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domingo, 29 de novembro de 2009

AI (8)

ANO LXVII - Domingo, 29 de novembro de 2009 - Nº 3344

"Ai do perverso! Mal lhe irá; a sua paga será o que as suas próprias mãos fizeram" (Isaías 3:11)

Lei do Carma. Proposta hindu e kardecista para justificar a situação de maldade e sofrimento no mundo. Você fez ontem (vida anterior), está pagando hoje. Você faz hoje, pagará amanhã (reencarnado).

Isaías não está falando deste tipo ou modo de "paga" a ser imposta sobre o perverso ou ímpio. Seu ensino diz respeito ao juízo de Deus, à justiça do Senhor. O princípio é claro: condenação pelas obras feitas, juízo sobre os atos perversos realizados. O julgamento acontecerá conforme as obras. Por isso: ai do perverso.

Ao olharmos a sociedade ao nosso redor e percebermos a multiplicação da iniquidade, da violência, da insegurança, da sexualidade desparametrizada, do assinte em se pagar R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais em uma bolsa) em meio a tanta carência, miséria, fome e necessidade; ao olharmos os grandes conglomerados com seus interesses comerciais (laboratórios farmacêuticos e outros), onde as questões ligadas à preservação e à vida são minimizadas e desprezadas, como não dizer: ai do perverso?

No entanto, o que nos gera certa indignação é o fato de retardamento ou adiamento desta "paga", ou acerto. Na expressão do salmista "os nossos pés quase vacilam" ao vermos esta iniquidades sem punição já e imediatamente. Essa transferência para o depois, para o além, para a eternidade, nos deixa, por vezes, frustrados. Digo isso com base em minha visão e depois de ouvir tantos e tantos com esta mesma impressão. Queremos ver este pagamento ou "paga" aqui e agora. Mas, isso ocorrerá no tempo devido e próprio, tempo do Senhor que, em Sua longanimidade vai suportando essas perversões e "deixando" que as pessoas continuem em seu caminho, cujo final será de sofrimento e dor.

Assim tenhamos uma atitude que não faça crescer as injustiças e iniquidades e, ao mesmo tempo, busquemos, por vias próprias, penalizar e punir os que agem perversamente, mas descansando na certeza de que, caso aqui não recebam a paga, hão de recebê-la no dia do juízo de Deus.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 22 de novembro de 2009

AI (7)

ANO LXVII - Domingo, 22 de novembro de 2009 - Nº 3343

"Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal...."
(Isaías 5:20)

Inversão de valores. Penso que esta expressão define bem o texto deste ai do profeta Isaías. A falta de padrão, ou melhor, a corrupção absoluta das normas de padrão, gerando a completa e total perversão: o mal se torna bem, e o bem, mal.

Lemos no Livro dos Atos dos Apóstolos (17:6) uma palavra contra os cristãos nos seguintes termos: "Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui". A idéia do dito é: "os que têm virado o mundo de cabeça para baixo", ou "bagunçado" o mundo. Será verdade?

Nós cristãos não viramos o mundo de cabeça para baixo, nós buscamos colocá-lo na posição certa. O problema é que a cada dia vai se acentuando a postura de chamar ao mal bem, e ao bem, mal. A corrupção vai se alargando e se aprofundando a tal ponto, que os valores vão sendo postos de cabeça para baixo. São dias como os de Isaías, em que os discípulos e filhos do Senhor são afrontados e ridicularizados por sustentarem os valores em sua posição correta.

Não é incomum ouvirmos cada vez mais acentuadamente: "Não se preocupe (não esquenta) todo mundo faz isso". O padrão no trato com a sonegação, o nível no relacionamento da intimidade no namoro, a infidelidade dentro da esfera do casamento, a ruptura dos laços do matrimônio por motivos não justificáveis à luz da Escritura, a leniência no trato com a injustiça individual ou social, a falta de decoro (vergonha) dos que governam e se locupletam sem nenhum constrangimento e dizem ser assim mesmo, ou se veem acima da lei. Poderíamos multiplicar as manifestações desta transformação do mal em bem, do doce em amargo, da luz em trevas, desta corrupção do senso e dos valores; seria enfadonho. Apenas ouçam: "Ai deles".

Como cristãos não tenhamos receio em manter nossa convicção e postura, sustentando os valores à luz das Escrituras Sagradas , chamando ao bem, bem, e ao mal, mal. O Senhor assim nos fortaleça.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 15 de novembro de 2009

AI (6)

ANO LXVII - Domingo, 15 de novembro de 2009 - Nº 3342

"Ai dos que puxam para si a iniquidade com cordas de injustiça..." ( Is.518)

Embora o profeta Jeremias seja apelidado "chorão", é Isaías que tem um grande número de ais em seu livro de profecias. Só neste capítulo são seis ocorrências deste lamento.

O texto citado é muito antigo e estima-se em 650 anos antes de Cristo sua origem. Vemos, entretanto, que a condição parece idêntica à de nossos dias, no tocante à vileza e maldade humanas.

Fala-nos de pessoas que puxam para si a iniquidade e o pecado pela via da injustiça e com cordas. Parece-nos absurdo que isso possa ser verdadeiro; mas, é. As pessoas faziam isso e ainda fazem.

Enquanto, como cristãos, buscamos combater o pecado e nos afastarmos dele, vemos que a sociedade vai, por via da injustiça e, mesmo pela via da justiça (lei), puxando para junto de si a iniquidade e o pecado. Vê-se que a decadência moral campeia solta, mesmo nos meios onde deveria ser esperada a ética e a moral, como na esfera dos nossos legisladores, com leis injustas e iníquas à luz dos padrões de conduta cristã.

