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domingo, 30 de dezembro de 2012

DECISÕES DE RISCO


ANO LXX  - Domingo 30 de dezembro de 2012  - Nº 3505

DECISÕES DE RISCO (Dn.3:17-18)

O texto trata dos três amigos de Daniel (Sadraque , Mesaque e Abede-Nego) em sua decisão com relação ao decreto do rei Nabucodonosor, no qual se exigia que se prostrassem e adorassem a estátua do rei. Alguns aspectos são realçados na atitude destes jovens e que devem estar presentes em nossa vida, sobretudo como desafio neste novo ano.

1) Reconhecer sua relação com Deus:  Eles afirmaram; “o Deus a quem servimos”. De fato, para eles, Deus era o rei, e não Nabucodonosor. Eles serviam não a homem algum, mas a Deus a quem devotavam toda sua lealdade e fidelidade. Acima do rei, estava o Rei dos Reis, de quem eram súditos e servos.

2) Crer na Soberania de Deus:  A declaração destes homens enfatiza sua certeza de que o Senhor é Soberano e conduz todas as coisas. Afirmam, também, que sua fidelidade a Ele não depende apenas de atos bondosos de Deus para com eles. Sabiam ser Ele o Soberano e que poderia livrá-los ou não, e faria o que desejasse e não o que eles determinassem.

3) Manter sua fidelidade a Deus:  Mesmo com risco de morte, sua postura foi de firmeza para com Deus. Livrando-os, ou não, o Senhor, eles O adorariam e serviriam. Não havia negociação com o rei neste assunto. A vida deles pertencia só ao Senhor e a Ele a dedicavam integralmente. Ainda que morressem não negariam ao Seu Rei e Senhor.

Neste novo ano que agora começará, sejam estas as nossas decisões em relação ao Senhor. O risco é imenso e as consequências podem ser o custo da vida, mas sejamos como estes jovens, sustentando nossa relação de integridade com o Senhor a que custo for. Pela graça dEle e na Sua dependência. Amém.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 23 de dezembro de 2012

ATITUDES QUANTO AO NATAL

ANO LXX - Domingo 23 de dezembro de 2012 - Nº 3504

ATITUDES QUANTO AO NATAL

Vemos no registro bíblico dos evangelhos que algumas pessoas tiveram atitudes distintas em relação ao nascimento de Jesus. Vejamos algumas.

Herodes, o Grande, foi tomado de surpresa pela notícia do nascimento do rei dos judeus. Ele ficou apavorado e temeroso, pois isso significa uma ameaça ao seu domínio e poder na Judeia. Sua atitude ante à notícia foi de dissimulação, fingindo ser um admirador do que nascera. Na verdade, seu intento era eliminá-lo, destruí-lo, pois o via como uma ameça. Ainda hoje há quem tenha reação parecida em relação a Jesus e seu nascimento. O vêem como um risco à sua comodidade e situação de vida de pecado e ausência de Deus.

Há os "doutores da lei", ou escribas. Conhecedores das profecias e textos bíblicos que tratavam da chegada do Messias. Mas, para eles isso era apenas informação fria e alojada na memória sem real sentido na vida. Darão a informação correta sobre o lugar do nascimento do Messias, a família a que pertencia, etc, mas não tomarão para si o fato de tal nascimento para sua redenção. Há, ainda hoje, os que assim fazem. Conhecem sobre a história, sabem sobre os fatos ligados à pessoa de Jesus, mas isso não gera vida em seus corações. Continuam vivendo como se isso não fizesse diferença alguma. Permanecem indiferentes à manifestação maravilhosa da boa nova do nascimento do Salvador.

Há, porém, aqueles como os magos e os pastores cuja atitude mostra o interesse em relação ao Senhor Jesus que nasceu. Não se deixam tomar por medo ou receio como Herodes, nem se mantém indiferentes como os escribas. Envolvem-se, vão até ele, rendem-lhe tributo de honra e louvor. Percebem que é mais que uma simples criança que ali está. Sua disposição é de entrega e reconhecimento sobre a ação de Deus em relação àquele Menino.

Seja a sua atitude neste Natal a mesma dos magos e pastores, com santa reverência prostrando-se diante de Jesus, o Filho de Deus, reconhecendo-O como seu salvador e celebrando a bênção da redenção providenciada por Deus de forma gratuita e amorável. Desse modo haverá, de fato, um feliz natal.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 2 de dezembro de 2012

PORTO SEGURO


ANO LXX - Domingo 02 de dezembro de 2012 - Nº 3501

Porto Seguro

Não se trata de propaganda de companhia de seguro, mas de referência ao nome dado à operação policial realizada pela Polícia Federal, para desbaratar uma quadrilha que “traficava influência”, entre outros delitos. É mais uma demonstração da situação do lamaçal de corrupção que se instalou, ou continua instalado, em nossas estruturas de serviços públicos com seus “cargos em confiança” e ou “nomeações discricionárias”, fruto de governo anterior, mas que se mantém neste, devido a um continuísmo inaceitável por influência de quem já não se assenta na cadeira de maior comando, mas ainda continua influenciando (ou determinando) as decisões. Não saímos de um “mensalão” e já estamos iniciando outros e, mais uma vez, ouve-se a alegação de que “não sei (sabia) de nada”. Pensa-se em extinguir tal  “assessoria da presidência”  em São Paulo. Pois bem, pergunta-se então: para que foi estabelecida? Se não é  necessária, por que existia? Caso não houvesse tal “descoberta” ficaria permanecendo tal sangria do dinheiro público para os bolsos de tais indivíduos com a “bênção dos maiorais”?

Apesar, de todo esse aspecto revoltante e de enojo causado por tais circunstâncias, vale a pena pensar sobre o nome dado à operação policial. Todos nós, de alguma forma, desejamos e ansiamos por isto, ou seja, um porto seguro. Nossa experiência de vida é feita de momentos e esses se alternam entre bons e maus, alegres e tristes, jubilosos e depressivos, saudáveis e doentios, entre outros. Mas, sempre há em nós o desejo de voltarmos ou permanecermos em um porto seguro, mesmo que saibamos que um navio seja construído para o mar e não para permanecer em um porto, mesmo que seguro. 

Temos o testemunho das Escrituras bíblicas  de que nos é oferecido porto seguro em Cristo Jesus, no qual podemos fazer nosso navio se atracar, dando-nos segurança e paz. Ele é o nosso Porto Seguro e, também, nosso piloto quando em meio à tempestade nosso navio se vê açoitado e atingido pelas borrascas e tempestades. O fato é que não existe lugar mais adequado para atracarmos o navio de nossa existência, que não a pessoa amável e poderosa de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, nosso Porto Seguro. Amém.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 25 de novembro de 2012

ESTÁ ENFERMO


ANO LXX - Domingo 25 de novembro de 2012 - Nº 3500

ESTÁ ENFERMO
João 11:3

Faz parte da experiência humana ouvir esta notícia sobre um ente querido e que abala nossas estruturas: “está enfermo”.

Perguntas começam a surgir: “por quê?”; “como pode?”; “o significa isso?”. Imaginamos que esta situação seja devido ao nosso comportamento ou conduta. Há os que de modo apressado e impróprio interpretam o caso da mesma maneira que os “amigos de Jó”, querendo estabelecer relação direta entre a enfermidade e algum pecado cometido ou como sendo atuação direta de um demônio; gerando sobrecarga insuportável aos que já estão com fardo pesadíssimo sobre os ombros. É preciso ouvir a Bíblia sobre isto. João registra: ”aquele a quem amas está enfermo”. Aqueles a quem Jesus ama e que amam a Jesus também sofrem e adoecem. A enfermidade não significa ausência de fé ou falta da presença de Deus na vida. Jesus disse (verso 4) que a enfermidade de Lázaro era para a glória de Deus. Para muitos isto é um absurdo, ou seja, Deus ser louvado na doença. O apóstolo Paulo entendia que sua aflição física era agente divinal para fazê-lo andar na dependência do Senhor. Sejamos solidários com os que se acham enfermos. Oremos por e com eles, cerquemo-los de atenção e carinho oferecendo-lhes suporte cristão para sentirem-se amados por nós e pelo Senhor e saibam que os enfermos também são benditos do Senhor.

