeu. A questão central não é como se reage a essa experiência ou o que se fala, mas o fato de que podemos ter uma real e transformadora experiência com Deus, uma experiência de livramento, de salvação eterna.

Gostaria, porém, de lembrar dois aspectos importantes. Primeiro, jamais se sinta diminuído por sua experiência ter sido menos impactante que a de outra pessoa. Deus não age com todos de modo igual. Paulo precisou cair do cavalo, Lucas se converteu na observação dos fatos. E nunca se deixe presumir de que a sua experiência é modelo para a vida de outras pessoas a ponto de dizer, como alguns fazem: "Se você não passar pela experiência que eu passei você não está salvo".

Segundo, em sua experiência com Deus jamais consinta ficar embaraçado com palavras. Nicodemos ouviu Jesus lhe dizer: "Necessário vos é nascer de novo". E ficou embaraçado, apesar de ser um homem culto, um doutor da lei. Aquela expressão tornou-se uma barreira, felizmente temporária, para o seu entendimento. Para alguém que teve um pai estúpido e violento, ouvir que Deus nos trata como um pai, pode provocar uma reação negativa a ponto de rejeitar uma experiência redentora de todos os seus traumas. O que é vital é que devemos ir além das palavras que ouvimos, e ter então uma doce experiência da graça divina e da salvação eterna que só Jesus, o Cristo de Deus, pode dar.

Rev. Eudes

domingo, 9 de novembro de 1997

DESPERTA DÉBORA

ANO LV - Domingo, 9 de novembro de 1997 - No 2715

DESPERTA DÉBORA

O Brasil conta hoje com cerca de 40 milhões de jovens e adolescentes os quais estão expostos às pressões das drogas, da imoralidade, do consumismo, da incredulidade e de todas as outras formas de opressão maligna.

Reconhecemos que ninguém ora por filho e filha como as mães oram. Por isso vem sendo feita, em nível nacional, uma santa convocação às mães (biológicas, adotivas e espirituais) de todas as igrejas ou comunidades evangélicas para que se coloquem na brecha da intercessão em favor dos seus filhos.

A Bíblia e a história da Igreja nos encorajam a convocar as mães. Samuel foi influente juiz em Israel por causa das orações de Ana, sua mãe. Timóteo teve ministério frutífero por causa da perseverante intercessão de sua mãe Eunice e de sua avó Lóide. Débora, em tempos de crise, foi convocada a lutar pela restauração do povo de Deus e é chamada "Mãe de Israel". Agostinho de Hipona, um dos grandes líderes na história da Igreja, foi liberto de uma vida decadente pelas orações de Mônica, sua mãe. João Wesley, um dos maiores evangelistas de todos os tempos, deu testemunho sobre a eficácia das orações de sua mãe. E o que dizer das orações de d. Lacy pelo seu filho, então devasso, hoje o consagrado pastor Caio Fábio?

O desejo de convocar uma cruzada nacional de intercessão das mães, o projeto Desperta Débora, nasceu em Seul, Coréia, por ocasião da Consulta Geral de Evangelização Mundial, promovido pelo Movimento AD 2000, cujo lema é: "Uma igreja para cada povo e o evangelho para cada pessoa até o ano 2000".

O objetivo do projeto Desperta Débora é desafiar as mães cristãs a 1°) clamar a Deus a fim de que seus filhos sejam salvos; 2°) clamar a Deus para que os filhos que estão desviados dentro ou fora da Igreja sejam recuperados; 3°) clamar a Deus para que Ele levante 50.000 jovens comprometidos com a obra missionária seja de tempo integral ou como "fazedores de tendas" no Brasil ou em campos transculturais.

Mocidade Para Cristo, instituição cristã de caráter interdenominacional, tem agido nos últimos 45 anos - através dos seus vários ministérios - no sentido de alcançar a juventude e torná-la livre e poderosa nas mãos de Deus. Com este propósito a MPC já realizou quatro grandes congressos: Geração 79, Geração 90, Geração 92 e Geração 97. É de Mocidade Para Cristo a iniciativa de promover o grande encontro marcado para o próximo sábado, dia 15, às 18h00, aqui em nosso templo.

A palavra de Débora a si mesma é o estímulo divino para você mãe: "Desperta Débora!"

(Extraído e adaptado)

domingo, 2 de novembro de 1997

MAIS QUE UMA PALAVRA

ANO LV - Domingo, 2 de novembro de 1997 - No 2714

MAIS QUE UMA PALAVRA

Alguém já nos qualificou como o povo do amém. E nisto vai um grande elogio se o nosso ser amém significa sim, aceito; sim, concordo; sim, assumo. Mas se o nosso amém manifesta apenas conformismo, mera acomodação, anuência sem compromisso, então somos menos que o que pretendemos parecer. Somos indignos da identificação com uma expressão bíblica tão preciosa. Sim, porque amém é a resposta firme e decidida de quem é capaz de "ver o invisível, crer no incrível e realizar o impossível".

Domingo passado a família IPVM, reunida em Assembléia Geral Extraordinária, decidiu por uma expressiva maioria de seus membros comungantes, mais de 2/3, dizer amém ao projeto de reforma e ampliação do seu templo. Uma decisão histórica! E muito séria!

Considerando que, atualmente, apenas 40% dos membros economicamente ativos comparecem mensalmente com os seus dízimos e ofertas, o desafio está além da nossa possibilidade. Considerando, porém, a participação de 30 a 40 dos 60% restantes, não temos dúvida alguma de que o desafio se tornará factível. Nosso potencial é maior do que a nossa ousadia. Mas para que isto se torne realidade é necessário que o nosso amém esteja impregnado da fé que remove obstáculos, muda situações e faz acontecer.

Outro ingrediente essencial ao nosso amém - sim, que assim seja - é o amor. "Quem deixa o medo morar no coração está vocacionado à mediocridade. Passará a vida até com uma certa tranqüilidade, mas estará preso no receio de correr riscos, no pânico das mudanças e, por ser assim, sem utilidade e expressão saudável". O medo paralisa, bloqueia a ação, impede a marcha. E o medo nada mais é que a ausência do amor. "No amor não há medo, antes o perfeito amor lança fora o medo", diz o apóstolo João em sua primeira epístola. E acrescenta: "quem tem medo não está aperfeiçoado no amor" (4.18).

Com fé e amor o nosso amém será mais que uma palavra esvaziada de tão repetida. Será a satisfação de uma necessidade premente - espaço suficiente para acomodar nossos irmãos e, especialmente, nossos parentes e amigos, nossos convidados. Com fé e amor o nosso amém será mais que o eco de uma expressão bíblica. Será a alegria incomensurável de entrar no novo milênio consagrando à glória do Senhor um novo santuário.

Rev. Eudes

domingo, 19 de outubro de 1997

A PREGAÇÃO DO EVANGELHO UMA REVOLUÇÃO EM VILA MARIANA

ANO LV - Domingo, 19 de outubro de 1997 - No 2712

A PREGAÇÃO DO EVANGELHO UMA REVOLUÇÃO EM VILA MARIANA

"agora, Senhor, olha para as suas ameaças, e concede aos teus servos que anunciem com toda intrepidez a tua palavra" Atos 4:29

Vivemos na semana do dia 12, um momento significante para a vida da Igreja do Senhor Jesus, especialmente aqui em nossa igreja. Nosso bairro acordou em festa, em nossa vizinhança uma nova música se fez ouvir, nos colégios falou-se de um novo ensino, uma nova pedagogia, até os postes tornaram-se coloridos, e nas ruas fez-se ouvir uma nova notícia.

Uma nova campanha da igreja? Não, eu espero que não! Era a Igreja do Senhor Jesus além dos portões, constituída de um povo modesto, até temeroso na hora de distribuir os 7500 convites, para que as crianças ouvissem que Jesus é o Senhor do Universo, Único Salvador para suas vidas. Mas que coragem, que zelo para o trabalho, saíram cordeiros de todas as idades, desde a adolescência até aos adultos, voltaram leões, confiados e cientes de que o Senhor Deus lhes concederá a intrepidez para honrá-Lo e falarem em Seu Nome. O próprio Jesus fora com eles. Alguns ainda extasiados pela nova experiência diziam: - Isto faz melhor a nós do que aos que recebem os convites!

Para os que ouvem o evangelho nas ruas, a igreja parece uma espécie de proselitismo, e esta idéia errônea fecha muitas portas para que nossos vizinhos ouçam o evangelho. No entanto, fomos recebidos como embaixadores, algumas escolas nos convidaram a voltar, 140 crianças que nunca estiveram em nossa igreja vieram e dezenas entregaram suas vidas a Cristo, as mães e pais ouviram o evangelho e alguns entregaram suas vidas a Cristo.

Querido leitor, foi só o começo da revolução que o evangelho provoca quando sai às ruas. Eram cinqüenta voluntários, no próximo evento evangelístico quantos serão? Deposite sua vida nas mãos do Senhor e descubra a benção de ser para o Seu louvor. A revolução está em processo, até que se torne um estilo de vida para nós crentes da IPVM, afim de que testifiquemos do Senhor de nossas vidas, aonde os anjos temem andar.

