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domingo, 31 de dezembro de 2017

DAR ESPERANÇA

ANO LXXV - Domingo, 31 de dezembro de 2017 - Nº 3766

DAR ESPERANÇA

“Quero trazer à memória o que me pode dar esperança” (Lamentações 3: 21)

Chegamos ao final de 2017 e estamos às portas de 2018. Tantas situações vividas de lutas, conflitos, tristezas, dilemas, angústias, aflições neste ano que se finda; mas, também, de alegrias, vitórias, superações e triunfos.

Final de ano de perdas aqui na IPVM. Irmãos doentes que foram curados e outros aos quais o Senhor chamou para junto de si, outros que ainda estão na expectativa da manifestação curadora de nosso Senhor Jesus Cristo, pelos quais continuamos orando.

Não sabemos com certeza o que nos reserva o ano de 2018. Eleições na IPVM para sucessão pastoral, eleições gerais em nosso País, perspectivas melhores na economia, mas incertezas na política. Combate mais efetivo à corrupção ou liberação judicial alegando-se “brechas na lei”? Dúvidas. Mas, certeza de que o Senhor conduz a história, seja do individuo, do país ou do mundo.

O que devemos fazer (nem sempre fácil) é buscar “trazer à memória” e à mente o que nos pode dar esperança. Procurar encher nossa mente e coração da Palavra do Senhor, renovando nossa esperança, fé e certeza, mesmo em meio às turbulências que possam ocorrer.

Seja 2018 um ano de renovação de esperança no Senhor e luta fiel na concretização de planos e projetos que dignifiquem e exaltem o Nome do Senhor nosso Deus por meio de Jesus Cristo nosso Senhor.

Abençoado ano de 2018, pleno das manifestações de graça e vitória em Cristo.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 24 de dezembro de 2017

NATAL

ANO LXXV - Domingo, 24 de dezembro de 2017 - Nº 3765

NATAL
(Lucas 1: 46-55)

Há no Evangelho escrito por Lucas alguns cânticos registrados e ligados ao Natal. O mais conhecido dentre eles é o de Maria, chamado de “Magnificat” devido ao seu início em que ela exalta (magnifica) a Deus. Vou ressaltar vários aspectos neste cântico que nos ajudam a resgatar as verdades sobre o que seja o Natal em sua expressão ou manifestação em Cristo.

a) Engrandecer a Deus (46). É tempo de exaltar a Deus por sua graça em enviar Jesus.

b) Alegrar-se na salvação (47). Ter a alegria verdadeira gerada pela salvação em Cristo.

c) Exercitar a humildade (48). Saber que somos agraciados com e não merecedores do Natal.

d) Ver-se como instrumento (49). Dispor-se como agente para realização da vontade de Deus.

e) Proclamar o poder de Deus (51). Anunciar que tudo isso é pelo poderoso amor de Deus.

f) Advertir aos soberbos (52). Fazer saber que os soberbos não têm lugar no Reino de Deus.

g) Valorizar os desvalidos (53). Propagar que Jesus se importa com os esquecidos pelo homem.

h) Exaltar a fidelidade de Deus (55). Declarar que cumpre o que promete. Jesus voltará.

Há, certamente, aspectos outros que podem ser resgatados por este belíssimo cântico, mas se conseguirmos vivenciar os que aí estão estampados, estaremos tendo um Natal feliz e alcançando o projeto e propósito de Deus com o Natal ou o nascimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 17 de dezembro de 2017

INDIFERENÇA COM O NATAL

ANO LXXV - Domingo, 17 de dezembro de 2017 - Nº 3764

INDIFERENÇA COM O NATAL
(MATEUS 2: 4-6)

“Em Belém da Judeia, responderam eles, porque assim está escrito por meio do profeta”.

A narrativa do nascimento de Jesus feita por Mateus inclui a figura dos religiosos (sacerdotes e escribas) que informam a Herodes sobre o local predito nas profecias. Mas, a atitude deles parece ser a de muitos ainda hoje. Vejamos:

a) Informantes indiferentes:
Não há envolvimento de euforia descrito nos registros bíblicos. Apenas informam ao rei Herodes sobre o lugar, mas não são despertados por tal fato. Não demonstram interesse algum acerca do fato, apenas informam ou indicam. São como placas sinalizadoras na estrada e nada mais. O fato do Natal pode ser até falado ou referido, mas com indiferença.

b) Informação sem transformação:
Nada mudou com a informação obtida e repassada. Todas as coisas continuaram do mesmo modo e no mesmo curso. Nada sofre alteração. Eles são portadores de informações preciosas, mas estas informações não geram transformação em seu viver, não operam mudança em seu modo de existir e “levar a vida”. São como recipientes que têm água dentro deles, mas não mudam sua forma de ser.

c) Conhecimento sem vida:
Conheciam e sabiam sobre o que deveria acontecer. Tinham ciência e informação sobre o fato do nascimento do Rei de Israel, mas este saber, apenas e tão somente intelectual, não produziu vida na vida deles. Haviam recebido as informações, conheciam todas elas, mas isso não gerara vida em seu interior. Eram como computadores que têm dentro de si informações, mas isso não lhes gera vida.

Ainda hoje há muitos assim em relação ao Natal de Jesus. Indiferentes; sem transformação; conhecendo, mas sem vida de fato. Não faça parte deste grupo em que se encontravam os religiosos nos dias do nascimento de Jesus, com informação, mas indiferentes e sem vida transformada. Que a realidade do nascimento de Jesus, o Filho de Deus, seja motivo de júbilo, alegria e vida nova em seu coração. Receba, pela fé, a Jesus como seu único e suficiente Salvador.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 10 de dezembro de 2017

HISTÓRIA DO DIA DA BÍBLIA

ANO LXXV - Domingo, 10 de dezembro de 2017 - Nº 3763

HISTÓRIA DO DIA DA BÍBLIA

“Celebrado no segundo domingo de dezembro, o Dia da Bíblia foi criado em 1549, na Grã-Bretanha pelo Bispo Cranmer, que incluiu a data no livro de orações do Rei Eduardo VI. O Dia da Bíblia é um dia especial, e foi criado para que a população intercedesse em favor da leitura da Bíblia. No Brasil a data começou a ser celebrada em 1850, quando chegaram da Europa e EUA os primeiros missionários evangélicos. Porém, a primeira manifestação pública aconteceu quando foi fundada a Sociedade Bíblica do Brasil, em 1948, no Monumento do Ipiranga- São Paulo (SP).

E, graças ao trabalho de divulgação das Escrituras Sagradas, desempenhado pela entidade, o Dia da Bíblia passou a ser comemorado não só no segundo domingo de dezembro, mas também ao longo de toda a semana que antecede a data. Desde dezembro de 2001, essa comemoração tão especial passou a integrar o calendário oficial do país, graças à Lei Federal 10.335, que instituiu a celebração do Dia da Bíblia em todo o território nacional.

Hoje, as celebrações se intensificaram e diversificaram. Realização de cultos, carreatas, shows, maratonas de leitura bíblica, exposições bíblicas, construção de monumentos à Bíblia e distribuição maciça das Escrituras são algumas das formas que os cristãos encontraram de agradecer a Deus esse alimento para a vida. (Extraído do site da SBB)”.

Nesse dia dedicado a nosso Livro Sagrado devemos nos lembrar de seu valor e importância para estrutura de nossa fé, tendo-o não apenas como adorno em móveis de nossas casas, mas presente em nosso coração, instruindo-nos acerca da vontade do Senhor e nos dirigindo quanto aos valores eternos do Reino de Deus, nosso Pai. Leiamos, estudemos e vivamos as Palavras do Santo Livro, a Bíblia Sagrada. O Cristianismo Protestante foi e deve continuar sendo conhecido como “a Religião do Livro” para o louvor da glória de Deus.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 3 de dezembro de 2017

MOTIVO DE ALEGRIA?

ANO LXXV - Domingo, 03 de dezembro de 2017 - Nº 3762

MOTIVO DE ALEGRIA?

Mais um ato terrorista. Mais outra vez centenas de pessoas (em princípio) inocentes são mortas de forma estúpida e brutal junto (ou dentro) de um local de orações. Na península do Sinai muçulmanos sufis foram alvo de grande barbárie e punidos por terem uma forma diferente de relacionar-se com “Alah”. A intolerância, a maldade, a desumanidade e a violência são manifestas nesta demonstração repulsiva de ataque covarde e abjeto.

Aqueles que perpetraram ato tão vil e degradante talvez estejam se gloriando e se alegrando na falsa ideia de haverem praticado um ato heroico e de grande valor aos “olhos de Deus”. Provavelmente estejam se enaltecendo e sendo enaltecidos por outros tantos correligionários que lá não estavam, mas apoiam tal atitude. As lágrimas, o choro e o pranto de outras centenas de familiares são sufocados ante os risos e brados de vitória dos que semearam tanta morte e destruição. Há os que lá não estavam e que se alegram com a dizimação destes ‘infiéis’, hereges e apóstatas e apoiam não ostensiva, mas secretamente, tais atos de violência contra estes ‘corruptores da verdadeira fé e do Islã’.

Minha pergunta, no entanto, não se refere aos partidários e seguidores de Muhamad (Maomé), mas a nós cristãos ao ouvirmos tal notícia e vermos as imagens de destruição. É possível que muitos tenham se ‘alegrado’ em ver tantos muçulmanos abatidos e eles ‘se matando entre si’. Talvez alguma forma de identificação com os que realizaram tal ato se expresse em nosso íntimo mais uma vez quando eles se ‘explodem entre eles’ e se diga: ‘ótimo não são cristãos’. Claro; não se faz tal declaração em público, na imprensa e nem com quem não seja ‘dos nossos’, mas entre nós há um sentimento de ‘serenidade’ ou, pelo menos, de indiferença já que são ‘muçulmanos’.

Profunda tristeza há no coração por tal forma de violência e intolerância independentemente de serem cristãos, muçulmanos, judeus, hindus, budistas, agnósticos ou ateus os alvos de tal expressão de barbárie. Neste caso não há motivo de alegria no coração dos que, de fato, amam a Deus e “desejam que os outros nos façam como fazemos a eles”.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 26 de novembro de 2017

SOCORRO!!!

ANO LXXV - Domingo, 26 de novembro de 2017 - Nº 3761

SOCORRO!!!
“Socorro, Senhor! porque já não há homens piedosos [...]” (Salmo 12:1)

Este clamor pleno de angústia e agonia de alma bem poderia estar nos lábios de qualquer um de nós, diante do quadro vivenciado em nossos dias. Claro que as realidades que nos cercam e que têm seu caráter destrutivo e dilapidador das estruturas de valores e ideais mais elevados, não são fenômeno apenas de nossos dias, haja vista o fato de o salmista já bradar por socorro devido à falta de pessoas piedosas naquele contexto. Mas, minha pergunta é: o que posso fazer para calar ou, pelo menos, diminuir em muito esta exclamação de aflição e pedido de socorro devido à impiedade reinante? O salmista nos dá algumas indicações:

a) Falar Honesto: v.2
Trata-se de credibilidade no seu falar. Veja que a queixa é de falsidade, bajulação e fingimento. É lamentável que as pessoas estejam deixando de honrar o que falam, deixando de cumprir o que prometem. O empenho da palavra é algo sem valor algum e quando figuras de destaque (sobretudo políticos) falam ou prometem, não existe a menor credibilidade em relação ao que disseram. Este exemplo tem se alastrado mais e mais. Resgatar a piedade envolve honestidade no falar, credibilidade na palavra empenhada.

b) Combater a injustiça: v.5
Implica em integridade no agir. Opressão e injustiça aos necessitados, aos carentes, aos debilitados e aos desvalidos são inaceitáveis. Não se trata de uma questão de benesses ou favorecimentos a pessoas que optam e preferem viver na pobreza à custa do Estado. Não é premiar a indolência, a preguiça e a marginalidade. Mas, trata-se de atender as demandas do Senhor em relação aos que são explorados e oprimidos pelos poderosos e exploradores. Não podemos ser como eles e nem consentir que assim façam. Nossa justiça tem que ser como a de Deus.

c) Exaltar a pureza: v.8

Envolve santidade no viver. A vileza é exaltada e o descaramento enaltecido. Valores morais de pureza e santidade são vistos como discurso retrógrado, ultrapassado, reacionário, castrador, preconceituoso. Sentimo-nos acuados e quase pedimos desculpas por buscarmos ser puros e santos. Tais posturas são vistas como anacrônicas, esdrúxulas e inadequadas. A vileza e a perversão são elevadas, exaltadas e reverenciadas na medida em que a pureza e santidade são escarnecidas.

