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domingo, 30 de abril de 2006

TRABALHO: QUEM INVENTOU?

ANO LXIII - Domingo, 30 de abril de 2006 - No 3157

TRABALHO: QUEM INVENTOU?

Quando era criança, tinha o hábito de freqüentar diariamente a Secretaria da Escola Pública Estadual em que estudava, pois minha mãe trabalhava ali como secretária. Recordo-me claramente de um colega de trabalho dela que vivia praguejando: "Ainda encontro esse sujeito que 'inventou' o trabalho... no dia em que encontrá-lo, acerto as contas com ele...".

É muito comum observar irmãos em Cristo arrastando tal mentalidade para suas vidas, ao encarar o trabalho como uma obrigação desgastante. Muitos correm o risco até mesmo de mal-interpretar o texto que diz "no suor do rosto comerás o teu pão" (Gn 3.19), rotulando o trabalho como uma maldição decorrente da queda do homem em pecado. Em função disso, muitos cristãos fazem uma sólida segmentação de sua vida entre "trabalho sagrado", realizado na Igreja para Deus, e "trabalho secular", a ser desempenhado porque não resta alternativa.

Não é essa, contudo, a perspectiva que a Bíblia nos apresenta sobre o trabalho. Quando analisamos os primeiros capítulos do magnífico livro de Gênesis, vemos Deus criando o homem para que este estabelecesse três relacionamentos fundamentais: o relacionamento com o Criador (1.28, 2.3, 2.16-17), com o seu semelhante (1.27, 2.18) e finalmente o relacionamento com o Cosmos, a Criação maravilhosa que Deus trouxe a existência (1.26, 2.19). E como pode o homem desfrutar deste último relacionamento? Em Gn 2.15 é dito que Deus tomou o homem e o colocou no Jardim, para o cultivar e o guardar. Isso nos mostra que foi Deus quem criou o trabalho, como uma forma de abençoar o homem, ao permitir que este se relacionasse com o Universo criado.

Essa verdade bíblica nos leva a olharmos nossas atividades profissionais sobre outra ótica: se foi Deus quem criou o trabalho, de forma alguma podemos considera-lo como banal ou "secular". Por meio do nosso trabalho, desenvolvemos uma das atividades para as quais o Senhor nos criou, e dessa forma glorificamos o seu nome.

Que neste 1° de maio, Dia Internacional do Trabalho, possamos avaliar nossa postura profissional, por meio das seguintes indagações: Como cristão, tenho procurado glorificar a Deus por meio do meu trabalho? Tenho desempenhado minha vocação com excelência, como se trabalhasse para o próprio Deus?

Que todos nós sejamos excelentes profissionais, seja qual for nossa área de atuação, e que dessa forma possamos impactar o mundo com um testemunho transformador.

Rev. Davi

domingo, 23 de abril de 2006

A DEUS

ANO LXIII - Domingo, 23 de abril de 2006 - No 3156

"A DEUS"

Antônio Wilber Bezerra


Mais uma vez, tenho que lhe dizer "a Deus".
Mas desta vez irei com você.
Para ouvir o farfalhar da bananeira,
Para sentir o cingrar da canoa na corredeira,
Para contemplar o por do sol.

Mas seu eu ficar, lembre-se:
Ao ouvir o canto da guariba,
Pense em mim.
Quando a mata escura escurecer;
Pense em mim.
Quando tudo parecer nada;
Pense em mim.
E quando eu parar de pensar,
Pense em mim.
Porque onde eu estiver,
Estarei com Deus,
Pensando em você.

Poesia escrita pelo Dr. Antônio Wilber, pai de nossa Missionária Érika, por ocasião de sua partida para o campo missionário no Amazonas.

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domingo, 16 de abril de 2006

MUDANÇA DE VALORES

ANO LXIII - Domingo, 16 de abril de 2006 - No 3155

MUDANÇA DE VALORES

O comércio voraz, faminto de dinheiro, trocou o cordeiro pelo coelho. Aliás, um coelho muito versátil, quase milagroso, que põe ovos de chocolate de todos os tamanhos e para todos os gostos. Para o consumismo insaciável, a essência da Páscoa não tem a menor importância. O que importa é vender, vender muito, ainda que na mente das pessoas a verdade seja sacrificada, e o Cordeiro fique esquecido. Para uma sociedade materialista, secularizada e consumista cujo deus é o ventre, o importante é empanturrar o estômago de chocolate, ainda que se sacrifique no altar do comércio esfaimado, a essência da verdade.