Deus nos ajude!

Rev. Eli Moreira de Azeredo Silva

domingo, 12 de outubro de 1997

PLANTEM FLORES, CRIANÇAS

ANO LV - Domingo, 12 de outubro de 1997 - No 2711

PLANTEM FLORES, CRIANÇAS

No Dia da Criança, a nossa homenagem.


Crianças do mundo inteiro, venham depressa, correndo.

Vejam, crianças, como está o mundo,

o Jardim do Édem que Deus plantou,

tão seco, sem chuva; tão feio, sem sol.

As plantas não crescem, as flores não brotam, os frutos não saem.

Vamos revolver a terra, crianças. Tragam pás e ancinhos,

venham depressa, anjinhos,

plantar a paz.

Plantem mudas, mudas que mudem no silêncio o mundo imundo.

Plantem flores, crianças, de todas as cores.

Plantem amor-perfeito em cada vaso vazio

das casas escassas de amor dos casais.

Joguem sementes no bolso do papai, nos chinelos da mamãe...

Cerquem os quartéis de saudade. Encham de sementes os fuzis

e façam uma guerra santa, até que os homens morram de amor.

Plantem rosa nos palácios de justiça, copo-de-leite à entrada das favelas,

lírio branco nas celas dos presídios, bem-me-quer nas salas das escolas,

plantem nos púlpitos a Rosa de Sarom.

Encham o mundo de açucena, que sobre o oceano ameno

seja o prenúncio da paz.

E se os homens, com seus pés impiedosos,

pisarem as flores que vocês plantaram,

chorem, crianças, chovam lágrimas cheias de calor,

até fazer nascer, no mundo, novo e lindo jardim da infância,

a exalar amor.

Silvino Netto

domingo, 5 de outubro de 1997

RELIGIÃO E VIDA

ANO LV - Domingo, 5 de outubro de 1997 - No 2710

RELIGIÃO E VIDA

"O grande valor dos cultos religiosos é que eles concentram em cerca de uma hora de atividade pública, vocal e congregacional, a devoção de toda a nossa vida. Se isto não acontece, e, ao invés disso, dizemos e cantamos na igreja coisas que nada têm a ver com a vida cotidiana lá fora, em casa e no trabalho, então ir aos cultos é ainda pior do que fazer nada; nossa hipocrisia positivamente provoca náuseas em Deus."

A declaração acima parte do Rev. Dr. John Stott, pastor, escritor e um dos mais conceituados pensadores cristãos do nosso tempo. Assim lida e ouvida, soa bastante forte e aparentemente agressiva. No mínimo, incômoda. Mas se atentarmos para os ensinamentos dos profetas no Antigo Testamento, bem como para os ensinos de Jesus e seus apóstolos, concluiremos que John Stott está interpretando corretamente os conceitos de religião e vida.

O Deus que a Bíblia revela é Deus zeloso. Zeloso a ponto de condenar o tipo de religião que se limita a ajuntamentos solenes, mas vazios de espiritualidade; liturgias festivas, mas destituídas de vida; cerimônias e rituais divorciados da obediência moral e do serviço em amor.

Integramos hoje na família IPVM cerca de 25 irmãos através da pública profissão de fé e dos sacramentos do Batismo e da Eucaristia. Motivo de júbilo e de gratidão para todos nós. Mas o que significa essa profissão de fé? Ela reflete, de fato, que assumimos o senhorio de Cristo em nossa vida? O que representa o Batismo para nós? É, de fato, uma expressão exterior de uma graça interior? E o participar do Pão e do Vinho? É, de fato, um aprofundamento de nossa comunhão com Ele e de uns com os outros?

É lá fora, no dia-a-dia de nossas vidas, na rotina das nossas atividades e diante dos desafios da convivência social, que essas expressões de fé se farão verdadeiras ou não, perceptíveis ou não. É lá fora que o significado da comunhão e compromisso aqui proclamados será cristalizado, testado e confirmado. Religião e vida não são termos incompatíveis ou excludentes. Pelo contrário, religião e vida interagem e se completam.

Parafraseando o apóstolo Tiago, ousemos dizer: Mostra-me a tua religião sem vida, que eu te mostrarei religiosidade no meu viver.

Rev. Eudes

domingo, 28 de setembro de 1997

O TRABALHO FEMININO PARA CRISTO

ANO LV - Domingo, 28 de setembro de 1997 - No 2709

O TRABALHO FEMININO PARA CRISTO

No Brasil, o trabalho cristão feminino da Igreja Presbiteriana, teve início em Recife, no dia 11 de novembro de 1884, 25 anos depois da chegada de Simonton ao nosso país.

No estado de São Paulo, a primeira "SAF" foi fundada dois meses depois, em janeiro de 1885, na cidade de Rio Claro.

Durante vários anos, este trabalho foi denominado "Sociedade de Senhoras". Passou a chamar-se "Sociedade Auxiliadora Feminina", cuja sigla é "SAF", em 1933.

A data que realmente contamos como a fundação da SAF da IPVM é 14 de setembro de 1941, quando esta igreja era uma pequena congregação da Igreja Unida. Apenas 13 sócias no início, mas dois meses depois, a Ata de novembro registra um surpreendente crescimento: 21 sócias!

Na ata de 9 de junho de 1942, já lemos o nome atual: "Sociedade Auxiliadora Feminina da Igreja Presbiteriana de Vila Mariana". A congregação, filha da Igreja Unida, crescera tanto que fora emancipada: não mais congregação, mas Igreja! A SAF, que acompanhara e contribuíra para este desenvolvimento, crescera também e dividia-se agora em "Núcleos de Oração" que, posteriormente vieram chamar-se "Departamentos".

Atualmente a SAF conta com cinco animados Departamentos: Atalaias de Cristo, Heroínas da Fé, Pioneiras da Palavra, Rochas Vivas e Semeadoras do Reino. Seguindo o exemplo de Dorcas (Atos 9.36), a SAF propaga o evangelho através do trabalho cristão de ajuda aos mais necessitados. Para este fim, mantém o Celeiro, que recebe e distribui donativos de roupas e alimentos e a Oficina de Costura (onde existe uma seção denominada Enxoval do Bebê), que confecciona roupas para doação. Somente neste ano, até a presente data, já foram distribuídas 4.411 peças de roupas e 1.067 quilos de alimentos.

Aqui está, bastante resumido, um esboço do que é a SAF da IPVM. Para conhecê-la melhor seria necessário ver de perto, a dedicação das que trabalham na Oficina de Costura, no Celeiro, no zelo de serem Relatoras dos Departamentos, no sucesso dos bazares beneficentes, no bom andamento da Cafezinho da Amizade, no esmero das que compõem o jornal e, finalmente no trabalho da Presidência para gerenciar todos estes itens.

Marila Borges Kerr

domingo, 21 de setembro de 1997

VIDAS CRISTÃS NO VENDAVAL

ANO LV - Domingo, 21 de setembro de 1997 - No 2708

VIDAS CRISTÃS NO VENDAVAL

Mateus 14:22-33

Logo após o grande milagre de Jesus de dessedentar milhares de homens e mulheres com cinco pães e dois peixinhos, Jesus compeliu Seus discípulos a que navegassem até Betsaida, atravessando o mar da Galiléia, enquanto Ele permanecia em oração em um monte próximo dali. Os discípulos são acometidos por um vendaval, e Jesus vai ter com eles andando por sobre o mar. Pedro pede-lhe para ir ter com Ele, o que Jesus lhe concede; no entanto, reparando na força do vento começa a afundar, gritando por socorro e é acudido por Jesus. Quando ambos sobem ao barco cessa o vento.

Talvez você, meu caro leitor, esteja questionando-se acerca da razão do vento que acometeu sua vida, questionando a falta de direção a que o barco de sua vida ficou sujeito. No entanto, é importante notar que os vendavais ocorrem constantemente, como uma profunda experiência de dependência absoluta ao Deus dos mares e marés. Somos impelidos a uma profunda experiência pessoal, intransferível de confiarmos em nosso Mestre a fim de que Ele realize o milagre de vir em nosso socorro, da intimidade com Deus, para que cheguemos ao limiar dos portais do impossível, onde Deus reina soberano.

Estamos vivendo um momento em que muitos passos de fé na vida cristã, já foram dados, no entanto, neste momento o vento pode parecer mais forte do que suas forças humanas, limitadas e sua vida agora jazer submersa em meio as ondas. Seus olhos já não andam postos em Jesus mas na força do mar que o cerca. Olhe para Jesus, grite com sua alma: - Socorre-me, Senhor!

Porém, lembre-se que o convite de Jesus, o Rei dos reis, ainda dirige-se a você para um encontro com Ele, em meio ao vendaval da vida. Por isto disse Jesus: Vem!