Faça cessar o clamor angustiado por socorro devido a escassez ou ausência de pessoas piedosas. Levante-se, apresente-se e quebre tal clamor, vivendo como nos é requerido de modo “piedoso, sensato e justo” (Tito 2:12).

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 19 de novembro de 2017

REPÚBLICA E IGUALDADES

ANO LXXV - Domingo, 19 de novembro de 2017 - Nº 3760

REPÚBLICA E IGUALDADES

“Muito menos àquele que não faz acepção das pessoas de príncipes, nem estima ao rico mais do que ao pobre” (Jó 34:19)

Dia 15 de novembro comemoramos o dia da proclamação da República. O Brasil deixava de ser uma monarquia e passava a ser uma “república democrática”. Primeiro devemos lembrar que foi um golpe militar “comandado” pelo marechal Deodoro da Fonseca, que não muito depois renuncia e assume o marechal Floriano Peixoto. Após sua saída os presidentes foram civis até Getúlio Vargas em 1930, com outra “república”. Segundo devemos compreender que cerca de oitenta por cento da população (estimativa otimista) não sabia o que era república e ou democracia (muito menos os dois juntos), sendo que muitos lugares levaram meses para saber que “o Brasil era agora uma república” e muito tempo depois para começar a entender o que era isso. Terceiro a população não teve envolvimento neste processo, sendo o mesmo conduzido por alguns poucos intelectuais e militares positivistas, que desejavam manter o povo fora do “movimento”, já que a maioria era favorável ao imperador.

A proposta da república era acabar com as desigualdades (quem aboliu a escravidão foi o Império) e privilégios de uma corte engalanada, extinguindo estas castas nobiliárquicas e seus títulos distintivos. Pois bem, houve apenas uma mudança de nomenclatura, mas a estratificação ainda continuou (continua?) forte. Os políticos ocuparam o espaço na nobreza juntamente com os militares e os grandes “donos do capital” (à época os senhores donos de fazendas e “barões” do café). E o povo? Bem, este continuava onde estava. Assim, as diferenças perduravam, a população continuava alienada e permanecia manipulada pelos interesses dos poderosos como massa de interesse dos ‘coronéis’ da ‘Guarda Nacional’.

Claro que o tempo passou, movimentos vieram e foram e tivemos um pouco de melhoria e desenvolvimento. Mas, muito do que se via àquela época ainda perdura. Como Igreja de Cristo devemos nos postar de tal maneira que ideais (não humanos e partidários) expressos nas Escrituras do Novo Testamento, sejam encarnados e vivenciados por nossa Nação Brasileira. É função nossa, é papel nosso como Igreja promovermos tais ideais, princípios e diretrizes para a vida de nosso País. Consciência, vida e ética cristãs acima de qualquer ideologia.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 12 de novembro de 2017

APEGADOS À PALAVRA

ANO LXXV - Domingo, 12 de novembro de 2017 - Nº 3759

APEGADOS À PALAVRA

[...] Não ultrapasseis o que está escrito [...]” (I Coríntios 4: 6)


Certamente o apóstolo Paulo não nos fala sobre o aspecto da integridade moral e ética de honrar a palavra empenhada (coisa tão necessária em nossos dias). Seu foco e interesse se concentram na necessidade de vinculação de nossos atos, crenças, ensinos e costumes não ultrapassarem ao que se nos foi dado por Deus e está objetivado em Sua Palavra, ou seja, mantermo-nos ligados e vinculados ao que está escrito. A atenção de Paulo se prende ao risco de irmos além daquilo que temos nas Escrituras e que tais colocações conflitem ou, pior, invalidem aquilo que nos tem sido ensinado pela Palavra revelada e escrita. Nestes tempos de lembrança da Reforma e o “Só as Escrituras” torna-se muito importante a admoestação de Paulo.

No entanto, penso que, muitas vezes, no temor devido e próprio de não ‘ultrapassarmos’ aquilo que está escrito, temos ficado ‘aquém do que está escrito’. Em nosso meio protestante reformado (e vamos relembrar os 500 anos da Reforma) parece ser muito comum este erro, ou seja, não chegar ao que está escrito e ficar ‘policiando’ o que talvez tenha ultrapassado. Os dois modos de agir estão incorretos e fora do padrão de Deus. Nossa ortodoxia nos ‘empurra’ à preocupação com não excedermos ao limite imposto pela Palavra, o que é positivo, mas nos ‘engessa’ em uma postura impeditiva de chegarmos até onde nos é permitido, ficando muito abaixo do padrão de Deus estabelecido e determinado nas Escrituras. Assim, é comum vermos o zelo exacerbado (muitas vezes) em não ‘ultrapassar ao que está escrito’, mas a negligência, acomodação e satisfação em permanecer ‘sem atingir ao que está escrito’.

Com fidelidade mantenhamo-nos firmes em não ultrapassar e extrapolar ao que tem sido escrito para nosso ensino e edificação na Palavra, mas não negligenciemos aos privilégios e bênçãos do Senhor para nós devido a postura passiva e desidiosa e, como consequência, carentes, débeis, caquéticos e fracos aquém das riquezas que o Senhor nos tem feito conhecer e disponibilizado por meio do que registrou em Sua Palavra escrita. Não além, mas, jamais aquém do que está escrito. Amém.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 5 de novembro de 2017

O PROBLEMA DA INGENUIDADE

ANO LXXV - Domingo, 05 de novembro de 2017 - Nº 3758

O PROBLEMA DA INGENUIDADE

O simples dá crédito a toda palavra, mas o prudente atenta para os seus passos”. Pv 14.15

Simplicidade é algo muito bom, é uma resposta coerente e bíblica em nosso contexto consumista. Contudo a palavra simples no versículo acima é Pethi, que possui relação muito estreita com tolice, ingenuidade, falta de entendimento. O ingênuo pode ser gênio, mas se não estiver atento aos detalhes passa-se por tolo. É o exemplo do inventor da televisão, Philo T. Farnsworth, que nunca recebeu um centavo por sua criação, prometido pela empresa de eletrônicos que mais lucrou com sua criação.

Salomão chama de ingênuo aquele que não reflete sobre uma questão antes de escolher como agir. Abaixo estão algumas características que contaminam as decisões:

Simplificação: Decisões importantes nunca são simples, sempre existem fatores importantes e complexos que precisam ser levados em consideração.

Presunção: Tudo muda cada minuto e presumir que amanhã teremos as mesmas oportunidades de condições de hoje é uma associação de ingenuidade com tolice.

Pressa: Que inviabiliza o efeito do tempo em emoções voláteis e impulsivas.

Não seja ingênuo, a maioria das pessoas não entra de cabeça em uma situação antiética ou ilegal, geralmente são alertadas, e são corrompidas paulatinamente. Alguns até percebem os sinais de alerta, mas escolhem o erro como ir a uma festa, beber algo alcoólico e dirigir, ou usar drogas, ou trair o cônjuge, entre outras coisas.

Diante disso, não negue sua possível ingenuidade, busque conselhos, escolha seus amigos e parceiros com muita sabedoria, pois “Quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos insensatos se tornará mau.” Pv. 13.20

Rev. Gustavo Bacha

domingo, 29 de outubro de 2017

REFORMA

ANO LXXV - Domingo, 29 de outubro de 2017 - Nº 3757

REFORMA

O protestantismo tradicional celebra os 500 anos da reforma Protestante do século XVI, iniciada em 31 de outubro de 1517 com o monge católico romano Martinho Lutero. Angustiado em sua vida espiritual com a decadência da Igreja, lê em Romanos 1: 17 o texto que afirma: ‘”O justo viverá pela fé”, com referência ao profeta Habacuque 2: 4. Começa sua jornada com relação a indagações profundas quanto à estrutura da igreja em seus dias, levando-o a afixar 95 proposições para discussão pública, nas quais objetava a venda de indulgências e apontava a dependência do perdão dos pecados por meio da fé e não ação humana.

Este momento foi antecedido por vários outros em que se buscou a reforma da Igreja em sua estrutura doutrinária e eclesiológica, desejando-se restaurar as posturas e ensinos do Novo Testamento. Nomes como Jonh Huss, J. Wicliffe, Pedro Valdo, Savanarola, entre outros, podem ser elencados como predecessores do movimento reformista com suas propostas de restauração da vida eclesiástica em moldes apostólicos. Ação de retorno aos clássicos pelo movimento renascentista será, também, usada por Deus para auxiliar na deflagração e consolidação do movimento religioso reformista.

A Reforma não é um movimento puramente religioso. Sua influência de caráter político, econômico e social não pode ser desconsiderada ou negada. O espírito nacionalista alemão estava em alta e veio a ser usado para afirmação da postura contrária a Roma e à Itália em sua pretensão papal de domínio e sobre- posição aos povos. Não foi pacífico e nem livre de exageros no uso da violência para estabelecer ideias novas ou manter as antigas. As mãos de militantes de ambos os lados ficaram manchadas com muito sangue. Lamentavelmente.

A ufania exacerbada pode levar a exaltar o ideal de absoluta santidade e ética na ação dos protestantes, o que não é verdade. O tempo estava a determinar posturas de resistência, violência, intolerância e morte de ambas as partes. O massacre dos camponeses (apoiado por Lutero) com suas implicações de caráter sócio-político-econômico, a ação de perseguição, tortura e morte aos anabatistas por católicos e protestantes é uma página triste da Reforma, nem sempre lembrada por nós. A postura discriminatória e opressiva em relação aos judeus também não é comentada (nem lembrada), sendo considerados como ‘porcos’. Isto é confirmado em quadro presente na Igreja de Santa Maria onde Lutero pregava e fez sua base.

Graças a Deus pela Reforma apesar dos homens e de suas mazelas. Graças a Deus pela Igreja apesar de nós que a compomos com nossas diatribes, virulências e incongruências. Graças a Deus pela vida dos reformadores que, apesar de seus erros, vaidades e pecados, recuperaram a grande mensagem das Escrituras: a salvação é somente por meio da fé em Cristo Jesus, que nos conduz às boas obras para o louvor e gloria DELE. Amém.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 22 de outubro de 2017

OH TEMPO; OH MORAL.

ANO LXXV Domingo, 22 de outubro de 2017 Nº 3756

OH TEMPO; OH MORAL.

A expressão acima é tradução do latim e expressa a triste verdade que muitas vezes reflete o fato de a moral estar condicionada ao tempo, ou que este estabeleça e determine aquela. Dependendo das circunstâncias (tempo) algo abjeto e vil pode se tornar aceitável e admitido como certo e legal.

