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domingo, 26 de novembro de 2017

SOCORRO!!!

ANO LXXV - Domingo, 26 de novembro de 2017 - Nº 3761

SOCORRO!!!
“Socorro, Senhor! porque já não há homens piedosos [...]” (Salmo 12:1)

Este clamor pleno de angústia e agonia de alma bem poderia estar nos lábios de qualquer um de nós, diante do quadro vivenciado em nossos dias. Claro que as realidades que nos cercam e que têm seu caráter destrutivo e dilapidador das estruturas de valores e ideais mais elevados, não são fenômeno apenas de nossos dias, haja vista o fato de o salmista já bradar por socorro devido à falta de pessoas piedosas naquele contexto. Mas, minha pergunta é: o que posso fazer para calar ou, pelo menos, diminuir em muito esta exclamação de aflição e pedido de socorro devido à impiedade reinante? O salmista nos dá algumas indicações:

a) Falar Honesto: v.2
Trata-se de credibilidade no seu falar. Veja que a queixa é de falsidade, bajulação e fingimento. É lamentável que as pessoas estejam deixando de honrar o que falam, deixando de cumprir o que prometem. O empenho da palavra é algo sem valor algum e quando figuras de destaque (sobretudo políticos) falam ou prometem, não existe a menor credibilidade em relação ao que disseram. Este exemplo tem se alastrado mais e mais. Resgatar a piedade envolve honestidade no falar, credibilidade na palavra empenhada.

b) Combater a injustiça: v.5
Implica em integridade no agir. Opressão e injustiça aos necessitados, aos carentes, aos debilitados e aos desvalidos são inaceitáveis. Não se trata de uma questão de benesses ou favorecimentos a pessoas que optam e preferem viver na pobreza à custa do Estado. Não é premiar a indolência, a preguiça e a marginalidade. Mas, trata-se de atender as demandas do Senhor em relação aos que são explorados e oprimidos pelos poderosos e exploradores. Não podemos ser como eles e nem consentir que assim façam. Nossa justiça tem que ser como a de Deus.

c) Exaltar a pureza: v.8

Envolve santidade no viver. A vileza é exaltada e o descaramento enaltecido. Valores morais de pureza e santidade são vistos como discurso retrógrado, ultrapassado, reacionário, castrador, preconceituoso. Sentimo-nos acuados e quase pedimos desculpas por buscarmos ser puros e santos. Tais posturas são vistas como anacrônicas, esdrúxulas e inadequadas. A vileza e a perversão são elevadas, exaltadas e reverenciadas na medida em que a pureza e santidade são escarnecidas.

Faça cessar o clamor angustiado por socorro devido a escassez ou ausência de pessoas piedosas. Levante-se, apresente-se e quebre tal clamor, vivendo como nos é requerido de modo “piedoso, sensato e justo” (Tito 2:12).

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 19 de novembro de 2017

REPÚBLICA E IGUALDADES

ANO LXXV - Domingo, 19 de novembro de 2017 - Nº 3760

REPÚBLICA E IGUALDADES

“Muito menos àquele que não faz acepção das pessoas de príncipes, nem estima ao rico mais do que ao pobre” (Jó 34:19)

Dia 15 de novembro comemoramos o dia da proclamação da República. O Brasil deixava de ser uma monarquia e passava a ser uma “república democrática”. Primeiro devemos lembrar que foi um golpe militar “comandado” pelo marechal Deodoro da Fonseca, que não muito depois renuncia e assume o marechal Floriano Peixoto. Após sua saída os presidentes foram civis até Getúlio Vargas em 1930, com outra “república”. Segundo devemos compreender que cerca de oitenta por cento da população (estimativa otimista) não sabia o que era república e ou democracia (muito menos os dois juntos), sendo que muitos lugares levaram meses para saber que “o Brasil era agora uma república” e muito tempo depois para começar a entender o que era isso. Terceiro a população não teve envolvimento neste processo, sendo o mesmo conduzido por alguns poucos intelectuais e militares positivistas, que desejavam manter o povo fora do “movimento”, já que a maioria era favorável ao imperador.

A proposta da república era acabar com as desigualdades (quem aboliu a escravidão foi o Império) e privilégios de uma corte engalanada, extinguindo estas castas nobiliárquicas e seus títulos distintivos. Pois bem, houve apenas uma mudança de nomenclatura, mas a estratificação ainda continuou (continua?) forte. Os políticos ocuparam o espaço na nobreza juntamente com os militares e os grandes “donos do capital” (à época os senhores donos de fazendas e “barões” do café). E o povo? Bem, este continuava onde estava. Assim, as diferenças perduravam, a população continuava alienada e permanecia manipulada pelos interesses dos poderosos como massa de interesse dos ‘coronéis’ da ‘Guarda Nacional’.