Rev. Eli Azeredo

domingo, 14 de setembro de 1997

UM CONVITE DE JESUS

ANO LV - Domingo, 14 de setembro de 1997 - No 2707

UM CONVITE DE JESUS

E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? (Mateus 26:40)

Vivemos uma época na história da humanidade que alguns poderiam qualificar como sendo sem precedentes, pelos avanços tecnológicos, pela migração do homem do campo para as megalópolis, pela filosofia desesperada de vida pregada pelo homem, por músicas cantadas ou gritadas por conjuntos, pela formação cultural que nos leva ao ensino de que cada um tem de se defender e lutar por si num mercado selvagem para encontrar o seu lugar ao sol, pela massificadora insensibilizante influência dos meios de comunicação. E em meio a tal realidade os ensinos e viver de Jesus, para alguns parece não ter sentido. Seus apelos, que teriam a nos dizer num mundo aparentemente tão mudado?

Em primeiro lugar o homem está em guerra. Está em guerra contra sua carne, seu egocentrismo, sua intolerância, seu estilo de vida ausente de Deus, se quiser se chegar a Ele. O homem não está em guerra só hoje em nossos dias, ele sempre esteve em guerra. Um doutor em história dizia que os tempos mudam, mas as tendências continuam.

E a tendência humana é ao sono, sono espiritual. Jesus no Getsêmani, sabia que não só Ele deveria estar preparado para a luta espiritual que enfrentaria, mas também os seus discípulos. O embotamento espiritual, sempre se manifestou como a causa para a desconexão homem e seu Deus, para a desorientação de propósitos e caminhos, para o desequilíbrio da vida.

Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo em oração. Este convite audissonante brilha em meio as trevas da humanidade e seu desamparo. Meu amado irmão, Jesus nos questiona, perguntando-nos com seu amor, se não temos tido nem ao menos uma hora ao Seu lado na luta desta semana, mês ou ano. Não pudemos ser acordados espiritualmente pela oração, reservando lugar e tempo para orar. O nosso ativismo religioso nunca nos despertará, despertamento espiritual advém de oração, interação Deus-homem, conversa de Pai-filho, bênção dos céus, manifestação do Deus vivo. Por isto nosso tempo, nossa vida é um convite para passarmos com nosso Senhor, para que não tenhamos vivido nesta terra sem um verdadeiro sentido. O convite de Jesus que alcança nosso dias, nosso coração ainda é: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo?

Rev. Eli Azeredo

domingo, 7 de setembro de 1997

CORAGEM

ANO LV - Domingo, 7 de setembro de 1997 - No 2706

CORAGEM

Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, amor e de moderação. II Timóteo 1:7

Temos definido coragem como um ato de bravura incomum, exercida num campo de batalha, e que ao longo da história tem recebido como recompensa medalhas e honrarias bem como reconhecimento popular. E nada obsta que exemplifiquemos coragem como o exemplo supra-citado.

No entanto, eu queria mencionar que existem atos valorosos do dia a dia, que nunca receberão reconhecimento público, entretanto forjam e denotam um caráter de sobeja coragem.

Lembro-me em anos passados ter conhecido uma senhora que após ter sido abandonada pelo esposo, conheceu o evangelho na favela onde residia, e que todos os dias de sol a sol ganhava o sustento dos seu três filhos, tendo ainda tempo de socorrer aos necessitados daquela favela com donativos alimentícios recebidos de entidades filantrópicas, donativos que administrava para poder servir aos seus semelhantes. Para tal não é mister ter coragem? Talvez, o meu querido leitor me dissesse: - Ter coragem para algo tão comum?

Se olhássemos para a imensa massa de pedintes, bêbados, prostituídos e drogados, veríamos que para muitos deles a froça para viver se foi, e que um tremendo desespero incorpora o seu dia a dia. Para muitos deles falta coragem para se erguer do monturo em que suas vidas se tornaram. E para fazer parte deste exército de vencidos pela deseperança, dominados pela depressão não existem preferidos por classe social, situação familiar ou cultural, basta estar vivo. Todos temos que enfrentar a luta contra os reveses da vida e estar de pé.

O que venho dizendo é que para tomar pequenas atitudes é preciso coragem, um passo após o outro, um ato seguido por outro. Para nos levantarmos e vivermos é preciso coragem.

Amado leitor, o texto bíblico acima, nos diz que Deus nos deu um espírito indômito em relação as trevas. E que este espírito deverá ser atrevido quanto a escravidão ao pecado, insaciável quanto as coisas de Deus, inconformado quanto a este século mau, corajoso como um estilo de vida.

Se neste momento as circunstâncias o dominam, sua voz empolada nada diz, os olhos antes argutos observadores lacrimejam a dor do coração, e o presente século diagnostica seu estado como depressão. Saiba que Deus não nos recriou como covardes para desistir sucumbindo as pressões. Tenha coragem de obedecer ao que Deus lhe tem mandado por intermédio de Sua palavra, pois é este aquele que vence o mundo, o que vê o invisível, o Deus que nos sustém! Coragem.

Rev. Eli Azeredo

domingo, 31 de agosto de 1997

DÍZIMO - MITOS E REALIDADE (Parte II)

ANO LV - Domingo, 31 de agosto de 1997 - No 2705

DÍZIMO - MITOS E REALIDADE (Parte II)

"Deus precisa dos nossos dízimos e ofertas". Que "deus" é este que precisa de dinheiro humano? O Deus manifestado na natureza, anunciado pelos profetas e apóstolos, e revelado em Cristo Jesus, é auto-existente e auto-suficiente. É dono "da prata e do ouro", "do mundo e daqueles que nele habitam". Ele é Rei dos reis e Senhor dos senhores! Ao invés dEle necessitar de nós, somos nós que necessitamos dEle, da sua misericórdia, do seu perdão, da sua bênção. Não enviamos malotes com dinheiro nem fazemos transferência bancária para o Céu. O dinheiro arrecadado na terra, seja dízimo, seja oferta, é aplicado na terra. Quando honestamente usado pela Igreja, serve para a produção e distribuição da Bíblia Sagrada, para o sustento de pastores e missionários, para o socorro dos necessitados, para a manutenção de abrigos, creches e orfanatos, para a construção e conservação de templos e escolas.

"Quem dá o dízimo prosperará, quem não dá empobrece". Em outras palavras, "quanto mais você der, mais você receberá". Este é um mito enfatizado pelos pregadores da teologia da prosperidade. Como explicar, então, a prosperidade dos ímpios? Deus os está abençoando? Por acaso eles são dizimistas? Esta era a angústia dos fiéis servos de Deus no passado e explicitada de maneira poética e contundente por Asafe no Salmo 73. Invocar os "gafanhotos" do Livro de Joel ou o capítulo 3 de Malaquias para forçar a contribuição dizimal é fazer chantagem espiritual. Dízimo, repito, é manifestação de fé e gratidão. É gesto de amor. O Senhor se agrada não do volume das nossas contribuições, mas do sentimento interior, puro e espontâneo, ao fazê-las. Vale a pena lembrar que a única pessoa que mereceu elogio de Jesus ao fazer uma contribuição foi a viúva pobre e anônima que tendo apenas duas moedas colocou-as no gazofilácio. Era tudo quanto ela possuía! Foi o seu gesto sacrificial que foi exaltado e não o volume da sua oferta. E o texto sagrado não diz que ela tendo dado tudo, recebeu tudo de volta ou em dobro.

"Eu dou o dízimo, mas a meu critério. Uma parte aqui, outra ali e outra acolá." Creio na sinceridade dos que assim procedem, mas tal procedimento estabelece dois precedentes perigosos: Primeiro, insinua o direito da administração pessoal do dízimo, o que não tem fundamento bíblico. A Bíblia, todas as vezes em que menciona o dízimo, determina que ele seja entregue no templo para ser gerido por terceiros e de modo centralizado. O segundo precedente perigoso está na desconfiança velada ou aberta de que as pessoas responsabilizadas por sua aplicação não o façam de modo honesto ou objetivo. Ora, como dizimista, o meu privilégio é expressar minha fé e gratidão na entrega do dízimo. A gestão honesta, a aplicação correta, o uso adequado às reais necessidades da Igreja, é responsabilidade dos irmãos para isto designados. E dentro de uma comunidade cristã reformada essa responsabilidade é atribuída com a aprovação de todos os membros.

No caso particular da IPVM os tesoureiros são pessoas de reconhecida idoneidade. Uma comissão de finanças estabelece os limites orçamentários e acompanha a sua execução. Além disto há uma comissão de exame de contas, constituída de contabilistas e auditores profissionais. Os balancetes são colocados à disposição de todos os membros contribuintes. E os nossos pastores são proibidos, é isto mesmo, de tocar em qualquer oferta ou dízimo da comunidade.

À luz da Escritura e da experiência cristã, finalizo declarando que toda igreja que é fiel na prática do dízimo não se dobra a compromissos políticos, não depende do erário público, nem precisa recorrer a bingos, rifas, chantagens emocionais e outros expedientes da inventiva humana.