Já não bastavam as questões ligadas às muitas situações envolvendo questão de gênero, religião doutrinária em escola pública, ‘performances artísticas’ em detrimento à legislação de proteção à criança e ao adolescente, vemos agora ser aprovada (pelo presidente da República Michel Temer) medida que coloca em risco a situação de milhares de brasileiros na área rural (também urbana) com relação à possibilidade de trabalho escravo ou análogo a isso.

A medida já, em si mesma, é digna de ser rechaçada como abjeta e acintosa à vida e dignidade humanas, mas é agravada pela declaração do ministro da agricultura (Maggi) na qual afirma “ser o momento político outro e confuso, fazendo com que seja aprovada, diferentemente de vezes anteriores”. O ‘momento’ a que se refere é a situação periclitante do senhor presidente e as acusações que pesam contra ele. Para alcançar o apoio da ‘bancada ruralista’ cedeu, de forma vergonhosa à pressão, e aprovou a medida relativa à questão de fiscalização por parte dos órgãos competentes em relação aos abusos cometidos contra o trabalhador rural, sobretudo. Lamentável e triste mais este episódio. Oh Tempo; Oh Moral.

“Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal [...]” (Isaías 5:20). Isso é o que se tem visto e, mais uma vez se confirma no Brasil. A iniquidade, o interesse pessoal e menor, a vaidade e outras mazelas do coração humano pecaminoso tomam conta das decisões que atingem a tantas pessoas. Vozes vão se levantando contra tal situação e nós (Igreja) não podemos deixar de engrossar tais fileiras, como ‘boca de Deus’ e ‘profeta do Senhor’, clamando de Deus misericórdia, e bradando contra tais leis absurdas e degradantes.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 15 de outubro de 2017

ORAR PELO MENINO

ANO LXXV - Domingo, 15 de outubro de 2017 - Nº 3755

ORAR PELO MENINO

Por este menino orava eu [...]” ( I Samuel 1 :27).

O texto transcrito acima veio dos lábios de Ana, mãe de Samuel, sendo ele o menino de quem se falava. A expressão é significativa pelo fato de ela haver orado suplicando a Deus que lhe desse um filho, visto ser estéril. A situação era muito incômoda, uma vez que a não possibilidade de gerar filhos era vista (indevidamente) como uma forma de maldição da parte de Deus sobre a mulher. A humilhação era muito grande.

O Senhor ouviu a súplica de Ana e ela concebeu, dando à luz Samuel, que veio a ser um dos maiores juízes e profeta da história de Israel. Samuel significa “Seu nome é Deus”, apontando para o fato de que ele (Samuel) tinha sobre si o Nome de Deus, como sendo propriedade DEle, ou seja, pertencia a Deus. Sua mãe o havia pedido a deus e a Ele o havia entregado.

Dia 12 de outubro comemorou-se o Dia das Crianças no Brasil. Data que nos leva a comprar presentes para os filhos pequenos, netos e outras crianças da família ou fora dela. A oração de Ana é significativa no que diz respeito ao compromisso de oração com os filhos (as crianças). Mesmo que no caso de Ana o contexto indique sua oração no sentido de que desejava engravidar e por isso havia orado, certamente a nos este princípio vai muito além, ou seja, a permanência com relação à intercessão e suplica por nossos filhos pequenos e ou grandes.

Caso possa, presenteie seus filhos, mas ore por eles intensamente, ore com eles diariamente, seja canal da graça de Deus sobre a vida de seus filhos (pequenos ou grandes), deixando a eles claro o fato de interceder e suplicar por a favor deles junto a Deus. E possível que outras pessoas orem por seus filhos (pastores, professoras, parentes), mas você é aquele (a) que mais tem este privilégio e responsabilidade. Não se descuide dele, não se afaste dele, não se desanime em relação a isso. Mude o tempo do verbo da frase de Ana e diga sempre: “Por este menino (a) oro eu”.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 8 de outubro de 2017

“EM NOME...”

ANO LXXV - Domingo, 08 de outubro de 2017 - Nº 3754

“EM NOME...”

A expressão que se pode ler acima tem se prestado a uma série de situações e circunstâncias as mais variadas e absurdas. Por exemplo: Em nome de Deus se tem cometido atrocidades horríveis como decapitações, massacres, assassinatos; em nome da paz se tem promovido guerras, guerrilhas, atentados; em nome da liberdade se tem cerceado, limitado, restringido e aprisionado; em nome do amor se tem matado, violentado, estuprado. De fato, quando alguém se enrola com esta bandeira do “em nome de” parece que seus limites são retirados, suas fronteiras desaparecem e os contornos se vão, ou seja, “tudo é permitido”.

Parece vermos uma onda forte (um vagalhão) a nos atingir nestes tempos sob a bandeira “em nome da arte”. Certas exposições apresentadas no Brasil começam a se postar de forma a atingir valores e solapar conceitos de moral, lei e respeito. Alegações de ‘liberdade’, ‘direito’, ‘arte’ se tornam mercadoria fácil na argumentação de muitas pessoas para justificar as afrontas que temos visto. Não se trata de aversão à arte, nem tampouco o desconhecimento da existência do chamado ‘nu artístico’ e seu lugar na arte plástica. No entanto, outra coisa é o uso de tais expressões para denegrir a fé de milhares de pessoas, para agredir propositadamente valores sustentados por uma sociedade (adoecida) de tradição religiosa cristã. Em nome da arte teremos que admitir que filmes de pornografia pesada são normais e expressam a beleza e a amplidão do sexo, o mesmo se pode dizer da zoofilia e outras “expressões artísticas”. A exposição do corpo nu de um homem e crianças ao seu lado, podendo tocá-lo, deixa de ser considerado ‘ato atentatório ao pudor’ em nome da arte. Sendo ‘em nome de’ parece valer tudo.

Não se trata de ser contrário às manifestações artísticas. Sei que a arte é vanguardista, contestadora e instigadora, sendo alvo de repressão por parte das ditaduras e reconheço seu valor e importância. Mas, sei, também, que ela pode servir a interesses destas mesmas ditaduras (inclusive da corrupção e dilapidação das estruturas sociais) para promoção de seus programas de propaganda ideológica. A massificação da proposta da sexualidade “sem fronteira”, ou implantação da visão “naturalista” (conformidade com a natureza) está se enrolando e se ocultando sob esta bandeira: “em nome da arte”. Estejamos atentos e expressemos nossa posição de rejeição a tais “formas de arte”, em nome de nossas crianças, filhos e netos.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 1 de outubro de 2017

“CURA GAY”

ANO LXXV - Domingo, 01 de outubro de 2017 - Nº 3753

“CURA GAY”

Este assunto voltou a fazer parte da pauta jornalística da mídia brasileira em geral, com matéria altamente tendenciosa no “Fantástico” exibida pela Rede Globo de Televisão em domingo recente. Mais uma vez as distorções do conteúdo e as entrevistas direcionadas fazem pensar que se trata de algo absurdo por parte dos profissionais que lidam com as questões emocionais e comportamentais. A decisão liminar de um juiz federal de Brasília (me parece bem fundamentada) não trata de ‘cura gay’, expressão pejorativa utilizada pelos militantes da causa GLBTS. Apenas dá ao cidadão o direito de buscar reorientação sexual caso assim o deseje. Os psicólogos não o curarão de qualquer doença, mas auxiliarão a lidar com seus dramas, traumas e conflitos e, caso seja o desejo dele (paciente), em rever sua inclinação ou vivência homoafetiva.

O que se quer garantir é o direito de alguém não permanecer em sua inclinação homossexual ou aprender a conviver com ela sem lhe dar efetiva manifestação, caso assim o deseje; bem como ao profissional que for procurado por tal pessoa de cuidar e orientar o paciente neste seu desejo ou intento. Insisto que não se fala em “cura” ou “doença” em momento algum na decisão, de caráter liminar (imediato e provisório), proferida pelo magistrado. Assim, o alarde feito é infundado e acaba por gerar animosidade entre cidadãos que têm o direito de pensar e expressar seu pensamento de modo discordante ou divergente.

Este assunto está cada vez mais acentuado em nosso cotidiano e iremos lidar com ele necessariamente de forma mais extensa e intensa. Está presente nas escolas (públicas e particulares), igrejas, organizações sociais diversas e não podemos nos esquivar ou pretender que não exista ao nosso redor e em nosso meio. As convicções que temos sobre o assunto são firmadas na Bíblia e devemos sustentá-las, porém o trato com as pessoas que apresentam tal tendência e ou comportamento deverá ser sempre com consideração, atenção e respeito, sem escárnio, deboche, zombaria ou repulsa. A não anuência e não concordância com esta expressão da sexualidade, não nos pode levar a tratamento ofensivo e agressivo para com os que assim vivem. Se tivermos sido desprezados, agredidos, ofendidos e destratados, devemos responder conforme a orientação de Cristo: “amar aos que nos perseguem e ofendem”. Seja a questão da homossexualidade, corrupção, mentira ou violência, a designação bíblica para tais comportamentos é: pecado. A solução para todos é uma só: “O sangue de Jesus que nos purifica de todo pecado”. Louvado seja o Senhor.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 24 de setembro de 2017

"NÓS NÃO VAI PRESO"

ANO LXXV - Domingo, 24 de setembro de 2017 - Nº 3752

“NÓS NÃO VAI PRESO”

A frase transcrita acima foi ouvida por nós exaustivamente nestes últimos dias e é do acusado Joesley Batista ao falar com seu comparsa sobre a situação relativa à sua “colaboração premiada” ou “delação premiada” ao Ministério Público Federal no caso de propinas oferecidas e pagas a políticos e autoridades do país, em uma expressão debochada envolvendo não só integrantes do MPF (inclusive o Procurador Geral da República à época), bem como ministros do Supremo Tribunal Federal.

Sem se levar em conta o problema da destruição da língua portuguesa, demonstrando sua falta de formação e incapacidade de expressar-se adequadamente em nossa (e dele também) língua materna, nos faz pensar como alguém com este nível de formação pode construir um império empresarial como o dele, sendo a maior indústria de proteína animal do mundo. Claro que contou com suborno, propina, falcatrua, sonegação, entre outras mazelas, mas ainda assim é de admirar tal façanha.

Porém, o que mais desperta a atenção é a ideia clara da impunidade ou de ser ‘inalcançável pelo braço da justiça’ em nosso país. O tom de deboche e escárnio às autoridades e instituições, retratando a velha concepção brasileira de que podemos estar acima e fora do alcance da lei devido ao nosso dinheiro e contatos. A certeza da impunidade levava este (e outros) indivíduo a fazer o que fazia e mesmo em situação de haver sido pego, entender que se veria livre, saindo ileso de qualquer punição ou condenação, sequer visitando alguma instituição prisional. “Nós não vai ser preso” insistiu em afirmar algumas vezes. Ledo engano. Foi e está preso. A população brasileira, formada de cidadãos honestos, espera que permaneça assim por muito tempo, pagando por seus delitos, além de fazer voltar aos cofres públicos e, de algum modo, à população brasileira todo este dinheiro indevidamente apropriado por ele, seus companheiros e familiares. “Nós foi preso”; “Nós tá preso”; espero que seja esta a frase a ser dita por ele (s).

Continuemos orando por este País e sua recuperação em termos de ética e moralidade como se requer de nós cristãos de tradição protestante evangélica. Em tempos de celebração da Reforma, clamemos pela reforma de nossa Nação. Amém.

Rev. Paulo Audebert Delage .

domingo, 17 de setembro de 2017

NUNCA ANTES NA HISTÓRIA...

