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domingo, 28 de dezembro de 2003

FIM DE ANO

ANO LXI - Domingo, 28 de dezembro de 2003 - No 3035

FIM DE ANO

Antigamente era comum ver lojas e armazéns com uma tabuleta: Fechado para Balanço. Hoje, com o desenvolvimento da informática, os estoques são mantidos em dia e o movimento financeiro é atualizado automaticamente. Não há mais necessidade de fechar para balanço. Contudo o fim do ano é propício para uma avaliação. Uma avaliação de ordem pessoal.

Que valor colhemos no decorrer deste ano em nossa prática cristã? De quantos cultos participamos? Quantas mensagens despertaram a nossa consciência e tocaram o nosso coração? Aprendemos mais da Escritura Sagrada na Escola Dominical? Colocamos em prática o que a Palavra nos ensina? A quantas pessoas falamos do amor de Deus? Conduzimos alguém à salvação em Cristo? Nosso testemunho melhorou? Refletimos em nossas palavras e atitudes a orientação do Senhor? Temos sido uma bênção no lar e em nosso ambiente de trabalho? Tornamo-nos degraus ao invés de pedras de tropeço?

Talvez esse balanço nos incomode um tanto quanto. É possível que nos sintamos deficitários na fé, na esperança e no amor. É possível que descubramos um superávit de desânimo, de inveja, de amargura e de frustração. Esperávamos mais e alcançamos menos.

Nesta transição de um ano vencido para um novo ano com suas incógnitas, somos desafiados não para 'chorar o leite derramado', mas para olhar para o Senhor, cujo Natal acabamos de celebrar, e nEle investir a nossa fé, a nossa esperança, o nosso futuro. Sua Palavra se tornou presença e vida. "Inclinai os vossos ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá", convida e promete o Senhor através do profeta Isaías (55.3).

Fim de ano nos faz sentir que um pedaço de nossa vida terrena ficou irrecuperavelmente para trás. Contudo, essa realidade nos deve impulsionar para a frente na firme convicção de que "nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam" (I Co 2.9).

Rev. Eudes

domingo, 21 de dezembro de 2003

NATAL, ISTO EXISTE?

ANO LXI - Domingo, 21 de dezembro de 2003 - No 3034

4º Domingo do Advento

NATAL, ISTO EXISTE?

Suponha que não houvesse cartões e presentes. Ainda haveria Natal! Suponha que não houvesse ruas e vitrines enfeitadas. Ainda haveria Natal! Suponha que não houvesse presépio nem pinheirinho iluminado. Ainda haveria Natal!

Mas suponha que não houvesse o Menino Jesus... e não haveria Natal. Cristo faz a diferença! Ele é a razão e a essência do Natal! Natal é "Deus conosco", Emanuel. Tire-se o Cristo e não haverá Natal. Natal sem Jesus Cristo é inconcebível e impossível.

Natal sem Jesus é comércio, troca de cartões, presentes, roupa nova e comida farta e muita bebida. Apenas isto!

Para muitos, infelizmente, o 'aniversariante' continua desconhecido ou desprezado. Tristezas, neuroses, violências, injustiças, desamor, lares desfeitos, fome e miséria marcam era chamada de "pós-cristã". Lamentavelmente neste Natal as hospedarias (lares, corações) estarão fechadas para Jesus. Certamente a história se repetirá. Jesus não achará sequer uma manjedoura.

Há mais de dois mil anos milhares de anjos do coral celeste apareceram cantando o verdadeiro significado do Natal: "Estamos trazendo boas notícias a vocês e elas vão ser motivo de grande alegria para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi, nasceu o Salvador - Cristo, o Senhor! Gloria a Deus nas maiores alturas dos céus e paz na terra aos homens a quem Ele quer bem". O coral dos anjos definiu o Natal como PAZ, ALEGRIA, AMOR e SALVAÇÃO.

Somente um Natal Cristocêntrico trará a tão almejada paz. Disse Jesus: "... a minha paz vos dou". Somente um Natal Cristocêntrico nos permitirá a alegria de conhecer o verdadeiro amor: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que enviou o seu único Filho para que todo aquele que nEle crer não pereça, mas tenha a VIDA ETERNA". É tempo de voltarmos ao verdadeiro espírito desse evento, reencontrando o Cristo do Natal.

Rev. Rubens

domingo, 14 de dezembro de 2003

MUSEU DA BÍBLIA

ANO LXI - Domingo, 14 de dezembro de 2003 - No 3033

3º Domingo do Advento

MUSEU DA BÍBLIA

Uma réplica da prensa de Johannes Gutenberg, criador da máquina de imprensa, cópias de documentos de grande valor histórico como os Manuscritos do Mar Morto, três mil títulos da Bíblia e a oportunidade de ouvir trechos de um dos mais antigos livros da história da humanidade em 200 idiomas, entre eles o iorubá e o guarani, são algumas das atrações do Museu da Bíblia, organizado e mantido pela Sociedade Bíblica do Brasil, que foi inaugurado na última terça-feira em Barueri, na região metropolitana.

Feita por artesãos alemães em tamanho ligeiramente menor do que o original, a prensa de Gutenberg pode ser usada para imprimir. O inventor foi o criador dos tipos móveis que revolucionaram a incipiente indústria gráfica em 1455. A invenção permitiu o acesso das pessoas mais simples à leitura, um privilégio das elites. O primeiro livro impresso foi a Bíblia. Encontrados dentro das cavernas de Qunram, nas proximidades do Mar Morto, os manuscritos são uma atração à parte. A réplica inclui os jarros dentro dos quais foram achados em 1946.

Há objetos só conhecidos nos livros de história, como um papiro egípcio - papel feito com uma planta aquática - no qual eram escritos os trechos da Bíblia, pergaminhos feitos com pele de animal e uma Bíblia diminuta, de 0,5 por 0,5 centímetros, escrita em alemão. Outra curiosidade é a Bíblia oficial do Vaticano, escrita em grego. Estarão também em exposição trechos de traduções portuguesas datadas de 1769, as "avós" das versões brasileiras. Em um dos espaços é possível cheirar perfumes bíblicos, entre eles mirra, aloés e canela. "Há muita informação histórica reunida em um só lugar", afirmou o diretor do museu, Erni Walter Seibert. O endereço é Avenida Pastor Sebastião Davino dos Reis, 672. Informações pelo telefone 0800-162-164.

(Extraído de matéria publicada no "O Estado de São Paulo" em 09 do corrente).

domingo, 7 de dezembro de 2003

ESPERANÇA QUE SE RENOVA

ANO LXI - Domingo, 07 de dezembro de 2003 - No 3032

2º Domingo do Advento

ESPERANÇA QUE SE RENOVA

Iniciamos um novo ciclo natalino. E na celebração do natal de Jesus renova-se, mais uma vez, a nossa esperança.

Rica em conteúdo e significado, a palavra "esperança" aparece mais de 100 vezes na Bíblia Sagrada. E está sempre ligada a Deus. Isto nos leva a concluir que a verdadeira esperança inexiste fora de Deus.

Um poeta contemporâneo falando da esperança afirma que é "uma suave incerteza". No livro de Provérbios está escrito que "morrendo o homem perverso, morre a sua esperança" (11.7). Uma é a esperança humana. Outra é a esperança cristã!

A esperança cristã nos leva a considerar o passado e crer com firmeza que "o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1.14). O Eterno se tornou visível na pessoa de Jesus Cristo e nos "regenerou para uma viva esperança" (I Pe 1.3). Emanuel, Deus conosco!

Essa "viva esperança" nos leva a viver o tempo presente dentro de uma nova realidade sob as bênçãos da salvação: paz e comunhão com Deus. Mas essa "viva esperança" nos leva também a olhar o futuro com a certeza de que estamos caminhando para a glória "por vir a ser revelada em nós" (Rm 8.18), pois "nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam" (I Co 2.9).

Felizes os que gozam tal esperança. Você a tem?

Rev. Eudes

domingo, 30 de novembro de 2003

ATITUDES E COMPROMISSOS

ANO LXI - Domingo, 30 de novembro de 2003 - No 3031

ATITUDES E COMPROMISSOS

Atitude pode ser entendida como postura, posição, propósito ou procedimento. Uma postura corporal que manifesta um estado emocional; uma disposição de ânimo; um modo de agir, sentir ou pensar que demonstra opinião pessoal. Compromisso significa obrigação, promessa, acordo, pacto, garantia. Em outras palavras, compromisso é abrir mão de interesses estritamente pessoais em favor de um interesse comum; é estabelecer um acordo de mútua participação.

Com estas definições em mente, analisemos de modo sucinto o comportamento de um profeta e do povo em determinado momento histórico de Israel, conforme registrado no capítulo 18 de I Reis. O v.15 nos revela em Elias um homem de atitude correta e compromisso consciente. "Porém o povo nada lhe respondeu", v.21, aponta para uma omissão coletiva silenciosa. No v.24 há uma concordância passiva na declaração popular: "É boa esta palavra". E no final do evento (v.39) o povo se manifesta numa emoção exacerbada: "O que vendo todo o povo, caíram de rosto em terra, e disseram: O Senhor é Deus! O Senhor é Deus!"

Por estranho que pareça, os exemplos do passado não são suficientes para corrigir o nosso comportamento no presente. Há muito crente por aí numa sufocante omissão silenciosa; outros, animadinhos, mas em inativa anuência; alguns ainda buscando emoções fortes (necessitam ver sinais e prodígios para crer ou para confirmar sua crença).

Contudo, e louvado seja Deus, outros há que exprimindo em palavras e ação uma atitude coerente entre fé e vida, assumem um compromisso consciente com Cristo e sua Igreja. Exemplo disto temos hoje, entre nós, quando dois homens se colocam no altar de Deus para ordenação e investidura no diaconato da Igreja. Com eles quatro presbíteros e dois diáconos renovam os seus compromissos diante do Senhor ao serem reinstalados em seus cargos e funções. Agradecendo ao Senhor por essas vidas preciosas, rogamos a Ele que os assista na firmeza de suas atitudes e na fidelidade dos seus compromissos.

Rev. Eudes

domingo, 23 de novembro de 2003

SANTIFICAÇÃO E FIDELIDADE

ANO LXI - Domingo, 23 de novembro de 2003 - No 3030

SANTIFICAÇÃO E FIDELIDADE

Há íntima relação entre santificação e fidelidade a Deus. Isto pode ser visto nas Escrituras, na vida da Igreja e na experiência pessoal do cristão. Um cristão verdadeiro sempre compreenderá que fidelidade a Deus faz parte da santificação. E fidelidade ao Senhor se manifesta no falar e no agir, no crer e no contribuir. Quem é fiel a Deus não consegue reter o dízimo para si, pelo contrário o entrega zelosa e pontualmente. É expressão de fé e de gratidão, elementos essenciais da nossa santificação.

Há pessoas na Igreja que não suportam considerações desta natureza, pois tais considerações lhes atingem no ponto mais vulnerável de sua vida cristã: fidelidade nos dízimos. Contudo há igrejas que enfrentam dificuldades financeiras exatamente por falta de fidelidade dos crentes, que sempre se desculpam, não porque não podem, mas porque não são fiéis ao Senhor na consagração dos dízimos. E não entendem por que sua santificação não acontece!

Não consta que alguma igreja tenha de chamar algum membro a prestar conta de sua fidelidade, pois é uma questão a ser tratada entre o cristão e Deus. Dizer a si mesmo ou à igreja que não pode dar o dízimo é fácil e muito cômodo. Mas dizer ao Senhor, a quem falamos e buscamos a bênção da santificação, e de quem recebemos tudo o que temos, não é a mesma cousa. Ele conhece a nossa real situação e as intenções do nosso coração. E Ele, além de conhecer, nos pede contas e nos persuade a prová-lo em sua misericórdia: "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida" (Ml 3.10).