Oração: Senhor, ajuda-me a entender que mesmo enfermo sou amado do Senhor. Em nome de Jesus. Amém.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 18 de novembro de 2012

AÇÕES DE GRAÇA


ANO LXX - Domingo 18 de Novembro de 2012 - Nº 3499

AÇÕES DE GRAÇA


Aproximamo-nos da celebração do Dia Mundial de Ações de Graças. Há uma narrativa histórica que aponta para o início desta comemoração e que se liga à colonização dos Estados Unidos da América do Norte. É, naquele país, um feriado de caráter cívico-religioso de altíssima valorização, sendo comparado ao Natal. A tradição de se comer peru assado vem desde a colônia quando os “Peregrinos”, depois de dois anos de dificuldades com colheitas perdidas, conseguiram uma messe farta e caçaram muitos perus selvagens para assar, convidando os índios para participarem daquela comemoração.

Esse costume ultrapassou os mares e chegou até nós e a muitos outros países, sobretudo os de tradição ou formação cristã como o Brasil. A ênfase é a gratidão a Deus pelas manifestações de Sua graça em suprir nossas necessidades básicas de sustento e vestuário. Criou-se, também, o costume de, na cerimônia religiosa, os participantes trazerem algum tipo de alimento para que possa ser distribuído entre as pessoas mais carentes e ou necessitadas.

Teremos, na IPVM, a oportunidade de celebrarmos esse dia com um culto de gratidão no dia 22, às 20h00. Oportunidade para agradecermos a Deus Suas manifestações graciosas para conosco de provisão e sustento. Ofertaremos ao senhor algum tipo de alimento, a fim de que seja encaminhado a instituição que trabalhe com o socorro aos necessitados.

Embora esse dia seja, de modo especial, separado para a gratidão, nossa postura, como cristãos, não deve ser a de reduzir tal manifestação a um dia no ano. Nosso viver deve ser de gratidão ao Senhor por aquilo que temos recebido de Suas  Mãos. A palavra de Paulo, inspirada pelo Espírito Santo, é: “Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo “(Ef.5:20). Seja este o nosso modo de viver, com gratidão constante ao nosso Deus e salvador, por meio de Cristo.


Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 11 de novembro de 2012

ESCALADA DE VIOLÊNCIA


ANO LXX - Domingo 11 de Novembro de 2012 - Nº 3498

ESCALADA DE VIOLÊNCIA

Estamos vivendo, nestes últimos meses, uma escalada sensível no aumento da violência em São Paulo. O número de assassinatos chegou a patamar quase insuportável e perto de situação de conflito civil. Não se trata, ao que parece, de apenas um momento brevíssimo e passageiro facilmente contornável ou com explicação simples, mas, de algo mais sério e profundo, levando as autoridades municipais, estaduais e federais a deixarem suas diferenças partidárias para pensarem em ações efetivas em benefício da população que se torna presa desta situação de conflito e violência.

Como cristãos evangélicos e protestantes não somos isentos do alcance de tal avanço. Somos alvo como os demais cidadãos. O que devemos e podemos fazer neste contexto e circunstância? O mais importante é nosso posicionamento em oração a Deus por paz e calma em nossa cidade. Interceder e clamar a Deus para que a graça comum do Senhor seja abundante no controle das ações de violência. Outra atitude é pregarmos o Evangelho, pois este é o meio pelo qual Deus regenera os corações e transforma as vidas. Na expressão de um coronel da PM de Minas Gerais, ao falar a líderes religiosos em momento parecido com este de São Paulo: “Precisamos da ajuda e do trabalho de vocês, pois quanto mais vocês trabalharem, menos trabalho nós teremos”. Uma terceira postura é com cuidados mínimos em relação a certos hábitos de nossa rotina. Evitarmos ficar até altas horas da noite pelas ruas, bares ou restaurantes. Não ficarmos circulando e expondo-nos a risco desnecessário com ostentação de objetos que despertem interesse nos assaltantes. Não trafegar sozinho de carro em certos lugares, sem que haja necessidade absoluta. Evitar uso de motos, pois são mais visadas e ficamos mais expostos nelas. Alguém poderá dizer que isso é absurdo, pois se trata de deixarmos nosso direito de ir e vir e ficarmos enclausurados em nossas casas. Trata-se de um momento específico e que requer medidas específicas e emergenciais para nossa segurança.

Sabemos que: “se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela” (Salmo 121). Ele é quem nos guarda e livra, no entanto o salmista não diz que não devamos ter vigias e nem sentinelas, apenas que nossa confiança não deve repousar neles. Desse modo devemos orar, pregar e tomar os cuidados próprios para darmos nossa participação na solução deste problema de aumento de violência em nossa cidade. O Senhor nos abençoe e guarde.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 4 de novembro de 2012

DIA DE FINADOS

ANO LXX - Domingo, 04 de novembro de 2012 -  Nº 3497

DIA DE FINADOS 

O povo brasileiro gosta muito de um feriado, principalmente quando acontece em dia em que se pode ajuntar a ele um dia de trabalho normal e “enforcar”. Este mês de novembro será, em São Paulo, um mês de muitos feriados. O desta semana foi o de finados. 

Finados é uma celebração ligada à lembrança aos mortos. Na verdade, sua origem se liga ao catolicismo romano como forma de intercessão e reza pelos mortos. O abade de Cluny, Santo Odílio, em 998, determinou que todos os monges rezassem pelos mortos todos, fazendo obrigatório algo que já era comum. Os papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX(1015) estabelecem diretrizes de obrigação de tal prática a todos os cristãos. No século XIII passa a ser guardado o dia 02 de novembro, já que o dia 1º de novembro é o de Todos os Santos. 

Como cristãos protestantes e reformados não somos partidários desse tipo de manifestação religiosa, embora não afrontemos os que assim expressam sua crença. Entendemos que devemos manter, em nossas lembranças, aqueles que já partiram, tributar-lhes a devida honra em nossa memória e atos, mas não havendo o que fazer a favor deles, que já estão com sua existência determinada após sua morte. A saudade e as lembranças ficam conosco e devem ser mantidas nesta esfera, sem nos levar a imaginar podermos estabelecer qualquer forma de contato com os que já partiram desta vida, ou que possamos por eles interceder ou a eles pedir alguma ajuda. Nossa relação com eles é de respeito à memória, mas sem manifestação de possível vínculo de envolvimento de ajuda, intercessão ou cuidado. 

Neste dia em que se dedica à memória dos mortos, devemos refletir sobre nosso relacionamento com os vivos, ou seja, como os temos tratado e nos comportado com eles, pois depois que partirem, não adiantará muito levar flores (que não demos em vida) ao túmulo onde eles já não podem ver, sentir, falar ou responder aos nossos gestos. Enquanto é tempo, honremos os vivos para que derramemos apenas lágrimas de saudades e não de arrependimento. 

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 28 de outubro de 2012

IGREJA REFORMADA


ANO LXX - Domingo, 28 de Outubro de 2012 - Nº 3496

IGREJA REFORMADA

Estamos comemorando 495 anos do movimento reformista religioso ocorrido em 1517, o qual foi capitaneado por Martinho Lutero e que se levantou contra a venda de indulgências e exploração da fé. 

Entre vários elementos distintivos e dizeres da Reforma ficou célebre o que afirma: “Igreja Reformada está sempre reformando”. Essa expressão tem sido alvo de alguns debates com relação ao seu sentido, levando a uma visão liberal, conservadora ou “evangelical”. Penso não ser necessário tanto debate e desgaste com relação a tal tema. É ela uma Igreja que está reformando a sociedade e o ser humano? Trata-se de uma Igreja que está sempre se reformando? Significa uma Igreja que se reforma em seus aspectos “externos” e segue reformando o ambiente social onde está e aqueles que a ela se ligam? Entendo que a resposta é, de fato, a de que ela é Igreja que se reforma (não se fossiliza ou mumifica no tempo e espaço), mas é, também, uma Igreja que, ao se reformar, age reformando os que estão ao seu redor e sob sua área de influência, inclusive em abrangência nacional. 