ANO LXXV - Domingo, 17 de setembro de 2017 - Nº 3751

NUNCA ANTES NA HISTÓRIA...

Esta frase é emblemática e simbólica em relação ao governo implantado no Brasil pelo presidente Inácio Luiz Lula da Silva para referir-se a realizações e implementações feitas por ele na estrutura de nosso país. De fato, não se pode negar que houve melhoria e avanço em algumas áreas e setores, mesmo que as consequências tenham sido posteriormente vistas, como no caso do “milagre brasileiro” dos anos do presidente Médici. As obras iniciadas e não terminadas, os valores empregados de forma imprópria e sem critério, as promessas dos legados aos posteriores quanto ao que fora feito, etc.

Hoje, certamente, podemos empregar esta frase e dizer que nunca antes na história deste país se viu tanta corrupção manifesta, exposta e descoberta. Suspeitava-se, supunha-se, imaginava-se, porém agora se tem certeza. No entanto, também se pode afirmar que nunca antes na história deste país se viu tantos indivíduos tão poderosos (políticos, empresários, juízes, desembargadores) sendo atingidos pela ação repressiva policial e levados à prisão. Se irão permanecer, e por quanto tempo, dependerá de alguns fatores, mas o fato de alguns estarem já presos por um tempo razoável é algo que nos sinaliza com alguma esperança. Se nunca antes na história deste país se apreendeu um valor de cinquenta e um milhões em uma casa vazia com indicação de pertencer a um ex-ministro e ex-deputado acusado e réu, nunca se presenciou o retorno de tal indivíduo à prisão, de onde esperamos não venha sair (como o Ex-governador do Rio de Janeiro e outros) tão breve.

Este movimento que vemos de combate à corrupção e crimes de colarinho branco envolvendo empreiteiras e grandes indústrias é manifestação de resposta às orações do povo de Deus. Nunca antes na história deste país se viu uma postura tão firme de intercessão e clamor por nossa nação. A Igreja está se mobilizando e percebendo sua importância neste processo de cura e restauração desta Pátria que amamos. Seja o Senhor aqui entronizado como único Deus e Senhor, como nunca antes se viu na história deste país.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 10 de setembro de 2017

LADRÃO DE CORAÇÃO

ANO LXXV - Domingo, 10 de setembro de 2017 - Nº 3750

LADRÃO DE CORAÇÃO

Assim ele furtava o coração dos filhos de Israel” (2 Samuel 15:6)

A ênfase bíblica ao coração é muito acentuada, vendo-o centro vital, não no sentido orgânico ou físico, mas como a ‘fonte da própria existência’, ou seja, nossas aspirações, desejos, intenções, paixões e emoções têm sua fonte no coração, sendo este muito mais que um mero músculo. Por isso há uma série de recomendações éticas em relação ao coração e um cuidado bem evidente para com ele.

O texto transcrito do livro de Samuel faz referência a uma ação maquiavélica e abjeta de Absalão contra seu pai o Rei Davi. Por meio de um estratagema, pelo qual iludia o povo com promessas de amparo e cuidado, este homem seduzia as pessoas e as levava a revoltar-se contra Davi, ao mesmo tempo em que eram inclinadas a imaginar que Absalão seria aquele que lhes daria a solução de todos os seus problemas e dramas. Desta forma solerte e vil ele conseguiu ‘roubar-lhes o coração’. Consegue derrubar seu pai, apoderar-se do trono, mas logo depois é vencido em batalha e morto. Triste fim.
 
De modo alegórico e figurado esta passagem nos ensina o cuidado em relação aos que nos querem seduzir de forma a nos levar à contrariedade dos projetos e propósitos de Deus. O grande roubador de nossos corações é o Diabo e isto se vê desde o princípio, quando ‘rouba’ o coração de Eva e depois o de Adão. Somos alvos constantes da ação deste cujo interesse é roubar nosso coração a cada instante, afastando-nos dos caminhos do Senhor. Ele o faz, comumente, usando pessoas, coisas, situações ou inclinações de nosso próprio coração. Por isso é imperativo que vigiemos constantemente, a fim de não termos o coração roubado e posto a serviço do mal. 

Devemos entender e aprender que nem sempre o coração é alvo de um assalto violento, mas a ação é disfarçada e camuflada e, não poucas vezes, revestida da aparência de algo nobre, bom e de grande satisfação e favorecimento a nós. A vigilância constante é exigida por Deus com relação a tal fato, pois Ele bem sabe de nossa suscetibilidade em sermos roubados de nossos corações, daí nos alertar e prevenir: “de tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, pois dele procedem as fontes da vida” (Pv.4:23). Cuidado com seu coração. Esteja ele pronto e sincero tomado plenamente pelo Senhor. Amém.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 3 de setembro de 2017

LUGAR SEGURO?

ANO LXXV - Domingo, 03 de setembro de 2017 - Nº 3749


LUGAR SEGURO?

Porém o profeta Gade disse a Davi: Não fiques neste lugar seguro; vai, e entra na terra de Judá”. (I Samuel 22:5)

Quem não gosta de estar em lugar seguro? Vemos que uma das de- mandas de maior incidência em nossos dias no Brasil é pela segurança. As pessoas querem se sentir seguras e protegidas, podendo viver com tranquilidade com os de sua família sem riscos e medos. Este é um desejo legítimo e um anseio que faz parte de nossa estrutura psíquica e emocional. Como é bom o lugar seguro.

Davi, estando perseguido por Saul, encontra um lugar bem seguro e protegido da insana perseguição movida por Saul; a cidade de Mispa, nas terras de Moabe. Que descanso, que sossego, que segurança. Tudo certo, ajustado, encaixado e tranquilo. Lugar seguro; que bom! No entanto, o profeta Gade vem com a mensagem da parte de Iavé para que Davi deixasse aquele lugar seguro. Como? Esta é a pergunta normal a ser feita. Sair de onde estou com toda a segurança para arriscar-me? De fato, a ordem era para voltar para Judá onde deveria reinar. Esta era a ordem e a vontade do Eterno e deveria ser obedecida, por mais estranha que aparentasse ser. Muito difícil para Davi, como seria (e é) para qualquer um de nós.

Temos visto que muitas pessoas cristãs recebem a ordem de Deus para deixarem “seu lugar de segurança” e obedecer ao Senhor, mas resistem, não obedecem, não atendem. Aquele lugar seguro foi conquistado com muito esforço e empenho. Até admite que só foi alcançado por causa da graça de Deus, mas é fruto de seu esforço e não vai deixá-lo agora. Não se deixe enganar por tal segurança precária e humana, proporcionada pelas coisas ajuntadas e organizadas ao seu redor. Se o Senhor o chamou para determinada Obra, não fique preso ao seu “lugar seguro”; obedeça, vá, e saia para o lugar que Deus tem dirigido você, pois este, certamente, Nele e com Ele é, de fato, o seu “lugar seguro”. Que possamos ter discernimento para ouvir a voz do Senhor; ousadia para obedecer-lhe a Voz e confiança de que Ele proverá para nós o lugar “mais seguro do mundo”, a vontade DEle. Não é fácil deixar nosso “lugar seguro” mesmo que ilusório e tão precário.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 27 de agosto de 2017

FORÇADO PELAS CIRCUNSTÂNCIAS

ANO LXXV - Domingo, 27 de agosto de 2017 - Nº 3748

FORÇADO PELAS CIRCUNSTÂNCIAS
“e forçado pelas circunstâncias ofereci holocaustos” (I Samuel 13: 12)

Trata-se da declaração do Rei Saul buscando se justificar diante de Samuel pelo fato de haver sacrificado animais ao Senhor, realizando o que não lhe competia fazer, quebrando a determinação de Deus e levantando-se contra as ordens do profeta. A alegação feita é de haver realizado o que fez com boa intenção, que se trata de uma coisa boa e, sobretudo, que estava forçado ou premido pela circunstância daquele momento crítico. Todos estes pontos parecem razoáveis, aceitáveis e justificadores do ato praticado, porém, a censura é feita e as consequências são tremendas, acarretando, para Saul, a perda de sua condição de rei ungido de Israel.

Esta ocorrência nos traz advertências muito oportunas e sérias a nosso viver, pois vivemos em um contexto em que constantemente somos “forçados pelas circunstâncias”. Não há como escapar a este tipo de pressão ou arrocho em nosso viver diário neste ambiente competitivo de mercado e disputa ferrenha pelo sucesso e bem estar. Vemo-nos permanentemente assediados por propostas que colocam em cheque nosso compromisso de fé e obediência ao Senhor nosso Deus, levando-nos a ter que decidir por fidelidade a Ele ou sucumbir “forçados pelas circunstâncias” diante dos desafios.

Mentiras, desvios, sonegação, plágio, “cola”, sexo ilícito pré-conjugal ou extraconjugal (fora do casamento), suborno, propina, violência, discriminação, preconceito e outros tantos comportamentos reprováveis à luz da Bíblia, mas que acabamos tolerando e praticando sustentando a desculpa de que fizemos por estarmos “forçados pelas circunstâncias” as mais variadas possíveis e imagináveis. Este processo é muito cômodo a quem dele se utiliza, pelo fato de transferir de si para o outro (ou a circunstância) a responsabilidade pelo ato praticado; comportamento este observado desde o início da humanidade e registrado nas páginas do livro de Gênesis. “Não importam as circunstâncias”, pois o que se requer de nós é que “sejamos achados fiéis”, bem mais do que apenas frequentando o templo, cantando no coro, ou cumprindo rituais religiosos. Enfrentemos as circunstâncias e nos mantenhamos fiéis `Aquele que “nos chamou para sua maravilhosa luz”. Aleluia.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 20 de agosto de 2017

DURO DISCURSO!

ANO LXXV - Domingo, 20 de agosto de 2017 - Nº 3747

DURO DISCURSO!

“Duro é este discurso, quem o pode ouvir?” (João 4: 60)

Nem sempre fazemos a associação correta e adequada da Pessoa do Senhor Jesus ao que vemos registrado nos escritos evangélicos. Torna-se comum a ênfase em seu caráter de mansidão, tolerância e candura em detrimento de sua postura firme, incisiva, direta, dura e, por vezes, rude e ofensiva. O enfoque exacerbado a uma destas características desvirtua a figura de nosso Salvador Jesus. Assim, é necessário ter a visão equilibrada da doçura e firmeza, da candura e rispidez, da tolerância e da intolerância, da gentileza e da confrontação manifestos por Cristo conforme os registros que temos.

Tais padrões distintos de postura em Jesus não indicam uma pessoa desequilibrada, temperamental, explosiva, instável ou esquizofrênica. As distinções de modo de ação do Senhor Jesus estão ligadas à atitude das pessoas em relação a si mesmas e ao modo como se postavam e se “enxergavam”. Ele não demonstrava mais amor aos publicanos que aos fariseus por serem de determinada “categoria” de pessoas, mas a diferença de tratamento era devido ao modo como se portavam frente à consciência de pecado. Tanto o fariseu como o publicano eram amados e recebidos pelo Senhor, quanto por Ele rejeitados, dependendo apenas de como se viam e se colocavam.