Preocupante é o fato de fazermos parte dessa cultura sem nenhuma reação de inconformação. Fazemos como Eli, banqueteando com as gorduras tiradas pecaminosamente do altar, sendo coniventes com os pecados de uma geração que se recusa a dar ouvidos à verdade de Deus. Nossos filhos são levados a assimilar mais o coelho, ou melhor, o chocolate, do que o Cordeiro que foi morto por nós. Vêem mais o retrato das lojas agressivamente decoradas do que a história eloqüente da libertação do povo de Deus. Precisamos investir mais tempo ensinando aos nossos filhos sobre a Páscoa. Esta é uma história central do Antigo Testamento. Foi aquela noite fatídica em que o povo de Deus foi salvo da tragédia da morte dos primogênitos, porque um cordeiro tinha sido sacrificado e o seu sangue havia sido aplicado sobre as vergas das portas. Esta é a história épica da libertação do povo de Deus do cativeiro, com mão forte e poderosa.
A Bíblia fala que Jesus Cristo é o nosso cordeiro pascal. O cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo é Jesus. Foi Ele quem foi imolado na cruz por nós. Ele sofreu o castigo que nos traz a paz. Sobre Ele foi lançada a iniqüidade de nós todos. Ele, como ovelha muda, foi para o matadouro, carregando sobre o seu corpo, no madeiro, os nossos pecados. Ele se fez maldição por nós. Ele se fez pecado por nós. Ele morreu exangue na cruz, adquirindo para nós eterna redenção. Esta é a história da nossa alforria. É a história da nossa libertação do cativeiro. É a história da nossa eterna salvação.

Não podemos deixar que ela seja distorcida e diluída em chocolate. Não podemos permitir que o maior de todos os sacrifícios, vivido na hora mais amarga do Filho de Deus, bebendo sozinho o cálice da justiça divina, seja reduzido a um festival de gastronomia. O coelho é um intruso que nada tem a ver com a festa da Páscoa. Esta festa é a festa do cordeiro, do Cordeiro de Deus. Ele, sim, deve ser o centro, o conteúdo, a atração e a razão de ser dessa festividade. Que a nossa família possa estar reunida não em torno do ovo de chocolate, mas em torno de Jesus, o Cordeiro que foi morto, mas vive pelos séculos dos séculos, tendo a certeza de que estamos debaixo do abrigo de Seu sangue.

Rev. Hernandes Dias Lopes

domingo, 9 de abril de 2006

JESUS, OS FARISEUS E O LIVRE-ARBÍTRIO

ANO LXIII - Domingo, 09 de abril de 2006 - No 3154

JESUS, OS FARISEUS E O LIVRE-ARBÍTRIO

Para muitos, hoje em dia, é intrigante que Jesus coloque tal valor nos direitos soberanos da liberdade eletiva de Deus, a ponto de falar da maneira como o faz àqueles que O rejeitam. Ele fala de maneira a impedi-Ios de vangloriarem-se, como se pudessem anular os propósitos últimos de Deus. Em João 10.25-26, por exemplo, Jesus respondeu aos céticos que exigiam mais e mais provas: "Já vo-lo disse, e não credes. As obras que eu faço em nome de meu Pai testificam a meu respeito. Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas". Pense nisto por um momento. Pense acerca do que significa e no fato que Jesus proferiu tais palavras a pessoas incrédulas.

Imagine-se como um fariseu ouvindo a mensagem de Jesus e dizendo a si mesmo: se Ele pensa que eu vou ser sugado para dentro desse movimento junto com coletores de impostos e pecadores, está louco. Eu tenho vontade própria e poder para determinar o meu próprio destino. Em seguida, imagine Jesus, sabendo o que se passa no seu coração e dizendo: "Você se vangloria em seu íntimo porque acha que tem o controle de sua própria vida. Você pensa que pode frustrar os planos máximos de meu ministério. Você imagina que os grandes propósitos de Deus na salvação são dependentes de sua vontade vacilante. Em verdade, em verdade eu lhe digo que a razão final pela qual você não crê é porque o Pai não o escolheu para estar entre as minhas ovelhas". Em outras palavras, Jesus está dizendo: "O orgulho final da incredulidade é destruído pela doutrina da eleição".