Podemos tentar entorpecer a nossa consciência alegando que o dízimo é coisa da lei e que agora vivemos na dispensação da graça. Abraão, nosso pai na fé, centenas de anos antes da lei honrou ao Senhor com sua fidelidade na entrega do dízimo. Jesus repreendendo os fariseus, observadores da lei, falou-lhes no tempo da graça: "Mas ai de vós, fariseus! porque dais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças, e desprezais a justiça e o amor de Deus; devíeis, porém, fazer estas cousas, sem omitir aquelas" (Lc 11.42).

Irmãos, busquemos a santificação "sem a qual ninguém verá o Senhor" (Hb 12.14), porém não nos esqueçamos de que Deus não admite nem tolera a falsa santificação, identificada pela falta de fidelidade.

Rev. Eudes

domingo, 16 de novembro de 2003

TARDIOS EM IRAR-SE

ANO LXI - Domingo, 16 de novembro de 2003 - No 3029

TARDIOS EM IRAR-SE

"O iracundo levanta contendas,
e o furioso multiplica as transgressões" Pv 29.22

Estamos vivendo a "era do rancor, da fúria". Tiago nos ensina que a ira produz uma vida que não é aceitável nem agradável a Deus. Ele diz: "Se alguém supõe ser religioso deixando de refrear a sua língua, antes enganando o próprio coração, a sua religião é vã" (1.26).

Todos nós sabemos, por experiência própria, que a ira nos leva a fazer o que é errado. Na maioria das vezes justificamos que nosso problema não é com a ira, e, sim, com as circunstâncias que enfrentamos diariamente. Mas, bem lá no fundo da nossa mente, sabemos que manter a raiva sob controle não exige mudar as circunstâncias e sim as nossas atitudes. Tiago pede aos cristãos: "Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar." (1.19).

A Bíblia alerta para os danos que a ira pode causar. Geralmente a ira nos coloca em situações vexatórias, encrencas, prejudica nossa vida espiritual, fere os outros e ofende a Deus. A Bíblia fala que podemos ficar irados e não pecar. Mas a maioria não consegue ficar irada sem pecar. Quando estamos irados freqüentemente pecamos dizendo palavrões, fazendo ameaças, brigando ou alimentando um sentimento de ódio e desejo de vingança. A ira leva à amargura, à falta de esperança e até mesmo à doença. E, por que não, à morte. A ira pode levar uma pessoa a cometer suicídio ou assassinato.

Se ficamos irados com facilidade, alguma coisa está errada. É bom analisar: que tipo de coisas nos deixam irados? Nós nos irritamos quando os outros não fazem as coisas como nós queremos ou não concordam com as nossas idéias? Ficamos irados com os erros que cometemos? Quem se ira com facilidade faz papel de bobo e trilha os caminhos da estupidez.

Devemos controlar nossa ira ou vamos passar a vida inteira pedindo perdão aos outros, se tivermos hombridade moral, ou a Deus em nossas orações silenciosas. Uma boa maneira de vencer a ira é viver pelo Espírito, recuperando a auto-estima e não satisfazendo os impulsos da carne. Afinal, o fruto do Espírito é, entre tantas outras coisas, mansidão e domínio próprio. (Gl 5.16,22).

(Compilado de Cada Dia, edição de julho de 2003)

domingo, 9 de novembro de 2003

FALSA HUMILDADE OU O ENGANO DA APARÊNCIA

ANO LXI - Domingo, 09 de novembro de 2003 - No 3028

FALSA HUMILDADE OU O ENGANO DA APARÊNCIA

"Ninguém se faça árbitro contra vós outros,
pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões,
enfatuado, sem motivo algum, na sua mente carnal..." Cl 2.18

Recife é conhecida por suas pontes e praias de águas mornas. Poucos, porém, sabem da poesia de suas ruas: Jasmim, Aurora, do Sol, do Sossego, da Paz, da Saudade, da União, etc. Além disso há outras cousas pitorescas como o Íbis, o time de futebol que foi para o Guiness Book como o maior perdedor do mundo! Pitorescos são também os seus restaurantes: Buraco da Otília, Parraxaxá, Chica Pitanga, Tio Pepe e outros mais. No meu tempo de garoto havia um restaurante conhecido como "Zé do Bode, a pior comida do Recife". E o seu proprietário afirmava que o serviço ainda era pior que a comida. Na realidade a comida era muito boa, farta, bem temperada, com uma sobremesa especial de queijo com melaço de cana. O ambiente era simples e o preço razoável.

O nome era apenas um truque. Por trás daquela aparente humildade estava a vaidade de ter uma grande clientela. Sua estratégia de marketing funcionou. Clientes que iam só por curiosidade, logo voltavam trazendo convidados.

Essa modalidade criativa de negócio me lembra de uma prática religiosa descrita pelo apóstolo Paulo no capítulo 2 de sua Carta aos Colossenses. Nesse texto Paulo nos adverte quanto à possibilidade de sermos enganados por irmãos que parecem muito consagrados e humildes. Parecem, mas, na realidade estão querendo apenas satisfazer seus próprios e inconfessáveis interesses. Tais pessoas são capazes de grandes extremos para vender a imagem de humildade. Suas ações, entretanto, servem apenas de fachada para esconder orgulho e autopromoção.

Anos atrás o Rv. Alceu Cunha foi submetido a uma delicada intervenção cirúrgica. Ainda no hospital, observando rigoroso repouso, recebeu a visita de um desconhecido 'missionário' que chegou com a intenção de orar por ele e ungi-lo com um "santo óleo". A esposa do Rv. Alceu informou ao insistente visitante que ele podia orar, mas dispensava a "unção" que não havia sido solicitada. Indignado o santo homem bateu o pé no chão e disse: "Se não ungir também não oro. E o que acontecer com ele a culpa será da senhora". Graças a Deus o Rv. Alceu recebeu alta e continua pregando o Evangelho de Cristo.

Queridos, cuidado com a falsa humildade. Cuidado com o engano da aparência. Há muitos 'denorex' por aí. Por outro lado, sejamos honestos diante do Senhor. Nossa humildade e abnegação devem ser motivadas por real submissão a Cristo e não por uma estratégia para obter lucro ou projeção pessoal. Lembrem-se, é impossível glorificar a sim próprio e a Cristo ao mesmo tempo.

Rev. Eudes

domingo, 2 de novembro de 2003

MORRER É LUCRO?

ANO LXI - Domingo, 02 de novembro de 2003 - No 3027

MORRER É LUCRO?

"Porquanto, para mim o viver é Cristo
e o morrer é lucro". Fp 1.21

Uma pessoa querida se foi para sempre. Tudo o que lhe pertencia - dinheiro, propriedades, família, a própria vida - tudo está perdido para ela. Será que não é de nossa perspectiva terrena que avaliamos as perdas dos nossos queridos? Em nossa aflição é difícil vermos que a morte é, toda ela, um lucro para quem morreu no Senhor.

Ainda assim a morte é perda... Durante essa perda de alguém que amamos, podemos iniciar o processo de transformar a morte em lucro, elevando os nossos olhos para Jesus.

Freqüentemente ouvimos falar da gloriosa experiência de um cristão vislumbrando o céu durante o processo de seu falecimento. Aconteceu com Estêvão. Transcendendo o apedrejamento que sofria, ele fixou os olhos no além... no seu Senhor Jesus... no céu. Como é importante erguermos os olhos para o lugar onde todas as perdas da terra se tornam em lucro!

Deus leva os seus deste lugar de pecado, tristeza e dor para o seu lugar de alegria, paz e plenitude de vida. Assim, se é tão tremendo o lucro para os que vão estar com Deus, por que nos é tão difícil libertá-los para Ele? É porque a perda é nossa. O vazio profundo e devastador que é deixado, pertence a nós. Não fomos criados para a experiência da morte. Isto é resultado da queda no Jardim do Éden. Sentimos a separação. Deus, contudo, levou embora o terror da morte fazendo dela a porta de entrada do céu.

"Onde está ó morte a tua vitória? Onde está ó morte o teu aguilhão?
Graças a Deus que nos dá a vitória
por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo". (I Co 15.55,57)

Jesus, por sua própria morte, assegurou uma vez por todas que morrer é lucro!

(Extraído e adaptado de
"Ganhando através da perda", de Evelyn Christenson)

domingo, 26 de outubro de 2003

HERANÇA GLORIOSA

ANO LXI - Domingo, 26 de outubro de 2003 - No 3026

HERANÇA GLORIOSA

Outubro. Neste mês as igrejas cristãs reformadas comemoram o evento histórico e marcante conhecido como Reforma Protestante do Século XVI. Da mesma forma que a independência política do Brasil não foi um gesto isolado e ousado de Pedro I, a Reforma também não foi um ato heróico ou precipitado de um monge contestador. Desde o momento em que a Igreja começou a desviar-se da simplicidade evangélica do primeiro século, vozes se ergueram apontando os erros e clamando por reforma. Mas logo foram abafadas nas masmorras e nas fogueiras.

No Século XVI, favorecidas pelo clima renovador da Renascença, as idéias reformistas encontraram acolhida entre príncipes e pensadores, professores e estudantes universitários. Mas até chegar a Lutero, a Reforma foi um processo longo e penoso, marcado pelo martírio de milhares de cristãos cultos e piedosos, que simplesmente não se conformavam com as inovações doutrinárias da Igreja, e muito menos com o seu enriquecimento material e sua interferência no governo das nações européias. Entre os que não dobraram os seus joelhos diante do 'baal' da Idade média, desejamos honrar a lembrança e testemunho de um João Wycliff.

Nascido na Inglaterra, Wycliff estudou na Universidade de Oxford, onde obteve o título de Mestre em Artes e, posteriormente, Doutor em Teologia (1372). Pelos graus obtidos e comprovada capacitação, foi contratado para lecionar nessa mesma Universidade. Dedicado ao ensino, logo se fez notável por sua lógica e erudição. Insistindo na supremacia das Escrituras sobre a tradição oral como único fundamento da nossa fé, ele se esforçou para colocá-las nas mãos do povo. Entre 1382 e 1384 traduziu a Bíblia para a língua inglesa, contando com a colaboração de Nicolau de Hereford, famoso hebraísta.

Antecipando-se neste e em muitos aspectos ao trabalho de Lutero, Calvino e Zwinglio, João Wycliff denunciou a imoralidade do clero, recomendou o matrimônio dos sacerdotes e condenou as indulgências. Embora perseguido e ameaçado de morte, Wycliff descansou no Senhor quando ainda exercia o pastorado em Lutterworth. Anos depois, sob condenação do Concílio de Constança, seus restos foram exumados e queimados, e as cinzas lançadas no rio Swift.

Ao passarmos por mais um outubro, lembremo-nos desse passado de luta e sacrifícios, e honremos no presente essa herança de fé e amor deixada por Wycliff e tantos outros servos de Deus que se sacrificaram para que pudéssemos pensar com liberdade, adorar sem intermediários, servir sem imposições e viver na alegria da fé "que uma vez por todas foi entregue aos santos".

Rev. Eudes

domingo, 19 de outubro de 2003

O ESPÍRITO DO PROTESTANTISMO

ANO LXI - Domingo, 19 de outubro de 2003 - No 3025

O ESPÍRITO DO PROTESTANTISMO

Lembrando a Reforma Protestante do Século XVI.

Lutero, argüido pela Dieta de Worms, concluiu sua exposição dizendo: "A não ser que seja convencido pelo testemunho das Escrituras e por argumentos evidentes, nada consigo e nem quero retratar, porque é difícil, maléfico e perigoso agir contra a própria consciência". Esta declaração resume o espírito do Protestantismo genuíno: preeminência da Palavra de Deus, convicção racional e liberdade de consciência!

O reformado implora e afirma o testemunho das Escrituras Sagradas como único meio de ver sua razão constrangida. O verdadeiro Protestantismo nasce de um sério exame das Escrituras. Não nasce de uma mera experiência emocional ou de um êxtase espiritual, mas do conhecimento da Palavra. Sem conhecer o Deus revelado nas Escrituras Sagradas não existe espaço para o espírito do Protestantismo. Isto implica estudo, análise, pesquisa. Não se trata aqui de uma mera leitura devocional da Bíblia, mas do conhecimento de suas fontes, seus idiomas originais, sua hermenêutica, sua exegese.