Assim, é preciso que resgatemos tal noção adequada de nossa identidade reformada, a qual vai sendo desprezada por muitos (mesmo no seio de nossas igrejas reformadas) em nome de um relativismo evangélico, que nos faz perder nossa identificação e características, sobretudo no aspecto interior de nossa relação com Deus, nosso entendimento interpretativo das Escrituras e nossa forma ética e moral de vida. 

É imperativo, neste tempo de comemoração da Reforma, sabermos que somos, de fato, uma Igreja Reformada e o que isso significa em termos históricos, eclesiológicos, teológicos e, sobretudo, soteriológicos. Recebemos uma herança bela e rica, mesmo que com algumas máculas, e cabe a nós fazermos continuar essa realidade enobrecedora e destacada de sermos uma “Igreja Reformada sempre reformando”. 

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 21 de outubro de 2012

ADOÇÃO LEGÍTIMA


ANO LXX - Domingo, 21 de outubro de 2012 - Nº 3495

ADOÇÃO LEGÍTIMA

No último domingo, um programa semanal televisivo denunciou um caso de adoção ilegal na cidade Monte Santo, Bahia. Esse é apenas um de muitos outros casos que certamente acontecem pelos rincões do nosso Brasil. 

Gerôncio de Brito Souza, trabalhador rural e Silvana Maria da Silva, dona de casa, são os pais das cinco crianças que num prazo de duas semanas viram seus filhos serem arrancados de seus braços por policiais e pelo conselho tutelar sobre alegação de maus tratos. Essa ordem partiu do Juiz Vitor Manoel Xavier Bezerra, que autorizou e validou todo o processo de adoção descumprindo alguns procedimentos legais como, validar em audiência o processo de adoção sem presença dos pais biológicos e também da promotoria. Em apenas 24 horas, quatro casais do estado de São Paulo, estiveram em Monte Santo e voltaram para casa com as crianças adotadas “legalmente”.

Ainda não foi revelado a motivação desse caso, se agiram para beneficiar conhecidos, ambição financeira ou seja lá o que for, o que está revelado é um processo de adoção ilícito que promove ojeriza e indignação de quem ouviu a fala da advogada das famílias adotantes e o choro dos pais que perderam seus filhos.

Diante disso, pensei em outro processo de adoção, esse legal e legítimo, que promove salvação e alegria, tanto para o Pai como para os filhos e filhas adotados, processo este registrado pelo apóstolo Paulo em sua carta aos Gálatas. 

Assim também nós, antes de ficarmos adultos espiritualmente, fomos escravos dos poderes espirituais que dominam o mundo. Mas, quando chegou o tempo certo, Deus enviou o seu próprio Filho, que veio como filho de mãe humana e viveu debaixo da lei para libertar os que estavam debaixo da lei, a fim de que nós pudéssemos nos tornar filhos de Deus. E, para mostrar que vocês são seus filhos, Deus enviou o Espírito do seu Filho ao nosso coração, o Espírito que exclama: “Pai, meu Pai.” Assim vocês não são mais escravos; vocês são filhos. E, já que são filhos, Deus lhes dará tudo o que ele tem para dar aos seus filhos.” Gálatas 4.3-7

Experimente a alegria de poder chamar Deus de Pai, se rendendo a Jesus como seu único e suficiente Salvador.

Pr. Gustavo Bacha

domingo, 14 de outubro de 2012

ESPERANÇA

ANO LXX - Domingo, 14 de outubro de 2012 - Culto Matutino



ESPERANÇA

Sermão do Rev. Gustavo Bacha, gravado no culto matutino de 14 de outubro de 2012 na Igreja Presbiteriana de Vila Mariana, em São Paulo.

Neste sermão são abordadas as diferenças entre otimismo e esperança, bem como a verdadeira fonte da esperança.


Tópicos:
  1. Tema: Esperança (0:00:01)
  2. Fundamento: Lamentações 3:21 (0:00:11)
  3. "Quero trazer à memória o que me pode dar esperança." (0:01:13)
  4. Esperança ou Otimismo (0:02:19)
  5. Esperança é coisa Divina (0:09:00)
  6. Primeiro Ponto: O que trazer à memória? (0:09:47)
  7. Segundo Ponto: Bom é O Senhor (0:13:59)
  8. Terceiro Ponto: Qual a sua queixa? (0:21:48)
  9. Conclusão (0:24:58)
Legendas disponíveis.


ESPERANÇA from IPVM on Vimeo.

Gravação, edição e publicação pelo Departamento de Som e Imagem da Igreja Presbiteriana de Vila Mariana.

Leia o artigo da capa do boletim deste dia:
ALGUMA FELICIDADE

ALGUMA FELICIDADE


ANO LXX - Domingo, 14 de outubro de 2012 - Nº 3494

ALGUMA FELICIDADE
...pois nada há encoberto que não venha a ser revelado” (Mt.10:26)

“Nunca houve ‘mensalão’. Isso é uma mentira”. Ouvimos tal afirmação, por várias vezes, vinda de fonte supostamente inquestionável nesse país, uma espécie de “guru” da ética e da honradez. Pois bem, o “mensalão” existiu, ficou provado. Vemos que havendo a criatura, como não existir criador ou criadores? Desse modo, o STF disse que não se tratava de fantasma, mas que era real a tal figura do “mensalão”, e afirmou, com todas as letras, quem são os seus orquestradores, devidamente identificados e condenados por nossa maior côrte de justiça. Claro que tais “maestros” não foram os criadores da “sinfonia”, havia alguém acima deles, o chefe, o autor. Se José Dirceu era o “chefe da quadrilha” (conforme dito pela Procuradoria) quem era o “capo de tuti capi”, ou seja, o chefe de todos os chefes? Quem tem um mínimo de discernimento sabe a resposta e pode dizer quem era o autor da partitura.

Nos dias do julgamento de Nuremberg a maioria dos acusados dizia: “eu não sabia de nada” ou “fiz porque obedecia a ordens superiores”. Os “cabeças” diziam que não sabiam o que os subordinados faziam e esses diziam que faziam por mando daqueles. No final, Hitler não sabia o que Heinrich  Himmler havia feito ou ordenado, e esse fizera por ordem do Líder. Assim, ninguém é responsável. A história (em dose e alcance bem menores) se repete. É o mesmo em todo lugar.

Quando falo de alguma felicidade, isso não se deve ao fato da condenação de alguém, mas, sim, do vislumbrar de que há uma possibilidade de mudança, de melhoria, de esperança nesse país. É a lei da ficha limpa; a sentença condenatória de peixes grandes (tubarões); a declaração inequívoca de que a corrupção existe nesse país, mas pode ser combatida e seus agentes sentenciados (espero que ocorra a prisão). A felicidade é por causa disso.

A felicidade é pelo fato de que a esperança é reacesa. Foi acesa nos dias de Collor e apagou-se. Agora é reacesa pelo STF. Espero que não volte a se desvanecer e fenecer, mas que reluza cada vez mais, trazendo às claras as obscuras manifestações de corrupção neste país, a fim de vermos curada essa praga endêmica e histórica em nossa Pátria. Que nada do que está oculto deixe de ser revelado, para que haja cada vez mais alguma felicidade.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 7 de outubro de 2012

QUEM FOI MORTO?


ANO LXX - Domingo, 07 de outubro de 2012 - Nº 3493

QUEM FOI MORTO?
“...Já morremos com Cristo...” (II Tm.2:11)

Os noticiários trouxeram a informação sobre a morte de um cidadão chamado Florisvaldo, conhecido como “Cabo Bruno”. Acusado pela morte de 50 pessoas, foi condenado a 117 anos de prisão (embora ninguém cumpra mais de 30 anos de prisão no Brasil), e posto em liberdade após cumprir 27 anos, sendo executado pouco mais de um mês após sua liberação. 

Não vamos entrar no aspecto da legislação de nosso país que é revoltante. Vemos, em outras nações, que alguém pode ser condenado a duas penas de prisão perpétua consecutivas, ou seja, se morrer e for vivificado cumprirá mais uma pena de prisão perpétua, sem direito a condicional, sendo que tal sentença é observada à risca, independentemente do comportamento do apenado. 