Aqueles a quem Deus escolheu, Ele também os deu ao Filho; e aqueles a quem Ele deu ao Filho, o Filho também os chamou; e para aqueles que foram chamados, Ele deu sua vida; e para esses Ele deu alegria eterna na presença de sua glória. Este é o prazer do Pai.

John Piper (Extraído da Revista Fé para hoje, n° 21)

domingo, 2 de abril de 2006

SUBMISSÃO

ANO LXIII - Domingo, 02 de abril de 2006 - No 3153

Submissão

No evangelho de João (10.14-16) Jesus nos diz que as suas ovelhas sempre ouvem e reconhecem a sua voz, e, atenderão sempre (por este mesmo motivo) à sua voz de comando.

Não obstante a isso, temos testemunhado (por meio dos meios de comunicação) cenas cada vez mais catastróficas de rebeldia e desordem promovidas por muitos (a exemplo dos jovens parisienses) no mundo inteiro em nome de seus ideais.Não há ordem, não há uma voz de comando, não existe compromisso com a verdade. O intuito da turba descontrolada pelo furor insano é simplesmente anarquizar, matar, roubar e destruir. Caminhar a passos largos rumo a batalhas sangrentas, desprovidas de qualquer sentido.

Infelizmente, a desordem (e os desordeiros) não têm se detido apenas nos movimentos sociais. A igreja também tem sofrido pela astúcia dos Lobos (infiltrados em nosso meio) e pelo comportamento imaturo de muitos cristãos que permanecem ao longo dos anos como crianças espirituais. Alguns líderes têm sido levantados e outros tantos têm sido derrubados a cada ano por turbas cujo propósito é matar, roubar e destruir (objetivo familiar, não?).

A Bíblia nos ensina que o Senhor governa e exorta o seu povo através dos servos e servas levantados por Ele para sua direção. Nossos líderes (pastores, presbíteros, diáconos, etc.) foram vocacionados e empossados pelo próprio Deus, e não pela mera vontade de homens, que os constituiu apascentadores de seu rebanho na terra.

Porém, não são poucas as vezes que turbas e/ou indivíduos enfurecidos atentam contra a liderança. O seu plano de ação é facilmente identificado: Tentam desestabilizar a liderança por meio de maus comentários sobre o líder, atitudes rebeldes, fofocas, desencorajando os membros da igreja quanto à sua participação e aprovação nas atividades da comunidade, plantando discórdia no que diz respeito aos trabalhos promovidos pela igreja, etc. Emboscadas semi-perfeitas das quais o próprio Jesus e posteriormente Paulo foram vítimas.

Diante disso, como pastor, quero aconselhá-lo(a) sobre como proceder diante de tais indivíduos. A Palavra de Deus nos ensina a vivermos sempre à luz da verdade que liberta (Jo 8.32), e não a mercê de fofocas que promovem a dissolução. Se alguém lhe procurar com a finalidade de dizer o que pensa sobre líderes, faça o seguinte:

Exorte-o a procurar o líder (a quem se refere) pessoalmente para lhe informar suas opiniões;
Convide-o a orar pela pessoa criticada (lobos não suportam isso) e, também ore por ele(a). Tornando-se assim um pacificador (Mt 5.9);
Trate-o sempre com muito amor, paciência e sabedoria. Pois a resposta branda aplaca o furor, mas a palavra dura suscita a ira (Pv 15.1). Ganhe seu irmão!
Seja sempre um mantenedor espiritual de seu pastor e lideres. Nós precisamos de suas orações, amor, paciência e tolerância para conosco e nossas famílias. Isso é fruto de uma verdadeira consciência do governo soberano de Deus sobre sua Igreja. Gostaria ainda de lembrá-los que, segundo Rick Warrren, entre os principais fatores que marcam as igrejas que mais têm crescido no mundo estão: ministérios pastorais duradouros, propósitos ministeriais claros e submissão às autoridades constituídas por Deus.

Rev. Arifranklin Sousa

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.