A segunda exigência de Lutero e que marca o espírito do Protestantismo é: convicção pessoal, racional. Não basta conhecer as histórias da Bíblia para que se tenha um verdadeiro espírito protestante. Para tanto se torna necessário o seu estudo de maneira lúcida, inteligente e lógica. É mister que o estudante da Bíblia se aprofunde na sua geografia, arqueologia, antropologia e sociologia, além da sua teologia.

A Bíblia, assim estudada com reverência e de modo racional, permite ao homem a oportunidade de ajuizar sobre sua mensagem e aplicá-la à sua própria vida. A conseqüência inevitável é a liberdade de associação com os que empreendem a mesma fé e buscam uma prática coerente e eficaz como 'sal da terra e luz do mundo'.

Fé, razão e liberdade. Eis o espírito do Protestantismo!

(Extraído e adaptado)

domingo, 12 de outubro de 2003

ELEIÇÃO DE DIÁCONOS

ANO LXI - Domingo, 12 de outubro de 2003 - No 3024

ELEIÇÃO DE DIÁCONOS

Hoje, conforme convocação estatutária, estaremos elegendo 4 (quatro) irmãos para o cargo e ofício de diácono. E diácono, segundo a nossa Constituição e à luz da Palavra de Deus é o oficial eleito pela Igreja e ordenado pelo Conselho para, sob a supervisão deste, dedicar-se especialmente:

a) à aplicação de verbas e ofertas para fins caritativos (ou de ação social);
b) à assistência aos órfãos e viúvas;
c) à manutenção da ordem e reverência nos cultos e instalações da Igreja.

Para o diácono exigem-se as mesmas qualificações do presbítero: assiduidade, pontualidade no cumprimento dos deveres, moral irrepreensível, prudência no agir, liberalidade na contribuição, discrição no falar e testemunho de fé. Escrevendo a Timóteo (I Tm.8-13), Paulo diz que os diáconos devem ser respeitáveis, amantes da verdade, moderados, não cobiçosos, casados, monógamos, bons esposos e pais, e que sejam aprovados primeiro antes de ordenados. Em Atos 6.3 lemos que devem ter boa reputação e sejam cheios do Espírito Santo e de sabedoria.

Que o Senhor nos oriente na escolha de homens que preencham essas qualificações, para que a Igreja seja bem servida. Vamos, pois, escolher não segundo a aparência ou por amizade, mas seguindo a orientação do Espírito Santo.

Aos que, como candidatos, não venham a ser escolhidos desta vez, lembramos que para alguns ministérios da Igreja é necessário ser eleito, mas para servir a Jesus ser salvo é o bastante. Além disto, na dinâmica da vida eclesial e pelos princípios constitucionais por ela adotados, outras eleições virão e novas oportunidades surgirão. Ainda cremos em Rm 8.28!

Rev. Eudes

domingo, 5 de outubro de 2003

QUALIFICAÇÕES PARA O PRESBITERATO

ANO LXI - Domingo, 05 de outubro de 2003 - No 3023

QUALIFICAÇÕES PARA O PRESBITERATO
À LUZ DE I TM 3.1-7

Sociais - Irrepreensível (v.2) - não quer dizer perfeito, mas o presbítero deve ser um cristão de vida limpa. Sua conduta precisa estar acima de qualquer censura. Hospitaleiro (v.2) - o contrário de misantropo. O presbítero sabe e gosta de acolher os irmãos em sua casa. Sóbrio (v.2,3) - Não dominado por bebida alcoólica, mas controlado pelo Espírito Santo.

Morais - Monógamo (v.2) - o presbítero deve ser um homem honrado, fiel à sua esposa. Que governe bem a sua própria casa (v.4) - o presbítero precisa ser o cabeça do lar, o sacerdote da família. "Se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?" (v.5). Não violento (v.3) - pelo contrário, cordato, inimigo de contendas. O presbítero não pode ser uma pessoa iracunda, briguenta, mas alguém que tenha sempre uma palavra de paz, de reconciliação. Não avarento (v.3) - O presbítero não pode ser um egoísta, mesquinho, obcecado pelo dinheiro. Pelo contrário, deve ser um exemplo de liberalidade no exercício da fé e na prática do dízimo. Tenha bom testemunho dos de fora (v.7) - O presbítero deve ser reconhecido por sua honradez na vizinhança, no ambiente de trabalho, nos seus negócios.

Mentais - Temperante (v.2) - o presbítero não pode ser um destemperado, irrefletido. Ele deve ser alguém que demonstre "domínio próprio", que sabe controlar suas palavras e atitudes. Apto para ensinar (v.2) - para comunicar com firmeza e amor os ensinos de Cristo, o presbítero precisa ser um estudioso da Palavra de Deus. Não seja neófito (v.6) - o presbítero pode ser jovem na idade mas ter maturidade na fé. Não basta ser culto ou bom comunicador, mas ser diligente e aprovado por sua firmeza na sã doutrina.

Pois é, o ensino de Paulo parece ser exigente demais. Talvez você esteja indagando se há alguém com essas qualificações, há sim. "Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e, sim, poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo." (II Co 10.3-5).

Soli Deo gloria!

Rev. Eudes

domingo, 28 de setembro de 2003

ESCOLHENDO PESSOAS

ANO LXI - Domingo, 28 de setembro de 2003 - No 3022

ESCOLHENDO PESSOAS

Escolher a pessoa certa para o lugar certo no momento certo. Eis o grande desafio em qualquer sistema ou organização, desde os primórdios da humanidade. Empresas, governo, associações. Nos agrupamentos religiosos também. A Igreja não foge à regra.

O Antigo Testamento registra um método usado pelo povo de Deus em momentos de difícil decisão. Por exemplo, na escolha de líderes e governantes. O sacerdote fazia uso do Urim e Tumim, que significavam luz e verdade. Por metonímia, trazer à luz, revelar, indicar. Eram fisicamente duas pedrinhas de cores diferentes trazidas pelo sacerdote numa pequena bolsa de couro. Urim seria a resposta favorável, a aprovação. Tumim correspondia a uma resposta desfavorável, rejeição ou desaprovação.

No Novo Testamento encontramos duas modalidades para escolha da liderança. Em Atos 1.23-26 "lançaram sortes". E em Atos 6.1-7 convocação da comunidade para fazer a escolha por eleição. Esta nova modalidade perdura até hoje entre os cristãos reformados, mormente na grei presbiteriana.

Duas observações se fazem necessárias: primeira, nem todos os eleitos se destacam. Entre os sete primeiros diáconos eleitos pela igreja primitiva apenas Estêvão e Filipe são mencionados pelo seu testemunho e serviço. Os demais permaneceram obscuros; segunda, o importante é que destacadamente ou obscuramente todos serviram ao Senhor. E isto é o que conta.
No próximo domingo estaremos escolhendo por escrutínio secreto quatro irmãos para o ofício de presbítero. E no domingo seguinte três irmãos para o ofício diaconal. Sem campanha eleitoreira, sem panelinhas, mas de mente aberta, de coração receptivo, no desejo de que o nosso voto reflita a vontade soberana do Senhor. Para isto vamos orar. Orar e acolher com respeito e carinho os que forem eleitos.

O número de vagas limitará o número dos escolhidos. Não haverá nenhum demérito para os que não forem eleitos. E nisto exalto o espírito de humildade e disponibilidade dos irmãos que vão se colocar à disposição da Igreja.

Que Deus nos ilumine.

Rev. Eudes

domingo, 21 de setembro de 2003

EDUCAÇÃO: SECULAR E CRISTÃ

ANO LXI - Domingo, 21 de setembro de 2003 - No 3021

EDUCAÇÃO: SECULAR E CRISTÃ.

Aos nossos Superintendentes, Professores
e Alunos, sincera homenagem no transcurso
de mais um DIA DA ESCOLA DOMINICAL.

Partindo do conceito de educação como o processo pelo qual a vida se desenvolve, enriquece e aperfeiçoa à luz de valores e nobres ideais, a educação cristã pode ser definida como o processo pelo qual a vida de uma pessoa ou de uma comunidade se transforma, enriquece e aperfeiçoa mediante sua relação com Deus no conhecimento da Escritura Sagrada.

A educação secular é um processo interior estimulado pela ação de elementos, situações e influências exteriores. Tem como centro dessa experiência a própria vida do educando. Na dinâmica da educação cristã não é suficiente a simples aceitação de regras e modelos impostos por concílios ou ditados por escolas de pensamento teológico. E além da mera aceitação de doutrinas e princípios do Evangelho é essencial, como referencial para sua reinterpretação e vivência, situar no centro da experiência educacional o Deus revelado em Cristo Jesus.

O resultado desejado no processo educacional secular é o surgimento de personalidades vigorosas, criadoras, capazes de ampliar horizontes e aperfeiçoar as normas de vida humana. Já na educação cristã o resultado colimado é ainda mais nobre. Além dessa capacitação do ser humano, proposta e almejada pela educação geral e secular, a educação religiosa e cristã, tendo Deus e não o Eu como centro da vida, deseja que as pessoas manifestem em sociedade, e numa intensidade cada vez maior, a presença, senhorio e amor de Cristo.

A Escola Dominical, como agência da educação cristã, busca, em seus objetivos, estimular a participação de crianças, jovens e adultos nessa sublime experiência.

Rev. Eudes

domingo, 14 de setembro de 2003

LAMENTÁVEL DESCUIDO

ANO LXI - Domingo, 14 de setembro de 2003 - No 3020

LAMENTÁVEL DESCUIDO.

O Pb. Ruy, administrador do nosso Recanto em Tietê, não estava lá. Sob sua permissão o Dirceu, nosso caseiro, havia saído na sexta-feira para outra cidade a fim de visitar sua filha e conhecer seu primeiro neto. O Luís, auxiliar do caseiro, ficou tomando conta do Recanto. Domingo passado, por volta das 17h30 o Luís resolveu ir à sua residência para ver a família e trocar de roupa. Retornou ao Recanto às 20h30. Um intervalo de três horas e foi o bastante para que um grupo de baderneiros entrasse no Recanto e fizesse a festa. Arrebentaram a fechadura de algumas portas, comeram e beberam refrigerantes na cozinha e levaram alguns objetos de valor. Somente na segunda-feira pela manhã foi que o Luís percebeu os estragos. O Dirceu foi chamado, o administrador e os pastores informados. O boletim de ocorrência foi registrado na delegacia de Tietê.

O Recanto pertence à IPVM há 25 anos. Nunca houve uma invasão de meliantes. Dirceu reside no local há 19 anos. Nunca foi assustado nem ameaçado. No ano passado o Luís cobriu as férias do Dirceu e nada de mal aconteceu. Um descuido! Um descuido de três horas foi o bastante para o inimigo enviar seus comparsas. Felizmente não eram profissionais. Provavelmente estavam atrás de qualquer objeto que trocado por alguns reais alimentasse o seu vício. Havia indícios de que eram dependentes de drogas.

Conversando com antigos vizinhos fomos informados de que rapazes em dois carros andaram circulando pela região no domingo à tarde. Entraram na propriedade de um deles e nada encontrando tangeram suas vacas porteira a fora. No domingo à noite, não muito distante, um veículo foi incendiado e a polícia esteve no local.

Baderna, maldade, sinal dos tempos! Duas lições podemos extrair desse episódio: primeira, não há mais segurança em parte alguma; segunda, qualquer descuido é suficiente para as hostes das trevas agirem. Espiritualmente falando, também não podemos nos descuidar. Daí a advertência de Pedro: "Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo" (I Pe 5..8,9) E conclui dizendo: "Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar. A Ele seja o domínio, pelos séculos dos séculos. Amém!" (I Pe 5.10,11).

Vão-se os anéis, ficam os dedos. A nossa paz ninguém tira! Aleluia!

