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domingo, 25 de novembro de 2018

JUBILAÇÃO E EMERÊNCIA

ANO LXXVI - Domingo, 25 de novembro de 2018 - Nº 3813

JUBILAÇÃO E EMERÊNCIA

Estes dois títulos que podem ser conferidos ao pastor no âmbito da IPB, são previstos na constituição de nossa Igreja nos artigos 49 e seus parágrafos (jubilação) e artigo 44 e seu parágrafo único. Não é incomum que as pessoas (membros, oficiais e até pastores) se envolvam em alguma confusão em relação a estes dois institutos contemplados em nossa Lei Maior interna. Assim, será dado esclarecimento com relação a ambos, para melhor percepção do assunto.

Jubilação: Este título pode ser concedido por idade (70 anos), tempo de ministério (35 anos), enfermidade ou invalidez. Tal título envolve o presbitério onde o ministro está jurisdicionado, cabendo a este concílio propor a jubilação do pastor ao Supremo Concílio da IPB. Este, por sua vez, a efetivará de conformidade com a legislação vigente na Igreja. Portanto, trata-se de assunto entre pastor, presbitério e Supremo Concílio, sem participação da Igreja Local. A jubilação, hoje, não altera a condição do pastor, nem limita sua atividade ministerial. Trata-se de título honorífico.

Emerência: O título de emerência envolve a participação da igreja local que decide, em assembleia extraordinária, sobre a concessão (oferecimento) de tal título. Dois requisitos são postos para a concessão: pastorear por longo tempo àquela igreja (não diz quantos anos) e de modo satisfatório (avaliação do conselho e da igreja em relação ao trabalho do ministro). A emerência pode ser com ou sem remuneração, também por decisão da assembleia. A emerência precisa da aprovação do Presbitério onde o pastor e a Igreja estão jurisdicionados. O pastor emérito não tem parte na administração da Igreja da qual recebeu o título, podendo participar das reuniões do conselho daquela igreja QUANDO convidado (destaque meu). Poderá presidir qualquer conselho de igreja da IPB quando convidado, menos (destaque meu) o da igreja na qual recebeu o título. Poderá ser pastor titular, auxiliar ou evangelista em qualquer igreja local da IPB, menos (destaque meu) naquela da qual é pastor emérito. Poderá pregar sem restrição na igreja em que seja emérito, desde que convidado para tal. Assim, o pastor emérito de determinada igreja não pode ser pastor, de direito, da igreja que assim o homenageou.

O ministro poderá “acumular” os dois títulos sem problema algum ou prejuízo qualquer para o exercício de seu ministério, seja em igrejas locais ou concílios (presbitérios, sínodos e Supremo Concilio) da IPB.

Espero que com tais informações os irmãos e irmãs possam ter condição de melhor participar e votar na assembleia de hoje, que se destina oferecer o título de pastor emérito (sem remuneração) ao Rv. Paulo Audebert Delage após estes 12 anos de ministério na IPVM.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 18 de novembro de 2018

REPÚBLICA E BANDEIRA

ANO LXXVI - Domingo, 18 de novembro de 2018 - Nº 3812

REPÚBLICA E BANDEIRA

Em 15 de novembro de 1889 o Marechal Deodoro da Fonseca proclamava a República, ou seja, dava um golpe de Estado destituindo o Imperador Pedro II e instalando, no Brasil, uma nova forma de governo, a republicana. Sem levar em conta o fato da expulsão da família real em tempo recorde, em uma atitude humilhante, algumas medidas foram tomadas de imediato e que pareciam indicar mudanças radicais e alvissareiras, entre elas a separação entre Igreja (seja qual for) e Estado, o reconhecimento do casamento civil como válido, a extinção da “nobreza” e seus privilégios (embora viesse a criar outra classe com privilégios – a política), a possibilidade de eleições (ainda que com restrições aos que poderiam exercer tal privilégio). Assim, deixava-se de ter um Imperador para se ter um presidente. A “Res Publica” (coisa pública) agora não era mais de uma pessoa, ou de uma classe (nobres), mas do povo (público). Parece que a nova classe (política) entendeu que a “coisa é pública” e, já naqueles dias, começou a embolsar para si, uma vez que é pública e eu represento (“sou”) o povo.

Foi-se a “Velha República”, veio a “Nova”. Passou também esta e veio o “Governo Provisório”, seguido do “Estado Novo”. Após tal período voltamos à República e à democracia (cerca de 10 anos). Seguiu-se a ditadura militar com restrições às liberdades pessoais, mas a República permanecia. Em 1988 o Brasil volta a caminhar em uma democracia republicana, sendo a mesma até os dias atuais. Por todos os períodos apontados tem prevalecido a ideia de “coisa pública” não como “do povo, pelo povo e para o povo”, mas para alguma classe dominante (elite ou não) que, à custa do que “é do povo”, se locupleta, se beneficia e enriquece (independentemente de qual partido esteja no governo), concedendo ao povo algumas benesses pelas quais são aplaudidos, como se tal ato fosse grande benemerência deles para com o povo, e não como sendo o dever e obrigação legítimos de devolver ao povo (em forma de benefícios) o que, de fato, é do povo, ou seja, REPÚBLICA. Torna-se necessário mais que celebrar a proclamação da República, vivenciar o que ela seja, mas isso parece ainda não ter sido alcançado aqui em nossas terras brasileiras até os dias de hoje.