Não vamos atentar ao aspecto de nossa desconfiança e postura de “irmão mais velho do filho pródigo”, pensando que: mudou “para crente” como disfarce para sair da prisão; julgando que isso seja uma injustiça da parte de Deus, aceitando esse indivíduo que agora se diz arrependido. Quanto à legislação trata-se de uma vergonha em nosso país, sob o manto da benignidade e misericórdia. Quanto ao outro aspecto não devemos pensar como cardecistas, dizendo que tal indivíduo não se safa da justiça divina somente pela graça de Deus, mas terá que voltar e sofrer muito aqui ou no além. 

Volto à pergunta que é título dessa meditação. De fato, foi morto o cidadão Florisvaldo e não o “Cabo Bruno”. Embora aquele tenha sido morto por causa deste. O “Cabo Bruno” já havia morrido em Cristo e por Cristo e uma nova criatura (Florisvaldo) havia ressuscitado, fruto da graça insondável e, às vezes, estranha para nós. É, no entanto, muito importante nos lembrarmos de que, embora nossos pecados sejam perdoados por Deus, suas consequências podem permanecer e nos levar a muita dor e sofrimento. Quem, de fato, matou o “Cabo Bruno” foi o Senhor Jesus. Já, os responsáveis pela morte do cidadão Florisvaldo é caso para as autoridades competentes. 

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 30 de setembro de 2012

ELEIÇÕES


ANO LXX - Domingo, 30 de Setembro de 2012 - Nº 3492

ELEIÇÕES

Até o final do ano teremos uma série de eleições. Estão incluídas as municipais (prefeitos e vereadores) e as eclesiásticas na IPVM (presbíteros e diáconos). Claro que elas têm diferenças e distinções, mas têm semelhanças e proximidades.

Os políticos visam benefício pessoal de gratificação, promoção social, possibilidade de ascensão política e, eventualmente, desenvolver trabalho que visa o bem estar do povo e progresso da cidade. Na vida eclesiástica o que move é o senso de dedicação à obra. Não há remuneração, não há possibilidade de galgar postos de prestígio na hierarquia, já que esta não existe entre nós. Assim, o candidato nas eleições eclesiásticas não deve ter outro propósito que não o de servir.

Mas, qual é a nossa participação nessas duas categorias de eleição? Há diferenças? O que devemos fazer? O comportamento é o mesmo em ambas. Alguns aspectos presentes:

a) Verificar os nomes que nos são apresentados. Analisar bem se o candidato é alguém envolvido no trabalho e tem uma vida condizente com o que fala e postula. Deve-se tomar cuidado com os “paraquedistas” que surgem nestes momentos apenas, ou com os oportunistas que aparecem em “tudo” neste tempo, mas antes...

b) Procure conhecer e conversar com aquele em quem você pensa votar. Aproxime-se dele e verifique o que tem em mente e quais são seus projetos, planos e propósitos.

c) Evite a acomodação: “Votarei neste por que aí é mais rápido”; evite a simpatia: “votarei neste por que ele é tão agradável”; evite a estética: “votarei neste por que ele é tão charmoso e tem uma imagem muito boa”.

d) Ore sinceramente. Embora esteja ao final, não significa que deva ser o último ponto. Oração é fundamental. Coloque diante de Deus com sinceridade. Peça-lhe direção com base nas análises feitas e verificação da vida (pessoal, familiar e eclesiástica) do postulante. Caso entenda que nenhum apresenta as condições necessárias e próprias, não vote.

Esteja presente a este processo de escolha por meio das eleições civis e eclesiásticas. Cada povo (na democracia) tem os governantes que merece, pelo fato de escolhê-los. 

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 16 de setembro de 2012

PRECONCEITO

ANO LXX - Domingo, 16 de setembro de 2012 - Nº 3490

PRECONCEITO
Não discrimineis, para que não sejais discriminados.” Mateus 7:1

Encontra-se para julgamento no STF uma ação que envolve carga contra Monteiro Lobato, pelo fato de haver incidência de preconceito em seus livros didáticos infantis. Não conheço a ação em seu teor, a não ser pelo que li e ouvi em breves discussões em nossos noticiários, mas fiquei pasmo com isso.

Se essa forma de abordagem “pegar”, teremos sérios problemas com as histórias de Walt Disney onde as bruxas são velhas e feias, onde não há presença de negros como heróis, não há casamento entre os personagens que vivem um eterno não ser família, inexistindo relação pai-filho, apenas tio-sobrinho. Levar nossa mais alta corte julgar algo desta monta, parece dar a ideia de que tais distintos ministros não têm o que de maior peso a considerar.

Claro que as estórias de Monteiro Lobato e de outros contistas ou fabulistas têm a presença velada ou descoberta do preconceito (ou conceito), estabelecido pelo princípio condutor de alguma ideologia à qual eram simpáticos, seja nacionalista, comunista, socialista, escravagista, monarquista, republicana, democrática, etc. Se quisermos ser criteriosos encontraremos tais indícios até na Bíblia. Veja, por exemplo, as citações feitas sobre os gigantes; são indicativas que eram todos eles maus. Tal orientação pode nos levar a pensar que qualquer indivíduo fora do padrão “normal”, deva ser encarado como suspeito ou mal, pelo fato de ser diferente (gigante).

Jesus nos adverte contra o preconceito e a discriminação ao nos proibir o juízo discriminatório (não de exercer juízo avaliativo). O motivo fica claro, pois com a “vara” que eu medir (discriminar), serei discriminado. Se meu critério de discriminação é a cor, por esse mesmo critério serei discriminado por aquele que discrimino; se for o status social, serei assim tratado, etc.

Preocupar-se com a presença de implicações preconceituosas em Monteiro Lobato, deve ser pertinente a dissertações de mestrado ou teses de doutorado na área da literatura, antropologia ou sociologia, mas levar isso como ação ao STF é algo, a meu ver, sem sentido. O que devemos ter é, ainda hoje, sentimento de respeito e acatamento ao que pensa desigualmente, mesmo garantindo a ele o direito de pensar desigualmente e recebê-lo sem discriminação, ainda que não concorde com ele. Esta é a mensagem cristã.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 9 de setembro de 2012

FILOSOFIA GABRIELA

ANO LXX - Domingo, 09 de setembro de 2012 - Nº 3489

FILOSOFIA GABRIELA

Gabriela, livro escrito por Jorge Amado em 1958, que virou novela nos anos 60, depois nos anos 70 e retornando à televisão recentemente. A obra foi base para a composição da música de Dorival Caymmi, chamada “Modinha para Gabriela” e esta música de Caymmi fala de uma realidade vivida e sustentada por muitos. Pensando um pouco nesta música sempre me incomodou o fato de que tantas pessoas a transformam num pilar existencial, não a música em si, mas da ideia que é cantada, num motivo de orgulho e sustentação de sua personalidade e comportamento.

O Refrão da música diz: “Eu nasci assim, eu cresci assim / Eu sou mesmo assim / Vou ser sempre assim / Gabriela, sempre Gabriela”. Esse tipo de atitude é absolutamente contrária a proposta do evangelho, pois Jesus veio anunciar o perdão do pecados e consequentemente a conversão, a mudança da vida que se expressa na santificação.

Na conversa com Nicodemos o Senhor Jesus, fala de um novo nascimento para as coisas espirituais. Os encontros de Jesus são marcados por profundas mudanças de comportamento, foi assim com Zaqueu, com os discípulos e com tantos outros e outras, pois caso não houvesse mudança, evidenciava-se ali a irredutibilidade do ser e consequentemente a ausência do evangelho, como aconteceu com o Jovem Rico (Mc 10.17-22).

Diante disso, avalie sua vida, quais pontos precisam de mudança? Quantas áreas escuras necessitam ser iluminadas com a Luz da Palavra, a fim de que o comportamento seja alterado, com o objetivo de evidenciarmos ao mundo o evangelho de Deus em nós, cumprindo as palavras de Jesus, anunciando que somos Sal e Luz para o mundo?

Termino esse texto lembrando as palavras de Michel de Montaigne, “Só os loucos não mudam de opinião”.