Rev. Eudes

domingo, 24 de agosto de 1997

DÍZIMO - MITOS E REALIDADE (Parte I)

ANO LV - Domingo, 24 de agosto de 1997 - No 2704

DÍZIMO - MITOS E REALIDADE (Parte I)

"Dízimo é invenção dos pastores para enganar os crentes". Você já ouviu alguém, com ar de superioridade ou olhar de desprezo, fazer tal declaração? Eu já vi e ouvi. É uma declaração no mínimo insultuosa. O dízimo jamais poderia surgir da cabeça de pastores. Pastores são homens e os homens são imperfeitos demais para gerar um plano de contribuição tão perfeito. O dízimo só poderia ser um plano oriundo de Deus. A Bíblia declara que o nosso Deus "é Deus de eqüidade". Ele é justo e imparcial.

Por sua natureza eqüitativa, não discriminatória, o dízimo nivela todos os contribuintes. Elimina a estratificação social. Não há grandes dizimistas, nem pequenos dizimistas. Apenas dizimistas. Se pelo poder do dinheiro não somos todos iguais perante a lei dos homens, pela prática do dízimo a nossa igualdade é manifesta diante de Deus.

"Dízimo é coisa da dispensação da Lei. Nós estamos na dispensação da Graça." Ora, a primeira falácia deste mito é que se a Graça é superior à Lei, e nisto todos concordamos, então o custeio e expansão da Igreja de Cristo aqui na terra deveria merecer algo maior que o dízimo. Talvez o 'bízimo', o dobro do dízimo. Ou o ´trízimo´, equivalente a três décimos dos recursos que o Senhor nos permitiu ganhar. Afinal, como diz Samuel Chadwick, "dar um décimo não é algo digno de vanglória". A segunda falácia desse mito, é que ele revela um grande desconhecimento da Bíblia. A prática do dízimo se antecipa à Lei em mais de quatro séculos. Abraão, nosso pai na fé, é a primeira pessoa a ser citada praticando o dízimo. Jacó, quase 300 anos antes da dispensação da Lei também praticou o dízimo. No período da Lei o dízimo tornou-se obrigatório, exigência legal. Antes e depois da Lei o dízimo foi e continua sendo uma expressão de fé e gratidão. Ou damos movidos por amor a uma Causa que abraçamos, espontânea e livremente, ou simplesmente não damos. Sem cobranças, sem imposição, sem terrorismo espiritual.

"Não dou o dízimo mas contribuo com muito mais." Em meus 45 anos de vida cristã evangélica jamais conheci alguém que de fato assim o fizesse. É possível que num momento de grande emoção, diante de um apelo muito forte, ou por emulação, alguém faça uma oferta de grande valor. Algo muito acima do que seria o seu dízimo. Mas isto é tão esporádico que não credencia ninguém a dizer que dá mais que o dízimo. Aliás, o dízimo não deveria ser considerado o teto das nossas contribuições e sim o piso.

Rev. Eudes

domingo, 17 de agosto de 1997

PRIMÍCIAS

ANO LV - Domingo, 17 de agosto de 1997 - No 2703

PRIMÍCIAS

(Parte da história dos ancestrais de Aurora Campos,
esposa do Rev. Dr. William Kerr)

Que impulso teria levado aquele tropeiro a parar em suas terras, ali, bem rente de Sorocaba, interrompendo as exaustivas tiradas, até o extremo sul do país? Talvez o cansaço, diante da dificuldade desse lidar, talvez a invasão do progresso, talvez a ânsia incontida de estabilizar-se. Talvez isto, talvez aquilo, porque ficamos sempre imaginando ser obra do acaso o que são os insondáveis caminhos de Deus. "Os meus caminhos não são os vossos caminhos..." diz o Senhor.

O tropeiro simplesmente parou. Nem chegou a imaginar o instrumento que viria a ser na divulgação da Palavra Divina. Exausto dessa última jornada de volta, faminto, já sem nada para comer da matula, salvaram-no as sementes deixadas "ao acaso", antes da última saída, que tinham produzido um aboboral imenso, que lhe valeu como alimentação por vários dias. Ali se estabeleceu e formou uma grande família. A terra lhe foi propícia e a proximidade do rio ajudou muito.

Era uma época de muita incompreensão religiosa, ao lado de um nascente liberalismo. Quando um vulto do evangelismo nacional, o ex-padre José Manoel da Conceição, passou por lá, a incompreensão fez com que a mensagem salvadora do Evangelho se encontrasse com os ideais do liberalismo e o chefe dessa família, já então numerosa, tocado pelos desígnios divinos, oferecesse sua casa para que os interessados pudessem ouvir o notável evangelista.

A semente dessa pregação produziu frutos que, numa incalculável progressão geométrica, chegaram aos nossos dias através dos descendentes, alguns ainda simples sitiantes e outros que já galgaram graus elevados da cultura humana.

No começo deste século vamos encontrar, na mesma casa onde foi celebrado aquele culto, três irmãs vivendo ainda da terra. Na casa de pau a pique, chão duro, o telhado, outrora de sapé, já então de telhas feitas de barro do próprio local, à beira rio, onde se viam as marcas dos animais que vinham do pasto a procura de água fresca. Tudo lá era da terra. As hortaliças, o pomar carregado de frutas, o gado que forncecia leite, queijo, manteiga. No meio do pasto, uma linda novilha chamava a atenção. Mas não tinha preço. Era das primícias.

Samuel Kerr

domingo, 10 de agosto de 1997

PAPAI

ANO LV - Domingo, 10 de agosto de 1997 - No 2702

PAPAI,

Eu quero que você seja um crente, um crente leal, um crente fiel.

Leal como Jônatas, fiel como Davi.

Papai, quero que o senhor seja um homem de oração, orando com constância, orando na hora do perigo, orando por mim, orando comigo.

Papai, quero que o senhor ame muito a Bíblia, na leitura constante, no estudo profundo, ensinando-me sempre.

Quero papai, que o senhor ame a Igreja, sendo assíduo, levando-me sempre, fazendo-me um seu igual.

Papai, leve-me a Cristo.

Papai, ore comigo.

Leia a Bíblia para mim.

Papai, seja meu amigo, não seja tão sério, tão distante...

Brinque comigo.

Quando o senhor chegar em casa, vindo do trabalho, venha conversar um pouco comigo, eu quero tanto conversar!

Eu quero sentir seu calor, quero sentir seu cuidado.

Eu quero me orgulhar do senhor, quero gritar bem alto para todo mundo ouvir:

- ESTE É O MEU PAPAI !!

seu filho / sua filha

HOMENAGEM DA SAF DA IPVM A TODOS OS PAIS

domingo, 3 de agosto de 1997

FILHOS DE BELIAL

ANO LV - Domingo, 3 de agosto de 1997 - No 2701

FILHOS DE BELIAL

O capítulo 2 do primeiro livro de Samuel começa com o registro de um cântico, o cântico de Ana. Um cântico de regozijo e gratidão; cântico de fé e submissão. E num chocante contraste, a segunda parte deste capítulo registra a seguinte declaração: "Eram, porém, os filhos de Eli, filhos de Belial, e não se importavam com o Senhor". O texto revela em que consistia a iniqüidade desses jovens sacerdotes.

Exercer o sacerdócio em Israel era tanto um privilégio quanto uma grande responsabilidade. Os sacerdotes gozavam do respeito e consideração do povo de Deus. Suas decisões eram acatadas e sua palavra era ouvida como "palavra do Senhor". Ninguém, pois, ousava questionar a palavra de um sacerdote. Contudo, Hofni e Finéias são chamados "filhos de Belial"! Mas o que é ou quem é Belial? Esta é uma expressão transliterada do hebraico e que significa perversão ou perversidade. Belial é, pois, a personificação do mal. Há muitos filhos de Belial por aí corrompendo a verdade e profanando o sagrado.

Foi publicado há poucos dias um texto do 9° Encontro Inter-eclesial das CEBs da Igreja Católica Romana. Um dos trechos desse documento, coloca Jesus Cristo visitando um terreiro de candomblé. Na visita descrita por um sacerdote católico, Jesus espera na fila para ser atendido por uma mãe-de-santo, aceita a sua filiação chamando-a carinhosamente de mãe, declara que o terreiro é parte do Reino de Deus, admite ter um bom orixá e entra na dança para chamá-lo.

O que se pretende com tal documento? Uma confissão de fé? Um esforço para fortalecer o sincretismo religioso? Uma estratégia para conquistar o apoio dos adeptos das religiões afro-brasileiras com a finalidade de fazer frenteao crescimento da igreja evangélica? Não sei. Sei apenas que é a palavra de um sacerdote que, com essa espúria e abominável parábola, tenta perverter uma das doutrinas basilares do cristianismo - a doutrina da divindade de Cristo.