Rev. Eudes

domingo, 7 de setembro de 2003

JESUS PROTEJA A PÁTRIA

ANO LXI - Domingo, 07 de setembro de 2003 - No 3019

No transcurso do
Dia da Independência,
nossa sincera homenagem

Jesus proteja a Pátria

Oh! Minha Pátria amada,
Brasil dos sonhos meus!
Dirija o teu destino
A mão do eterno Deus!
Que brilhe em teu caminho
A refulgente luz
Do amor e da verdade,
Da glória de Jesus!

Que o Pai dirija e guarde
A vida nacional.
Nos livre de perigos,
Pecado e todo mal.
A quantos que governam
Conceda seu favor,
E guie em paz o povo
Nas sendas do amor!

Jesus proteja sempre
O povo do Brasil,
E sobre a nossa terra
Derrame bênçãos mil!
A gratidão nos faça
Erguer o coração
Em culto fervoroso,
Em santa adoração.

(Hino 380 do Hinário Novo Cântico)

domingo, 31 de agosto de 2003

NEM SUBESTIMAR, NEM SUPERESTIMAR

ANO LXI - Domingo, 31 de agosto de 2003 - No 3018

NEM SUBESTIMAR, NEM SUPERESTIMAR.

Há pessoas e igrejas que vêem satanás em tudo, no acidente do carro, numa enfermidade, no rótulo de refrigerantes, na música moderna, na tatuagem dos jovens, etc. etc. Há pessoas e igrejas que nem sequer aceitam a existência dele. Para alguns tudo que acontece de ruim é ação do demo e tudo que acontece de bom é manifestação divina. Elas, pessoas e igrejas, não respondem por esses atos. Posicionam-se como neutras ou irresponsáveis.

Para aqueles que subestimam a existência ou ação do inimigo, deixam a guarda aberta e buscam na psicologia a interpretação para os seus males. E não encontram explicação. Já aqueles que superestimam a ação maligna ficam neurotizados a ponto de gritar "tá amarrado" a qualquer sombra ou ruído. Como sempre, os extremos são perigosos.

O ensino das Escrituras é claro e consolador. Satanás é citado em inúmeras passagens bíblicas. A Bíblia não nega a sua existência, ousadia e artimanha. Capaz de se travestir numa serpente, conseguiu enganar nossos primeiros pais. Ardilosamente tentou a Jesus com pão, prestígio e poder. Usando a pessoa de Pedro, o destemido apóstolo, procurou impedir que Jesus Cristo cumprisse o plano de redenção da humanidade. Encheu o coração de Ananias para que este mentisse ao Espírito Santo. Chamado "diabo", "pai da mentira", "sedutor", "inimigo", ele é capaz de transformar-se em anjo de luz com a finalidade de enganar e destruir.

Contudo ele não é onisciente, onipresente ou onipotente. Na realidade ele já foi despojado e publicamente exposto ao desprezo pelo triunfo de Cristo na cruz. Seu destino está selado no lago que arde com fogo e enxofre. Mas enquanto a profecia não se cumpre cabalmente, devemos - como filhos de Deus - colocar em prática as advertências da Palavra de Deus: "Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo" (Ef 4.26,27); "Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo."(Ef.6.11); "Sujeitai-vos, pois, a Deus, mas resisti ao diabo e ele fugirá de vós" (Tg 4.7).

Sem subestimar, nem superestimar a sutileza do inimigo, preferimos descansar na declaração contida em I Jo 5.18: "Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado, antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda e o maligno não lhe toca." Aleluia!

Rev. Eudes

domingo, 24 de agosto de 2003

IGREJA, COMUNHÃO DIVINO-HUMANA!

ANO LXI - Domingo, 24 de agosto de 2003 - No 3017

Agosto, mês de Missões.

IGREJA, COMUNHÃO DIVINO-HUMANA!

A Igreja é, primariamente, uma realidade vertical: relação com Deus! Todo o drama da Redenção já descrito está pressuposto. A questão toda é que ninguém é salvo sozinho. Há uma dimensão comunitária da fé. Quando conhecemos o Evangelho e o aceitamos, só pode ser por intermédio dos outros, em comunhão com outros, para transmitir a outros. A própria Escritura foi elaborada através da Igreja, por ela preservada e disseminada. Quem tem a Bíblia está sendo alcançado pela obra missionária da Igreja.

Não há possibilidade do exercício da fé do modo puramente individual. É certo que o membro da Igreja é pessoal e importa tenha tido a experiência da conversão. Não há dúvida, Igreja não existe sem pessoas que tenham a comunhão com Deus e o cultivo dessa comunhão. Mas elas nunca estão sós. Associam-se para os propósitos espirituais. Isto, de certo modo, é imposição da própria natureza humana. Desde o início Deus fez o homem para a vida social. Em Gênesis, cap. 2, quando se fala da criação da mulher, a razão dada por Deus não foi outra: o homem não deve estar só. Isolado, o homem é abstração.

Não só pela diferenciação biológica somos nós dependentes uns dos outros. Também do ponto de vista psicológico. Isolamento, quando extremo, provoca loucura. O ser humano no isolamento se torna sub-humano.

Feito para ter comunhão com Deus, o ser humano, como sabemos, preferiu voltar-lhe as costas. Cumprisse seu destino e teria sido feliz, pois que o amor de Deus fundamenta toda sociabilidade legítima, visto que desinteressada. Mas o egoísmo é fatal. O egoísta encontra outros egoístas. Daí as discussões e guerras que mancham toda a história dos homens.

No meio desse cenário instituiu Deus a Igreja. Igreja que é sociabilidade sui-generis: a "comunidade dos santos"! A comunidade, nesse caso, é expressão de sociabilidade cuja razão está em Deus. Não se trata de mera simpatia natural que esteja a unir os membros da Igreja. Não. É pelo que Cristo fez por nós, é pelo que o Espírito Santo faz em nós, que estamos sendo chamados a viver juntos. Uma comunhão de fé e serviço, com humildade e propósito.

A Igreja é, pois, neste mundo de paixões e desavenças, o corpo que tem Cristo por cabeça e que visa a plenitude da comunhão e da realização da vontade de Deus.

Texto do Rv. Júlio Andrade Ferreira, de saudosa memória.

domingo, 17 de agosto de 2003

QUE DAREI AO SENHOR... ?

ANO LXI - Domingo, 17 de agosto de 2003 - No 3016

Agosto, mês de Missões.

QUE DAREI AO SENHOR... ?

Esta é uma indagação encontrada no verso 12 do Salmo 116. Indagação que o salmista faz a si mesmo, procurando um meio de expressar sua alegria, sua gratidão, pelos benefícios que recebera das mãos de Deus. Benefícios, aliás, reconhecidamente imerecidos. Daí crescer em significado a sua indagação.

Essa é uma pergunta séria, e não apenas uma frase de efeito. Pergunta que exige uma resposta também séria e honesta. Porque se a resposta não corresponder, ainda que de forma pálida, pequenina, à generosidade do amor de Deus - amor que provê a nossa felicidade temporal e eterna - a pergunta cairá no vazio, perderá sua relevância.

A propósito, há quem interprete essa pergunta assim: "como pagarei a Deus... ?" E em resposta passa a dar esmolas, procurando satisfazer o que restou de sensibilidade em seu coração, até então endurecido para com Deus e para com os seus semelhantes. Outros entendem que os benefícios de Deus são meios que Ele usa para barganhar conosco alguma coisa que possuímos e que a Sua igreja necessita. E por causa dessa visão mesquinha e distorcida do amor divino, dão ofertas à igreja na expectativa de que Deus não lhes tire o que têm ou na esperança de receberem novos e maiores benefícios.

Ao contemplar o amor "que excede a todo o entendimento", o crente sincero só encontra uma resposta adequada, a resposta do próprio salmista. Contrito, consciente, agradecido e cheio de júbilo, ele diz: "Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor. Cumprirei os meus votos ao Senhor, na presença de todo o Seu povo".

Em outras palavras, consagração total! Responder, pois, satisfatoriamente ao Senhor de nossas vidas, é entregar-se a Ele sem restrições, servindo e amando, amando e servindo com tudo o que somos ou temos. Primeiramente com o que somos e, conseqüentemente, com o que temos.

Permita Deus que eu, compreendendo o alcance da resposta do salmista, assimile a sua atitude, e assim viva para honra e glória do Senhor. E quanto a você, meu irmão, minha irmã?

Rev. Eudes

sexta-feira, 15 de agosto de 2003

PAI, QUANTO VOCÊ GANHA POR HORA?

ANO LXI - Domingo, 15 de agosto de 2003 - No 3015

No transcurso do Dia dos Pais,
nossa homenagem.

PAI, QUANTO VOCÊ GANHA POR HORA?

- Pai, quanto você ganha por hora? Com voz tímida e olhos cheios de admiração o menino recebia o pai que acabava de chegar do trabalho.

Um tanto surpreso, mas olhando sério para o garoto, o pai respondeu: - Filho, isso nem sua mãe sabe direito! Não me amole mais porque estou cansado.

-Mas papai, insistiu o garoto, diga-me por favor quanto o senhor ganha por hora? O pai, finalmente, entregando os pontos, respondeu friamente: - Ganho R$10,00. E o filho continuou: - O senhor poderia me emprestar R$3,00?

Externando seu nervosismo e francamente aborrecido, o pai estourou: - Quer dizer que para isso você queria saber quanto eu ganho, né? Vá dormir e não me amole mais, menino interesseiro!

A noite chegou. O pai, refletindo sobre o que tinha acontecido, sentiu remorsos. Talvez, quem sabe, o filho quisesse comprar alguma coisa... Finalmente, para desencargo de consciência, entrou no quarto do filho.

- Você está dormindo, filho?

- Não, papai.

- Aqui está o dinheiro que você pediu.

- Obrigado, papai, respondeu o menino, enfiando a mãozinha embaixo do travesseiro e tirando mais algumas notas.

- Agora já completei! Tenho dez reais! Você pode me vender uma hora do seu tempo, papai?

(Extraído)

domingo, 3 de agosto de 2003

ALVO MAIS QUE A NEVE

ANO LXI - Domingo, 03 de agosto de 2003 - No 3014

ALVO MAIS QUE A NEVE

O Salmo 51 é sem sombra de dúvida a mais forte e pungente confissão de pecado. Abatido por um terrível sentimento de culpa, o rei e cantor de Israel clama por perdão. E busca na misericórdia de Deus a esperança de sua restauração moral. Com esse propósito faz um pedido sincero e poético: "Lava-me,e ficarei mais alvo que a neve"!

Para as pessoas que habitam nas regiões distantes da zona equatorial, a imagem física e mental da neve é coisa corriqueira. William Shakespeare,bem acostumado com a neve, e atento ao vício da maledicência, usou a neve como linguagem de retórica na Parte II do seu Henrique IV: "Ainda que sejas casto como o gelo, puro como a neve, não escaparás da calúnia".

A neve, porém, não é um fenômeno comum nas terras ao sul do Líbano. Contudo, não era desconhecido. Em II Samuel 23.20 há uma referência a um homem que "matou um leão no tempo da neve". O profeta Jeremias, sentindo as dores da vergonha no cativeiro babilônico, lembra-se do tempo de paz e de bênçãos em que os príncipes de Israel "eram mais alvos que a neve" (Lm 4.7).

Mas é em Isaías 1.18 que essa linguagem figurada é aplicada com o mesmo sentido do Salmo 51: "Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados são como a escarlate, eles se tornarão brancos como a neve..." Que promessa maravilhosa! E Deus cumpre o que promete.

Em todos esses textos bíblicos acima citados a neve é usada em contrate com a sujeira. Sujeira física, moral ou espiritual. Corpos sujos, bocas sujas, pensamentos sujos, almas sujas. Tudo pode se tornar "mais alvo que a neve". Nada há de impuro em nossa vida que o Senhor não possa lavar!

