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domingo, 26 de fevereiro de 2017

JUSTIÇA TARDIA

ANO LXXIV - Domingo, 26 de fevereiro de 2017 - Nº 3722

JUSTIÇA TARDIA
Como se não executa logo a sentença sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto a praticar o mal” (Eclesiastes 8:11).

O adágio pronunciado pelo povo que diz “melhor tarde do que nunca”, na esfera do Direito e da Justiça tem muita resistência em ser admitido e agasalhado, pois nestas áreas a “justiça que tarda e demora não é justiça”.

O escrito do livro de Eclesiastes é muito apropriado e tem plena aplicabilidade no contexto de nosso país na esfera da justiça. Há (havia?) uma espécie de senso de impunidade quando nos deparamos com as situações expostas no dia-a-dia de nossas cidades. Podemos ver a situação relativa a “menores infratores” que são, de fato, “bandidos escolados” e com vasta ficha criminal incluindo homicídios e que são “apreendidos” e logo estão nas ruas novamente. Criminosos confessos que saem das delegacias pela “porta da frente”, mesmo com seu crime (homicídio inclusive) tendo sido filmado. Assassinos “ao volante” de seus carros (caros ou não) matam cidadãos e cidadãs nas ruas, avenidas ou calçadas de nossas cidades, por estarem embriagados e com excessiva (altíssima) velocidade são postos em liberdade após fiança arbitrada pela “autoridade competente”, indo aguardar o julgamento em liberdade, o qual ocorrerá, talvez, três anos depois, vindo, a seguir, o caudal (enxurrada) de recursos, levando a decisão para 10 anos mais tarde. Poderia continuar citando outras situações, mas paro por aqui e retorno ao texto bíblico em sua verdade incisiva. O que fica é a impressão de que “não há punição” e, portanto, impulso à disposição a se praticar o mal.

A impunidade (ou a sensação dela) torna-se um agente incentivador da ação criminal ou seu aumento. Claro que a pena não faz desaparecer a violência ou a criminalidade. Mas, a consciência de que o “crime será breve e adequadamente punido” é, sem dúvida, agente inibidor de nossos impulsos, pois ao sermos responsabilizados de forma célere e firme por nossos atos delituosos, seremos desestimulados à prática de outros delitos, e os demais da sociedade saberão que, de fato, “o crime não compensa, pois a punição é rápida e severa”. Chega de impunidade aos crimes praticados por “cidadãos comuns” ou por aqueles com “foro privilegiado” e “colarinho branco”. Sem privilégios, com celeridade e firmeza. Esta é a justiça que todos queremos. Deus, em Cristo, assim nos conceda.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 19 de fevereiro de 2017

QUANTO AOS DIÁCONOS

ANO LXXIV - Domingo, 19 de fevereiro de 2017 - Nº 3721

“QUANTO AOS DIÁCONOS” (I Tm 3:8-13)

A Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil dispõe: “O pastor, com antecedência de ao menos trinta dias, instruirá a igreja a respeito das qualidades que deve possuir o escolhido para desempenhar o ofício” (Parágrafo único do artigo 111).

Desta forma, a Igreja está convocada para eleição de 11 (onze) diáconos com 1ª convocação para dia 05/03 e, não havendo “quorum” em 2ª convocação no dia 12/03, ambas às 10:20 e deve observar o que diz a Constituição da IPB; as diretrizes do conselho e, sobretudo, as orientações bíblicas sobre o diaconato constantes no texto acima apontado. Deve entender que não há hierarquia entre oficiais da Igreja (pastores, presbíteros e diáconos), mas apenas diferentes funções.

Todo e qualquer oficial deve reunir o maior número de virtudes ou características apontadas no texto bíblico e a Igreja precisa examinar com critério tais pontos, e não se deixar levar por simpatia, cortesia, “status”, profissão e coisas desta linha. As virtudes estão expostas com clareza no texto de Paulo e, embora talvez não haja quem as reúna todas em si, é preciso que os eleitores verifiquem com cuidado os nomes apresentados e aqueles que maior número de tais características tem evidenciado.

Além das marcas apontadas por Paulo nossa Constituição (IPB) aponta o seguinte: “O presbítero e o diácono devem ser assíduos e pontuais no cumprimento de seus deveres, irrepreensíveis na moral, sãos na fé, prudentes no agir, discretos no falar e exemplos de santidade na vida” (Artigo 55). (Ênfase dada por mim). Elencam-se entre os deveres dos membros da Igreja (o que os oficiais devem manifestar) os seguintes: “viver de acordo com a doutrina e prática da Escritura Sagrada; honrar e propagar o evangelho pela vida e pela palavra; sustentar a igreja e suas instituições, moral e financeiramente; obedecer às autoridades da Igreja, enquanto estas permanecerem fieis às Escrituras Sagradas; participar dos trabalhos e reuniões de sua Igreja, inclusive assembleias”. (Art.14, alíneas a, b, c, d, e). Segue-se a isto a necessidade de afirmarem a aceitação e reafirmação de sua crença nas Sagradas Escrituras como a Palavra de Deus e na lealdade à Confissão de Fé, aos Catecismos e à Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil. (Princípios de Liturgia da IPB art.28).