Felizmente a sandice dos filhos de Belial jamais confundirá aqueles que têm em Jesus Cristo o seu Senhor e Salvador, único e suficiente, sem mistura, sem concessões, sem conluios, sem falsa popularidade, sem fingimento. Maranata!

Rev. Eudes

domingo, 27 de julho de 1997

DÍZIMO, BÊNÇÃO OU MALDIÇÃO? (Parte II)

ANO LV - Domingo, 27 de julho de 1997 - No 2700

DÍZIMO, BÊNÇÃO OU MALDIÇÃO? (Parte II)

(Conclusão do boletim anterior)

Então o que é o dízimo? Por que praticá-lo?

1. Porque o dízimo é ensino bíblico. Era praticado por Abraão, nosso pai na fé, 420 anos antes da lei mosáica. Foi entazido pelos legisladores e profetas durante a dispensação da Lei. Foi confirmado pelo Senhor Jesus e vem sendo praticado pela igreja cristã desde os seus primórdios. Como pecadores, somos nivelados pela condenação do pecado, pela redenção em Cristo, e pela contribuição dizimal. Você pode dar uma oferta maior ou menor do que alguém. Mas ninguém dá um dízimo maior ou menor do que o seu.

2. Porque o dízimo é expressão de gratidão. Não damos o dízimo para barganhar com Deus. Não damos o dízimo para receber; damos porque temos recebido generosamente do Senhor. A atitude que caracteriza aqueles que são fiéis nos dízimos é a gratidão. A experiência do povo de Deus alegra apenas o povo de Deus. Não é para ser reconhecida e aplaudida pelo mundo.

3. Porque o dízimo é manifestação de fé. Na economia dos homens de onde se tira - falta. Na economia divina de onde se tira - sobra. Na fórmula do dízimo 10 menos 1 é igual a mais, e não a menos. Como declarou o Dr. Peter Marshall, pastor escocês e famoso capelão do Senado norte-americano, "As grandes coisas pelas quais vivemos não são provadas pelo intelecto ou pela lógica, mas por percepção e experiência".

4. Porque o dízimo é demonstração de amor. Consciência comunitária não é apenas ter o nome no rol de membros de uma igreja. É sim, não ser um peso morto mas uma força viva. É participar consciente e espontaneamente dos privilégios e deveres comuns. É contribuir com tempo, talento e dinheiro para a manutenção e expansão dos benefícios comunitários. É demonstrar interesse pelo bem-estar coletivo. No caso da Igreja, mais do do que dever é prazer. Expressa amor fraternal.

Quero finalizar com as palavras de Kenneth Prior: "Pode-se argumentar que no Antigo Testamento os dízimos eram pagos e portanto, falando especificamente, não estão na categoria de contribuição voluntária. A contribuição cristã só começa verdadeiramente quando damos mais do que um décimo".

Rev. Eudes

domingo, 20 de julho de 1997

DÍZIMO, BÊNÇÃO OU MALDIÇÃO? (Parte I)

ANO LV - Domingo, 20 de julho de 1997 - No 2699

DÍZIMO, BÊNÇÃO OU MALDIÇÃO? (Parte I)

A mensagem evangélica nunca foi bem recebida por uma sociedade sem Deus e anti-igreja. Todas as doutrinas e práticas bíblicas, em maior ou menor escala, têm sido alvo de críticas. Mas certamente a mais criticada e ridicularizada é a mordomia do dinheiro, a contribuição dizimal. O ataque dirigido ao ensino do dízimo é tão forte, tão ferino, que até mesmo os crentes se deixam contaminar. Há cristãos que aceitam o dízimo e o praticam; há cristãos que aceitam o dízimo porém não o praticam; há cristãos que rejeitam o ensino bíblico sobre o dízimo; e há cristãos que, além de rejeitar, juntam suas vozes ao coro dos ímpios e ridicularizam o dízimo.

Afinal de contas, o que é o dízimo? Uma bênção ou uma maldição?

Há igrejas que radicalizam nesta questão. Fazem do dízimo uma chave mágica. Segundo elas quem dá o dízimo terá prosperidade material e sucesso profissional. Quem não dá o dízimo perderá o que tem e ficará sempre pobre.

Como explicar a prosperidade daqueles que não são convertidos e não praticam o dízimo? Será que a fortuna de Bill Gates é fruto da sua fidelidade dizimal? E Michael Jackson? Xuxa? Roberto Marinho? Fernando Collor? São por acaso dizimistas? E a fortuna dos mafiosos e dos narcotraficantes? E a dos magnatas japoneses e árabes? Têm alguma coisa a ver com o dízimo?

Por outor lado, que dizer dos milhões de crentes fiéis no Brasil e nos países do terceiro mundo que temem a Deus, são filhos do Rei, praticam o dízimo e nem por isto prosperam materialmente? Crentes que trabalham honestamente a vida inteira, moram em casas alugadas, educam os filhos em escolas públicas, andam de coletivo e nunca entram no clube dos milionários?

Onde fica a correlação positiva entre o dízimo e a prosperidade material? Não há nenhuma correlação, quer bíblica, lógica ou pragmática. Dependência de Deus não é chantagem emocional, preguiça ou qualquer desculpa para esconder a nossa passividade ou interesse mesquinho. O dízimo não compra o favor Divino.

Rev. Eudes

domingo, 13 de julho de 1997

POR QUE DEVO FALAR DO AMOR DE CRISTO?

ANO LV - Domingo, 13 de julho de 1997 - No 2698

POR QUE DEVO FALAR DO AMOR DE CRISTO?
  1. Porque o homem sem Cristo está irremediavelmente perdido (At 4.12).
  2. Porque vejo parentes, amigos e muitos outros escravizados pelo "deus" deste século e sendo impedidos de perceber o perigo em que se encontram (II Co 4.4; Mt 7.13).
  3. Porque só o amor de Cristo Jesus pode libertar e transformar o mais indigno pecador em um filho amado de Deus (Rm 5.8; 6.22,23; Jo 1.12).
  4. Porque resta pouco tempo para o arrebatamento da Igreja (I Ts 4.16-18; 5.1-3; II Pe 3.9,10).
  5. Porque os campos estão prontos para a ceifa (Jo 4.35).
  6. Porque fui chamado para ir e pregar o Evangelho (Mc 16.15).
  7. Porque fui investido de autoridade espiritual para realizar esse trabalho (Mt 28.19,20).
  8. Porque o amor de Cristo me constrange (II Co 5.14).
  9. Porque nem mesmo os anjos podem assumir a minha responsabilidade nesse ministério (At 1.8; I Pe 1.12).
  10. Porque se eu me calar e as pessoas perecerem em sua iniqüidade terei de responder diante do Senhor pela minha omissão (Ez 33.8,9; I Co 3.11-15; 9.16).

(Extraído e adaptado)

domingo, 6 de julho de 1997

NA LINHA DE FRENTE

ANO LV - Domingo, 6 de julho de 1997 - No 2697

NA LINHA DE FRENTE

O Rev. Ediel Sá de Souza é missionário da Junta de Missões Nacionais em Cametá, no Pará, mantido pela família IPVM. Cametá fica às margens do rio Tocantins e o único modo de chegar lá é por via fluvial. A cidade mais próxima é Tucuruí, a dois dias de viagem. Ediel, Lindáuria (sua esposa) e os pequenos Larissa e Ediel Filho, são os primeiros cristãos presbiterianos a residir em Cametá. São os primeiros membros da futura Igreja Presbiteriana. Em relatório tão tocante quanto sucinto, assim ele se expressa:

"Neste mês enfrentamos muita oposição da Igreja Romana, mas estamos firmes. Como somos praticamente os únicos crentes a residir na cidade, a oposição se torna mais ferrenha. Alugamos um salão que é muito bom e fica bem no centro da cidade. Quando colocamos hinos em nosso aparelho de som, as pessoas param para escutar. É novidade. Elas não estão habituadas a esse tipo de música.

Rev. Eudes, se o senhor tiver pregações gravadas em fitas K-7, e se puder enviá-las, será de grande proveito. Como residimos em frente ao porto, o lugar mais movimentado da cidade, muita gente pára, a fim de escutar as mensagens, apesar da forte oposição que enfrentamos.

Orem por nós, pois às vezes sentimos muita angústia e solidão.

Finalizo compartilhando uma boa notícia. Pela graça do Senhor estaremos consagrando à Sua glória o primeiro fruto da "loucura da pregação". Neste mês a irmã Clarisse vai fazer a sua pública profissão de fé!

Em Cristo Jesus,
Ediel e família."


Cercados do conforto e comodidades de uma grande metrópole, não conseguimos enxergar ou entender o desprendimento de pessoas jovens e talentosas como Ediel. É coisa de Deus! Louvado seja o Seu santo nome por aqueles que Ele mesmo vocacionou e conduziu à linha de frente.

Rev. Eudes

domingo, 29 de junho de 1997

CONCLUSÃO POR ELIMINAÇÃO

ANO LV - Domingo, 29 de junho de 1997 - No 2696

CONCLUSÃO POR ELIMINAÇÃO

Questão:
Será que eu encontro segurança em Jesus?