Se você está abalado por fortes sentimentos de culpa ou abatido por calúnias gratuitas, saiba que o sangue de Jesus tem poder para nos lavar e nos purificar de toda iniqüidade. Mas isto só é possível se reconhecermos a nossa transgressão e humildemente clamarmos pelo perdão do Senhor. Caso você se considere melhor que Davi não se humilhe nem peça perdão. Mas se você, como eu, sente-se inferior ao grande servo de Deus, quebrante-se e clame: "Lava-me, e ficarei mais alvo que a neve".

Rev. Eudes

domingo, 27 de julho de 2003

OBEDIÊNCIA E FELICIDADE

ANO LXI - Domingo, 27 de julho de 2003 - No 3013

OBEDIÊNCIA E FELICIDADE

"Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios
quanto em que se obedeça à sua palavra?" I Sm 15.22

As livrarias e bancas de revistas estão abarrotadas de livros de auto-ajuda do tipo "Receita para uma vida feliz", " A força do pensamento positivo", "Os cinco degraus da felicidade", "Como viver bem", etc. etc. Não sei como ou até onde esses livros funcionam, mas li recentemente um artigo onde se diz que a maioria dos que freqüentam consultórios de psicólogos e psicanalistas já leu um ou mais desses livros.

Há um livro, porém, escrito por Hanna Whitall Smith, intitulado "O segredo de uma vida feliz", que foge completamente do estilo "estou OK, você está OK". Na realidade o livro de Hannah tornou-se um clássico da literatura cristã. Nele não há nada de "quatro passos fáceis para viver com sucesso". Com seriedade e cuidado a autora define a forma de uma vida plena e abundante em Deus. Não fala de facilidades, mas de dificuldades e traça os resultados de uma vida que se submete ao Senhor.

Sejamos realistas, não é fácil ser cristão. Mas é possível ser cristão e feliz apesar das circunstâncias. A felicidade vem pela obediência à Palavra de Deus e resulta em submissão ao senhorio de Jesus. Sem obediência a felicidade é artificial e vazia. Por exemplo, algumas pessoas pensam e agem de tal modo que é impossível experimentar uma vida feliz em casa com a família ou no ambiente de trabalho com os colegas. E não é por falta de religião. Pelo contrário, são pessoas que vão à igreja, cantam, oram, dão ofertas, na esperança de que, de alguma forma, Deus lhes dê um novo ânimo para atravessarem a semana. Buscam um tipo de renovação espiritual que ignore a miséria de suas vidas diárias e lhes dê alegria de viver.

De acordo com a Bíblia, o desejo de Deus não é ignorar a miséria, mas transformá-la. Para estar de bem com a vida é necessário estar de bem com o Senhor da vida. E isto só é possível quando obedecemos à Palavra do Senhor, ouvindo-a e colocando-a em prática em nosso viver diário e não apenas dominical.

Não são holocaustos e sacrifícios que alegram o coração de Deus. É a obediência à Sua Palavra, mesmo quando você não a entende ou ela entra em conflito com os seus desejos ocultos. Obedeça a Palavra. É a obediência da fé. Com isto Deus se alegra e faz de você uma pessoa realmente feliz ou, na terminologia bíblica, uma pessoa bem-aventurada.

Rev. Eudes

domingo, 20 de julho de 2003

VENCENDO O LADRÃO DA ALEGRIA

ANO LXI - Domingo, 20 de julho de 2003 - No 3012

VENCENDO O LADRÃO DA ALEGRIA

A Bíblia diz que somos transformados à medida que nossa mente é transformada. A Palavra de Deus deve ser a fonte dessa renovação. Os pensamentos aqui citados foram tirados de meditação em textos bíblicos. Eles têm sido preciosos para mim em dias de crise, de solidão, de perplexidade, de rejeição de amigos, de sentimentos de fracasso, de lutas com enfermidades, de problemas financeiros e de conflitos espirituais. Espero que sejam úteis para você também.

"O único lugar onde você manda, exclusivamente, é na sua mente. Seus pensamentos regem sua conduta e seus sentimentos". (Leia I Sm 18)

"Deus está vivo e eu estou vivo. Logo, um milagre está a caminho". (Leia Dn 6)

"Tudo que me acontece já passou pelo crivo amoroso do meu pai celestial". (Leia Jó, todo o livro)

"Mudei da casa da murmuração, estou morando na casa da gratidão. Se a murmuração mudasse as coisas, o Brasil seria a maior potência econômica do mundo". (Leia I Ts 5.18)

"Não posso gastar energia tentando controlar o incontrolável". (Leia Marcos)

"Ou Deus muda as circunstâncias ou Ele nos muda nas circunstâncias e, às vezes, Ele faz as duas coisas". (Leia Lc 5.1-11)

"Uma família feliz não é uma questão de sorte, mas de investimento: de tempo, de amor, de oração, de perdão, de renúncia, de obediência à Bíblia e de andar com Deus". (Leia Sl 127, 128 e Mq 4.5)

"Há alguém, em algum lugar, que Deus vai levantar para ajudar você". (Leia Rute)

"A amargura rouba a unção, quebra relacionamentos, enclausura e nos torna críticos e solitários". (Veja a história do Rei Saul)

"Se depender de mim, minha família viverá cada dia mais feliz". (Leia Js 24.15)

"Seja bom e amoroso com as pessoas, mas não espere isso de ninguém. Assim, tudo que vier de bom é lucro". (Leia Rm 12.19-21)

Rev. Jeremias Pereira.
Pastor da 8ª IP de Belo Horizonte

domingo, 13 de julho de 2003

QUE FAZES AQUI, ELIAS?

ANO LXI - Domingo, 13 de julho de 2003 - No 3011

"QUE FAZES AQUI, ELIAS?"
I Reis 19.13

Em horas de desespero, grita-se por Deus, na ânsia de que o ruído forte e grande possa chegar até Ele. Os gritos, porém, parece não passarem do teto!

Em momentos de fuga, quando o perigo que prossegue parece sempre mais perto, grita-se para Deus na esperança de que o grito revele o medo instalado na alma, e, assim, o Senhor venha socorrer. Os gritos para Deus mostram-se às vezes tão ineficazes quanto os gritos por Deus. E nada acontece!

A dor que provoca o grito por Deus não tem em si as condições de fazer-nos sentir a Sua presença. Mas a fé que transmite calma é a única que revela a presença viva desse Deus que, ao nos encontrar entregues aos medos, às dúvidas e ao desespero, fora portanto do nosso caminho-mundo, diz: "Que fazes aqui?"

Longe do caminho da luta é impossível vivenciar a fé que temos.

Esconder-se é a forma mais ilusória de encontrar a Deus.

"Que fazes aqui?" é a pergunta de Deus para nos levar de volta à solução do problema que deixamos insolúvel para trás.

Caminhar com Deus é plantar ao longo de todo o solo na certeza de que a semente espalhada germinará árvore boa e alimentícia.

"Que fazes aqui?" é palavra forte de Deus, dita num cicio tranqüilo e suave, a nos lembrar sempre que o Senhor nos chama pelo nome, porque nos conhece e nos quer fora da caverna, onde nos metemos, para a vida sob a luz intensa do sol ou sob o frio da chuva ou ainda da noite que, como tudo, passa sem deixar marcas nos que não precisam gritar por Deus, ou para Deus, porque o sabem junto a si.

"Bem-aventurados os que nEle se refugiam".

(Meditação deixada pelo saudoso Rev. Geraldo Nunes de Azevedo).

domingo, 6 de julho de 2003

GUARDA O TEU PÉ

ANO LXI - Domingo, 06 de julho de 2003 - No 3010

"GUARDA O TEU PÉ..." Ec 5.1

Guardar o pé não é literalmente tirar o pé e guardá-lo, como descuidadamente poderia alguém imaginar. "Guarda o teu pé..." é expressão simbólica, figura de retórica, que corresponde a tenha cuidado ou veja como se comporta na Casa do Senhor.

Não sei exatamente como era aplicada no tempo de Salomão, mas sei como se aplica hoje. Basta observar o comportamento de algumas pessoas no santuário. Esparramadas, espichadas, como se estivessem numa cadeira de praia ou em casa diante da TV. Outras, braço envolvendo a namorada, mãozinha alisando o braço dela, cabecinha apoiada no ombro dele, beijinhos furtivos, muito romântico e próprio para quem está no cinema ou outro lugar qualquer, menos no templo e na hora do culto. Se distraem e distraem outros. Há quem não faça isso, mas fique displicentemente mastigando 'chiclets' ou batendo papo. Outras há que embora não fazendo nada, de nada participam, pensamento longe, desligadas do que se passa no culto. E há também aquelas que se portam cuidadosa e ordeiramente, mas apenas para assistir ao culto, como se culto fosse um espetáculo para ser apreciado.

O que é o culto? Que se faz no culto?

Culto é homenagem ao Eterno, Rei dos reis, e Senhor dos senhores. É expressão de amor em forma de oração e louvor. É momento de reverência e reflexão. É ofertório de vidas que comungam da mesma fé e da mesma esperança.

A Casa do Senhor é lugar de reverência porque o Senhor se faz presente. O seu Nome é invocado, sua Palavra é lida, sua Presença é sentida. Será que não podemos passar 60 minutos com a nossa atenção voltada exclusivamente para Ele?

Jacó teve uma extraordinária visão do Senhor em Betel. Mas o momento mais delicado foi quando ele reconheceu que "na verdade o Senhor está neste lugar e eu não sabia".

Que, no melhor sentido, aconteça o mesmo conosco.

Rev. Eudes

domingo, 29 de junho de 2003

PERGUNTAS QUE INCOMODAM

ANO LXI - Domingo, 29 de junho de 2003 - No 3009

PERGUNTAS QUE INCOMODAM

Temos bastante tempo para comer e beber, para os passeios e as compras, para visitar amigos e conversar com eles, para ver TV e navegar na Internet, para festas e outros prazeres sociais. Mas onde está o tempo para estar a sós com o Senhor, meditando na Sua Palavra? Cadê o tempo para buscar a Deus em oração, pedindo uma vida limpa e uma língua piedosa?

Quando desenvolver a fé, a esperança e o amor que caracterizavam a igreja em Atos dos Apóstolos? Onde está o grande valor atribuído a Cristo? Onde há o poder da convicção do Espírito Santo?

Como dar atenção às necessidades de uma sociedade sem Cristo e sem salvação? Onde localizar os pecadores que estão clamando a Deus por misericórdia? Onde há o anunciar enfático da lei de Deus a fim de que as pessoas saibam o que é pecado? Ou isto hoje não é politicamente correto?

Onde estão as provas de que os "nascidos de novo" estão vivendo vidas dirigidas por Deus? Onde o senhorio de Jesus Cristo é anunciado e obedecido na prática? Cremos na fidelidade do Senhor no cumprimento de Suas promessas? Onde está a prática do dízimo como expressão de fé e gratidão?

Temos colocado os nossos pensamentos "cativos em obediência a Cristo" ?

Onde há as reuniões de louvor onde Cristo, e somente Cristo, é exaltado? Somos capazes de dizer como João Batista: "Convém que Ele cresça e que eu diminua" ?

(Autor desconhecido)

domingo, 22 de junho de 2003

ARREPENDIMENTO E CONVERSÃO

ANO LXI - Domingo, 22 de junho de 2003 - No 3008

ARREPENDIMENTO E CONVERSÃO

"Arrependei-vos, pois, e convertei-vos
para serem cancelados os vossos pecados". At 3.19

É interessante notar que o texto acima fala de arrependimento, não de remorso. Remorso é um falso arrependimento. Ter remorso não implica em mudança de atitude. É um sentimento passageiro. É uma implosão emotiva. Não é restaurador. Conheço uma pessoa que traiu sua esposa várias vezes, e a cada vez se dizia arrependido. Na realidade o que ele experimentava era a sensação do remorso, amarga, porém não redentora. Um notável exemplo de remorso encontramos na pessoa de Judas Iscariotes. O evangelista Mateus registra que "tocado de remorso" Judas foi e enforcou-se. O apóstolo Pedro, ao contrário de Judas, é certamente um dos melhores exemplos bíblicos de arrependimento. Arrependimento pressupõe reconhecimento do erro e o desejo incontido de abandoná-lo. Implica em mudança de rumo, de atitude.