Nosso Salvador Jesus Cristo não foi cordato ou gentil com quem se mantinha empedernido e duro ao apelo de arrependimento, não tolerou aquele (a) que não se via como pecador (a) e era autossuficiente com confiança em sua própria justiça e retidão. Portanto, muitas vezes os discursos (palavras) de Jesus foram duros e pesados e houve quem, devido a isto, o deixasse. O “Vinde a mim os que estais cansados e eu vos aliviarei...” (Mateus 11:28), está no mesmo pé do “Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?” (Mateus 23: 33). Os mesmo lábios que pronunciaram “vinde, benditos de meu Pai!” declararam: “apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno” (Mateus 25: 34 e 41). Muitos ouvindo o discurso duro de Jesus se retiraram, pois não é muito agradável a confrontação com nosso “eu” vaidoso e acomodado no pecado. Ele não se importou com isso. Seu propósito com o discurso duro era promover o arrependimento e a salvação. Mesmo ao falar com dureza o que o movia era o amor no desejo de ver as pessoas salvas. Aleluia.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 13 de agosto de 2017

IPB 158 ANOS DE EXISTÊNCIA

ANO LXXV - Domingo, 13 de agosto de 2017 - Nº 3746

IPB 158 ANOS DE EXISTÊNCIA

No dia 09 de agosto a Igreja Presbiteriana do Brasil celebrou seus 158 de existência em solo brasileiro, considerando a data da chegada do Rev. Simonton ao Rio de Janeiro, vindo dos Estados Unidos da América do Norte como missionário para implantar o presbiterianismo no Brasil, depois de tentativas não bem sucedidas com os calvinistas franceses em 1555 no Rio, e os calvinistas holandeses em 1628 em Pernambuco.

A semeadura inicial foi feita com dificuldades e os primeiros frutos bem poucos. Mas, a firmeza na fé e a convicção com relação à sua vocação fizeram com que Simonton perseverasse no Trabalho a que viera. Fica cerca de 8 (oito) anos apenas no Brasil, morrendo em solo brasileiro vitimado pela febre amarela, sua esposa havia morrido não muito tempo antes e sua única filha seria cuidada por seu cunhado Rev. Blackford. Ao morrer a semente estava lançada e havia um presbitério organizado, um seminário constituído e funcionando, um jornal circulando e levando a Boa Nova e as doutrinas reformadas ao povo brasileiro.

Nestes anos de existência a IPB tem crescido com mais ou menos vigor em determinadas épocas de nossa história. Tem vivenciado crises e as tem superado com a graça de Deus. Experimentou algumas cisões ou divisões, ocasionando o surgimento de igrejas irmãs como a Independente, a Cristã Maranata, a Fundamentalista e a Renovada. Momentos de embates internos por questões políticas de interesse de grupos e que, em certo modo, ainda se fazem manifestos até hoje, sendo estes como “praga de tiririca em canteiro florido”.

Muito se fez na área da educação, saúde e serviço social com várias instituições ao longo destas décadas com algumas até hoje prestando relevantes serviços à sociedade em várias regiões do Brasil. Mas, ainda muito precisa ser realizado e há de ser, por graça de Deus. A IPB precisa (como as igrejas evangélicas no Brasil) ser mais relevante a cada dia no contexto brasileiro como agente do Reino de Deus como proclamadora da Mensagem Transformadora da Graça de Deus em Cristo e sendo “consciência do Estado” e não mera ancila ou subserviente a ele. Esta é a missão da IPB no Brasil. Continuemos a fazê-la para a glória de Deus.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 6 de agosto de 2017

IMPERFEIÇÕES

ANO LXXV - Domingo, 06 de agosto de 2017 - Nº 3745

ImPerFeiçõeS

Erramos mais do que gostaríamos e mudamos menos do que desejamos. E de onde vem nossa imperfeição? Segundo a bíblia ela é parte do nosso DNA, embora esse termo obviamente não seja encontrado na Escritura. Fomos atingidos pelo pecado original, nossos pais nos deixaram essa herança. Nossas imperfeições são também assimiladas pelo exemplo daqueles que nos geraram. A própria sociedade também é um fator a ser considerado acerca da origem das nossas imperfeições, contudo, o melhor diagnóstico que podemos fazer é a insensibilidade ou inexistência de temor a Deus.

Alguns podem pensar então num determinismo trágico a nos acompanhar, chegando a questionar se, de fato, pessoas mudam e melhoram. Sem dúvida que sim, contudo isso não é natural em nós, por maior que seja o desejo de mudança, ela requer um processo, às vezes dolorido. A mudança também não acontece da noite para o dia, este processo também pode ser demorado. Agora, é fato que as mudanças jamais nos levarão a plenitude que só pode ser alcançada com a extinção da nossa natureza pecaminosa que está reservada ao nosso corpo glorificado.

Desta maneira, entendo ser prudente nessa luta a favor do nosso aperfeiçoamento, que o confronto com o nosso pecado é essencial e isso acontece através da consciência de Cristo em nós e principalmente através da sua palavra, como diz Hebreus 4.12.

Lidar com as nossas imperfeições requer uma intervenção divina e isso muitas vezes pode produzir sofrimento. Mas, o mesmo Deus que ama também pode permitir o sofrimento? Sim, conforme a Escritura, para o nosso bem e no tempo certo nos curará (Os 6.1-2). E estes eventos podem produzir em nós grandes mudanças, para nos aperfeiçoar e nos conduzir a plena estatura.

Lidar com imperfeições também requer uma resposta humana, por exemplo, abrir mão de algumas coisas que insistimos sustentar para mascarar quem somos diante da sociedade. Deus não se encontra com seus títulos, com sua conta bancária, com seu tempo de convertido, com seu ativismo, Ele se encontra com seus filhos(as) a quem conhece plenamente para se relacionar.

Esse é um grande desafio, sermos santos, como ele é Santo. (1Pe 1.16)

Rev. Gustavo Bacha

domingo, 30 de julho de 2017

MISSÕES EM FOCO

ANO LXXV - Domingo, 30 de julho de 2017 - Nº 3744

MISSÕES EM FOCO

O mês de agosto é direcionado para enfatizar o trabalho missionário na Igreja Presbiteriana do Brasil. O motivo se dá pelo fato de celebrarmos a chegada do missionário A.G. Simontom ao Brasil em agosto de 1859, vindo dos Estados Unidos, para plantar a Igreja Presbiteriana e semear a Boa Nova de Cristo e a redenção por Seu sacrifício na Cruz.

Nos 75 anos da IPVM nossas atividades de caráter missionário estarão intensas com todos os finais de semana (cultos dominicais) voltados para tal ênfase e enfoque. Assim, os irmãos devem estar atentos à programação rica, intensa e extensa com várias agências missionárias e pessoas habilitadas nesta área da vida da Igreja.

Nossa programação consistirá basicamente no seguinte: Nos dias 03 a 06 de agosto teremos a presença do Rev. Augustus Nicodemus falando sobre os 500 anos da Reforma Protestante e sua perspectiva missionária, inclusive alcançando a América Latina e, particularmente, o Brasil. No dia 13 teremos a participação da Missão Cena com o Rev. João Marcos falando da ação de tal agência entre os usuários de droga na região da Estação da Luz e “cracolândia” e o trabalho com os filhos de tais pessoas. O dia 20 será dedicado a Missão Portas Abertas, com abordagem sobre a ação da Igreja Sofredora em vários lugares do mundo e o que se tem feito para suporte e ajuda destes irmãos que são perseguidos pelo fato de serem cristãos. No dia 27 teremos a participação da Missão Mais que trabalha com refugiados e socorro a irmãos em lugares de desastres naturais, guerras, revoluções oferecendo amparo, abrigo e socorro necessários a eles, inclusive recebendo (aqui no Brasil) e instalando em famílias cristãs refugiados da Síria e outros países em crise ou guerras.

Assim, toda a IPVM está convocada a participar de tais eventos e envolver-se ainda mais com o trabalho de missões aqui perto de nós e até aos confins do mundo. Graças a Deus pela IPVM ser uma igreja de visão missionária e evangelística e esperamos que estas conferências façam arder ainda mais nossos corações por este trabalho gigantesco a ser feito, a saber: “Ide e fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Louvado seja o Senhor Jesus.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 23 de julho de 2017

SEMEAR E COLHER

ANO LXXV - Domingo, 23 de julho de 2017 - Nº 3743

SEMEAR E COLHER

Os dois verbos colocados acima estão ligados ao exercício da lavoura, ou seja, fazem referência à semeadura (plantio) e colheita. A Bíblia nos diz que aquele que semeia o faz na esperança de colher (I Co. 9: 10), deixando claro que ninguém sai com esforço, levando a termo o exercício da semeadura, sem que tenha em seu coração a esperança ou expectativa de ver o fruto de tal trabalho manifesto em uma colheita boa e proveitosa.

A IPVM semeou, e muito, neste mês de julho, e continuará fazendo ainda mais. A viagem missionária, a temporada, a escola bíblica de férias, cultos, escolas bíblicas dominicais, atuação em asilo, envolvimento dos integrantes do GEA, a participação da Geração de Ouro e as ações individuais em espalhar a Boa Nova da salvação em Jesus, todos são esforços em divulgar a semente da Palavra de Deus, e tudo isso foi feito com zelo e na esperança de alguma colheita. 

No entanto, às vezes a colheita pode não ser boa ou farta. Não podemos nos deixar abater, mesmo porque somos chamados a ser semeadores da Palavra de Deus. Esta é nossa função. A colheita (por nós esperada e ansiada) é fruto da manifestação da graça e vontade soberanas de Deus. Somos, portanto, “semeadores por ordenação de Deus e ceifeiros por Sua insondável e imensa graça”. Se na temporada foram dezenas de decisões por Cristo (a sinceridade, verdade e profundidade delas está no conhecimento de Deus), os irmãos que labutaram em Bicas sentiram o desgaste com o “solo não fértil” da Zona da Mata Mineira, em Bicas. 

Minha palavra de desafio e ânimo à IPVM é que continuemos com zelo, firmeza e fidelidade semeando a Palavra de Deus de modo farto, abundante e em frentes variadas, ouvindo as palavras do apóstolo Paulo: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (I Co. 15:58) e cumprindo o ditame do sábio em Eclesiastes 11:6: “Semeia pela manhã a tua semente, e à tarde não repouse a tua mão, pois não sabes qual prosperará; se esta, se aquela, ou se ambas igualmente serão boas”. Semeando e colhendo continue a IPVM em sua grandiosa caminhada de fé.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 16 de julho de 2017

JUNINAS, JOANINAS E JULINAS

ANO LXXV - Domingo, 16 de julho de 2017 - Nº 3742

JUNINAS, JOANINAS E JULINAS 

Os meses de junho e julho trazem sempre, em nosso contexto brasileiro, aquele tempo de festa chamada “caipira” ou “da roça”. Variedades de comidas típicas à base de milho, canjica, broas, bolos, pipoca, “quentão”, fogueira e batata doce, enfim uma grande, festiva e vibrante manifestação de alegria com as danças próprias (quadrilhas), encenações de casamentos, etc. Na maioria das vezes com simplicidade e até pureza. São as chamadas festas juninas, devido à sua ocorrência em junho.

No entanto, muitas destas festas passam a ter uma conotação de celebração religiosa, pois no mês de junho celebram-se (calendário católico romano) os dias de São João, São Pedro e Santo Antônio. Muitas vezes as festas “caipiras” são vistas e chamadas de festas de São João, passando de “juninas” a “joaninas”, vinculando-as, como dito acima, à pessoa ou figura de “São João”, mesclando o folclore (rural-caipira) com o religioso.

Esta conotação vinculante das festas juninas a figuras religiosas, bem como a dança folclórica da quadrilha e a presença do “quentão”, levou muitos protestantes a rejeitarem tais festividades, não aceitando a participação nelas e, muito menos, a realização delas em ambientes (dependências da Igreja, escola evangélica, etc.) vinculados à Igreja de tradição Protestante. Esta restrição foi muito mais acentuada no interior e cidades menores, ou regiões em que as “festas de São João” eram, de fato, exclusivamente de caráter religioso com seus leilões de prendas dedicados a “santos”.

