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domingo, 24 de junho de 2012

LANÇAR FORA A CARGA

ANO LXX - Domingo, 24 de junho de 2012 - Nº 3478

LANÇAR FORA A CARGA
... sendo violentamente castigados pela tempestade,
começaram a lançar fora a carga

A realidade que nos é imposta exige, de nós, que mudemos nossa forma de ver o mundo. Se soubesse que tem apenas um mês para viver, isso faria você rearranjar sua agenda e prioridade.

O texto acima está em Atos 27:18 e fala da jornada de Paulo no navio, indo, como prisioneiro, para Roma. Foram atingidos por um furacão, ou tempestade fortíssima e por muitos dias. Lucas registra que a tripulação começou a livrar-se de tudo aquilo que não era essencial à sobrevivência e permanência do navio. Muita carga que fora colocada cuidadosamente no navio, agora era lançada fora e às pressas, tornavase um risco e até mesmo um estorvo, era inútil. O que era considerado, apenas há alguns dias, precioso, agora é percebido como não sendo de valor efetivo algum.

Ao soprarem as tempestades e chegarem os furacões, seremos forçados a rever agenda, reescalonar prioridade, refazer planos e projetos. Com muita probabilidade o que atingirá o topo da lista é o aspecto dos relacionamentos. No meio da tempestade você está com medo, ansioso, irritado ou deprimido. A tempestade poderá exigir que você se desfaça da carga inútil e refaça sua escala de valores. Deus dará a você, não presentes, mas Sua Presença. Você poderá estar enjoado, abatido, fraco, molhado, mas haverá de ser conduzido pela presença do Senhor.

Que tipo de carga você precisa jogar fora de seu navio, antes mesmo da tempestade? Lançará esta carga fora apenas quando não houver jeito e estiver afundando já na tempestade? O que você precisa e pode jogar fora de seu barco e que não fará falta? O que faz com que esta carga não necessária ainda permaneça roubando seu tempo, energia e vigor? Infelizmente esperamos a tormenta e a tempestade chegarem para aliviarmos a carga de nosso navio.

(Adaptado do livro “Um mês para viver” de Kerry e Chris Shook).

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 17 de junho de 2012

A RIO MAIS VINTE

ANO LXX - Domingo, 17 de junho de 2012 - Nº 3477

A RIO MAIS VINTE
“A terra estava corrompida à vista de Deus...” ( Gn.6:11)

Estamos vivendo o tempo da Rio + 20. Trata-se de uma conferência mundial sobre as questões climáticas e ambientais, envolvendo nosso planeta quanto à utilização e conservação de seus recursos naturais, além de assuntos sobre emissão de poluentes e outros. O nome é devido à última conferência deste gênero realizada no Rio em 1992.

Não se pode negar a relevância em tratar tal assunto. As considerações nesta esfera são muito pertinentes e necessárias, pois se corre o risco de uma degradação ambiental sem precedentes, o que poderá gerar a destruição do planeta. Mobilizar as pessoas com relação a esses pontos é de vital importância para todos nós como integrantes deste ecossistema e “ocupantes” desta “nave” que é a terra.

Fico pensando, no entanto, sobre uma outra situação de degradação, corrupção e devastação de nosso planeta terra, ou seja, a devastação que atinge as estruturas morais e relacionais de nosso mundo. A escalada da violência por quase toda parte do planeta. A banalização da vida humana, o descaso com a pessoa na sua condição simples de gente. Campanhas que são feitas em favor das baleias, dos golfinhos, do rinoceronte branco, mas milhares de crianças morrendo de fome no Sudão, na Etiópia, regiões do Brasil, partes da América Latina, sem mobilização e investimento para salvar tais vidas.

O crescimento do tráfico de drogas e de armas e seus efeitos diretos ou colaterais como a prostituição, assaltos, roubos e outras mazelas, é outro ponto de degradação de nosso planeta em sua esfera não física-material. A crescente falta de liberdade imposta por governos totalitários (de uma ideologia ou outra) na esfera social, política ou religiosa. A intolerância que se agrava, acirrando o ódio entre os povos e entre os de um mesmo povo. Estes aspectos nos levam a temer pelo futuro de nosso planeta.

A preocupação justa em deixar aos nossos filhos um planeta melhor se vê na esfera da ecologia, mas não se percebe, com a mesma intensidade, na esfera da ética, da moral e dos costumes. Preservemos nosso planeta, contribuamos para sua recuperação ecológica e ambiental, mas sejamos agentes promovedores da recuperação da vida ética deste nosso desgastado planeta TERRA.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 10 de junho de 2012

O CACHOEIRA, O SALMISTA E O SANTUÁRIO

ANO LXX - Domingo, 10 de junho de 2012 - Nº 3476

O CACHOEIRA, O SALMISTA E O SANTUÁRIO

Cachoeira, essa tem sido uma palavra muito ouvida nos últimos dias. O que sempre trouxe uma imagem de beleza natural, agora, é associada a mais um escândalo de corrupção do nosso país. Um bicheiro, que desejou ir além das apostas, negociando com o governo e se enriquecendo de maneira ilícita, através de obras superfaturadas, informações privilegiadas, entre outras ilegalidades. Como tantos outros que conhecemos.