Rev. Gustavo Bacha

domingo, 2 de setembro de 2012

TRAGÉDIAS

ANO LXX - Domingo, 02 de setembro de 2012 - Nº 3488

Tragédias
"...porém o Senhor cuida de mim" (Salmo 40:17)

Tornou-se comum, a quase todos nós, o hábito de nos assentarmos em frente ao aparelho de TV, principalmente à noite, e assistirmos ao noticiário (ou aos noticiários). A necessidade de nos mantermos bem informados sobre o que se passa ao nosso redor é inegociável, pensamos nós. Como ficar sem assistir a tais programas e não sabermos das últimas novidades na Austrália, Japão, China, Ucrânia, Cazaquistão, Estados Unidos, Irlanda, etc, que são de suma importância para nossa existência aqui no Brasil?

Ainda que fosse apenas esse ponto, poderíamos entender, pois nosso mundo tornou-se "uma pequena aldeia" e o que atinge lá, me afeta aqui. No entanto, tenho percebido que ao assistir a um destes noticiários, verei as mesmas coisas nos outros, e para que ficar buscando em todos os canais todos os informativos? O que veremos, infelizmente é a seleção de tragédias, seleção esta exposta com as mais variadas formas de impacto. Parece que quanto mais tragédia melhor. A impressão que temos é que só existe miséria, destruição, violência, morte.

A tragédia parece ser o tema preferido em tais programas informativos. Sejam aquelas que são frutos dos elementos da natureza e atingem as populações ao redor do mundo como tufões, terremotos, ciclones, chuvas torrenciais; ou aquelas em que existe a atuação direta do ser humano como as catástrofes ambientais de vazamento de óleo nos mares, a destruição e morte de centenas de pessoas por intolerância religiosa, política ou étnica. Elas são o "prato do dia".

O tema da violência urbana é constante. Fiquei aterrado quando foi feita, em um destes programas, uma sequência de relatos sobre assaltos, sequestros e mortes em algumas cidades em nosso país. Tragédias, tragédias, tragédias. Isso nos leva a uma situação de aflição e angústia de alma que nos empurra a pensarmos em parar, desistir ou desesperar. Que fazer? Parar de assistir a tais noticiários? Brincarmos de "faz de conta que não existe" tanta tragédia?

Penso que devemos seguir nossa vida, sabendo que tais ocorrências estão a nos rodear, tendo sempre a convicção do salmista de que "o Senhor cuida de mim" e do poeta sacro ao cantar: "Não sei o que de mal ou bem é reservado a mim, se maus ou áureos dias vêm até da vida ao fim. Mas eu sei em quem tenho crido e estou bem certo que é poderoso, guardará pois o meu tesouro até o dia final". Seja esta nossa postura e vivência.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 26 de agosto de 2012

COM MODERAÇÃO

ANO LXX - Domingo, 26 de Agosto de 2012 - Nº 3487

COM MODERAÇÃO

Não vos embriagueis com o vinho, no qual há dissolução...” (Ef. 5:18)

A revista Veja, no mês de julho passado, trouxe uma reportagem sobre o assunto do uso de bebida alcoólica pelos jovens e adolescentes. A matéria é alarmante em suas colocações, dando a entender que a situação é grave nesta área.

Faz 15 dias a Rede Bandeirantes exibiu uma matéria jornalística sobre o problema do consumo de bebida alcoólica entre as jovens e as adolescentes. A abordagem era sobre o aumento do consumo entre as mulheres. Houve cena em que garotas estavam assentadas e o “Bar Man” derramava vodka diretamente na boca das jovens e depois sacudia a cabeça delas como se fossem bonecas de pano. Ele disse: “Quando saem daqui estão embriagadas e só Deus para tomar conta”. Uma delas disse: “Antigamente as meninas aprendiam cozinhar como as mães, hoje nós aprendemos beber como nossos pais”. Triste quadro.

É triste que isso esteja acontecendo. A bebida é um elemento que faz parte do contexto social nosso, no sentido de estar no ambiente da mesa e da refeição, embora não necessariamente. Ela é, no entanto, agente causador de dependência química e se torna perigosa, embora seja, um tipo de droga socialmente permitida, aceita e até incentivada.

A Bíblia nos fala sobre moderação, mais do que abstinência. O senhor Jesus foi alguém que usou (consumiu) vinho (Lc. 7:34), mas, certamente, jamais teve qualquer situação que pudesse beirar à incontinência ou imoderação. A sobriedade é a palavra adequada no trato com esta questão. Deve-se, entretanto, levar em conta a probabilidade do risco de se transmitir um exemplo não salutar aos filhos e o fato de se ter uma inclinação a tal vício. Neste sentido muitos optam por evitar qualquer ingestão de álcool.

As propagandas trazem esta advertência: “Consuma com moderação”. Não podemos tirar o valor de tal colocação, mas, quando temos crianças e adolescentes o melhor é o não uso. A nós, adultos, cabe o exemplo, a orientação e a moderação.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 19 de agosto de 2012

CELEBRANDO 153 ANOS DE EXISTÊNCIA

ANO LXX - Domingo, 19 de agosto de 2012 - Nº 3486

CELEBRANDO 153 ANOS DE EXISTÊNCIA

No dia 12 de agosto a Igreja Presbiteriana celebrou seu 153º ano de existência em solo brasileiro.

Neste tempo de história, cujo início se deu com Ashbel Green Simontom, missionário vindo dos Estados Unidos com o objetivo de plantar aqui a Igreja Presbiteriana, muitas foram as vitórias e crises. Tempos difíceis, mas que foram superados e a Igreja foi estabelecida.

Nesta história já não tão curta, muitas foram as marchas e contramarchas, avanços e retrocessos, crescimento e decréscimo, fusões e divisões. Momentos de grande euforia e desenvolvimento, chegando a ser, nos anos 50, a maior e mais influente denominação protestante no Brasil e momentos de crises políticas internas com reflexo na vida de toda a denominação.

Temos, ainda hoje, algumas “IPBs” dentro de nossa denominação. Você encontrará ministros, conselhos, igrejas locais e, até mesmo, presbitérios com nítida tendência liberal, ou fundamentalista, ou dispensacionalista, ou renovacionista, ou arminiana. É o retrato de nossa IPB. Continuamos a ter maquinações políticas à base de interesses pessoais ou de grupos. Continuamos a ter uma visão desconfiada de adaptação às novas realidades sociais, devido à nossa legislação vigente, mantendo-nos ligados à estruturação constitucional de 1950. Permanecemos em um modelo de caráter rural, mesmo em um Brasil que se coloca, há algum tempo, como nitidamente urbano.

Temos muito a celebrar, pela graça de Deus. Há, no entanto, muito a ser feito e dinamizado no seio de nossa IPB. Imperativa se faz a percepção da necessidade de mudanças, sem que haja afastamento de compromisso de fidelidade a Deus e às Escrituras, nem conluio com a forma secularizada e impura de viver. É mister que haja coragem para mudanças salutares e necessárias na forma e conteúdo legislativo da Igreja; dependência de Deus e confiança em Sua Soberania com menos conchavos, arranjos e acordos políticos e de bastidores; plantação de igrejas saudáveis e ampliação da ação missionária; formação de ministros da Palavra (pastores) e não apenas intelectuais religiosos sem paixão cristã em seus corações.

Graças a Deus pela existência da IPB e que ela seja sempre fiel ao Senhor e à Sua Palavra. Parabéns e que Ele nos renove e fortaleça.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 12 de agosto de 2012

AOS PAIS

ANO LXX - Domingo, 12 de agosto de 2012 - Nº 3485

AOS PAIS

"Fílhos. obedecei a vossos pais... pais não provoqueis à ira os filhos, mas criai os mesmos em disciplina e admoestação do Senhor”. (Efésios 6:1 e 4)

Neste dia em que se comemora o Dia dos Pais, faço lembrar este texto da lavra do apóstolo Paulo, no qual coloca alguns pontos quanto à relação pais-filhos.

Há, na lingua grega, uma distinção que não é possível ser feita no idioma português, mas, quando se tem tal percepção alguns aspectos são aclarados no texto. Vejamos:

Paulo ao falar que os filhos devem obedecer aos "pais", faz uso da palavra "goneusin", ou seja, sentido genérico que engloba o pai e a mãe, como no caso de "reunião de pais e mestres". Assim, os devem obedecer ao pai e à mãe, indistintamente.

Na sequência ao falar sobre o imperativo de criar (educar, instruir), o apóstolo usa outra palavra, a saber: "pateres”. Esta é especifica para designação de gênero, ou seja, trata-se de pai propriamente dito. Não é genérico ou abrangente (pai e mãe)I mas restritivo; pai.