Afirmação:
Eu encontro segurança em Jesus.

Exortação:
Encontre segurança em Jesus.

Consolação:
Segurança em Jesus.

Satisfação:
Em Jesus.

Exaltação:
Jesus!

(Traduzido e adaptado do Kitchener-Waterloo Bulletin)

domingo, 22 de junho de 1997

ROSTO DE ANJO

ANO LV - Domingo, 22 de junho de 1997 - No 2695

ROSTO DE ANJO

Raimundo Corrêa inicia o seu famoso soneto "Mal Secreto" com esta condicional: "Se a cólera que espuma, a dor que mora n'alma, na face se estampasse..." E se estampa mesmo! O que somos e o que sentimos, em menor ou maior intensidade, se estampa em nossa face. A Bíblia diz no Livro de Provérbios que "o coração alegre aformoseia o rosto" e que com a tristeza do coração até o espírito se abate. Fingir é possível, mas não é fácil. E ninguém pode fingir a vida toda. A nossa cara reflete a nossa alegria ou tristeza, a nossa paz ou a nossa dor, o nosso ódio ou o nosso amor.

Em Atos 6:15 lemos que os que estavam sentados no Sinédrio viram o rosto de Estêvão como se fosse rosto de anjo. Rosto de anjo! Tiveram esses juizes do tribunal de Israel alguma visão anterior dos anjos? Não creio. Como é um rosto de anjo? Certamente não é o dos anjinhos retratados pelos pintores renascentistas. Também não acredito que seja o dos ETs esgazeados ou esmaecidos das concepções da Nova Era.

Confesso que não sei como é o rosto de um anjo. Mas pela descrição desse homem de Deus chamado Estêvão, o primeiro mártir do cristianismo, eu já vi muitos rostos como se fossem rostos de anjos. Anjos em forma de gente.

Na minha mocidade, Deus me concedeu o privilégio de conhecer um homem chamado Luiz Bastos Ferreira. Para a sociedade lá fora Luiz Bastos era um simples funcionário civil da Base Aérea do Recife. Para a comunidade cristã Luiz Bastos era um ex espírita convertido a Cristo Jesus, ordenado presbítero, escritor, produtor e apresentador dos programas "O Missionário do Ar" e "A Bíblia Viva" , na antiga Rádio Clube de Pernambuco. (A televisão ainda não havia chegado.) Sua vida era um testemunho marcante da graça divina. Havia nele doçura, humildade, amor. Quando cantava ou ensinava a Palavra, ele exalava o perfume da santidade. Seu rosto irradiava a paz de alguém que tinha intimidade com Deus. Se estas são as qualidades de um anjo, para mim Luiz Bastos era anjo até na cara. Um anjo de bigode!

Aqui mesmo, em nossa comunidade, há alguns anjos do Senhor... e até anjas! Sim, é só você prestar atenção. Esteja atento para as pessoas que Deus tem colocado ao seu lado ou no seu caminho. É bem possível que você também conheça gente com cara de anjo, jeito de anjo e cheiro de anjo.

Rev. Eudes

domingo, 15 de junho de 1997

QUANDO A NOSSA AÇÃO É MERA ENCENAÇÃO

ANO LV - Domingo, 15 de junho de 1997 - No 2694

QUANDO A NOSSA AÇÃO É MERA ENCENAÇÃO

O profeta Joel no capítulo 2 do seu livro revela a indignação de Deus diante de Israel: "Rasgai o vosso coração e não as vossas vestes..." O povo aprendera que rasgar as roupas era sinal exterior de um quebrantamento interior, de tristeza, de arrependimento. Mas com o passar do tempo, perdeu a sinceridade e tornou-se uma tradição vazia e hipócrita. Quando pecavam, simplesmente rasgavam suas vestes para alívio da consciência. Aquele rasgar de vestes simbolizava um quebrantamento que não existia em suas vidas. Era um gesto teatral, pura encenação.

Tive um cunhado que era um homem de teatro. Um aplaudido profissional do palco e da televisão. Na antiga TV Tupi ele encarnou a vida e missão de um major do Exército de Salvação. Ele e os demais atores e atrizes interpretavam com fidelidade o papel de membros dessa notável e abençoada corporação evangélica. Cantavam hinos, pregavam a Palavra e davam testemunho do poder de Deus... tudo de acordo com o figurino. No entanto o comportamento fora de cena era muitas vezes o oposto dos personagens representados! Afinal de contas eram artistas, e ganhavam para representar.

É como acontece, há muitos anos, na semana da Páscoa em Nova Jerusalém, no interior de Pernambuco. Considerado o maior teatro ao ar livre do mundo, cerca de 50 atores e 500 coadjuvantes interpretam a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. O espetáculo emociona, cativa e arranca lágrimas do público. Mas fica apenas nisto. Nada além de uma impressionante encenação.

Teologicamente se afirma que a salvação é um ato da graça Divina e santificação é um processo através do qual o homem se submete cada vez mais ao controle do Espírito Santo. Santificação é, pois, o único meio pelo qual nos tornamos capazes de renunciar "as iguarias do rei" para não negar - por palavras ou por atos - "a fé que uma vez foi dada aos santos". Na prática, é agir em parceria com Deus. Sem santificação, diz o escritor da Carta aos Hebreus, "ninguém verá o Senhor".

Infelizmente há pessoas que se dizem cristãs, freqüentam os cultos, mostram-se ativas na igreja... mas não estão dispostas a se quebrantar diante do Senhor, repudiar o pecado e santificar sua vida. E sem santificação todo o nosso esforço, todo o nosso ativismo, será apenas uma encenação de religiosidade.

Rev. Eudes

domingo, 1 de junho de 1997

ACIMA DE TUDO, COMUNHÃO

ANO LV - Domingo, 1 de junho de 1997 - No 2692

ACIMA DE TUDO, COMUNHÃO

Testemunho, serviço e comunhão formam o tripé vital sobre o qual se firma e se identifica uma igreja genuinamente cristã. A igreja deve proclamar a salvação que só Jesus assegura. A igreja deve servir, em nome de Jesus, à comunidade em que está inserida. Mas COMUNHÃO é imprescindível tanto para uma proclamação efetiva quanto para um serviço relevante.

Comunhão expressa a realidade de uma comunidade que está edificando a si mesma em amor, de modo que os dons individuais do Espírito Santo possam se manifestar em vidas transformadas e na transformação da sociedade. A comunhão que dizemos ter com Deus necessita ser manifesta no relacionamento fraterno. E o nosso relacionamento fraterno permite mensurar, na prática, o grau de comunhão que dizemos ter com Deus.

A comunhão é, pois, tão indispensável, que quando ela falta a proclamação fica destituída de autoridade e o serviço não passa de um esforço para obter aprovação social.

Koinonia é a expressão neotestamentária que dá origem ao nosso substantivo comunhão. Infelizmente essa expressão vem sendo banalizada nos últimos anos por tudo que o marketing religioso possa gerar: revista, livraria, banda de rock, lanchonete, loja de discos, chaveiros, adesivos, fitinhas, camisetas, etc., etc. Felizmente a verdadeira koinonia não é produto de consumo nem estereótipo de agremiações cristãs. Koinonia ou comunhão, à luz da Palavra de Deus, é manifestação do Espírito Santo em nossas vidas.

Essa manifestação do Espírito Santo não é um poder etéreo, abstrato, que nos coloca em sintonia com o "eu cósmico" ou com as forças ocultas da Natureza. É, sim, aquela profunda identificação com o meu irmão visível, concreto, palpável, com o qual estou unido pelo pecado, pelo perdão, pela mesma fé e esperança no Senhor Jesus.

A graça compartilhada, a fé compartilhada, a salvação compartilhada, esta é a essência da verdadeira comunhão. Que seja esta a identificação maior da nossa comunidade.

Rev. Eudes

domingo, 25 de maio de 1997

A IGREJA EM MARCHA

ANO LIV - Domingo, 25 de maio de 1997 - No 2691

A IGREJA EM MARCHA

Glória a Deus, temos o privilégio de viver um momento muito significativo da nossa história.

Estamos completando 55 anos de vida eclesial. Organizada em plena efervescência da 2a Grande Guerra, o Senhor nos deu uma missão a cumprir. E a temos cumprido, apesar da debilidade de nossa fé e das limitações da nossa humanidade. Mas ainda não é tempo de parar para viver de lembranças. Inseridas num mundo de rápidas e contínuas mutações, da globalização econômica e cultural, de profundas transformações no campo da ética e na proliferação de uma religiosidade antropocêntrica, a Igreja é desafiada a marchar!

E marchar não por nossa capacidade física, intelectual ou moral; marchar não sob o comando humano, e por isto sujeito ao fracasso. Marchar com Deus. Sim, na força e orientação do Senhor que disse: "Edificarei a minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela".