Temos, atualmente, um aspecto de maior “abertura” com nossos “arraiais”. Alguns ainda se sentem um pouco “incomodados” com tal fato, fazendo associação com o caráter religioso de tais festividades e julgando impróprias a nós. Na verdade, parece-me ter havido “excesso de zelo” dos irmãos na tentativa de “evitar a aparência do mal”. Em nosso contexto nossas festas devem ser juninas e julinas (junho e julho), sem nada de “joaninas” “petrinas” ou “antoninas”. Não fiquemos acanhados ou constrangidos com nossos “arraiais”. Celebremos com alegria e festejemos com animação, tendo em vista a manifestação da graça de Deus em nosso viver, louvando-O por sua provisão diária vinda do campo para nossas mesas.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 9 de julho de 2017

IPVM EM MISSÕES

ANO LXXV - Domingo, 09 de julho de 2017 - Nº 3741

IPVM EM MISSÕES

O mês de julho chega à IPVM com forte carga de atividade de caráter missionário. São, pelo menos, três grandes programações envolvendo esse aspecto da vida de nossa igreja e, por conseguinte, nossa própria vida. Refiro-me à viagem missionária, à temporada de inverno e nossa Escola Bíblica de Férias.

A viagem missionária nesse ano foi para o interior do estado de Minas (cidade de Bicas), onde uma equipe de membros da IPVM trabalhou levando a Boa Nova de Cristo a muitas vidas; foram feitas consultas médicas, orientação psicológica, fisioterapia, tratamento e orientação dentários, evangelismo de casa em casa, cultos nos lares e no templo da IPB local, bem como a atuação junto às crianças na Igreja e, à medida do possível, nas escolas, e melhoramentos em moradias de irmãos. Sem dúvida é uma grande atividade desenvolvida pela IPVM onde abençoamos e somos abençoados. A Igreja está envolvida diretamente indo, contribuindo e orando. Louvado seja o Senhor.

A outra atividade de caráter missionário e evangelístico é a realização de nossa temporada de inverno em nosso Recanto Presbiteriano, na cidade de Tietê. O início foi na sexta-feira, dia 30, quando cerca de 40 jovens foram para lá com o intuito de se prepararem para receber os acampantes que foram na quarta-feira, dia 05, e retornaram ontem. Foram os da semana “p”, ou seja, os menores (crianças de 05 a 08 anos). Hoje seguem os integrantes da “m” (adolescentes de 09 a 12 anos). No domingo dia 16 irão os adolescentes de 13 a 17 anos, formando a “g”. Estão inscritos (ao todo) cerca de 270 participantes entre crianças e adolescentes. Será um tempo de instrução bíblica, orientação cristã, pregação da Palavra de Deus, condução à fé em Jesus como Salvador e Senhor, além de lazer, diversão e companheirismo. Os frutos têm sido muito visíveis em relação às nossas temporadas com dezenas de adolescentes tendo uma experiência de fé pessoal em Cristo e recebendo-O como redentor. Louvado seja Deus por tal atividade.

Por fim nossa EBF aqui na IPVM nos dias 27 a 29 sob a liderança do Rev. Otniel e Sarah e o auxílio de muitos irmãos e irmãs, levando a Boa Nova `as crianças da IPVM e de outras igrejas a meninos e meninas de nossa vizinhança ou amigos de nossos filhos. É a IPVM desenvolvendo sua vocação missionária e evangelística, realizando assim o mandado de Cristo de “pregar o Evangelho” e “fazer discípulos”. Estamos unidos nessa grande e maravilhosa tarefa, cumprindo a ordem de nosso Senhor e Mestre, de anunciar as Boas Novas da salvação que existe apenas no Nome de Cristo. 

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 2 de julho de 2017

NOTÍCIAS FALSAS

ANO LXXV - Domingo, 02 de julho de 2017 - Nº 3740

NOTÍCIAS FALSAS

“Não espalharás notícias falsas” (Êxodo 23: 1)

O Senhor conhece muito bem a condição do ser humano. Havendo-o criado o conhece “por dentro e por fora” e sabe do que é capaz em seus projetos e ações. As prescrições encontradas em Êxodo e Levíticos não eram apenas para os dias do deserto, mas para todo o tempo da existência do povo resgatado do Egito. Assim, o Senhor determina que se evite a disseminação de notícias não verdadeiras, para que não haja consequências dentro da vida de todo o povo, ou de pessoas individualmente. Não se trata de “fofoca”, pois esta pode ser até verdade, embora difundida de forma leviana e perniciosa. Trata-se da inverdade, da falsidade e da mentira divulgada como se verdadeira. 

Percebe-se que esta determinação de Deus continua tão atual quanto nos dias do líder Moisés no deserto do Sinai. Temos hoje o que se chama “fake news”, que se pode traduzir como: “notícias falsas”. Tais ‘notícias’ são passadas não mais de “boca a boca”, mas de forma avassaladora em celulares e computadores por meio da internet e outros dispositivos eletrônicos. Embora os meios tenham mudado, o sentido da restrição continua inalterado, ou seja, não devemos divulgar aquilo que não seja verdadeiro. Assim, é preciso que tenhamos cuidado ao repassar “informações” recebidas pela internet, “facebook”, “instagran” e outros como se fossem verdade. Ao receber alguma comunicação verifique quem a enviou, de onde a recebeu e faça a verificação necessária se aquilo procede ou não, se é verdadeira ou não. 

Muitas vezes nossa ideologia política, convicção religiosa ou formação profissional nos tornam incapazes de avaliar de forma adequada a notícia recebida e a passamos como verdadeira, para, mais tarde, sabermos que aquilo não era verdadeiro, colocando-nos em uma posição de sermos disseminadores de inverdades ou falsidades. Seja cuidadoso (a) e criterioso (a) em relação ao repasse de informações recebidas na internet, para não incorrer neste erro de “espalhar notícias falsas”. O Senhor Jesus nos abençoe para sermos fonte de condução e divulgação da verdade com graça.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 25 de junho de 2017

ESTÁ LÁ

ANO LXXV - Domingo, 25 de junho de 2017 - Nº 3739

ESTÁ LÁ

“Moisés, porem, se chegou à nuvem escura, onde Deus estava” (Êxodo 20:21)

Este texto está vinculado ao início da caminhada de Israel após a saída do Egito, sob a liderança humana de Moisés. Os Dez Mandamentos haviam sido passados por Deus ao grande líder hebreu e o Senhor lhe falava de forma extraordinária e maravilhosa na montanha. O povo estava terrificado e Moisés lhes servia de intercessor, fazendo com que a vontade do Senhor fosse passada aos hebreus. Eles mesmos pediram para que Moisés intermediasse a situação entre o Senhor e eles, não lhes falando diretamente, tamanho seu terror. 

Em meio a tal situação encontramos uma imagem que se nos afigura aparentemente distorcida, por afirmar que Deus estava em uma nuvem escura. Em nossa mente (e por informação das Escrituras) habituamo-nos a associar a presença de Deus a nuvens claras, brancas e reluzentes. No entanto, a colocação no texto nos faz direcionar nossa mente ao fato de que Deus pode, também, estar em uma nuvem escura. Claro que este é um momento muito complexo e difícil de perceber a presença e manifestação do Senhor. É, para nós, quase impossível entender que Ele possa resolver colocar-se em relação conosco em uma nuvem de caráter escuro. Mas, Deus está lá e fala conosco de forma intensa, embora diferente daquela na qual nos deleitemos mais, ou seja, no esplendor da luz e claridade. 

Esta é uma situação na qual se pode entender sob a perspectiva pessoal (individual) ou coletiva (social). Em sua experiência particular de angústia, aflição e dor, ou em expressão de tragédia coletiva como em Portugal no incêndio ali visto, ou na Boate Kiss, ou no Edifício Joelma (os que se lembram). É quase impossível admitir e aceitar que Ele esteja “na nuvem escura”, mas Ele também está lá. Como disse Jó: “Bendito seja o Nome do Senhor”. 

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 18 de junho de 2017

CONHECER, CONFIAR E ENTENDER

ANO LXXV - Domingo, 18 de junho de 2017 - Nº 3738

CONHECER, CONFIAR E ENTENDER

Os três verbos que intitulam esse artigo podem ter estreita relação com preceitos teológicos independentes, contudo menor relação, se pensarmos em conjunto teológico. Tentarei exemplificar o que estou dizendo. Você pode conhecer a Deus, mas ao mesmo tempo não confiar e não entender, você também pode conhecer e confiar, mas não necessariamente entender o que ele está fazendo. Essas conexões estão presentes em diversos momentos da Escritura, principalmente na relação: Conhecimento, Confiança e não entendimento. O teólogo Christopher Wright disse que “conhecer e confiar (em Deus) não tem necessariamente a ver com entende-lo.”

Abraão não entendeu a necessidade da destruição das cidades de Sodoma e de Gomorra: “Não agirá com justiça o Juiz de toda a terra? ” (Gn 18.25)

Moisés não entendeu a decisão de Deus em negar-lhe a entrada na terra prometida: “Deixa-me atravessar, eu te suplico, e ver a boa terra...” (Dt 3.25)

Noemi não entendeu porque Deus permitiu a morte de seu marido e de dois filhos: “O Senhor colocou-se contra mim. O Todo poderoso me trouxe desgraça”. (Rt 1.21)

Davi não entendeu a insistência de Deus em abençoa-lo: “Quem sou eu, ó soberano, Senhor, e o que é a minha família, para que me trouxesses a esse ponto? (2Sm 7.18)

Homens e mulheres que viveram com conhecimento, confiança, mas sem muito entendimento dos movimentos e ações de Deus em sua vida. O que isso nos ensina? 

Se eu conheço a Deus e confio no Senhor, eu sei que os caminhos que ele tem conduzido minha vida são fiáveis, mesmo que eu não entenda. Eu sei que ele traça o melhor pra minha vida, mesmo que eu não entenda. Eu sei que tudo coopera para o meu bem, mesmo que eu não entenda. Eu sei que pelo caráter do Senhor, os caminhos levarão a bom termo, mesmo que eu não entenda. 

Lembre-se do Salmo 73 e de como os pés do salmista quase vacilaram, mas no verso 23 ele recobre sua consciência de que Deus o sustenta, no verso 24, que Deus o conduz e o recompensará, no verso 26, que quando ele fraquejar, Deus é fiel. 

Caso não esteja entendendo os planos de Deus para determinadas áreas de sua vida, lembre-se de que por isso já passaram muitas outras pessoas na história. Em meio a sua incompreensão tome os devidos cuidados para não sufocar a fé de gente mais imatura que você e trate suas dores aos pés da Cruz e suas dúvidas à luz da Palavra. 

Rev. Gustavo Bacha

domingo, 11 de junho de 2017

A DIFERENÇA ENTRE CLIENTES E DISCÍPULOS

ANO LXXV - Domingo, 11 de junho de 2017 - Nº 3737

A DIFERENÇA ENTRE CLIENTES E DISCÍPULOS

Durante o ministério público de Jesus ele atraiu muitos seguidores, pessoas de perto e de longe. Uns observavam quem ele era e outros o que ele tinha a oferecer. Essa mentalidade ainda está presente, talvez, mais viva do que antes. Esse tipo de interesse por Jesus define claramente, se somos clientes ou discípulos de Cristo.