Ore ao Senhor sobre a eleição. Medite sobre os pontos vistos e apresentados acima. Compareça e vote com serenidade e tranquilidade, buscando a direção de Deus. Oração e dependência de Deus sempre para escolha e decisão.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 12 de fevereiro de 2017

O CAMINHO MAIS LONGO

ANO LXXIV - Domingo, 12 de fevereiro de 2017 - Nº 3720

O CAMINHO MAIS LONGO

Quando o Faraó sucumbiu à vontade de Deus, deixando o povo partir do Egito, eles tinham dois caminhos em direção à Canaã, o primeiro pela terra dos filisteus e o segundo através do deserto.

A estrada pela terra dos Filisteus era mais rápida, segura e relativamente fácil. Mas nem sempre os caminhos que Deus tem para nós se encaixam nessa tríade. E foi isso que aconteceu, Deus os conduziu pelo caminho do mar vermelho, sem estradas, pontes e nenhum sinal visível que os orientasse, a não ser as manifestações do Senhor.

Algumas vezes em nossa vida, tentamos pegar o caminho mais curto, achando que é o melhor, pois são mais atrativos e fáceis. Vejamos o que acontece hoje com as pessoas que moram no estado do Espirito Santo, que diante da greve dos policiais aproveitaram para saquear estabelecimentos e também agir com sua própria justiça, cometendo roubos e assassinatos, buscando atalho para os desejos do coração. Porque para quem trilha esse caminho o que importa é ser feliz.

Já a estrada mais longa, pode ser à primeira vista mais desanimadora, quase que desesperadora, contudo ela tem o potencial de transformar a minha caminhada em uma caminhada baseada na confiança de Deus.

Essa caminhada pelo caminho mais longo pode ajustar a minha disposição de fazer qualquer coisa a qualquer custo, me ajudando a ajustar o foco naquilo que Deus deseja para a minha vida. Ela pode também ajustar o valor da alegria de estar no caminho do Senhor, ao invés do meu caminho, revelando a estreita relação entre obediência e bênção que reside na renúncia das minhas vontades, em favor de um bem maior.

Pensando nesse caminho, vejo tantos personagens na bíblia que podem nos motivar a trilhá-lo. José: Filho mimado, escravo, prisioneiro, administrador e Governador do Egito. Apóstolo Paulo: Judeu exemplar, convertido por Deus, peregrino pregador do evangelho, apóstolo e o maior escritor do novo testamento.

Portanto, lembre-se, nem sempre o caminho mais curto é o melhor, voltando a história do povo hebreu, o verso 17 do capítulo 13 diz assim: “Deus não o levou pelo caminho da terra dos filisteus.”

Rev. Gustavo Bacha

domingo, 5 de fevereiro de 2017

O X DA QUESTÃO

ANO LXXIV - Domingo, 05 de fevereiro de 2017 - Nº 3719

O X DA QUESTÃO

Nesta semana, todos os meios de comunicação, noticiaram com muita ênfase a prisão do ex-bilionário Eike Batista, que depois de ser declarado foragido pela Interpol, resolveu se entregar.
 
Eike é um homem que ditou o modelo de negócio por muitos anos no país, sempre expondo, por meio das redes sociais suas conquistas, bens e mulheres e sendo seguido por milhões de admiradores, pois suas cifras eram astronômicas, desde o seu lucro até o valor que pagou de IR em 2010, totalizando 670 milhões de reais somente naquele ano. Lançou há alguns anos sua autobiografia, livro esse que expões também sua filosofia de vida e de negócio e que dá o título a esse artigo.
 
A vida dele era o desejo, aspiração e objetivo de muitos jovens e até mesmo homens e mulheres que buscavam sucesso profissional, contudo a suspeita de que houvesse ilicitude em suas negociações está vindo à tona, e com essas suspeitas muitas outras pessoas também estão apreensivas com essa prisão e provavelmente estão pensando se serão ou não descobertas, desejando que o oculto prevaleça nessa história.
 
Como é de conhecimento público, suas empresas sempre levaram o X como marca do negócio, contudo o X na língua portuguesa, especificamente na gíria dos jovens e adolescentes, representa o incerto, o não objetivo, sendo aplicável a qualquer contexto, quase como uma palavra (xis) coringa. Na matemática, ele é o elemento oculto, o terror de muitos estudantes que precisam descobrir o seu valor em equações, cálculos, funções, derivadas, etc.
 
Ao que tudo indica, o X da questão foi revelado e todo o modelo antes admirado e seguido, agora, no mínimo é questionado e ao que possui algum resquício de vergonha pensa sobre que tipo de herança eu deixarei.
 
Esse é apenas mais um caso, dentre os demais que a Lava Jato trouxe à tona, contudo, muitos outros que não foram e provavelmente não serão revelados, nem punidos, contudo Jesus disse que “não os temais; pois nada há encoberto, que não venha a ser revelado; nem oculto, que não venha a ser conhecido.”
 
Termino esse artigo, trazendo a memória o fato dito por João: “Deus é maior do que o nosso coração e conhece todas as coisas.”, pois, mesmo que ninguém saiba das falcatruas, ilicitudes, golpes, traições, pecados, Deus sabe, isso basta e terá um fim.

Rev. Gustavo Bacha

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.