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domingo, 24 de abril de 2016

DEMOCRACIA REPRESENTATIVA

ANO LXXIII - Domingo, 24 de abril de 2016 - Nº 3678

DEMOCRACIA REPRESENTATIVA

Muitos, entre nós, pararam para assistir a votação relativa ao processo de impedimento da senhora presidente da República. Os pronunciamentos foram do hilário ao ameaçador, do jocoso ao sério, do descontraído ao tenso, do meritório ao “familiar”, do respeitoso ao ofensivo. Claro que nos indignamos com alguns (apologia à tortura) e ofensa covarde e desonrosa (com cusparada no rosto de alguém), mas o sentido predominante foi de estarrecimento e perplexidade. Dezenas e dezenas de “ilustres desconhecidos” que fazem e promulgam nossas leis. No entanto, em uma democracia representativa a “casa legislativa” deve representar ou refletir a própria essência da sociedade. Aí nosso horror se apresenta. Aquilo é nossa sociedade? Está, de fato, mais para retrato ou para caricatura?

Isso nos deve levar a refletir sobre a situação em que nos encontramos como nação política e uma república. Todos os que lá estão foram legitimamente eleitos pelo povo. Não se trata de competência por aprovação em concurso público, não se trata de mérito pessoal e desempenho por causa de “notório saber” capacitante para o exercício do mandato político. Trata-se da escolha do povo devido à simpatia ou identificação com aspectos pessoais ou oligárquicos (de grupos). São “representantes do povo”, mas um povo “setorizado”, sindicalizado, segmentado e com defesa de interesses de tais segmentos ou grupos. Daí vemos a fala “pelos corretores do Brasil”, pelos “aposentados”, pelos “militares”, pela “minha família”, pelos “isto” e pelos “aquilo”. Isto é um “ato falho” que aponta para o fato de não verem além de tal horizonte restrito de seus interesses. É lamentável, mas é o que temos, e o temos porque o escolhemos.

Outras eleições virão. Mudará alguma coisa? Talvez não. Mas, espero que sim. A necessidade de voto criterioso e consciente se faz necessária. Chega de “profissionalismo político”, que não passa de “fisiologismo pessoal”. Tal postura deve começar perto de nós na câmara de vereadores, na prefeitura e ascendendo para as esferas mais altas do poder e da pirâmide política. Precisamos orar com instância por esta Pátria (não apenas pedir misericórdia e viver duvidosamente) e clamar a Deus por mudanças, mas sermos agentes de tais mudanças com “temor e tremor”na dependência da graça de Deus e na escolha sensata e prudente de nossos legisladores e executivos.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 17 de abril de 2016

COMPROMISSO CRISTÃO ACIMA DE TUDO E ANTES DE QUALQUER COISA

ANO LXXIII - Domingo, 17 de abril de 2016 - Nº 3677

COMPROMISSO CRISTÃO ACIMA DE TUDO E ANTES DE QUALQUER COISA

O dia de hoje promete ser tenso e intenso na vida nacional. Temos sido, nestes últimos dias, bombardeados constantemente com notícias envolvendo os aspectos políticos de nosso país. As mídias não param de tratar o assunto (vivem disto) e nos levam a focar permanentemente no tema, como se outras coisas não estivessem acontecendo. A votação na Câmara Federal em relação ao impedimento ou não da presidente acontecerá. Qual o resultado?

Na verdade não importa em termos de nosso compromisso de testemunho cristão. Certamente haverá manifestações públicas, independentemente do resultado, o que é natural, normal e, até mesmo, esperado em uma democracia. Todos têm o direito de se manifestar e expressar sua satisfação ou insatisfação pelo resultado verificado. Não é diferente entre nós cristãos protestantes. No entanto, temos a obrigação do compromisso ético pelo respeito à posição contrária, pelo direito de alguém discordar da posição por mim adotada. A intolerância (de qualquer parte) ligada à violência é inadmissível para aquele(a) que tem sobre si o alto privilégio do nome de cristão. Temos que honrar tal condição e demonstrar o respeito e tolerância com o que pensa e se expressa diferentemente de mim.

A possibilidade de conflitos, embates e choques violentos entre partidários de posições diferentes é muito grande no dia de hoje. Minha palavra é de não sermos insufladores ou provocadores de tais formas de manifestação. Expressemos pacífica e ordeiramente nossos sentimentos e posições, respeitando aqueles(as) que divergem de nós. Calma, serenidade e tolerância é o que se espera de quem conhece a Jesus Cristo e O ama e segue, demonstrando seu compromisso de fé por meio de obras dignas do Nome DEle, pois “a fé se não tiver obras, por si só está morta” (Tiago 2:17). Como pastor, portanto, peço e oriento aos que resolverem manifestar publicamente sua posição em relação ao resultado da votação, que o façam evitando o antagonismo ofensivo, a truculência, o rancor e, sobretudo, a violência. “Procurai a paz da cidade [...]” (Jeremias 29:7). O Senhor nos abençoe e nos dê a paz.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 10 de abril de 2016

NÓS E ELES

ANO LXXIII - Domingo, 10 de abril de 2016 - Nº 3676

NÓS E ELES

Polarização. Parece-me que esta palavra traduz com adequação a situação para a qual estamos sendo “empurrados”, sobretudo, pelos dirigentes do Poder Executivo de nosso Brasil. O discurso vai se mostrando cada vez mais binário e maniqueísta, com estruturação de tentativa clara de divisionismo no país, buscando impor uma situação de “nós e eles”. É lamentável que a chefe (chefa?) de tal Poder republicano esteja à frente desta situação e em seus discursos acentue tal ponto de interesse, esquecendo-se de não haver (para ela como presidente) “nós e eles”, mas apenas brasileiros, seja lá qual for a posição que tenham, a ideologia que adotem ou preferência que demonstrem.

