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domingo, 28 de dezembro de 2014

PARAR DE CORRER?

ANO LXXII - Domingo 28 de dezembro de 2014 - Nº 3609

PARAR DE CORRER?

A realidade dessa pergunta em São Paulo é quase uma impossibilidade de ser alcançada. A correria é intensa e extensa. Praticamente o tempo todo estamos correndo. Claro que essa forma de correr acaba nos sendo imensamente prejudicial e danosa; faz-nos perder nossas energias, gera estresse, produz angústia e um sentimento de não conseguir fazer tudo o que se queria ou necessitava. Nesse sentido é imperativo parar de correr e aprender a desacelerar.

Porém, há outra situação em que é imperativo permanecermos correndo. Trata-se da exortação do escritor aos hebreus ao afirmar “corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para Jesus, autor e consumador de nossa fé” (Hebreus 12: 1 e 2). Nesse caso a corrida deve ser constante e ininterrupta; não dá para parar e estacionar. Trata-se da carreira cristã, da fé cristã em seus profundos e constantes desafios em meio a essa sociedade pós-moderna na qual estamos.

Findamos mais um ano. Corremos em relação a muitas coisas, mas, e na “corrida da fé”, como fomos e estamos? Pare com as outras correrias, “dê tempo” ao Senhor Jesus. Nesse novo ano mantenha-se correndo e sempre olhando firmemente para Jesus, colhendo as vitórias por meio de Cristo Jesus, Senhor nosso e Salvador único e suficiente de nossa vida. Novo ano. Carreira antiga, mas sempre renovada. Feliz 2015 com a graça de Jesus, o Cristo.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 21 de dezembro de 2014

VISÕES DISTINTAS SOBRE O NATAL

ANO LXXII - Domingo 21 de dezembro de 2014 - Nº 3608

VISÕES DISTINTAS SOBRE O NATAL

Muitos imaginam e pensam que as pessoas devem ter a mesma percepção, entendimento e forma de encarar o Natal. Isso não é verdade. Pessoas veem o Natal de modos diferentes. Evidente, no entanto, é o fato de haver o que se pode chamar de “núcleo comum” para os que são cristãos, a saber: o nascimento de Jesus, havendo o Verbo (Filho) de Deus se encarnado. Mas, mesmo os cristãos podem “ver” o Natal sob aspectos distintos, sem que seja manifestação de maior ou menor piedade ou fidelidade a Deus.

Provo o que digo acima com as narrativas às quais chamamos evangelhos e estão registradas no Novo Testamento. Enquanto Mateus, que escreve aos judeus (principalmente), tem seu interesse em registrar a genealogia de Jesus, fazendo-O ligar-se à Casa de Davi, não registra sequer um cântico em sua narrativa. Já Lucas, ao escrever para gentios (gregos preferencialmente), registra, além da genealogia, vários cânticos manifestos pelos homens ou anjos (como as odes gregas), seja sobre o precursor de Jesus, ou sobre o próprio Jesus. Por outro lado muitos acham chocante a forma de Marcos tratar (ou melhor - não tratar) o assunto, não lhe dedicando uma única linha em seu registro. Para muitos Marcos é, por causa disso, visto com certo desdouro ou desprestígio. Mas, seu ponto de vista era a escrita para os romanos, que não têm interesse em genealogias, em longas explanações, mas são práticos, objetivos e diretos. O fato de não escrever sobre o nascimento de Jesus não significa não vê-lo como importante. Em João não se acha, também, registro sobre os acontecimentos ligados ao nascimento de Jesus. Seu Natal é de concepção teológica e a formulação que faz no preâmbulo de seu escrito é eminentemente e profundamente teológica, de tal modo, que ao lermos ficamos com certa dificuldade em entender palavras e expressões por ele usadas. Seu intento era o de afastar a heresia sobre a não humanidade e a não divindade de Jesus, o Cristo.

É tempo de se celebrar o Natal e dizer como os anjos: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra entre os homens”. Louvamos a Deus pelo nascimento do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” e com sua vida, morte e ressurreição realiza a obra de nossa redenção. Ainda que pessoas possam de modos distintos se relacionar com esse fato e essa data, para nós é Natal, tempo de adoração, portanto, bendito seja o nome do Senhor. Jesus nasceu. Aleluia.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 14 de dezembro de 2014

HISTÓRIA DO DIA DA BÍBLIA

ANO LXXII - Domingo 14 de dezembro de 2014 - Nº 3607

HISTÓRIA DO DIA DA BÍBLIA

“Celebrado no segundo domingo de dezembro, o Dia da Bíblia foi criado em 1549, na Grã-Bretanha pelo Bispo Cranmer, que incluiu a data no livro de orações do Rei Eduardo VI. O Dia da Bíblia é um dia especial, e foi criado para que a população intercedesse em favor da leitura da Bíblia. No Brasil a data começou a ser celebrada em 1850, quando chegaram da Europa e EUA os primeiros missionários evangélicos. Porém, a primeira manifestação pública aconteceu quando foi fundada a Sociedade Bíblica do Brasil, em 1948, no Monumento do Ipiranga, em São Paulo (SP).