Talvez, a sua indignação seja a mesma do salmista, no salmo 73, ao observar a prosperidade dos corruptos ele diz assim: “Pretensiosos e arrogantes, vestem-se com os insultos da última moda. Mimados e fartos, enfeitam-se com as tiaras da tolice. Eles zombam, usando palavras que ferem, utilizando-as também para intimidar... Os ímpios estão com tudo: alcançam sucesso e ajuntam riquezas.” (v. 6-12*)

Enquanto isso, nós trabalhadores, acordamos cedo, lutamos 8, 10, 12 horas por dia, pagamos nossos impostos e quando percebemos um mísero sinal justiça (CPI), frente a essa corrupção, ainda somos obrigados a presenciar uma sessão de silêncio sem nenhuma satisfação para a população. Novamente, o salmista abre seu coração e fala sobre essa impunidade: “Invejei os ímpios que tinham sucesso, que não tem com o que se preocupar e nenhum problema para resolver”. (v. 4,5)

Esse é o sentimento, se pensarmos que tudo se resume a esta vida, se pensarmos que Deus não se envolve com questões políticas, públicas e que espiritualidade tem a ver somente com os domingos e com a igreja. O salmista revela o sentimento de inveja, diante da prosperidade dessas pessoas que são intocáveis pela justiça dos homens, por isso seus pés quase vacilaram.

Enfim, Asafe percebe que tudo isso que aflige o seu coração, encontra paz quando ele entra no santuário de Deus. Quando ele entra em contato com o Senhor e percebe que Deus não deixará isso impune. E que o destino deles é “A estrada escorregadia em que os puseste, que termina com a colisão contra o muro das desilusões. Num piscar de olhos o desastre! Uma curva cega na escuridão, e será o pesadelo! Acordamos, esfregamos os olhos, e... nada. Não há nada para eles. Nunca houve.” (v. 17-20*)

Diante disso, termino com as palavras do salmista, “Mas para mim, estar na presença de Deus é inigualável” (v.28*).

Rev. Gustavo Bacha
*Versão da bíblia - A Mensagem

domingo, 3 de junho de 2012

TREMEDAL DE LAMA

ANO LXX - Domingo, 03 de junho de 2012 - Nº 3475

TREMEDAL DE LAMA

A expressão que dá título a esta pastoral se encontra no Salmo 40, verso 2. O salmista dá graças a Deus por havê-lo tirado de um “tremedal de lama”.

A história do Brasil parece estar bem ligada ao aspecto desta mistura de terra e água, ou seja, a lama. Isso diz respeito à história da colonização, do império e da república. O presidente Getúlio Vargas falava de “mar de lama”, ao referir-se à situação política de nosso país em seus dias.

Parece que não tem havido muita mudança e, vemos no momento atual uma “cachoeira” (ou serão cachoeiras) de lama. Ficamos estarrecidos com o que ouvimos e vemos, além do fato da desfaçatez dos que estão envolvidos ao ficarem silentes ou tentarem justificar-se com andrajos e panos rotos.

Ministros da Corte Suprema do país vindo à luz para relatar tentativa de pressão para adiamento de investigação de corrupção, procedimento patrocinado por um ex-presidente que tem receios do que se possa levantar no processo.

Como nós (cristãos renascidos pela graça) ficamos em meio a toda essa situação de aviltamento da integridade, honestidade e honradez? A indignação, a revolta e a ira são, muitas vezes, reprimidas por nós. Deixamos de expressar nosso repúdio a tais ocorrências e situações. Muitas vezes preferimos assumir a idéia da Alice, ou seja, de que estamos no País das Maravilhas.

Sermos livres desse “tremedal” de lama, não significa apenas não sermos contaminados, mas significa agirmos e vivermos de tal modo que este ambiente seja banido e desapareça. Como? Por nossa postura pessoal e por nosso instrumento de protesto e mudança, ou seja, o voto consciente.

Cremos que Deus haverá de estabelecer uma Nova Ordem, Novo Céu e Nova Terra, onde não haverá mais corrupção e vileza como vemos. No entanto, enquanto isso não ocorre, cumpre-nos agir para que o Reino de Deus seja manifesto por meio de nós, fazendo desaparecer, ou, pelo menos, minimizando ao máximo esse “tremedal de lama”.

Rev. Paulo Audebert Delage

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.