Clientes se ofendem quando são confrontados pelas palavras duras de Cristo, porque não receberam o que queriam, porque não entenderam o sentido e a dureza das palavras, interpretando como algo desnecessário à sua vida, aplicável a outros, não a eles. Se ofende porque neste cenário, o cliente sempre deve ter razão e jamais entenderá que neste caso, não ter razão é predicativo de um coração humilde de discípulo.

Clientes abandonam, porque seu relacionamento é com o produto, no caso a bênção, ou com a circunstância e no momento em que esse produto não atende mais, deixam a igreja, liderança, ministérios ou qualquer outra coisa, em busca de algo melhor pra eles. Buscando insaciavelmente produtos ou circunstâncias mais atrativas, de preferência que não exijam contrapartida e que estejam de acordo com o gosto próprio deles. Discípulos estão ligados ao mestre, em toda e qualquer situação.

Clientes buscam exclusivamente a satisfação. Neste caso os interesses estão primeiro lugar, se fartam das bênçãos e de “barriga cheia” vão embora, fazendo das igrejas, mercados em que entram e saem sem qualquer pudor de fidelidade e laço. O compromisso é algo distante e a fidelidade é exclusivamente para si e seus desejos. Discípulos buscam sempre os interesses do mestre; agradá-lo e satisfazê-lo é um compromisso que nem sempre é um prazer, pois servi-lo, é mais importante do que se alegrar.

Em tempos de crescimento numérico expressivo no meio evangélico, é sempre razoável refletir sobre que tipo de cristão somos, ou estamos nos tornando.

A diferença entre cliente e discípulo afetará todas as outras áreas da nossa vida, tornando nosso testemunho uma bênção ou um desastre.

Rev. Gustavo Bacha

domingo, 4 de junho de 2017

CULTURA DA MERITOCRACIA X EVANGELHO

ANO LXXV - Domingo, 04 de junho de 2017 - Nº 3736

CULTURA DA MERITOCRACIA X EVANGELHO

A ideia de que o fim é mais importante que o começo é uma afronta a nossa cultura meritocrática. Afinal de contas, fazer por merecer é a lei da justiça e nada é mais justo que receber o devido pagamento pelo seu trabalho ou ação. Por isso que notícias como a morte de alguns assassinos, estupradores, pedófilos e porque não dizer a prisão de corruptos, como deputados, senadores, presidentes, empresários ou “ex” qualquer um deles, provoca um sentimento de justiça.

Mas o que dizer de pessoas que se livram no fim da vida, depois de terem cometido as atitudes vergonhosas, terem vivido libertinamente e se veem livres do peso de suas atitudes. Eu sei que você deve estar pensando que isso é uma tremenda injustiça e que se dependesse de você isso jamais aconteceria, pois a bíblia cita o código de Hamurabi que diz “olho por olho, dente por dente”.

Esta semana foi noticiada a prisão e internação de Andreas Richthofen, irmão mais novo de Suzana Richthofen. Ele usuário de entorpecentes, formado em farmácia, doutor em química orgânica, ambos pela USP, e agora internado depois de um surto. Ela, assassina confessa dos pais, presa desde 2002, desfruta constantemente de indultos, inclusive no dia das mães, como ato de clemência do poder público e que dentro de alguns anos desfrutará da liberdade.

Não sabemos o fim da história desses dois, pois até agora tudo que conhecemos está revelado e estes são os fatos. Imagine agora, se de forma sincera, essa menina se torna alvo do evangelho, e o Espírito Santo do Senhor a alcança, trazendo arrependimento e abandono abandono dos pecados e da mesma forma a seu irmão, promovendo ali a restauração desses relacionamentos e vidas. Certamente alguns achariam isso um absurdo e uma tremenda injustiça. Mas isso é o que o Evangelho faz, ele busca os perdidos, os piores para mostrar ao mundo o poder que Ele possui.

Termino esse artigo, lembrando dos ladrões que foram crucificados com Jesus, dois desgraçados, condenados e sem esperança, até encontrarem o Evangelho e com sinceridade, arrependimento e salvação; um deles recebe as palavras de vida por parte de Jesus: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso”. Isso não é uma carta branca para viver libertinamente e depois se arrepender, isso é um alerta à nossa cultura meritocrática, dizendo–nos que a obra redentora de Jesus, pode salvar até o mais terrível pecador.

Rev. Gustavo Bacha

domingo, 28 de maio de 2017

ATA DE ORGANIZAÇÃO DA IPVM

ANO LXXIV - Domingo, 28 de maio de 2017 - Nº 3735

Ata de Organização da IPVM

Ata nº3 – 31 de maio de 1942

“`As 19 horas e 55 minutos do dia 31 de maio, numa das salas anexas ao salão de cultos da Igreja Cristã Presbiteriana de Vila Mariana, à Rua Vergueiro, 2407 (mesmo local das reuniões anteriores), reuniu-se a Comissão, presentes todos os seus membros: Revs. Miguel Rizzo Júnior, Amantino Adorno Vassão e Presbiteros srs. Warwick Kerr e José de Oliveira. Os trabalhos foram abertos com oração dirigida pelo Rev. Miguel Rizzo Júnior. Foram lidas, digo, foi lida, e aprovada a ata número 1, de 30 de maio. Submetidos os passos já dados à apreciação da Comissão, ora completa, foram os mesmos homologados. Passou-se ao culto público, sendo ordenados: o presbítero Sr. Cataldo Amorese e os diáconos srs. Polybio Mesquita, Baldomero Wey Garcia e Vicente Barboza de Oliveira; sendo, então, instalados estes e os presbíteros srs. Honório Goulart e Isaac de Mesquita (anteriormente ordenados nas igrejas de onde vieram). Foi, então, solenemente empossado no pastorado da Igreja, conforme resolução do presbitério, o Rev. Jorge Goulart. Pregou o Rev. Miguel Rizzo Junior baseado no versículo 39 do 1º capitulo do evangelho de João, a respeito do seguinte tema: “Horas decisivas”, tendo o Rev. Amantino Adorno Vassão dirigido a parênese aos novos oficiais. Registrou-se a presença de representantes da Congregação Presbiterial do Jardim América e da chamada Igreja do Rev. Benedicto Hith. Nada mais havendo a tratar, o Rev. Miguel Rizzo Junior avisou que, oportunamente convocará nova reunião para ultimar os trabalhos, sendo a reunião encerrada às 21 horas e 45 minutos com oração dirigida pelo Rev. Miguel Rizzo Júnior. E eu, secretário, lavrei esta que assino. Amatino Adorno Vassão”.

Esta é a transcrição literal da ata de organização da Igreja Presbiteriana de Vila Mariana, à época chamada “Cristã Presbiteriana”, na qual se registra a ordenação e instalação dos primeiros oficiais da IPVM. Louvado seja o Senhor por que desta semente uma árvore frondosa originou-se. A Ele tributamos toda glória, honra, louvor e adoração, rogando que a IPVM continue fiel a Ele e aos princípios de Sua Palavra e Valores de Seu reino. Parabéns IPVM.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 21 de maio de 2017

INGENUIDADE

ANO LXXIV - Domingo, 21 de maio de 2017 - Nº 3734

INGENUIDADE

Esse termo possui muitas variantes interpretativas, pode-se considerar como uma qualidade daquele que é puro de coração, sem maldade, embora isso teologicamente não exista. Pode-se também interpretar como um adjetivo depreciativo e jocoso, pois assemelha-se àquele que é tolo e incauto.

A palavra de Deus possui muitas referências a ingenuidade, o termo hebraico é Pethiy, que está relacionado à tolice, simplicidade, falto de entendimento. As referências bíblicas a esse indivíduo não são nada boas, pois elas estão sempre em contraste com o prudente ou astuto.

Em nossa pseudocultura cristã parece que valoriza-se exatamente o oposto, aquela pessoa que é ingênua recebe mais admiração do que aquela que é prudente, pois assume-se a pressuposição de que ingenuidade tem relação direta com espiritualidade e prudência com carnalidade. Não é isso que a escritura diz.

O livro de provérbios é bem rico em suas críticas à ingenuidade já no primeiro capítulo encontramos essa orientação: “Até quando vocês, ingênuos, insistirão em sua ingenuidade?” 1.22. E não para por aí, ele é ainda mais duro e realista quando diz: “O prudente antevê o perigo e toma precauções; o ingênuo avança às cegas e sofre as consequências”. 22.3

Você tem errado demais na vida? Será que você tem vivido da maneira que Einstein definiu a loucura? “A loucura é como o ato de repetir sempre as mesmas coisas e esperar resultados diferentes”. O que você pode fazer de diferente nas suas decisões futuras para garantir escolhas que reflitam sabedoria e não ingenuidade?

Primeiramente é não negar a possível ingenuidade que habita em nós. Fazendo o exercício da reflexão sobre as decisões que precisamos tomar e buscar agir com prudência e não emocionalmente. Segundo, busque conselhos, o mesmo livro de provérbios diz que “sem uma liderança sábia a nação cai; ter muitos conselheiros lhe dá segurança” 11.14. Terceiro, tenha bons amigos, pois cercando-se deles existe a possibilidade de enxergar a vida através dos olhos dos outros e isso produz crescimento pessoal. “Quem anda com os sábios se torna sábio, mas quem anda com os tolos sofrerá as consequências.” 13.20.

Rev. Gustavo Bacha
(versão da Bíblia – NVT)

domingo, 14 de maio de 2017

AS MÃOS DE MINHA MÃE

ANO LXXIV - Domingo, 14 de maio de 2017 - Nº 3733

AS MÃOS DE MINHA MÃE
Autora: Norma Penido

Ainda me lembro com ternura
Das incansáveis mãos de minha mãe
Eram ágeis, eficientes, e confortantes
As benditas mãos que a todo instante
Estavam estendidas para mim…
Eram valorosas como duas guerreiras
Eram duas inseparáveis companheiras
Sempre lutando para o melhor servir
E nas horas de amarguras, nas noites escuras
Qual bússola mostravam o caminho a seguir
Mãos, que só se levantavam para o bem
Para ajudar, abençoar e acolher alguém
Mãos, que muitas vezes vi calejadas
Como as de Cristo que na cruz pregadas
Pelo grande amor que sentiu por mim…
Mãos, que hoje se movem lentamente
Ficaram frágeis, trêmulas e dependentes
O tempo passou, e agora desgastadas
Como irmãs gêmeas, estão sempre entrelaçadas
Parecem inúteis, mas têm inestimável valor
Pois falam de uma vida, de renúncias e de amor
As mãos de minha mãe… benditas entre tantas!
Oh! Que mãos tão maravilhosas e santas!
Mãos que afago entre as minhas com carinho
Fazendo delas o meu mais seguro ninho
Na difícil hora da minha aflição…

domingo, 7 de maio de 2017

O QUE SE VÊ EM SUA CASA?

ANO LXXIV - Domingo, 07 de maio de 2017 - Nº 3732

O QUE SE VÊ EM SUA CASA?
“Que viram em tua casa?” (2 Reis 20: 15)

O mês de maio é chamado o “mês do lar” ou o “mês da família”. Esta tradição entre nós está ligada a fatos de caráter religioso e aos Estados Unidos com uma jovem que resolve homenagear as mães de sua igreja, sendo que ela mesma já havia “perdido” a sua. Esta maneira singela de homenagem veio para o Brasil e tornou-se oficialmente o segundo dia de maio como o Dia das Mães.

O texto que temos acima nos fala de um momento na vida de Israel após o livramento do rei Ezequias quando este recebeu a embaixada de Babilônia e mostra orgulhoso os tesouros de sua casa e palácio. Sua ruína deveu-se a esta expressão de seu orgulho e vaidade, com a palavra do Senhor de que todas as coisas ali seriam levadas para a terra de babilônia.