E, graças ao trabalho de divulgação das Escrituras Sagradas, desempenhado pela entidade, o Dia da Bíblia passou a ser comemorado não só no segundo domingo de dezembro, mas também ao longo de todas as semana que antecede a data. Desde dezembro de 2001, essa comemoração tão especial passou a integrar o calendário oficial do país, graças à Lei Federal 10.335, que instituiu a celebração do Dia da Bíblia em todo o território nacional.

Hoje, as celebrações se intensificaram e diversificaram. Realização de cultos, carreatas, shows, maratonas de leitura bíblica, exposições bíblicas, construção de monumentos à Bíblia e distribuição maciça de Escrituras são algumas das formas que os cristãos encontraram de agradecer a Deus por esse alimento para a vida. (Extraído do site da SBB)”.

Nesse dia dedicado a nosso Livro Sagrado devemos nos lembrar de seu valor e importância para estrutura de nossa fé, tendo-o não apenas como adorno em móveis de nossas casas, mas presente em nosso coração, instruindo-nos acerca da vontade do Senhor e nos dirigindo quanto aos valores eternos do Reino de Deus, nosso Pai. Leiamos, estudemos e vivamos as Palavras do Santo Livro, a Bíblia Sagrada.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 7 de dezembro de 2014

O IRON MAN E O CANSAÇO DA ALMA

ANO LXXII - Domingo, 07 de dezembro de 2014 - Nº 3606

O IRON MAN E O CANSAÇO DA ALMA

O Iron Man é uma prova extrema em que o atleta precisa nadar 3.8 Km, depois andar 180.2 Km de bicicleta e de quebra correr uma maratona 42.2 Km. Uma prova de aproximadamente 9h de duração, que exige persistência, treinamento e preparo, mas revela ao seu final a exaustão do corpo.

Talvez você tenha ficado cansado só de ler a descrição acima. Esse é o tipo de cansaço que depois de alguns dias ele se recupera, nada que uma boa noite de sono e um bom tempo de ócio não resolvam. E sabe de uma coisa? Ele está pronto pra outra, pior ele anseia por outra prova.

E quando o cansaço não é físico, mas espiritual? Quando a alma se abate, entristece e se cansa da vida. Quando as lágrimas são nossa maior companhia durante os dias e noites de abatimento e cansaço. Quando a vida parece um interminável tormento, experimentando abismo sobre abismo. Como se não bastasse, nesses momentos ainda ecoa no interior as palavras que Jesus bradou na Cruz: “Deus meu, Deus meu. Porque me abandonaste”, sendo assolados pela dúvida da ausência de Deus, justamente agora.

Esse momento de cansaço da alma foi descrito pelos filhos de Coré no Salmo 42, mas o melhor é que ele também relata como enfrentou o cansaço. Ele deixa duas lições preciosas para os que estão com a alma cansada. Primeiro, não abra mão de trazer a memória as coisas boas do passado. (v.4) Eles se lembram dos encontros comunitários marcados pela alegria contagiante. Segundo, tenha atitudes de fé em meio ao cansaço. Busque ao Senhor (v.8), mesmo diante do quadro desolador, encontre tempo para orar e clamar a Deus. Outra atitude de fé é a crença de que isso passará. (v.5) Se hoje está difícil louvar a Deus, tenha fé que ainda o louvará, pois é o nosso Auxílio e nosso Deus.

Se no Iron Man o descanso exige ócio, no Cansaço da Alma exige atitude e ações assertivas. Se no Iron Man o competidor deseja e anseia por outra prova, no Cansaço da Alma, ansiamos por livramento e graça para não enfrentar isso novamente. Mas se vier a acontecer, sabemos o que deve ser feito, “Porque dEle, e por meio dEle, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” Rm. 11.36

Rev. Gustavo Bacha

domingo, 30 de novembro de 2014

REALIZAÇÕES

ANO LXXII - Domingo 30 de novembro de 2014 - Nº 3605

REALIZAÇÕES

“Era Josué, porém, já idoso [...] e disse-lhe o Senhor: [...] ainda muitíssima terra ficou para se possuir.” (Josué 13:1)

Em meu exercício devocional pessoal, ao ler o texto acima transcrito, pus-me a pensar sobre alguns pontos: idade (já velho), comunhão divina (disse-lhe o Senhor), realizações (muita terra conquistada) e, por fim, muitos projetos não concluídos (muita terra ficou para se possuir).