Fátima era uma jovem oriunda de família humilde e sofrida. Embora por tradição se declarasse cristã, conduzia sempre uma arma na bolsa e ódio no coração. Até o dia em que Jesus entrou em sua vida. Arrependida e convertida, Fátima é hoje uma nova criatura. Ainda guardo como lembrança a faca com a qual ela tentara revidar as agressões de uma sociedade injusta e perversa.

É possível haver arrependimento sem conversão, mas é impossível conversão sem arrependimento. Arrependimento e conversão não são sinônimos. A gente se arrepende de, e se converte a. Procedência e destinação. Arrependimento de nossos pecados, de nossos erros, de nossa desobediência a Deus. Conversão a Cristo, reconhecendo nele "o caminho, a verdade e a vida", o único capaz de perdoar e nos salvar. Converter-me, pois, a Jesus é admitir com sinceridade que eu preciso dele. E que o aceito como meu único e suficiente Salvador.

Finalmente, a conseqüência: minha dívida cancelada! A paz que vem do perdão! A consciência aliviada! Certeza de vida eterna! Livre para servir!

Rev. Eudes

domingo, 15 de junho de 2003

PENTECOSTES DEPOIS DO PENTECOSTES

ANO LXI - Domingo, 15 de junho de 2003 - No 3007

PENTECOSTES DEPOIS DO PENTECOSTES

Uma pergunta que nos é freqüentemente feita é se hoje ainda podemos ter um Pentecostes do modo como aconteceu em Jerusalém. A pergunta é válida e merece que a estudemos.

Primeiro, verificamos que Pentecostes foi um evento especial. Isto é, foi o evento inicial de uma era cujo término será marcado pela segunda vinda de Cristo. Foi o início de uma ação divina no mundo e na história, na qual o Espírito Santo é o executivo. Neste sentido nós permanecemos no Pentecostes, como ato inicial da era na qual vivemos. Neste mesmo sentido cada um de nós é inserido nele, como parte da Igreja una, indivisível e universal de Cristo.

Verificamos, também, que o Pentecostes teve suas extensões imediatas na história da expansão da Igreja. Primeiro em Samaria (At 8.14-17), obstáculo inicial à difusão do Evangelho em razão das velhas rixas existentes com Israel. Para lá foram enviados Pedro e João para , como apóstolos, outorgar-lhes os dons do Espírito Santo. O Espírito Santo não desceu do céu, como em Jerusalém, porque já estava operando na terra. Não se mencionam fenômenos especiais como no primeiro momento.

A segunda extensão aconteceu em Cesaréia, cidade de Cornélio (At 10.44-46). Era cidade de gentios de origem romana, como o próprio Cornélio. Os judeus também rejeitavam os gentios, qualquer que fosse a sua origem geográfica. Era necessário, pois, que o Espírito agisse também sobre eles a fim de romper as barreiras ainda existentes. E quando isso aconteceu, os judeus que acompanhavam Pedro ficaram extasiados. Neste caso também os discípulos falaram em línguas, como havia acontecido em Jerusalém.

Uma terceira extensão do Pentecostes aconteceu em Éfeso (At 19.1-7). Como em Cesaréia, os habitantes de Éfeso também eram gentios para os judeus, mas de origem grega e asiática. Vindo sobre eles o Espírito, fechava o círculo da universalização do Evangelho no plano de Deus e eram desfeitas as barreiras dos judeus, escolhidos pelo mesmo Deus para difundir no mundo inteiro a Sua Palavra. Aqui também, como em Jerusalém, foi-lhes dado falar em outras línguas.

E hoje? Ainda há o Pentecostes? Há quem goste de apontar os avivamentos como novos Pentecostes, por causa do espírito de oração que eles despertam e dos ajuntamentos com conversões em massa. Há, sem dúvida, semelhanças. O mais importante, porém, é sabermos que estamos vinculados ao grande dia de Jerusalém, mesmo que nada espetacular esteja acontecendo. Nós somos o povo do Pentecostes, o povo do Espírito, através de quem ele age e fala. Afinal, "ele sopra onde quer..."

(Extraído e resumido de um texto do Rev. Edijéce Martins Ferreira,
pastor emérito da Igreja Presbiteriana da Madalena, em Recife).

domingo, 8 de junho de 2003

SE DEPENDESSE DE MIM

ANO LXI - Domingo, 08 de junho de 2003 - No 3006

SE DEPENDESSE DE MIM

Se a Igreja dependesse de mim, como seria? Seria uma Igreja alegre, comunicativa, amorosa, viva, calorosa ou uma Igreja triste, fria, apática, indiferente, ensimesmada?

Seria uma Igreja que revela interesse pela comunidade em volta ou que só espera ser visitada e pajeada?

Seria uma Igreja que ora sem cessar pelos enfermos e aflitos, que persegue de modo ardoroso um avivamento genuíno, que busca a santificação que agrada ao Senhor ou seria um agrupamento inexpressivo, sem relevância nenhuma para a comunidade?

Seria uma Igreja presente na Casa do Senhor ou a que espera o Senhor em casa?

Seria uma Igreja que canta com fervor, louvando de coração ao Senhor pela salvação e todos os Seus extraordinários feitos ou uma Igreja muda, sem vibração, sem calor, sem unção?

Seria uma Igreja com carisma ou carente de dons e talentos?

Seria uma Igreja fiel e liberal na consagração dos dízimos, alegre e espontânea nas ofertas, ou uma que mal sobrevive da caridade de alguns?

Seria uma Igreja dinâmica na expansão do Reino, encaminhando vidas preciosas para uma eternidade com Deus ou seria uma de "consumo" que não evangeliza e precisa ser evangelizada?

Enfim, se dependesse de mim, esta Igreja atrairia sempre o olhar do Senhor Jesus e seria chamada por Ele de "minha Igreja" ?

(Extraído e adaptado)

domingo, 1 de junho de 2003

MINHA PRECE

ANO LXI - Domingo, 01 de junho de 2003 - No 3005

À querida IPVM,
no limiar de um novo ano
cheio de planos e desafios.

MINHA PRECE

(Inspirada em Fp 3.13,14)

Ajuda-me, Senhor, a esquecer
o que para traz ficou.
Não as coisas boas,
como o sorriso amigo,
a mão estendida,
a palavra de alento,
favores recebidos,
quase esquecidos!
Ajuda-me, porém, a esquecer
a amizade traída,
a ingratidão sofrida,
o desprezo de alguns,
a indiferença de outros.
Ajuda-me também a esquecer
- arrependido Te peço -
o bem que não fiz
e o mal que cometi.
E no futuro, que ansioso espero,
ajuda-me, Senhor, a prosseguir
disposto à luta,
indiferente à dor.
Faze-me livre e pronto ao Teu chamado,
amando-Te muito
e muito sendo amado.

Rev. Eudes

domingo, 25 de maio de 2003

NO ALTAR DE NOSSAS VIDAS

ANO LX - Domingo, 25 de maio de 2003 - No 3004

NO ALTAR DE NOSSAS VIDAS

Levítico é um livro rico em curiosidades. Nele vemos o contraste entre a santidade de Deus e a pecaminosidade do homem. Nele vemos que a expiação é a única maneira pela qual o homem que ofendeu a santidade do Senhor pode voltar à Graça. O sangue era considerado a sede do princípio vital, daí o seu valor expiatório. O cenário ali descrito é muito estranho para um gentio dos dias atuais. O sacrifício de um animal era suficiente para pagar e apagar os erros humanos? Não, claro que não. Entendemos que esse tipo de sacrifício era apenas simbólico e apontava para o sacrifício perfeito e final que teria como altar a cruz do Calvário.

Desse livro maravilhoso queremos destacar uma lição contida no capítulo 6 versos 8 a 13. No altar, que ficava no átrio em frente ao tabernáculo, o fogo nunca deveria se apagar. O verso 12 diz textualmente: "O fogo, pois, sempre arderá sobre o altar, não se apagará..." Esta declaração foi prescrita como um lembrete: primeiro, da presença de Deus; segundo, da necessidade que o povo tinha de uma contínua purificação de pecados. Mas para que o fogo não se apagasse era necessário que duas coisas fossem feitas diariamente: remoção da cinza e reposição da lenha!

Podemos estabelecer uma relação entre esse altar e a nossa vida. Também no altar de nossa vida o fogo do amor e da consagração, o fogo do Espírito Santo, nunca deveria se apagar. Contudo, muitas vezes percebemos que o fogo da adoração se apagou. Não temos mais a alegria do primeiro amor; não temos mais o gosto de ler as Santas Escrituras; não temos mais prazer na oração; não falamos mais de Cristo a outras pessoas; não comparecemos ao templo com aquele sentimento do salmista: "Alegrei-me quando me disseram: vamos à Casa do Senhor". E perguntamos: que nos aconteceu? Muitas vezes, nada de mais grave, apenas a cinza se acumulou em nossa vida! Você já deve ter visto alguém que falava de Jesus com entusiasmo, cantava com vibração, orava com enorme fervor e um dia lentamente se apagou? Ficou frio, indiferente e terminou se afastando?

Cinza é coisa pequena, leve, aparentemente inofensiva, mas quando se acumula pode sufocar a mais bela fogueira, o mais ardente entusiasmo. Se o nosso coração não é purificado diariamente da cinza do pecado, o fogo divino vai se apagar no altar de nossas vidas. Precisamos remover as cinzas, diariamente. Fazemos isto através da oração, do quebrantamento diante do Senhor. Precisamos também repor a lenha. Fazemos isto na leitura diária da Palavra de Deus e na disponibilidade com que atendemos ao chamado para o serviço cristão.

Que o fogo de Deus possa arder sempre, sem nunca se apagar, no altar de nossas vidas.

Rev. Eudes

domingo, 18 de maio de 2003

NISTO PORÉM NÃO VOS LOUVO

ANO LX - Domingo, 18 de maio de 2003 - No 3003

"NISTO PORÉM NÃO VOS LOUVO"

Em sua primeira Epístola aos Coríntios, capítulo 11, orientando a Igreja sobre a participação na Ceia do Senhor, Paulo atesta que o mero ajuntamento de cristãos não é motivo de louvor. O ajuntamento só tem valor quando expressa o amor de vidas comprometidas com Cristo e Sua Palavra.

Como pode alguém crer no Redentor se não vê redenção naqueles que se dizem redimidos? Como pode alguém crer num Deus perdoador se não vê perdão naqueles que se dizem perdoados? Vidas redimidas são depoimentos vivos da ação de um Redentor. Pessoas diferentes, mas unidas em Cristo, são manifestações públicas de um Deus de amor.

Não adianta ter o símbolo quando falta a essência. Em Corinto havia pão e vinho, mas faltava o verdadeiro sentido da Ceia - perdão e comunhão. Isto demonstra que numa mesma pessoa ou comunidade podem conviver virtudes e defeitos, acertos e erros. Não é difícil acontecer a ironia de que um momento de culto, de adoração, seja desvirtuado por conflitos de consciência ou de desamor. O versículo 18 indica o erro e motivo da censura paulina. Havia dissensões, disputas, grupinhos, partidos, que manifestavam diferença de opiniões e conseqüentemente desunião entre os crentes de Corinto.

A simples diferença de opinião e até mesmo diferenças de interpretação da Palavra não são em si mesmas coisas impuras ou erradas, mas é a atitude de antagonismo, de presunção, de desprezo ou de rancor que transtorna vidas, separa irmãos e quebra a comunhão.

A propósito, para os casos de diferença de opinião entre irmãos, Agostinho ensinava aos seus discípulos uma regra de inestimável valor: "Em questões duvidosas, liberdade; nas questões essenciais, unidade; e em todas, caridade".