Os meios eletrônicos de comunicação, cujo serviço é extraordinário na agilização do fornecimento da informação, vão sendo usados para fazer corromper a pureza de muitos, inclusive crianças, atirando-as na arena da libidinosidade e sensualidade indevida. As pessoas estão puxando para si a iniquidade, trazendo para junto de si ou para dentro de suas vidas e lares o pecado.

O padrão de conduta de vida em relação ao sexo oposto, com liberdades inadequadas e impróprias, para quem se diz cristão, praticando excessos de contato e intimidade, assimilando e reproduzindo o comportamento de impudicícia reinante em nossa sociedade e cultura, vai se tornando admissível e comum.

Em nossos dias o lamento de Isaías se faz ouvir em relação às ruas de nossas cidades. Mas, a pergunta é: seria também ouvido em relação à vivência dos que estão dentro de nossas igrejas e se chamam cristãos ? Tenha Deus misericórdia e que sejamos livres desse ai proferido pelo profeta Isaías, não puxando para nós iniquidade.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 8 de novembro de 2009

AI (5)

ANO LXVII - Domingo, 08 de novembro de 2009 - Nº 3341

"Ai dos que se levantam pela manhã e seguem a bebedice até alta noite" (Isaías, 5:11)

O capítulo cinco do livro de Isaías nos apresenta uma série considerável de ais. São dirigidos ao povo de Israel que se havia afastado do Senhor, e seria levado em cativeiro caso não se arrependesse; o que, de fato, aconteceu.

Este lamento que temos aqui destacado, como os demais, é muitíssimo atual ao nos falar deste mal chamado alcoolismo. Isaías diz que esta condição de embriaguez gerava uma situação de miséria e decadência, embora houvesse música e dança ao redor, acompanhando o uso da bebida. As conseqüências foram trágicas para aquela nação.

As pessoas que se tornam dependentes do álcool (e outras drogas) tornam-se alvo de nossos ais, pois perdem seu senso de responsabilidade, tornam-se violentas ou apáticas e incapazes de desenvolver seu trabalho. Geram desgosto para a família e vergonha para os de sua casa. É muito comum vermos vidas arrasadas por causa deste vício (e outros) socialmente aceito e incentivado.

A Bíblia não fala de forma proibitiva com relação ao uso de bebida alcoólica, mas adverte para os riscos existentes e presentes em seu uso. Os pais devem ter o cuidado com relação ao consumo de tais bebidas, sobretudo quando os filhos são crianças e adolescentes, devido ao exemplo a ser legado a eles. Há denominações evangélicas (protestantes) onde se faz uso de bebida em suas festas e nas dependências de seu lugar de culto (Congregação Cristã no Brasil, luteranas, e algumas reformadas).

Evitemos estes modelos e não assumamos os riscos de nos tornarmos objeto para este tipo de ai pronunciado pelo profeta Isaías. Sigamos a diretriz do apóstolo Paulo:"vivei neste mundo, sóbria , justa e piedosamente" .(Tito, 2:12).

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 1 de novembro de 2009

REFORMA RELIGIOSA DO SÉCULO XVI

ANO LXVII - Domingo, 01 de novembro de 2009 - Nº 3340

REFORMA RELIGIOSA DO SÉCULO XVI

No dia 31 de outubro relembra-se o movimento reformista religioso do cristianismo, ocorrido no ano de 1517, com seu início na Alemanha e capitaneado pelo monge católico-romano Martinho Lutero.

Sua proposta de debate foi o modo comum de se discutir algum assunto dentro da esfera acadêmica, ou seja, afixando as teses a serem tratadas em um lugar público e convidando para o debate. Assim fez, ao afixar suas 95 teses contrárias à venda de indulgências (perdão pleno dos pecados) efetivada por outro clérigo romano (Tetzel), a mando da Cúria Romana, para levantar fundos com vistas ao término da Basílica de São Pedro em Roma.

Contra esse processo mercadejante da salvação, Lutero assumiu posição firme. Sua postura chegou até ao Papa Leão X que, a princípio, julgou tratar-se de "querela de monges". Questões políticas, econômicas e culturais foram também agregadas ao filão religioso da Reforma Protestante. O movimento cresce, toma proporções avantajadas. O Papa lança a bula de excomunhão de Lutero (Exsurge Domini – Levanta-te Senhor), afirmando que "um javali selvagem havia invadido a vinha do Senhor".

O movimento se intensifica. Lutero tem proteção política e militar de príncipes alemães. A onda extrapola as fronteiras alemãs e se espalha pela Europa. Cidades aderem às propostas de reforma. Grupos novos e com propostas um pouco diferentes das de Lutero surgem (zuinglianos- Suiça). Tornava-se difícil sufocar este movimento e seu crescimento.

A Igreja Romana lança (1525) a Contra-Reforma, no intuito de barrar tal desenvolvimento, criando dispositivos de perseguição, investigação e eliminação de indícios de protestantismo, visando estancar o avanço da Reforma nos países onde já se instalara e impedir que chegasse aos que ainda não haviam sido influenciados. Logra êxito, em parte, com tais medidas, mas o movimento não para de crescer. No entanto, diminui seu ritmo e começa a acomodar-se.

Entre estruturação e despertamentos a Reforma se firmou e acabou por espalhar seus princípios e postulados por várias partes do mundo, por meio do movimento missionário moderno, do que, nós evangélicos-protestantes brasileiros, somos fruto.

A Reforma não acabou, somos seus continuadores, pois "Igreja Reformada, sempre reformando".

Rev. Paulo Audebert Delage

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.