No sentido acima colocado vê-se que a responsabilidade de criar os filhos (menino e menina) é do pai, e não da mãe. Como isso tem sido esquecido ao longo dos tempos. Houve mesmo uma inversão no processo, sendo que a educação, criação e instrução dos filhos foram repassadas às mães. Nós, os pais, diz o texto, devemos ter o cuidado de não provocarmos nossos filhos à ira, no sentido de não despertar neles a revolta por uma postura e atitude incompatíveis com nosso privilégio de pais. Devemos, também. tomar consciência e nos imbuirmos do senso de responsabilidade e privilégio em fazê-Ios instruídos e criados na disciplina e admoestação do Senhor, ou seja, na dimensão de uma vida temente a Deus. A criação dos filhos (instrução-educação) não é privilégio-responsabilidade da mãe, mas do pai.

No Dia dos Pais faço lembrar esta orientação de Paulo a todos nós que somos pais: criar nossos filhos no Senhor. O que foi dado a nós fazer, será requerido de nós e não de outro. O que foi determinado ao pai fazer, é de sua responsabilidade fazer e a mãe não será requerida pela negligência do pai, antes ele é quem dará contas diante do Tribunal de Deus. Parabéns e feliz Dia dos Pais.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 5 de agosto de 2012

DOMÍNIO E PERSISTÊNCIA

ANO LXX - Domingo, 05 de agosto de 2012 - Nº 3484

DOMÍNIO E PERSISTÊNCIA

"Todo atleta em tudo se domina, aqueles para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível" (I Co. 9:25)

Estamos vivendo mais um período de atenção com os esportes, devido aos Jogos Olímpicos em Londres. Claro que os "Cachoeiras" e os "Mensalões" estão satisfeitos, pois o foco deixa de estar tão restrito sobre eles e se volta para os que correm e lutam nos estádios ingleses.

Paulo, ao escrever aos Coríntios, vale-se da figura dos jogos de modo geral. A figura do atleta é referida como alguém que se policia, se esforça e se domina, com o propósito de alcançar seu objetivo, a coroa (medalha) da vitória. O atleta é alguém que se priva de certas atividades, se afasta de certos ambientes e se abstém de determinados alimentos ou modera a ingestão de outros. Todo este esforço visa melhorar seu desempenho para alcançar sua meta, a vitória. O atleta é alguém que se envolve por horas em treinamento e dedicação na repetição dos exercícios. São horas e horas a cada dia, quase todos (ou todos) os dias da semana durante meses e anos, até a exaustão, com o propósito único de alcançar a coroa (medalha) da vitória.

Tal figura é usada por Paulo, para efeito de comparação com nossa jornada cristã. Claro que os atletas correm para alcançar uma medalha que acaba por perecer, enquanto a nossa é imarcescível e imperecível (I Pe. 5:4). A pergunta a ser feita é: essa figura é comparável com a minha realidade? Em meu viver cristão sou como um atleta, no sentido da dedicação, do empenho, da perseverança em manter-me firme no propósito de honrar ao Senhor? Trata-se de um grande desafio a mim, esta comparação com os atletas. Sinto-me envergonhado com este cotejo. Pois, nem de longe, me empenho ou me esforço na vida cristã como eles fazem em suas atividades e práticas esportivas. Claro que não serei salvo por minhas obras, nem levado ao céu por meu esforço, mas meu desenvolvimento cristão e maturidade na fé estão ligados ao meu empenho no uso diligente dos meios de graça dados por Deus à Sua Igreja. O desafio é grande de sermos como os atletas em sua dedicação, zelo e empenho em nossa relação e comunhão com o Senhor. Vamos enfrentar?

Rev. Paulo Audebert Delage


domingo, 29 de julho de 2012

DE MAL A PIOR

ANO LXX - Domingo, 29 de julho de 2012 - Nº 3483

DE MAL A PIOR
Mas os homens perversos e impostores
irão de mal a pior” ( II Tm.3:13)

Em programa recente do Pr. Silas Malafaia, no qual estavam o pastor Jabes Alencar, senador Magno Malta e outros, o debate era sobre o crescimento da Igreja Evangélica no Brasil. O percentual proposto oscilava de 20 a 30 por cento de nossa população como sendo considerada evangélica (o significado da palavra não está bem definido). A certa altura o apresentador Malafaia fala sobre algumas observações ao fenômeno do crescimento. Dentre tais observações levantou-se a de que embora haja este crescimento, não há mudança efetiva, para melhor, moral e ética na sociedade brasileira, verificando-se aumento de criminalidade, violência, insegurança, etc. A resposta dada foi a de que se não houvesse este crescimento como estaria a situação? Certamente muitíssimo pior, disseram alguns. Neste instante o senador, de forma inadequada e infeliz, devido ao entendimento equivocado e descontextualizado da Bíblia, disse que “se fosse diferente a Bíblia estaria mentindo, pois as coisas irão piorar, é o final dos tempos”.

Fiquei pensando, à base de tal fala do senador, que deveríamos acabar com todas as iniciativas e projetos que visem melhorar a condição de vida do ser humano. Pensei que esta fala vinda de um senador é contraditória (para ser cordato em meu falar), posto ser ele um agente público que tem a obrigação de propor e estabelecer, por via legislativa, projetos que possam trazer o desenvolvimento da qualidade de vida a todos nós. Não fazem sentido o governo, a legislação e as iniciativas de melhoria. Devemos nos manter “imóveis” e apenas deixar que as coisas continuem indo de mal a pior. Certamente que não. O senador deve, com urgência, rever esta sua postura infeliz, insustentável e não condizente com sua condição de senador da república e cristão.

De modo individual (pelo compromisso de fé e reflexo na ética) e coletivamente (manifestação institucional) nós cristãos devemos trabalhar para que haja melhorias nas condições de vida e existência em nossa sociedade. Se os homens vão, por decisão própria, continuar indo de mal a pior, nós, cristãos, continuaremos lutando e trabalhando com o Evangelho que salva, liberta, restaura e transforma a vida do ser humano e da sociedade. É o desafio posto a nós cristãos.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 22 de julho de 2012

LEI PARA TODOS IGUALMENTE

ANO LXX - Domingo, 22 de julho de 2012 - Nº 3482

LEI PARA TODOS IGUALMENTE

"Tu firmas a equidade, e executas
o juízo e a justiça" (Sl. 99:4)

No final da semana passada foi realizado um show de música na Inglaterra e o "pop star" que se apresentava era o ex-beatle Paul Mccartney. Ocorre que repentinamente o som de seu microfone e dos instrumentos é cortado e não é possível mais cantar. O motivo deste corte foi justificado a todos posteriormente: o horário de silêncio, conforme a determinação da legislação inglesa, havia sido ultrapassado em quinze minutos. Como não houve observação de silêncio no momento próprio, o som foi desligado. Não fazia diferença quem estava se apresentando; a lei estava sendo aplicada.

Ao ouvir esta notícia fiquei a pensar em sua aplicação no Brasil. Quantos ajustes, acertos e "dilatações" seriam feitos, tendo em vista a pessoa que estava se apresentando. Claro que a violação seria permitida e tolerada, dependendo de quem fosse a "eminência" pública no palco. A cantora Rita Lee se sentiu ofendida em Alagoas e processou os policiais militares que aplicaram a lei em um show protagonizado por ela. Vemos que a legislação é, no Brasil, muitas vezes, maleável e distendida, dependendo de quem seja o alvo a que ela se dirija no momento. É muito triste que seja assim.