E marchar com Deus implica em ter fé, apesar das circunstâncias adversas. As perseguições do primeiro século da era cristã e os obstáculos "insuperáveis" de regimes políticos ao longo da história demonstram que nem sempre o Senhor nos livra de problemas e dificuldades, mas através deles. Problemas e dificuldades são desafios à nossa fé. Problemas e dificuldades, via de regra, nos colocam mais dependentes de Deus. Precisamos tocar o invisível, e esprando contra a esperança crer. Deus tem recursos que transcendem a nossa imaginação.

E marchar com Deus implica também em estar ativo, no mínimo disponível para ser usado pelo Senhor. A Bíblia só valoriza um tipo de homem: aquele que serve! O servo ativo. Na caminhada da fé há trabalho para todos. Não há desculpa para os vacilantes e desocupados. Temos talentos naturais e dons espirituais que podem e devem ser colocados a serviço do Senhor. "De tal maneira brilhe a vossa luz (caráter, testemunho) diante dos homens, que eles vendo as vossas boas obras (atividade, serviço) glorifiquem a vosso Pai que está no céu".

Irmãos queridos, se administramos bem este novo tempo que o Senhor nos concede, marchando firmes na oração, no testemunho, no resgate de vidas preciosas, veremos o poder de Deus operando maravilhas... maravilhas que ainda não experimentamos. Pois "nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou no coração humano, o que Deus tem preparado para aqueles que O amam"!


Sim, Igreja de Vila Mariana, apesar de mais de meio século de vida não podemos nos aposentar. No limiar de um novo milênio, Deus nos desafia a marchar.


Rev. Eudes

domingo, 18 de maio de 1997

UMA TURMA ADMIRÁVEL

ANO LIV - Domingo, 18 de maio de 1997 - No 2690

UMA TURMA ADMIRÁVEL

No calendário de Igreja Presbiteriana do Brasil, hoje é o Dia da Mocidade. Registramos aqui a nossa homenagem aos moços presbiterianos.

"Era uma vez um grupo de jovens..." Bem que eu poderia começar assim, mas isso certamente não chamaria a atenção. Concordo. Mas o grupo que eu tenho em mente era tão admirável que se você me acompanhar por mais alguns minutos, penso que recuperará qualquer interesse que houver perdido na primeira linha.

O primeiro fato marcante sobre aqueles jovens é que eles gostavam de estar juntos. Não perdiam uma reunião. Eu lhe disse que era uma turma admirável! Reuniam-se para estudar a Palavra de Deus e curtir a companhia uns dos outros. Eles formavam uma família muito feliz. Embora mantivessem um bom relacionamento com outros jovens, cortaram seus vínculos de amizade com os grupos da pesada, com aqueles que só buscam os prazeres carnais. Uma outra característica notável daquela turma é que eles gostavam de orar.

Todos eles tinham encontrado em Deus um novo e maravilhoso Pai, e tinham uma grande alegria em conversar com Ele. Oravam muito; oravam espontaneamente; oravam de modo eficaz.

Havia um acordo entre aqueles jovens: ninguém consideraria exclusivamente seu nenhum bem que possuísse. Se algum dentre eles viesse a precisar de alguma coisa, os outros procurariam suprir aquela necessidade, sem demora. Eles não eram apegados às coisas materiais. As moças não viviam exibindo roupas novas e caras; os rapazes não se preocupavam com grifes e modismos sociais. Nenhum deles se vangloriava de suas conquistas. Eles gostavam muito era de um papo em torno de uma mesa. Não serviam as mais finas iguarias da cidade, mas não se queixavam. Agradeciam o que o Pai lhes dava. O importante para eles era estarem juntos.

Outra característica daquela turma era o louvor. Eles tocavam e cantavam com muita espontaneidade e entusiasmo. Seu louvor não era só uma "curtição", mas uma expressão sincera do seu amor ao Pai e sua gratidão por todas as Suas dádivas maravilhosas.

Havia ainda uma outra característica, certamente a mais notável: eles ganhavam outros para Cristo, todos os dias. Se num domingo havia cem pessoas na reunião, no domingo seguinte compareciam pelo menos cento e trinta. O resultado natural era um entusiasmo constante e contagiante.

Este relato lhe parece fictício e fantástico? Realmente é fantástico, mas certamente não é fictício. Essa história está na Bíblia, no livro de Atos dos Apóstolos, capítulo 2, parte final. Podemos inferir que havia muitos jovens na igreja primitiva. Estou escrevendo a respeito daqueles jovens com dois objetivos: primeiro, eu tenho a esperança de que você, jovem de hoje, sinta pesar por não ser semelhante àqueles jovens. Em segundo lugar, eu quero que você entenda que aquilo que Deus fez no passado, Ele pode fazer outra vez neste final de milênio. Você pode ser como aqueles jovens. Sua "turma" pode ser igual àquela. Você não deve acomodar-se a qualquer coisa inferior. Deus não mudou; suas mãos não estão vazias; Sua graça é a mesma; Seu poder também. Tudo o que o Senhor espera de você é uma entrega plena e absoluta. E então você experimentará um mudança radical e um novo projeto de vida. Você tem coragem para ser diferente ou prefere acomodar-se?

(Condensado e adaptado do capítulo final do livro "Grandes Possibilidades da Juventude", de LeRoy Dugan.)

domingo, 11 de maio de 1997

DIA DAS MÃES

ANO LIV - Domingo, 11 de maio de 1997 - No 2689

DIA DAS MÃES

Toda mulher é mãe!
Mesmo que nunca tenha gerado um filho.
Mesmo que nunca venha a gerá-lo.
Toda mulhe é mãe!
Primeiro, da boneca;
Mais tarde, do irmãozinho.
Casada, é mãe do marido
Antes de o ser dos filhos.

Sem filho, será mãe adotiva;
Entregará a alguém os benefícios do seu amor;
Os sobrinhos, os filhos, alheios, os alunos,
Uma causa justa.

Quantas mulheres, que a vida não esoclheu
Para a maternidade de seus próprios filhos,
Não se tornaram mães des suas próprias mães?
Quantas ? Ou do pai ? Ou do avô ?
A maternidade é irreprimível.
Como uma fonte de água que uma pedra obstruiu,
ela vai brotar adiante.
Na guerra, a mulher é mãe dos feridos,
Mesmo que tenham outra bandeira
E usem outro uniforme.

A maternidade não tem fronteiras,
Não tem cor, não tem preferências.
É das poucas coisas que se bastam a si mesmas.
Tem sua própria devoção : a esperança.
Tem sua própria ideologia : o amor.
Mãe, mater, madre! Toda mulher é mãe!

( Autor Desconhecido )

domingo, 27 de abril de 1997

RESPONSABILIDADES E PRIVILÉGIOS

ANO LIV - Domingo, 27 de abril de 1997 - Nº 2687

RESPONSABILIDADES E PRIVILÉGIOS

Hoje a nossa comunidade, reunida em Assembléia Geral Extraordinária, estará elegendo seis irmãos para o ministério diaconal. Tal momento se reveste de grande significação para a vida da nossa Igreja, daí a busca insistente da vontade de Deus em oração e reflexão.

É, pois, extremamente importante que todos os membros comungantes da IPVM participem da Assembléia. Não apenas para cumprir a formalidade de um 'quorum' regimental, mas - e isto sim - movidos por amor ao Senhor da Igreja, conscientes de sua participação ativa na harmonia e expansão do Reino de Cristo.

Mais que um dever, é um privilégio comparecer e expressar pelo voto o seu carinho e interesse pelo bem-estar da Igreja.

Pelo ensino da Palavra de Deus entendemos que não é qualquer pessoa que pode ser contemplada com tão honrosa responsabilidade. Somente aquelas que se credenciam por uma vida de de consagração e testemunho. Aquelas que no dia a dia se mostram comprometidas com Cristo e sua Igreja. Os atuais aspirantes ao cargo preenchem esses requisitos e por isso tiveram os seus nomes endossados pelo Conselho da Igreja. Todos igualmente merecem o nosso respeito e consideração. O número de vagas é que será o fator limitativo daqueles que serão eleitos neste pleito.

Aos que, como candidatos, não venham a ser escolhidos desta vez, lembramos que, na dinâmica da Igreja e pelos princípios constitucionais por ela adotados, outras eleições virão e novas oportunidades surgirão. Além disto, para o exercício de alguns ministérios é necessário ser eleito, mas para servir ao Senhor Jesus ser salvo é o bastante.

Que o Espírito Santo a todos ilumine no exercício das responsabilidades e privilégios da nossa participação no Corpo de Cristo.

Rev. Eudes

domingo, 20 de abril de 1997

O CRISTÃO E A IGREJA

ANO LIV - Domingo, 20 de abril de 1997 - No 2686

O CRISTÃO E A IGREJA

De vez em quando pessoas inteligentes, cultas, me fazem perguntas deste tipo: "Eu não posso ser cristão sem participar da Igreja?" "Eu preciso da Igreja para ser cristão?" E eu costumo acrescentar estas perguntas com outras: Pode alguém ser genuinamente cristão desprezando o convívio da Igreja? Pode alguém ser Igreja individual e isoladamente?