Dia 19 de novembro é o Dia da Bandeira. Mas, temos o que comemorar neste dia considerando o que se tem feito de nossa bandeira brasileira? Porém, não há problema; o importante é ser feriado e prolongado. “Pra frente Brasil”.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 11 de novembro de 2018

CONFIANÇA FRÁGIL

ANO LXXVI - Domingo, 11 de novembro de 2018 - Nº 3811

CONFIANÇA FRÁGIL

O ser humano parece ter uma necessidade de estabelecer algo em que confiar ou se apoiar para realização de suas expectativas e, assim, sentir-se seguro, tranquilo e confortável. Ocorre que nem sempre tais pontos de ancoragem e segurança são adequados ou apropriados, mostrando-se frágeis e vacilantes, gerando danos e males terríveis aos que neles se apoiam. O salmista adverte: “Não confieis em príncipes, nem nos filhos dos homens, em quem não há salvação. Sai-lhes o espírito e eles voltam ao pó; neste mesmo dia todos os seus desígnios se desfazem” (Salmo 146:3-4).

Escrevo isso pelo fato de me preocupar o que estou começando a ver em relação ao quadro político brasileiro neste período pós-eleitoral com o posicionamento de muitos em relação à figura do presidente eleito. Em um culto, em determinada Igreja Batista, ao entrar no templo algumas pessoas começaram a gritar “mito, mito, mito”. A palavra aqui não tem conotação de mentira, mas de algo fora do natural, excedente à realidade terrena. Isso é muito preocupante visto que a visão mitológica pode gerar a ideia messiânica, e as consequências de messianismos na história da humanidade e do Brasil são graves e profundas.

Colocar as esperanças em uma pessoa (ou sistema) é um equívoco grave e de trágicas consequências como afirmou o salmista no texto citado acima. Eles não são os salvadores e não têm salvação. Devem ser vistos como agentes (ou instrumentos) pelos quais a ação de Deus possa se manifestar trazendo livramento e salvação, mas não eles. Jair Bolsonaro não é “salvador da Pátria” como indivíduo que enfeixa nele toda a solução para as mazelas de nosso País. Ele não tem “varinha de condão”, nem é detentor da “pedra filosofal”, nem, tampouco possui “lâmpada mágica”. Vê-lo assim (mito) é repetir o erro de muitos no passado (distante e recente) de nosso Brasil, seja com Antônio Conselheiro, Getúlio Vargas, Juscelino, Jânio, Lula ou qualquer outro “mito” ou “messias”.

Devemos colocar a pessoa do presidente diante de Deus em oração, bem como dos demais que estão em exercício de autoridade (inclusive a oposição), para que possamos, mercê de Deus, experimentar dias de paz e melhoria na vida de todos nós, com menos corrupção, mais justiça social, educação, segurança e saúde. Sigamos os passos do salmista que nos ensina: “Uns confiam em carros, outros em cavalos; nós, porém, nos gloriaremos no Nome do Senhor nosso Deus. Eles se encurvam e caem; nós, porém, nos levantamos e nos mantemos de pé.” (Salmo 20: 7-8). Aleluia.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 4 de novembro de 2018

MÍDIA E TERRORISMO

ANO LXXVI - Domingo, 04 de novembro de 2018 - Nº 3810

MÍDIA E TERRORISMO

Não sou afeito às estruturas novas de mídia, ou seja, não faço parte de nenhum “grupo” no “facebook” ou qualquer outro meio ou canal de informação ou disseminação de notícias. Não digo que isso seja bom, apenas prefiro ter um pouco de isenção, sossego e paz. Mesmo em “whatsapp” ao receber certas “mensagens” de conteúdo não informativo (de fato) peço que parem de me enviar, pois além de “encher” meu aparelho celular de material sem sentido, me obriga a gastar meu tempo verificando se se trata de algo relevante, o que constato não ser.

Quando da eleição do Partido dos Trabalhadores o slogan “a esperança vence o medo” foi muito bem posta pelos que alcançaram a vitória naquele pleito, pois havia um clima (promovido pela direita) de medo e receio por uma onda de saques, invasões, fechamento de templos, etc. No entanto, vemos que vai sendo, agora, patrocinada por militantes deste partido a mesma coisa que combateram no passado, ou seja, a disseminação do temor ou medo com fala de ameaça à democracia, extermínio de minoria, pessoas se matando na rua e atirando umas nas outras, etc.

Nem a direita estava certa anteriormente e nem a esquerda está agora ao fomentar esse tipo de “informação”. O país tem, ainda, ordem e estrutura de governo para conter posturas e atitudes incompatíveis com os dispositivos de nossa Constituição e leis. Mesmo que indivíduos em nossas Cortes Maiores possam ter sua tendência ou inclinação, a instituição é maior que eles, o Congresso não é refém de uma pessoa e manterá sua atenção e vigilância para sustento das liberdades e direitos civis. Não vamos dar caso a “visões e revelações da parte de Deus”, ou de “profetas”, já enxergando “banho ou derramamento de sangue de nossos jovens”. Isso é terrorismo psicológico.

Cabe-nos orar ao Senhor, como determinado nas Escrituras, a favor dos que estão investidos de autoridade (deste ou daquele partido, com esta ou aquela ideologia) para que conduzam sua vida e realizem seu trabalho de modo a promover a verdade, justiça, paz, respeito e harmonia em nosso meio, e sermos, ao mesmo tempo, vigilantes críticos do Estado, para que este cumpra o papel para o qual Deus o estabeleceu. A recomendação bíblica é esta: “Examinai tudo e retende o que é bom”. (I Ts.5:21). Sem terrorismo ideológico de direita ou de esquerda.

Rev. Paulo Audebert Delage

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.