Rev. Eudes

domingo, 11 de maio de 2003

ORAÇÃO PELAS MÃES

ANO LX - Domingo, 11 de maio de 2003 - No 3002

ORAÇÃO PELAS MÃES

Erasmo Braga

Ó Deus, de quem procedem as dádivas em extremo excelente e os dons perfeitos;
Pai misericordioso, que reclinas a fronte inerme das crianças no colo carinhoso das mães,
e que deste o teu filho ao cuidado maternal de Maria:
Agradecemos-te as heroínas por cujas angústias tem recebido a humanidade os varões ilustres,
os braços infatigáveis dos trabalhadores, as fulgurações dos espíritos privilegiados
e a doçura afetiva de todos os corações filiais.
Damos-te graças pelas mulheres nobres e generosas que têm, por entre lágrimas, vigiado ao pé
dos berços de seus filhos, as longas noites de dor e de agonia,
pedindo-te a vida dos seus queridos.
Damos-te graças pela sabedoria de que dotaste as diretoras dos lares,
onde se têm construído caracteres e têm recebido têmpera as virtudes humanas.
Damos-te graças pela dignidade que a religião de teu Filho conferiu à mulher,
coroando com o diadema santo a fronte das mães cristãs.
Imploramos a tua bênção para todas as mulheres que trazem no seio
os filhinhos que lhes confiaste. Fortalece-as para sua grande missão.
Perdoa, ó Pai, todos os filhos infelizes que não souberam reconhecer
e retribuir os carinhos maternais. Dá-lhes a piedosa compunção de seu delito.
Apieda-te, Senhor, das mães que não têm lar, e apressa o dia quando a santidade do matrimônio,
a dignidade cristã do tálamo sem mácula serão igualmente reconhecidas por ambos os sexos.
Perdoa e elimina todos os pecados contra a maternidade, purifica o coração humano
e exalta os seus mais santos afetos.
Abençoa as nossas mães e torna-lhes grato o amor de seus filhos.
Pelo amor de Cristo, que nos salvou na cruz.
Amém.

domingo, 4 de maio de 2003

NEM APOSENTADORIA NEM DESEMPREGO

ANO LX - Domingo, 04 de maio de 2003 - No 3001

Nem Aposentadoria Nem Desemprego

Nas últimas semanas reacendeu-se a discussão das reformas necessárias na política brasileira. Dentre elas, a reforma da "previdência". Um dos pontos polêmicos é a chamada "contribuição dos inativos". Aqueles que, durante toda a sua vida de trabalho, contribuíram com parte dos seus rendimentos para sua própria aposentadoria, vêem-se agora na iminência de terem seus recursos diminuídos, pagando para cobrir um rombo que não causaram.

Também temos acompanhado a divulgação de dados que apontam os crescentes índices de desemprego no país; especialistas no assunto dizem que estamos chegando ao fim da "era do emprego". Num futuro não muito distante, dizem, as pessoas terão trabalho mas sem o vínculo empregatício. Para muitos, isto já é uma dura realidade: ganham somente pelo que trabalham.

Conturbação social semelhante à esta tem acontecido em outras partes do planeta, atestando que problemas assim ultrapassam as fronteiras nacionais. Vivemos num mundo em constante e profunda mudança. Desconhecemos a solução que o futuro trará e que espécie de sociedade herdarão nossos filhos.

Há um outro tipo de serviço que realizamos nesta vida. É o serviço cristão.

Certa vez Jesus disse assim: "O meu Pai trabalha até agora, e eu também trabalho". (João 5:17) Neste serviço não existe nem aposentadoria nem desemprego. Quando somos redimidos por Cristo e passamos da morte para a vida, tornamo-nos um testemunho real daquilo que Deus é e faz. Esse testemunho estende-se até o último fôlego da nossa respiração. "Semeie de manhã e também de tarde porque você não sabe se todas as sementes crescerão bem, nem se uma crescerá melhor do que a outra." (Ecl 11:6). O trabalho na obra de Cristo tem recompensa eterna o que faz valer todo e qualquer esforço de nossa parte para realizá-lo: "Não trabalhem a fim de conseguirem a comida que se estraga, mas a fim de conseguirem a comida que dura para a vida eterna." (João 6:27)

Uma última observação: neste mundo o nosso privilégio, relacionado ao trabalho, é desfrutarmos da recompensa dele (salário, rendimentos, etc.). No trabalho cristão, nosso privilégio está em realizarmos o trabalho: "Porque nós somos companheiros de trabalho no serviço de Deus" (1 Coríntios 3:9).

Rev. Márcio

domingo, 27 de abril de 2003

É PÁSCOA O ANO TODO!

ANO LX - Domingo, 27 de abril de 2003 - No 3000

É PÁSCOA O ANO TODO!

Inserimos datas especiais em nosso calendário para não esquecermos coisas que julgamos importantes como: o início do nosso primeiro namoro ou o dia do nosso casamento; o nascimento do nossos filhos e netos; o dia em que mudamos para um novo e importante emprego ou quando finalmente realizamos o sonho de comprar nossa casa própria.

Paradoxalmente, motivos que devem ser lembrados SEMPRE, acabam sendo trazidos à memória apenas UMA VEZ POR ANO. Acontece assim com nossos aniversários, dia das mães, dos pais, dos namorados e etc. Acabamos nos lembrando da AIDS apenas no dia mundial da luta contra esta doença; uma vez por ano nos lembramos da raça negra e da discriminação que sofreram e ainda sofrem; é no Dia do Professor que nos lembramos da importante missão de ensinar, e assim por diante. Ou seja, o que deveria ser um dia para "nos lembrarmos" de um assunto importante acaba se tornando em 364 dias para "nos esquecermos" deste mesmo assunto.

Com a Páscoa poderia acontecer o mesmo não fosse o fato de a celebrarmos semanalmente. Todos os domingos quando nos reunimos, o fazemos por que o Senhor Ressuscitou "no primeiro dia semana". Assim, nos lembramos que Jesus morreu, ressuscitou e está vivo - a mensagem da Páscoa - todas as semanas.
Neste caso, corremos um outro perigo, inverso ao anteriormente descrito. Quando fazemos algo com muita freqüência podemos torná-lo rotineiro e por isso mesmo automático. Quando isso acontece, aquele evento torna-se um ritual e este facilmente esvazia-se do sentido original para o qual foi criado.
Celebrar a Páscoa dominicalmente é um privilégio que temos que nos lembra a obra do Senhor e nos trás o privilégio de festejarmos sempre a vida.

Rev. Márcio

domingo, 20 de abril de 2003

ALEGRAI-VOS ELE ESTÁ VIVO

ANO LX - Domingo, 20 de abril de 2003 - No 2999

ALEGRAI-VOS ELE ESTÁ VIVO

Não existe nada como receber uma boa notícia: um parente que recebeu a tão esperada alta hospitalar; um filho distante que mandou boas notícias dos estudos e trabalho; um novo projeto inici-ado que está indo "de vento em popa". Um relacionamento rompido e agora refeito pelo perdão bus-cado e concedido.

Nem sempre nos damos conta de que nos reunimos uma vez por semana para celebrarmos a maior de todas as boas notícias. Foi neste dia, o primeiro da semana, que Jesus, o filho de Deus, ressuscitou. Ele está vivo e prometeu que estaria conosco todos os dias até o final, quando voltaria para nos buscar. Esta é a esperança das esperanças, que nos consola e conforta diariamente em todas as nossas aflições: O sol da justiça raiou trazendo liberdade em seus raios.

Essa nova ecoou inacreditável aos ouvidos das mulheres que foram correndo de madrugada ao túmulo para levar seus bálsamos. Precisavam terminar o sepultamento interrompido pela chegada da noite e da festa pascal que as impedira de preparar o corpo convenientemente. Tal preocupação era fora de hora. A porta do túmulo estava aberta, o lacre rompido e o corpo desaparecido. Ele estava vivo!

Não fora a ressurreição de Jesus e toda a sua vida seria apenas um exemplo de altruísmo e bondade; seus ensinamentos seriam colocados lado a lado com outras estruturas filosóficas; ele ser considerado mais um mártir na história derramando seu sangue em busca de ideais de justiça;

Mas a ressurreição coloca tudo isso num patamar diferente. Somente quem tem a vida tem o poder de reavê-la quando quer. Jesus entregou-se por que quis e pelo seu poder ressuscitou dos mortos por que é maior do que a morte, confirmando assim seus ensinos e milagres.

Rev. Márcio

domingo, 13 de abril de 2003

DIÁRIO DE UM MILITAR

ANO LX - Domingo, 13 de abril de 2003 - No 2998

DIÁRIO DE UM MILITAR

A multidão em festa gritava palavras de júbilo e exaltação. A cidade fora surpreendida por mais uma manifestação popular que poderia despertar uma intervenção do exército romano, responsável por manter os judeus debaixo do domínio de César.

Mas desta vez fora diferente. A população não reunira-se numa revolta nem a turba agitara-se politicamente. Gritavam palavras de alegria, não de ordem. Falavam termos pouco conhecidos no cenário político mas muito familiares ao linguajar religioso. Tinham uma expressão diferente no rosto e, ao invés de enxadas ou foices, agitavam nos ares galhos de árvores arrancados da vegetação ao redor da cidade. Não agrediram ninguém nem destruíram nada. Pelo contrário, tiravam de si suas capas e as estendiam no chão, numa atitude de quem estava diante de uma autoridade. De fato, não era um líder político. Não montava um cavalo vitorioso numa batalha nem atrás dele não havia um séquito de prisioneiros de guerra mas uma multidão de maltrapilhos e famigerados, marginalizados da sociedade pela pobreza e doença.

Tanto alvoroço por um homem em cima de um jumentinho? O que isso significava?

Mesmo para um homem acostumado a obedecer ordens e lidar com uma população instável e alvoroçada, jamais havia visto algo assim em todos estes anos que sirvo a César na Palestina. Não entendi direito tudo o que eles falaram e muito menos por que a manifestação terminou assim tão de repente quanto começou. Mas algo me deixou inquieto desde então: O que queriam dizer quando se referiram a ele como aquele que vem "em nome do Senhor ? "Seria ele o que costumam dizer "o Filho de Deus"?

Um provável oficial romano de plantão naquele primeiro dia
da semana em algum ano do início da era cristã.

Rev. Márcio

domingo, 6 de abril de 2003

FÉ EM CRISE

ANO LX - Domingo, 06 de abril de 2003 - No 2997

FÉ EM CRISE.

O mundo que nos cerca e no qual estamos inseridos, é um mundo em crises - política, econômica, ecológica, de moradia, de emprego, de comunicação, de amor, etc. A de caráter tem sido apontada como a mais grave de todas.

Infelizmente na Igreja também temos algumas crises: de seriedade - com as cousas sagradas; de devoção - não reservamos tempo para estar a sós com Deus, o culto doméstico já era; de consagração - dos talentos, do tempo, dos bens; de solidariedade - o meu próximo tem de ser muito próximo, se não... Talvez a mais séria, no momento, seja a crise de fé!

Na tendência dos radicalismos, de um lado queremos resolver tudo na força do raciocínio, dos cálculos e das estatísticas, fazendo o jogo de cintura da dialética humana e do tráfico de influência. Por outro lado, fé está sendo confundida com emocionalismo exacerbado, crendices e carismatismos.

O cap. 10 de Hebreus demonstra a preocupação do autor da Carta: o abandono da fé em Cristo e retorno a uma tradição religiosa. Era mais cômodo praticar uma religião que não impusesse tanta renúncia, tanto sacrifício, tanta consagração. Uma religião sem espinhos e sem cruz. Por que perder um "bom negócio" por causa de Cristo? Por que me preservar para o casamento se posso curtir a juventude? Por que me limitar a uma só mulher ou a um só homem se há tantos livres e ninguém se importa? Por que pagar o que devo se não sou trouxa? Por que sacrificar um bom programa de manhã se posso ir ao culto à noite? Não tolero imposições, dizem alguns, nem de Cristo! Não é sem motivo, e sem mercado, que têm surgido tantos grupos tentando contextualizar a Bíblia aos interesses pessoais do "cristão liberado".