Claro que o tempo passou, movimentos vieram e foram e tivemos um pouco de melhoria e desenvolvimento. Mas, muito do que se via àquela época ainda perdura. Como Igreja de Cristo devemos nos postar de tal maneira que ideais (não humanos e partidários) expressos nas Escrituras do Novo Testamento, sejam encarnados e vivenciados por nossa Nação Brasileira. É função nossa, é papel nosso como Igreja promovermos tais ideais, princípios e diretrizes para a vida de nosso País. Consciência, vida e ética cristãs acima de qualquer ideologia.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 12 de novembro de 2017

APEGADOS À PALAVRA

ANO LXXV - Domingo, 12 de novembro de 2017 - Nº 3759

APEGADOS À PALAVRA

[...] Não ultrapasseis o que está escrito [...]” (I Coríntios 4: 6)


Certamente o apóstolo Paulo não nos fala sobre o aspecto da integridade moral e ética de honrar a palavra empenhada (coisa tão necessária em nossos dias). Seu foco e interesse se concentram na necessidade de vinculação de nossos atos, crenças, ensinos e costumes não ultrapassarem ao que se nos foi dado por Deus e está objetivado em Sua Palavra, ou seja, mantermo-nos ligados e vinculados ao que está escrito. A atenção de Paulo se prende ao risco de irmos além daquilo que temos nas Escrituras e que tais colocações conflitem ou, pior, invalidem aquilo que nos tem sido ensinado pela Palavra revelada e escrita. Nestes tempos de lembrança da Reforma e o “Só as Escrituras” torna-se muito importante a admoestação de Paulo.

No entanto, penso que, muitas vezes, no temor devido e próprio de não ‘ultrapassarmos’ aquilo que está escrito, temos ficado ‘aquém do que está escrito’. Em nosso meio protestante reformado (e vamos relembrar os 500 anos da Reforma) parece ser muito comum este erro, ou seja, não chegar ao que está escrito e ficar ‘policiando’ o que talvez tenha ultrapassado. Os dois modos de agir estão incorretos e fora do padrão de Deus. Nossa ortodoxia nos ‘empurra’ à preocupação com não excedermos ao limite imposto pela Palavra, o que é positivo, mas nos ‘engessa’ em uma postura impeditiva de chegarmos até onde nos é permitido, ficando muito abaixo do padrão de Deus estabelecido e determinado nas Escrituras. Assim, é comum vermos o zelo exacerbado (muitas vezes) em não ‘ultrapassar ao que está escrito’, mas a negligência, acomodação e satisfação em permanecer ‘sem atingir ao que está escrito’.

Com fidelidade mantenhamo-nos firmes em não ultrapassar e extrapolar ao que tem sido escrito para nosso ensino e edificação na Palavra, mas não negligenciemos aos privilégios e bênçãos do Senhor para nós devido a postura passiva e desidiosa e, como consequência, carentes, débeis, caquéticos e fracos aquém das riquezas que o Senhor nos tem feito conhecer e disponibilizado por meio do que registrou em Sua Palavra escrita. Não além, mas, jamais aquém do que está escrito. Amém.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 5 de novembro de 2017

O PROBLEMA DA INGENUIDADE

ANO LXXV - Domingo, 05 de novembro de 2017 - Nº 3758

O PROBLEMA DA INGENUIDADE

O simples dá crédito a toda palavra, mas o prudente atenta para os seus passos”. Pv 14.15

Simplicidade é algo muito bom, é uma resposta coerente e bíblica em nosso contexto consumista. Contudo a palavra simples no versículo acima é Pethi, que possui relação muito estreita com tolice, ingenuidade, falta de entendimento. O ingênuo pode ser gênio, mas se não estiver atento aos detalhes passa-se por tolo. É o exemplo do inventor da televisão, Philo T. Farnsworth, que nunca recebeu um centavo por sua criação, prometido pela empresa de eletrônicos que mais lucrou com sua criação.

Salomão chama de ingênuo aquele que não reflete sobre uma questão antes de escolher como agir. Abaixo estão algumas características que contaminam as decisões:

Simplificação: Decisões importantes nunca são simples, sempre existem fatores importantes e complexos que precisam ser levados em consideração.

Presunção: Tudo muda cada minuto e presumir que amanhã teremos as mesmas oportunidades de condições de hoje é uma associação de ingenuidade com tolice.

Pressa: Que inviabiliza o efeito do tempo em emoções voláteis e impulsivas.

Não seja ingênuo, a maioria das pessoas não entra de cabeça em uma situação antiética ou ilegal, geralmente são alertadas, e são corrompidas paulatinamente. Alguns até percebem os sinais de alerta, mas escolhem o erro como ir a uma festa, beber algo alcoólico e dirigir, ou usar drogas, ou trair o cônjuge, entre outras coisas.

Diante disso, não negue sua possível ingenuidade, busque conselhos, escolha seus amigos e parceiros com muita sabedoria, pois “Quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos insensatos se tornará mau.” Pv. 13.20

Rev. Gustavo Bacha

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.