Quando conduzimos esta situação ao contexto bíblico, somos alertados e confrontados com o fato da ação de Deus em firmar a equidade e julgar com justiça. Isso nos aponta a verdade de que o Senhor não faz "acepção de pessoas", ou seja, será aplicada a justiça com equidade e inflexibilidade, não importando sua posição humana. Não haverá distinção alguma ou privilégio qualquer: "a alma que pecar, essa morrerá", "o que o homem plantar isso colherá". O juízo executado por Deus ao final de tudo, será absolutamente imparcial, quando todos comparecerão diante dEle para dar contas do que hajam feito. Não fará diferença se você foi rei ou vassalo, milionário ou mendigo, poderoso ou destituído. O único recurso possível para não ser condenado, é crer em Cristo e recebê-lo em sua vida como seu salvador, pois ele terá recebido toda justa condenação que seria lançada sobre você. Só Jesus nos faz livres da ira e juízo vindouros.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 15 de julho de 2012

BONS EXEMPLOS

ANO LXX - Domingo, 15 de julho de 2012 - Nº 3481

BONS EXEMPLOS
Amado, não imites o que é mau,
senão o que é bom...” (III João 11)

Todos os noticiários de nossas redes de televisão informaram sobre a atitude de um casal de moradores de rua (vive sob um viaduto de nossa cidade), que havendo encontrado uma sacola com cerca de R$20.000,00 (vinte mil reais) e sem identificação do dono, entregaram à polícia para as providências. Os donos foram localizados e tiveram seu dinheiro devolvido. O casal estava enfrentado ameaças por parte dos ladrões pelo fato de haverem entregado o dinheiro aos policiais.

Ao ouvir tal reportagem a pergunta que fiz foi: “O que levou essas pessoas a tomarem tal atitude?” Seria a chance de se “verem famosas”? O tempo de fama será tão curto se comparado ao valor devolvido, que não valeria a pena. Será medo das ameaças? Parece que não, pois assim entregariam aos bandidos. A ambição para obter um emprego? Como saber que poderia gerar tal resultado? Receber uma recompensa em dinheiro? Talvez, embora as declarações dadas por elas sejam contrárias a tal possibilidade ao afirmar com segurança, mas sem arrogância: “honestidade e honra não se compram, se conquistam”.

Há, nos dizeres de João acima transcritos, exemplos maus e bons. Eis um belo exemplo a ser imitado por todos nós neste Brasil tão carente de atitudes, as quais podem mudar para melhor nossa sociedade. Pessoas simples, carentes, marginalizadas, mas com postura de integridade e honradez. Vemos que nestes dias de “cachoeiras” e “mensalões” a classe política deveria mirar-se nestas pessoas, assumindo postura de igual porte.

Este é um desafio a mim e a você, em nossa condição de cristãos, para que nosso testemunho e atitudes reflitam nosso compromisso de fé evangélica. Nosso comportamento é digno de imitação por aqueles que nos cercam? Se houvesse repetição de nossas atitudes qual seria a situação do ambiente social em que vivemos? Nossos atos refletem aquilo que falamos e anunciamos, ou não há correspondência entre eles?

Amados, imitemos o maior e melhor de todos os exemplos, o de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, a fim de que possamos refletir a genuína luz de Deus neste mundo cada vez mais carente de bons exemplos a serem imitados.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 8 de julho de 2012

ALIANÇAS ESPÚRIAS

ANO LXX - Domingo, 08 de julho de 2012 - Nº 3480

ALIANÇAS ESPÚRIAS
...que aliança pode haver entre justiça
e iniquidade...luz e trevas?” (II Co. 6:14)

Faz poucos dias que São Paulo e o Brasil foram atingidos por algo impensável, fomos abalados por uma foto inimaginável aliada a manchete menos admissível ainda: o PT estava fazendo aliança com Paulo Maluf. Lula e Paulo Maluf juntos caminhando na empreitada política “a favor de São Paulo”. A candidata à vice-prefeitura pela chapa do PT, Luiza Erundina, ficou indignada com esta postura do PT e retirou sua candidatura, em um gesto louvável por sua coerência. Ela não poderia concordar com aquele tipo de aliança, ou seja, até mesmo o aspecto pragmático na política tem limites.

Vemos nesta atitude da ex-prefeita Erundina, algo digno de ser imitado por nós, ou seja, a coerência em não se envolver ou se imiscuir em conchavos e conluios que sejam antagônicos aos princípios que esposamos e sustentamos em nosso discurso e fala. É, sem dúvida, um grande exemplo que nos é dado por esta veterana na política brasileira, mesmo que não concorde com sua ideologia ou posicionamento político.

O que isso nos traz de proveito? Claro que devemos olhar a postura assumida por aquela senhora, como um exemplo em nossa conduta cristã. As possibilidades de firmarmos alianças espúrias em nosso viver diário são muito grandes e, quase constantes. Frequentemente somos chamados a nos posicionarmos de forma a admitir a aliança com as trevas, a assumirmos comportamento antagônico ao determinado por Deus em Sua Palavra, a nos ajustarmos aos padrões sociais e ou comerciais vigentes. É algo que não podemos fazer. Resistência é o que devemos apresentar. Não podemos, nem devemos nos unir aos “cananeus, girgaseus e jebuseus” em suas práticas e propostas contrárias à vontade do Senhor, pois tal conduta é abominação ao Senhor.

A atitude de Luiza Erundina é uma lição profunda a mim: não sacrificar minhas convicções (e fé) por acordos, alianças e conchavos com aqueles que propõem algo que seja de oposição aos princípios bíblicos cristãos. Que tenhamos a mesma coragem e disposição em “pagar o preço” de alguma perda, mas jamais assumirmos aliança com a corrupção, injustiça e maldade, pois que “aliança pode haver entre as trevas e a luz”?

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 1 de julho de 2012

DEPRESSÃO

ANO LXX - Domingo, 01 de julho de 2012 - Culto Vespertino

DEPRESSÃO

Sermão do Rev. Gustavo Bacha, gravado no culto vespertino de 01 de julho de 2012 na Igreja Presbiteriana de Vila Mariana, em São Paulo.

Neste sermão são abordados sugestões para o diagnóstico e tratamento da depressão. Também é sugerido um desenvolvimento de uma espiritualidade cristã, com base na experiência de Elias e dos cuidados de Deus para com ele.

1. Aprresentação do tema (0:00:01)
1.1. Tema: Depressão (0:00:14)
2. Introdução (0:01:04)
2.1. Primeiro depoimento (0:01:25)
2.2. Segundo depoimento (0:02:48)
3. Tese (0:03:48)
3.1. Três sugestões (0:14:14)
3.2. Primeira sugestão: Procure um bom médico (0:14:37)
3.3. Segunda sugestão: Sujeite-se ao tratamento (0:14:49)
3.4. Terceira sugestão: desenvolva uma espiritualidade cristã (0:15:05)
4. Fundamento: I Reis 19:1-19 (0:17:07)
4.1. Sinais de depressão em Elias (0:19:45)
5. Suidados de deus com o depressivo (0:23:24)
5.1. Deus renova suas forças (0:23:35)
5.2. Deus cuida da autoestima (0:26:29)
5.3. Deus cuida do foco e senso de missão (0:27:59)
6. Conclusão (0:30:15)

Gravação, edição e publicação pelo Departamento de Som e Imagem da Igreja Presbiteriana de Vila Mariana.

Leia o artigo da capa do boletim deste dia:

CASTELOS DE AREIA

ANO LXX - Domingo, 01 de julho de 2012 - Nº 3479

CASTELOS DE AREIA
É semelhante ao homem tolo que edificou
sua casa sobre a areia...” (Mt. 7:26)

É muito difícil que alguém freqüente a praia (quando criança ou com as crianças) e não tenha se envolvido na empreitada de construir os famosos castelos na areia. Longos períodos de tempo carregando areia molhada, fazendo o fosso ao redor, erigindo as torres, construindo o belo castelo. Mas, não muito depois, as ondas começam a se aproximar perigosamente e, logo, o castelo vai desaparecer tomado pelas ondas. A lição simples a ser aprendida é que castelos de areia não são de longa duração.

Há tantos que não se dão conta desse fato. Trabalham freneticamente, uma agenda abarrotada e quase insana, desejando alcançar tudo ao redor, no afã de deixar um legado patrimonial aos que ficarem, sem lhes dar tempo qualitativo e significativo de convivência e presença. Sim, as pessoas querem presença mais do que meros presentes. Nesta corrida desabalada, o corpo acaba reclamando e força a diminuir o ritmo, a desacelerar e o coloca na posição de “descanso forçado”.

Não é errado que se tenha o cuidado com o bem estar físico nosso e de nossos familiares. Devemos nos esforçar para termos e darmos a melhor instrução e formação aos filhos. Mas, é preciso que entendamos o que disse o Senhor a Marta: “poucas coisas são necessárias...”. Ele fala de necessidade não de utilidade, não de conforto e nem de superfluidade ou ostentação.