Esta forma de se expressar parece ser fruto da ação do cidadão Luiz Inácio (ex-presidente da República) que, é claro, com seu inegável carisma e capacidade de mobilização popular e explorando o momento delicado do País, estabeleceu esta “dicotomia sócio-ideológica” para insuflar (incendiar é a expressão dele) os ânimos e acirrar as posturas, alcunhando a muitos de “coxinhas” (seja lá o que isso signifique), motivando a reação com a alcunha dos “mortadelas”. Tal quadro é deplorável, como se vai percebendo dentro do escopo da chamada política institucional do Brasil.

Pergunto eu: faço parte do “nós” ou do “eles”? Vou sendo conduzido (constrangido) a ver sobre mim a imposição de perder a perspectiva de ser, como todos, apenas brasileiro e não um cidadão rotulado. Querem impor e determinar, com utilização indevida de lugares (palácio do governo) e uso funcional do cargo (falar na condição de presidente ou ministro para manifestar aspectos e posições pessoais), a mim e aos brasileiros todos, esta ideia nefasta de divisão e confronto, perdendo a perspectiva do direito (em uma democracia alardeada, mas não vivenciada) com relação ao fato da livre manifestação, expressão e discordância, ou seja, o direito de discordar e expressar tal opinião, sem ser, por isso, hostilizado.

Orar, vigiar é o que precisamos fazer, obedecendo ao preceito bíblico, mas não abrirmos mão de nosso direito de sermos brasileiros com direito a voz e respeito pelo posicionamento que tivermos. Isso é democracia. Deus tenha misericórdia de todos nós brasileiros.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 3 de abril de 2016

CUIDADOS

ANO LXXIII - Domingo, 03 de abril de 2016 - Nº 3675

CUIDADOS

Estamos recebendo um volume imenso de informações por meio das mídias, sobretudo com reportagens televisivas, acerca dos problemas de saúde pública, com casos vários de contaminação e transmissão viral. Há crescimento alarmante de dengue e outras doenças derivadas de transmissão pelo mosquito Aedes, sendo a Zica a mais aguda no momento com risco de hidrocefalia. Agora vemos um surto, já preocupante, de “gripe suína” transmitida pelo H1N1, com um número imenso de infectados e já registro de mortes. Os hospitais vão ficando cada vez mais cheios e os riscos aumentam devido ao contato social com estes infectados.

Alguns cuidados devem ser observados e seguidos seja para evitar, seja para tratar a doença. Com relação às doenças transmitidas pelo mosquito já temos recebido informações e há mobilização. Com relação ao H1N1 é preciso inteirar-se das informações e realizar os cuidados próprios e necessários para minimizar ou afastar os riscos ligados a tal gripe.

Cuidados básicos como lavar bem as mãos com água e sabão, com frequência e não apenas uma vez ou outra. Este cuidado deve ser, sobretudo, quando houver contato com lugares de grande circulação de pessoas (meios de transporte público), supermercados, salas de espetáculo, lugares de reunião de muitas pessoas, após contato com pessoas com sintomas (espirros, tosse). A transmissão é por via aérea, assim ao espirrar ou tossir não usar a mão diretamente, mas um lenço de papel e descartá-lo, ou a parte interna do cotovelo. Evitar permanecer em lugares de risco desnecessariamente, ou seja, sala de espera de hospitais ou consultórios onde haja presença de infectados, pois o contágio é muito fácil. Preventivamente deve-se proteger com a vacina própria, não importando a faixa etária em que se esteja. A gratuidade alcança determinados grupos (pessoal da saúde, idosos, grávidas, etc), mas o fato de se ter que pagar (cerca de R$150.00 a dose) não deve ser impedimento aos que estão fora da linha de gratuidade. A busca por orientação médico-hospitalar deve ser feita com critério, a fim de se afastar a possibilidade de expansão da doença de forma desmedida. No entanto, devemos evitar o sentimento de pânico ou histeria, pois tais manifestações só farão agravar a situação. Caso tenha dúvida consulte seu médico, converse com ele e busque as orientações seguras. Evite as informações “watsápicas”, que muitas vezes são inadequadas e impróprias. A prevenção e os cuidados não são incompatíveis com a fé na graça curadora de Deus, nem a fé no poder de Deus nos deve fazer inconsequentes e tentar a Deus expondo-nos a risco sob a alegação de que “Deus toma conta”.

Rev. Paulo Audebert Delage

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.