Podemos usar a expressão em sentido não literal em relação aos nossos lares e famílias nos dias atuais. A pergunta ainda é a mesma: “o que as pessoas podem ver em sua casa?” Não se trata apenas do que se assiste em canais de sua TV, na tela de seu computador ou de seu telefone celular, mas quais atitudes seriam vistas no seio e interior de sua casa no convívio de e com sua família? Desafortunadamente o que presenciamos, em nossos dias, é uma degeneração dos princípios básicos de vivência conjugal e familiar com estabelecimento de padrões não bíblicos e não cristãos, assimilando postura de estruturas comportamentais mundanas, gerando a desagregação familiar, a degenerescência dos costumes e esboroamento do matrimônio. O divórcio, que é visto na Bíblia como excepcional (embora possível), torna-se banalizado e é acionado por qualquer motivo, mesmo em descompasso com as Escrituras. A convivência sexual fora dos limites do casamento e´ vista como sendo normal ou “natural” e praticada por jovens (e não jovens) mesmo no contexto chamado evangélico, subvalorizando ou desvalorizando o casamento e a família ante os moldes esculpidos por Deus em Sua Palavra.

Que nossos lares sejam vitrines onde as pessoas vejam as virtudes de Deus (I Pedro 2: 9) e o Fruto do Espírito Santo (Gálatas 5: 22 a 26) possa ser manifesto para abençoar os que vivem no seio da família e a todos quantos tiverem contato e convivência com ela sejam parentes, amigos, vizinhos ou empregados. Com a graça de Deus e para a glória DEle.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 30 de abril de 2017

75 ANOS DA IPVM

ANO LXXIV - Domingo, 30 de abril de 2017 - Nº 3731

75 ANOS DA IPVM

O mês de maio está chegando e com ele teremos a intensificação das celebrações dos 75 anos de nossa amada IPVM. Neste sentido os irmãos devem estar atentos às atividades agendadas e participar de forma plena de todas elas, sendo edificados e abençoados na ministração da Palavra, ao mesmo tempo em que glorificarão e louvarão a Deus por tantas bênçãos derramadas por Ele sobre nós como Igreja.

Teremos no dia 07 (domingo) a presença do Rev. Samuel Vieira, pastor da Igreja Central de Anápolis (GO), falando no culto matutino e noturno. Na sequência teremos toda a semana de atividades (08 a 11) com pastores convidados, pregando no culto às 20:00, a saber: Dia 08- Rev. Eber Cocareli (apresentador do Programa Vejam Só); Dia 09-Rv. Dr. Paulo Romeiro (pastor da Igreja Cristã da Trindade e escritor); Dia 10: Rev. Dr. Ricardo Bitun (pastor e coordenador da pós-graduação de Teologia do Mackenzie); Dia 11: Rev. Hernandes Dias Lopes (Diretor de Luz para o Caminho e apresentador do programa Verdade e Vida- IPB); Dia 12: Rev. Dr. Heber Carlos de Campos Jr. (Pastor da IPB e professor no Seminário Jose Manuel da Conceição- SP). Dia 14 teremos as comemorações do dia das mães. Dia 21 estará conosco (manhã e noite) o Rev. Juarez Marcondes Filho, pastor da Igreja Central de Curitiba e secretário executivo do Supremo Concílio da IPB. No dia 28 será o pregador o Rv. Roberto Brasileiro (manhã e noite) pastor da Igreja Presbiteriana Central de Patrocínio (MG) e presidente do Supremo Concílio da IPB.

Participe destas atividades e venha louvar, glorificar e agradecer a Deus tantas bênçãos que, por Sua misericórdia, Ele nos tem concedido, seja individualmente, seja como expressão do Corpo de Cristo, Igreja do Deus vivo a quem rendemos toda glória, honra, louvor e adoração.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 23 de abril de 2017

FAIR PLAY

ANO LXXIV - Domingo, 23 de abril de 2017 - Nº 3730
“FAIR PLAY”

A expressão de língua inglesa que dá título a este pequeno escrito pode ser traduzida livremente por “jogo limpo” ou “jogo honesto”. E´ uma expressão muito conhecida no universo dos esportes, sendo a busca constante por uma disputa limpa, honesta, honrada e sem prática de violência, desonestidade, dolo ou subterfúgios para se lograr a vitória. Muitos pensam ser um “mundo ideal”, mas sem chance alguma de se materializar ou vir a se tornar real.

Em partida de futebol realizada no último domingo aqui em São Paulo houve uma manifestação de “fair play”, quando um jogador percebeu o equívoco do árbitro ao punir um adversário em certa disputa pela bola. A penalização havia sido um cartão amarelo ao suposto infrator. A pena foi cancelada quando o autor do fato afirmou ter sido ele a atingir o próprio companheiro por acidente. Tal atitude tornou-se algo notório e de comentário amplíssimo. Não vou comentar as considerações de um companheiro de clube deste jogador ao analisar a atitude do colega e companheiro, como que o repreendendo por tal fato. Caráter é algo que se tem e se demonstra, não que se imponha. Se o atleta que não foi punido vier a fazer um gol decisivo para vitória de seu time na próxima partida contra o que o ajudou, como será? Não sei. No entanto, sei que a atitude foi correta e digna de elogio. Espanta-me o fato de que a atitude correta tenha tanta repercussão, indicando que a moral e a ética em nosso mundo estão em total decadência.

Não sei qual a formação religiosa deste jogador. Mas, a mim soa como grande exemplo de postura ética que deve ajaezar ou compor a vida e conduta daqueles que servem e amam a Jesus. Nós, como cristãos, devemos assumir postura que reflita a integridade, honradez e honestidade, mesmo que gere sobre nós alguma forma ou tipo de prejuízo. Devemos e precisamos ter consciência de nossa responsabilidade e engajamento com o correto, certo e ético para a glória de Deus e louvor de Jesus, cumprindo o dito na Palavra de Deus: “O que mentia não minta mais, antes fale a verdade...o que furtava não furte mais, antes trabalhe com as próprias mãos” (Ef.4 25 e 28), sendo “irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo.” (Fp.2:15). Que assim seja por Cristo e para a gloria DEle. Amém.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 16 de abril de 2017

ONDE ESTÁ?

ANO LXXIV - Domingo, 16 de abril de 2017 - Nº 3729

ONDE ESTÁ?

A pergunta que aparece acima pode ser vinculada ao momento em que Maria Madalena vai até ao sepulcro onde Jesus havia sido posto, ou seja, o local no qual seu corpo fora depositado, e não o encontrando afirma: “tiraram do sepulcro o Senhor e não sabemos onde o puseram” (João 20:2). De fato, a narrativa em João, parece indicar o fato de que ela não sabia o que ocorrera ao corpo de Jesus, nem para onde o haviam levado. Este episódio ocorreu no tempo da celebração da Páscoa dos judeus, quando o cordeiro pascal era morto em sacrifício simbólico para perdão dos pecados no templo em Jerusalém.

Naquela vez, houve outro sacrifício, de outro “cordeiro”. Não mais um animal, porém o Filho de Deus, Jesus, sendo Ele o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29) sacrificado pelo perdão de nosso pecados. No entanto, diferentemente dos cordeiros anteriores, Jesus não ficou morto, mas ressuscitou e ressurgiu de entre os mortos com poder e glória, deixando um sepulcro vazio ao terceiro dia. Maria indaga de Jesus ressurreto, a quem não reconhecera: “onde o puseste?” De outra forma: “onde ele está?”. Maria Madalena estava equivocada em relação à ausência de Jesus, pois Ele ressuscitara, estabelecendo uma nova compreensão sobre o que passaria a ser a Páscoa.

Em nossos dias parece-me que a pergunta volta com força total: “onde está?” O motivo é simples, devido ao fato de se ter feito Jesus ausente da celebração da Páscoa sem ressurreição, sendo somente e apenas páscoa desfigurada, onde não há cordeiro imolado, não há sangue derramado, não há cruz. Portanto, não há perdão, não há propiciação, não há remição de pecados. Onde não há túmulo vazio, morte derrotada ou triunfo pleno e esplendor de glória, apenas coelho, ovos e chocolate. Então a pergunta é: Onde está Jesus na páscoa que se celebra atualmente? Ele precisa ser redescoberto, novamente lembrado, para que se possa restaurar o verdadeiro sentido do “Cordeiro Vencedor”. Aleluia Jesus ressuscitou. Assim seja.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 9 de abril de 2017

HABEAS CORPUS

ANO LXXIV - Domingo, 09 de abril de 2017 - Nº 3728

“HABEAS CORPUS”
Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8: 36)

Na terça-feira passada foi veiculada uma noticia de caráter surpreendente e inédito. Na Argentina uma Associação conseguiu, mediante atuação de advogados, obter êxito na impetração de um “habeas corpus”, liberando o paciente (aquele que é o sujeito postulante ou impetrante) de sua situação prisional e encarceramento. Até aí nada de excepcional, a não ser pelo fato de que o paciente, neste caso, é uma fêmea de chimpanzé. Exatamente. A justiça argentina deferiu o pedido e mandou que o animal fosse encaminhado para Sorocaba (São Paulo) em um “santuário de grandes primatas” (é possível que haja muitos humanos por lá, pois somos considerados, pela ciência, grandes primatas). A alegação dos advogados (e aceita pela justiça) foi de que “o paciente era, como ser vivo animal, sujeito de direitos e não uma coisa”. Fico pensando se tal argumento não vale para o fato de ser também sujeito de obrigações. Assim, deverá ser penalizado ou preso por atentado violento ao pudor ao exibir suas genitálias, urinar e defecar em lugar público, lesão corporal por disputa de território ou direito de acasalar, furto ou roubo de objetos ou alimentos, etc. Não levo em conta o fato questionável de zoológicos, aprisionamento de animais, maus tratos e outros comportamentos questionáveis de nossa parte como humanos, mas aplicar a chimpanzés, gorilas, orangotangos e macacos a legislação aplicável aos humanos, parece-me por demais exorbitante. Se a moda pega o judiciário, já assoberbado, terá que criar o “juizado veterinário”.

Deixando de lado este aspecto discutível da medida de liberdade aplicada ao chimpanzé, fico pensando no instrumento usado para garantia da liberdade, ou seja, este instrumento jurídico de caráter democrático e presente em um Estado de Direito o “habeas corpus”. Embora criminosos e bandidos dele se utilizem e sejam beneficiados, sua existência e efetividade nos dão certa indicação de que a democracia está presente, o direito e a liberdade ainda são respeitados.

Jesus nos falou de algo parecido, sendo ele mesmo o “remédio” para a escravidão e aprisionamento espiritual do ser humano ao afirmar: “se o Filho (Jesus) vos libertar, verdadeiramente sereis livres”. A humanidade sem Jesus está aprisionada e condenada à perdição eterna, mas o Unigênito Filho de Deus (Jesus) é o único capaz de trazer à liberdade o ser humano, livrando-o do cárcere do pecado e da sentença de condenação ao inferno. A provisão de Deus para nossa liberdade já foi feita em Cristo Jesus. Temos esta garantia e certeza. Jesus é o nosso Advogado que age em nosso favor e garante nossa salvação e liberdade plenas, mediante a entrega DEle mesmo para nossa justificação, pois “o castigo que nos traz a paz (e a liberdade) estava sobre Ele”. Louvado seja o Senhor por esta libertação.

Rev. Paulo Audebert Delage

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.