A expressão usada por Salomão que equivale a construir castelos de areia é “correr atrás do vento”. O sentido é o mesmo. Corremos, conquistamos, ajuntamos, acumulamos, mas “esta noite pedirão a tua alma, e o que tens para quem será?”. É isso que o senhor Jesus nos ensina. Nossos castelos de areia se vão, se diluem e o que nos resta? Corremos atrás do vento? Sucesso, reconhecimento, destaque. Sedução do mundo. “Obedeça a Deus, porque ele lhe concede tempo suficiente para fazer tudo o que você precisa fazer em um dia ou na vida. Note que ele não lhe dá tempo suficiente para fazer tudo o que os outros pensam que você precisa fazer. Para descobrir o que Deus quer que você faça, dedique tempo a ele, ouça-o e, então, obedeça.”

(Adaptado do livro “Um mês para viver” de Kerry e Chris Shook)

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 24 de junho de 2012

LANÇAR FORA A CARGA

ANO LXX - Domingo, 24 de junho de 2012 - Nº 3478

LANÇAR FORA A CARGA
... sendo violentamente castigados pela tempestade,
começaram a lançar fora a carga

A realidade que nos é imposta exige, de nós, que mudemos nossa forma de ver o mundo. Se soubesse que tem apenas um mês para viver, isso faria você rearranjar sua agenda e prioridade.

O texto acima está em Atos 27:18 e fala da jornada de Paulo no navio, indo, como prisioneiro, para Roma. Foram atingidos por um furacão, ou tempestade fortíssima e por muitos dias. Lucas registra que a tripulação começou a livrar-se de tudo aquilo que não era essencial à sobrevivência e permanência do navio. Muita carga que fora colocada cuidadosamente no navio, agora era lançada fora e às pressas, tornavase um risco e até mesmo um estorvo, era inútil. O que era considerado, apenas há alguns dias, precioso, agora é percebido como não sendo de valor efetivo algum.

Ao soprarem as tempestades e chegarem os furacões, seremos forçados a rever agenda, reescalonar prioridade, refazer planos e projetos. Com muita probabilidade o que atingirá o topo da lista é o aspecto dos relacionamentos. No meio da tempestade você está com medo, ansioso, irritado ou deprimido. A tempestade poderá exigir que você se desfaça da carga inútil e refaça sua escala de valores. Deus dará a você, não presentes, mas Sua Presença. Você poderá estar enjoado, abatido, fraco, molhado, mas haverá de ser conduzido pela presença do Senhor.

Que tipo de carga você precisa jogar fora de seu navio, antes mesmo da tempestade? Lançará esta carga fora apenas quando não houver jeito e estiver afundando já na tempestade? O que você precisa e pode jogar fora de seu barco e que não fará falta? O que faz com que esta carga não necessária ainda permaneça roubando seu tempo, energia e vigor? Infelizmente esperamos a tormenta e a tempestade chegarem para aliviarmos a carga de nosso navio.

(Adaptado do livro “Um mês para viver” de Kerry e Chris Shook).

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 17 de junho de 2012

A RIO MAIS VINTE

ANO LXX - Domingo, 17 de junho de 2012 - Nº 3477

A RIO MAIS VINTE
“A terra estava corrompida à vista de Deus...” ( Gn.6:11)

Estamos vivendo o tempo da Rio + 20. Trata-se de uma conferência mundial sobre as questões climáticas e ambientais, envolvendo nosso planeta quanto à utilização e conservação de seus recursos naturais, além de assuntos sobre emissão de poluentes e outros. O nome é devido à última conferência deste gênero realizada no Rio em 1992.

Não se pode negar a relevância em tratar tal assunto. As considerações nesta esfera são muito pertinentes e necessárias, pois se corre o risco de uma degradação ambiental sem precedentes, o que poderá gerar a destruição do planeta. Mobilizar as pessoas com relação a esses pontos é de vital importância para todos nós como integrantes deste ecossistema e “ocupantes” desta “nave” que é a terra.

Fico pensando, no entanto, sobre uma outra situação de degradação, corrupção e devastação de nosso planeta terra, ou seja, a devastação que atinge as estruturas morais e relacionais de nosso mundo. A escalada da violência por quase toda parte do planeta. A banalização da vida humana, o descaso com a pessoa na sua condição simples de gente. Campanhas que são feitas em favor das baleias, dos golfinhos, do rinoceronte branco, mas milhares de crianças morrendo de fome no Sudão, na Etiópia, regiões do Brasil, partes da América Latina, sem mobilização e investimento para salvar tais vidas.

O crescimento do tráfico de drogas e de armas e seus efeitos diretos ou colaterais como a prostituição, assaltos, roubos e outras mazelas, é outro ponto de degradação de nosso planeta em sua esfera não física-material. A crescente falta de liberdade imposta por governos totalitários (de uma ideologia ou outra) na esfera social, política ou religiosa. A intolerância que se agrava, acirrando o ódio entre os povos e entre os de um mesmo povo. Estes aspectos nos levam a temer pelo futuro de nosso planeta.

A preocupação justa em deixar aos nossos filhos um planeta melhor se vê na esfera da ecologia, mas não se percebe, com a mesma intensidade, na esfera da ética, da moral e dos costumes. Preservemos nosso planeta, contribuamos para sua recuperação ecológica e ambiental, mas sejamos agentes promovedores da recuperação da vida ética deste nosso desgastado planeta TERRA.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 10 de junho de 2012

O CACHOEIRA, O SALMISTA E O SANTUÁRIO

ANO LXX - Domingo, 10 de junho de 2012 - Nº 3476

O CACHOEIRA, O SALMISTA E O SANTUÁRIO

Cachoeira, essa tem sido uma palavra muito ouvida nos últimos dias. O que sempre trouxe uma imagem de beleza natural, agora, é associada a mais um escândalo de corrupção do nosso país. Um bicheiro, que desejou ir além das apostas, negociando com o governo e se enriquecendo de maneira ilícita, através de obras superfaturadas, informações privilegiadas, entre outras ilegalidades. Como tantos outros que conhecemos.

Talvez, a sua indignação seja a mesma do salmista, no salmo 73, ao observar a prosperidade dos corruptos ele diz assim: “Pretensiosos e arrogantes, vestem-se com os insultos da última moda. Mimados e fartos, enfeitam-se com as tiaras da tolice. Eles zombam, usando palavras que ferem, utilizando-as também para intimidar... Os ímpios estão com tudo: alcançam sucesso e ajuntam riquezas.” (v. 6-12*)

Enquanto isso, nós trabalhadores, acordamos cedo, lutamos 8, 10, 12 horas por dia, pagamos nossos impostos e quando percebemos um mísero sinal justiça (CPI), frente a essa corrupção, ainda somos obrigados a presenciar uma sessão de silêncio sem nenhuma satisfação para a população. Novamente, o salmista abre seu coração e fala sobre essa impunidade: “Invejei os ímpios que tinham sucesso, que não tem com o que se preocupar e nenhum problema para resolver”. (v. 4,5)

Esse é o sentimento, se pensarmos que tudo se resume a esta vida, se pensarmos que Deus não se envolve com questões políticas, públicas e que espiritualidade tem a ver somente com os domingos e com a igreja. O salmista revela o sentimento de inveja, diante da prosperidade dessas pessoas que são intocáveis pela justiça dos homens, por isso seus pés quase vacilaram.

Enfim, Asafe percebe que tudo isso que aflige o seu coração, encontra paz quando ele entra no santuário de Deus. Quando ele entra em contato com o Senhor e percebe que Deus não deixará isso impune. E que o destino deles é “A estrada escorregadia em que os puseste, que termina com a colisão contra o muro das desilusões. Num piscar de olhos o desastre! Uma curva cega na escuridão, e será o pesadelo! Acordamos, esfregamos os olhos, e... nada. Não há nada para eles. Nunca houve.” (v. 17-20*)

Diante disso, termino com as palavras do salmista, “Mas para mim, estar na presença de Deus é inigualável” (v.28*).

Rev. Gustavo Bacha
*Versão da bíblia - A Mensagem

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

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