Quando os apóstolos disseram a Jesus: "aumenta-nos a fé" (Lc 17.5), foi curiosa a resposta do Senhor. Não era uma questão de ter mais fé ou menos fé, e sim de usar a fé. Há circunstâncias na vida em que sentimos a nossa fé abalada. Diante de uma injustiça irreparada, de uma violência sem sentido, de uma tragédia inexplicável, parece que perdemos a fé. Em todos esses momentos, porém, a fé não se desfez, deixamos apenas de usa-la. Como Abraão, precisamos subir o monte da provação, mas subir com fé, na certeza de que Deus proverá - a solução, a libertação, a bênção.

Se os valores da vida cristã estão sendo testados, faça uso de sua fé, não importa se forte ou fraca. Descanse em Deus.

Rev. Eudes

domingo, 30 de março de 2003

MISERICÓRDIA, SENHOR, MISERICÓRDIA

ANO LX - Domingo, 30 de março de 2003 - No 2996

MISERICÓRDIA, SENHOR, MISERICÓRDIA.

O mundo se divide mais uma vez por causa de uma guerra. Com aval ou sem aval da ONU tropas americanas e inglesas invadiram o Iraque. Fala-se em objetivos humanitários, de libertação do povo iraquiano do regime ditatorial de Saddam Hussein. O regime de Fidel Castro é mais antigo, mas Cuba não tem petróleo. E o regime de Kim Jong-il na Coréia do Norte, será o próximo? Deixemos os méritos (ou deméritos) e as extrapolações da questão com os entendidos. Enquanto isso, manifestações pela paz em várias partes do mundo acirram o ódio contra os Estados Unidos. Violência no teatro de guerra. Violência em nome da paz.

Amor e ódio! Paz e guerra!

E o mais intrigante e irritante é que esse morticínio é feito sob a invocação do nome de Deus! Bush reúne religiosos cristãos para orar e toma decisões que acredita sob inspiração divina. Saddam reúne religiosos muçulmanos para orar e toma decisões que também acredita sob inspiração divina. Um se dirige a God, o outro a Alá. Não seria o caso de indagar com o profeta do Antigo Testamento: "onde está o Senhor, o Deus de Elias?"

Ficamos indignados com as mentiras de cunho político e econômico. Muito mais com as mentiras assacadas contra Deus. Sabemos que todas as guerras "santas", desde o tempo das Cruzadas, têm interesses escusos. A atual não foge à regra. Sabemos também que a Bíblia diz: "Não vos enganeis: de Deus não se zomba, pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará" (Gl 6.7).

Aceitamos o sentimento de indignação contra a violência que se perpetra no Iraque, como também estimulamos a indignação contra a impunidade que alimenta os seqüestros, os assassinatos, o tráfico de drogas, o abuso de crianças, a discriminação racial e todo tipo de violência que se perpetra em nossas cidades. Mas é necessário frisar que a raiz dos conflitos está no fato do homem afastar-se, por presunção ou por ignorância, da realidade primeira e última de sua existência: DEUS.

Invoco em conclusão a solene advertência de Tiago: "Falai de tal maneira, e de tal maneira procedei, como aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade. Porque o juízo é sem misericórdia para com aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o juízo" (2.12,13).

Que Deus se apiade de nós.

Rev. Eudes

domingo, 23 de março de 2003

A PAZ É POSSÍVEL

ANO LX - Domingo, 23 de março de 2003 - No 2995

A PAZ É POSSÍVEL

O que é PAZ? Um símbolo fátuo identificado com uma pombinha branca? Um sentimento de repouso entre situações de conflito? Um lapso de tempo entre duas guerras?

Segundo os melhores intérpretes, paz é um estado de harmonia e segurança. Isto é paz!

Exatamente o que falta hoje, fora e dentro das nossas fronteiras. Se lá fora tropas se movimentam para um conflito de fins escusos e imprevisíveis, em nossas cidades a violência de organizações criminosas abala os poderes públicos e deixa assustados os cidadãos ordeiros e trabalhadores.

Mas para nós, homens e mulheres tementes a Deus, a paz - esse estado de harmonia e segurança - é conseqüência da justificação pela fé em Cristo, como está escrito em Romanos 5.1: "Justificados, pois, mediante a fé, tenhamos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo". Isaías aponta profeticamente para Jesus e o chama de "Príncipe da Paz" (9.6). Paulo declara na sua Carta aos Efésios que ele, Jesus, "é a nossa paz" (2.14). Podemos, pois, gozar dessa paz diferente daquela que o mundo poderia nos oferecer.

Enquanto a humanidade permanecer insensível e indiferente ao convite e à pessoa de Jesus Cristo, rejeitando Aquele que é o "Príncipe da Paz", jamais encontrará esse estado de harmonia e segurança que tanto deseja e necessita - a paz, a verdadeira paz, que só Jesus pode comunicar tanto às nações quanto a cada indivíduo.

"A minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize", disse Jesus. Esta oferta ainda está de pé, especialmente para aqueles que, atribulados e desiludidos com as promessas de uma sociedade sem Deus, buscam a paz.

Rev. Eudes

domingo, 16 de março de 2003

A DIGNIDADE DOS QUE SERVEM

ANO LX - Domingo, 16 de março de 2003 - No 2994

A DIGNIDADE DOS QUE SERVEM

Na Índia um homem tendo aceitado a Jesus Cristo como seu Salvador e Senhor, deu o seguinte testemunho: "Por nascimento sou de uma casta insignificante e desprezível. Tão desprezível que nem chega a ser considerada uma casta de verdade. Em outras palavras, eu sou um pária. Venho de um grupo de gente tão indigna que se um brâmane tocasse em mim, mesmo sem querer, teria que de imediato mergulhar no Ganges para se purificar. Contudo, o Deus da Bíblia não me rejeitou. Ao contrário, me amou, me transformou, e me deu o privilégio de servi-lo transmitindo a Sua Palavra a vocês. Meus amigos, vocês sabem a razão de Deus ter escolhido este pária e não um brâmane para falar a vocês? Eu acho que é esta: se Ele tivesse chamado e usado um brâmane, certamente diriam que foi devido à cultura desse homem ou ao fato de ele ser de uma casta ilustre. Aliás, a mais ilustre entre nós. Mas usando a mim, ninguém encontrará nada para justificar a escolha de Deus ou para me exaltar. E neste caso Deus, somente Deus, receberá toda a glória."

Hoje à noite estaremos reunidos numa festa espiritual, ordenando e investindo novos diáconos. Se alguém pensa ou imagina que o título do cargo ou o ofício desses irmãos lhes dá um 'status' especial ou lhes confere um poder hierárquico na Igreja, está muito enganado. No mínimo não conhece bem o ensino da Palavra de Deus. Profunda lição aprenderam os apóstolos quando Jesus lhes disse: "quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva". E mais: "quem quiser ser o primeiro entre vós, será servo de todos". E acrescentou, como exemplo, a Sua própria missão: "o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e dar a sua vida em resgate por muitos".

João Batista expressou muito bem a dignidade do verdadeiro servo do Senhor Jesus quando disse: "convém que Ele cresça e que eu diminua".

Rev. Eudes

domingo, 9 de março de 2003

PRIMEIRO CULTO PROTESTANTE NO BRASIL

ANO LX - Domingo, 09 de março de 2003 - No 2993

PRIMEIRO CULTO PROTESTANTE NO BRASIL

O dia 10 de março de 1557 marcou a importante data do primeiro culto evangélico realizado na Baía de Guanabara pelos cristãos reformados fugidos das perseguições em França e enviados pelo reformador Calvino, com a finalidade de lançar os fundamentos dos ideais da Reforma na América. São passados 446 anos. Sabemos pouco a respeito do insucesso de tal missão, todavia, o suficiente para constatarmos que a infidelidade e a ganância de alguns da caravana impediram de o plano ir adiante.

Eis como Jean de Léry descreve em seu livro "Viagem à Terra do Brasil" a chegada dos franceses:
"Depois de ancorados os nossos navios no porto desse rio Guanabara, muito perto da terra firme, cada qual arranjou sua bagagem e a trouxe para os escaleres. E vendo-nos livres dos riscos e perigos que tantas vezes nos cercaram no mar, a primeira coisa que fizemos, depois de pôr o pé nessa terra, para onde havíamos sido conduzidos com tanta felicidade, foi todos juntos rendermos graças a Deus." Mais adiante continua Jean de Léry: "O ministro Richier invocou a Deus. Cantamos em coro o Salmo V e dito ministro, tomando por tema estas palavras do Salmo XXVII: Pedi ao Senhor uma coisa que ainda reclamarei e que é a de poder habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, fez a primeira prédica no Forte de Coligny, na América.

O hino cantado pelos crentes huguenotes foi transliterado para o português pelo Rv. Manoel da Silveira Porto Filho e consta do hinário Salmos e Hinos número 4 sob título: "Atende à Minha Voz", que temos cantado em nossos cultos.

Rev. Daniel Belmont

domingo, 2 de março de 2003

ATRÁS DO TRIO ELÉTRICO...

ANO LX - Domingo, 02 de março de 2003 - No 2992

ATRÁS DO TRIO ELÉTRICO...

Entendemos que o direito à alegria e liberdade de expressão são inquestionáveis e qualquer pessoa tem direito ao carnaval. Na Bahia, às vésperas do festejo (diga-se mais de uma semana antes) só se fala nisso, mesmo quem não cai na folia aproveita o período do feriadão.

Entretanto, nenhuma outra festa da nossa cultura absorve tantos conceitos antagônicos à doutrina cristã que nos diz: "deixem que o Espírito de Deus dirija a vida de vocês e não obedeçam aos desejos da natureza humana... pois as coisas que a natureza humana produz são bem conhecidas. Elas são: a imoralidade sexual, a impureza, as ações indecentes, a adoração de ídolos, as feitiçarias, as inimizades, as brigas, as ciumeiras, os acessos de raiva, a ambição egoísta, a desunião, as divisões, as invejas, as bebedeiras, as farras e outras coisas parecidas com essas... e os que fazem essas coisas não receberão o Reino de Deus" (Gálatas 5.16, 18-20 BLH).

Por mais alegria que traga, esse é o resumo na quarta-feira de cinzas. Talvez a questão moral seja normal e comum ao dia-a-dia de muitos, ainda que exacerbada na folia, mas há algo muito preocupante que afronta diretamente o Senhor - o culto a outros deuses. Falo como alguém que já praticou isto. Boa parte das músicas de axé são canções de invocação e louvor aos deuses do candomblé ou macumba. As roupas de muitos blocos baseiam-se na cor desses deuses e, como conseqüência, parte-se para formas de culto mais sombrias, como a que foi feita por uma cantora famosa no último carnaval ao vestir-se de demônio e estampa-lo na barriga.

Quando satanás propôs a Jesus que o adorasse, ouviu a seguinte resposta: "Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele darás culto" (Lucas 4.8 RA). Qualquer outra atitude, seja cultural ou por brincadeira, transforma-se em idolatria.

Enfim, "atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu". "Assim também vocês devem se considerar mortos para o pecado, mas por estarem unidos com Cristo Jesus, devem se considerar vivos para Deus. Portanto, não deixem que o pecado domine o corpo mortal de vocês e faça com que vocês obedeçam aos desejos pecaminosos da natureza humana. E também não entreguem nenhuma parte do corpo de vocês ao pecado, para que ele a use a fim de fazer o que é mau. Pelo contrário, como pessoas que foram trazidas da morte para a vida, entreguem-se completamente a Deus, para que ele use vocês a fim de fazerem o que é direito". (Romanos 6.11-13 BLH)

Espero que nestes dias de carnaval não faltem alegrias na sua vida e desejo que elas venham decorrentes da presença do Espírito Santo dentro de você. Lá no Céu tem festa que não acaba nunca, não fique de fora!

( Extraído e adaptado do site Vida Abundante, produzido por Dr. Gardel Costa.)

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.