Diante de questões como essas, somos seriamente confrontados com a Palavra de Deus. Foi o Senhor Jesus quem se identificou como a videira verdadeira e a nós como os ramos que nEle estão. E Ele afirma que os que não estão nEle secam, são cortados e lançados ao fogo. Ora, como podemos estar em Jesus sem estar ligado ao Seu "corpo"?

Em várias passagens, a Palavra de Deus estabelece uma verdade cristalina: ninguém isoladamente é Igreja, ninguém isoladamente vive a fé cristã.

Sem considerar a etimologia do verbete Igreja, notemos os coletivos que a Bíblia usa para falar a respeito da Igreja: corpo, edifício, rebanho, família. A Igreja é o corpo e nós somos os membros desse corpo. A Igreja é o edifício e nós somos os tijolos desse edifício. A Igreja é o rebanho e nós as ovelhas desse rebanho. A Igreja é a família e nós somos os membros dessa família.

Assim a vida cristã é necessariamente vida comunitária, "vida na Igreja". Ser cristão é ser resgatado por Cristo, o Cabeça da Igreja, para uma vida participativa no Seu Corpo. É viver a comunhão dos salvos na "fé que uma vez foi dada aos santos".

Se realmente somos convertidos, nossa vida cristã se manifesta - e se desenvolve - é no orar juntos, louvar juntos, cultuar juntos, comungar juntos, aprender juntos, testificar juntos, atuar juntos como "sal da terra e luz do mundo".

Não há como fugir desta verdade, não há como sofismar: somente juntos somos verdadeiramente cristãos, somente juntos somos o "corpo de Cristo"!

Rev. Eudes

domingo, 6 de abril de 1997

UNS AOS OUTROS

ANO LIV - Domingo, 6 de abril de 1997 - No 2684

UNS AOS OUTROS

Trinta "uns aos outros" que deverão caracterizar o povo de Deus! Estas são as coisas pequenas sem as quais o cristianismo se tornará uma mera forma quebradiça:

"Que vos ameis uns aos outros" (João 13.34)

"Dependendo mutuamente uns dos outros" (Romanos 12.5)

"Preferindo-vos em honra uns aos outros" (Romanos 12.10)

"Amai-vos cordialmente uns aos outros" (Romanos 12.10)

"Alegrai-vos com os que se alegram" (Romanos 12.15)

"Chorai com os que choram" (Romanos 12.15)

"Tendo o mesmo sentimento uns com os outros" (Romanos 12.16)

"Acolhei-vos uns aos outros" (Romanos 15.7)

"Admoestando-vos uns aos outros" (Romanos 15.14)

"Saudai-vos uns aos outros" (Romanos 16.16)

"Esperai uns pelos outros" (1 Coríntios 11.33)

"Cooperem em favor uns dos outros" (1 Coríntios 12.25)

"Sede servos uns dos outros" (Gálatas 5.13)

"Levai as cargas uns dos outros" (Gálatas 6.2)

"Sede uns para com os outros benignos" (Efésios 4.32)

"Perdoando-vos uns aos outros" (Efésios 4.32)

"Sujeitando-vos uns aos outros" (Efésios 5.21)

"Suportai-vos uns aos outros" (Colossenses 3.13)

"Consolai-vos uns aos outros" (1 Tessalonicenses 5.11)

"Edificai-vos uns aos outros" (1 Tessalonicenses 5.11)

"Estimulando-nos uns aos outros" (Hebreus 10.24)

"Sede hospitaleiros uns para os outros" (1 Pedro 4.9)

"Tende amor intenso uns para com outros" (1 Pedro 4.8)

"Administre os dons uns aos outros" (1 Pedro 4.10)

"Sede todos sujeitos uns aos outros" (1 Pedro 5.5)

"Não faleis mal uns dos outros" (Tiago 4.11)

"Não vos queixeis uns dos outros" (Tiago 5.9)

"Confessai as vossas culpas uns aos outros" (Tiago 5.16)

"Orai uns pelos outros" (Tiago 5.16)

"Temos comunhão uns com os outros" (1 João 1.7)

(Extraído e Adaptado)

domingo, 23 de março de 1997

CRESCER É PRECISO

ANO LIV - Domingo, 23 de março de 1997 - No 2682

CRESCER É PRECISO

Quando o Senhor Jesus deu aos discípulos a "grande comissão", Ele disse: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28.19). Ele não disse fazei das nações discípulas, nem batizando-as. Quem ensinou sobre a porta larga e a porta estreita, o caminho espaçoso e o caminho apertado, sabia antes da fundação do mundo quem eram os eleitos. Sabia que não haveria nações convertidas, mas indivíduos convertidos.

O alvo principal da missão da Igreja não é a imposição da fé, nem o monopólio da fé. A conquista de todos os povos, tribos e nações para a fé cristã não tem base bíblica, embora seja parte do nosso ufanismo evangélico. Contudo, a tendência normal de todo organismo vivo é crescer. A criança que não cesce, por mais bonita que seja passa a ser motivo de preocupação. É algo anormal. O normal é crescer, expandir-se.

Usando da mesma analogia utilizada em sua carta aos Coríntios, o apóstolo Paulo escrevendo aos efésios trata da Igreja como um "corpo" que "bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor". (4.15,16)

Paulo aponta, pois, para a necessidade do crescimento do "corpo", a igreja. E ele enfatiza que é na cooperação de cada parte desse corpo que se efetua o seu próprio aumento. Crescer é, pois, um processo saudável e vital para o corpo.

Deus nos reuniu aqui como um "corpo". Vamos, então, abraçar de coração aberto, joelhos dobrados, bolsos disponíveis, o propósito do Senhor. É com o compromisso de cada um de nós que o corpo "efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor".

Rev. Eudes

domingo, 16 de março de 1997

TEU IRMÃO

ANO LIV - Domingo, 16 de março de 1997 - No 2681

TEU IRMÃO

Se procuras saber quem tu és, O que vales, o que fazes nesta vida, Podes andar eternamente, até sangrar os pés... Só encontrarás desilusões e fadigas doloridas!

Se quiseres saber onde está Deus, Quem é e porque fez Ele o mundo, Por ti só não conhecerás os planos Seus! Jamais penetrarás mistérios tão profundos!

Porém se atentares para teu irmão desviado Sua cegueira, miséria e sofrimento... Se o fizeres reconhecer o quanto está errado

Ou, se conseguires que deixe seu pecado Verás, então, o que és, porque vives, o que vales Onde está Deus e o que Ele é!... - E não te calarás...

Aristides Rocha

domingo, 9 de março de 1997

MÉRITO E RECOMPENSA

ANO LIV - Domingo, 9 de março de 1997 - No 2680

MÉRITO E RECOMPENSA

A visão humana de mérito e recompensa é muito míope e por isto mesmo distorcida.

No capítulo 20 do Evangelho de Mateus está registrada uma parábola contada pelo Mestre dos mestres, que tem sido motivo de controvérsias e questionamento. É a parábola dos trabalhadores. em resumo, o proprietário de uma fazenda contratou mão-de-obra em horários diferentes para a colheita de uvas. Ao final do dia pagou aos que trabalharam uma fração da jornada de trabalho o mesmo valor acertado para uma jornada completa.

Se o proprietário tivesse dado aos primeiros trabalhadores o salário combinado e tivesse dividido esse valor pelo número de horas trabalhadas e pago aos demais proporcionalmente, é bem possível que não houvesse conflito patrão/empregado ou reclamação trabalhista. Mas o enfoque da parábola não é mérito e recompensa.

Não temos o direito de desconfiar de alguém que satisfazendo a justiça estabelecida por códigos e leis, foi além em sua generosidade pessoal. O verdadeiro enfoque da parábola está na frase "EU QUERO DAR..." (v. 14). A generosidade que excede os acordos e medidas humanos!

E diante da generosidade de Deus as idéias humanas de mérito e recompensa são pobres e irrelevantes. A graça de Deus não conhece limites!

Convidando até o final da tarde trabalhadores que estavam desocupados, e pagando a todos o salário integral e combinado, o senhor da vinha deu provas de uma bondade que ultrapassa os limites da justiça social. Assim vem agindo o Deus santo e verdadeiro, revelado em Cristo Jesus, quando admite no Seu reino os que chegam tarde (no final da existência terrena) e ainda os recompensa com a vida eterna.

Não importa, pois, a sua idade. Jesus aceita você. Se você é jovem e pode trabalhar muito para o Reino de Cristo, ótimo. Consagre a sua energia e o seu talento. Se você está desgastado pela vida, não importa. Não se sinta desprezado, Jesus junta os caquinhos e prepara você para a vida eterna. Ainda é tempo. Aceite o convite de Jesus. Onde abundou o pecado, superabundou a graça de Deus!

Rev. Eudes

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.