Aqueles que têm o privilégio de envelhecer e ou chegar à idade madura ou avançada podem compreender muito bem o sentido desse texto, no qual Josué expressa e faz refletir sua experiência. Desse modo vemos que envelhecer é um fato para o qual devemos nos preparar e só não acontecerá se morrermos antes. Normalmente as pessoas preferem envelhecer a morrer. É preciso que os jovens entendam que ficarão idosos, e o que parece distante e longínquo no dia de hoje, chegará a você muitíssimo breve. Outro aspecto para o qual devemos atentar é a manutenção da relação com o Senhor, ou seja, fazermos com que a comunhão com Deus seja permanente e frutífera, ouvindo a “voz” do Senhor, escutando-O por meio de sua Palavra, seja na juventude ou na velhice. Outro elemento em destaque é a percepção do privilégio que tivemos de alcançar muitas metas e colher muitas realizações. “Não fiz quase nada” pode ser a declaração envolta em certa frustração por parte daquele que está idoso. Mas, veja bem, você estruturou muita coisa, alcançou muitos objetivos, produziu muito. Muitas conquistas, “muita terra” foi, de fato, conquistada. Graças a Deus. Por fim, destaco um aspecto que julgo de suma importância: sempre haverá muita terra que ficou para ser conquistada. Temos a impressão, ao olharmos certas pessoas, que elas agem, trabalham e vivem como se ao findar a existência terrena terão feito tudo e não haverá mais nada a ser realizado. Ficarão frustradas ao término da vida, pois ao olharem o quanto conquistaram, perceberão que muita terra ficou para se possuir. É impossível a qualquer um de nós conquistarmos tudo. Jesus nos ensina algo nesse sentido ao dizer: “que vale ao homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?” (Mt.16:26). Mesmo que conseguisse conquistar tudo, teria perdido (deixado de conquistar) algo tão precioso, sua alma.

Você já conquistou muita coisa, ainda conquistará outras. Mantenha sua comunhão firme e íntima com o Senhor e tenha consciência de que, por mais conquistas já obtidas e a serem obtidas, sempre ficará “ainda muitíssima terra para se possuir”.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 23 de novembro de 2014

DEUS SEJA LOUVADO

ANO LXXII - Domingo 23 de novembro de 2014 - Nº 3604

DEUS SEJA LOUVADO

Eu poderia falar neste artigo sobre os vários assuntos que estão liderando as notícias dos grandes portais e telejornais; escândalos, assassinatos, operações da Polícia Federal, empreiteiras e até mesmo futebol. Gosto de falar desses assuntos e poderia também correlacionar as passagens bíblicas com esses acontecimentos, mostrando a vileza e decadência do ser humano que, distante do seu criador vive aprisionado em seus desejos e fantasias, mas não quero discorrer sobre isso.

Quero falar sobre a expressão, quase universal, Aleluia. Oriunda do hebraico, que carrega em si duas palavras “Seja Louvado”, na expressão transliterada “Halelu” e Deus, na terminologia “Jah”. Aleluia é a palavra que deve sair como uma explosão do interior daquele que crê. Aleluia não é palavra que deve ser mendigada dos púlpitos para fingir uma alegria e um sentimento que não existe. Aleluia é expressão sempre exclamativa, viva, sincera vinda daquele que ficou tão cheio de alegria que transborda de si o “Deus seja Louvado”, ALELUIA, como forma sincera de louvor ao Deus que criou todas as coisas.

No culto vespertino do domingo p.p, o Coro Jovem fez sua primeira participação, os 54 integrantes cantaram a música “Me entrego a Ti”. A Igreja estava lotada, amigos, parentes e desconhecidos vieram louvar a Deus e buscar na comunidade, identidade e graça para a vida às vezes tão árida. Foram exatamente 6’05’’, de arranjos, vozes, subidas e descidas na escala musical que nos encheram, nos sensibilizaram, mas não pela melodia e técnicas em si, mas principalmente pela letra cantada e as verdades ali entoadas. Perdão, graça, esperança, amor, compromisso e entrega. Cordeiro de Deus, eu me entrego a Ti.

Assim como um torcedor que grita GOOOOL, aos 45 do segundo tempo, na final do campeonato, jogando contra o seu maior rival, podia-se ouvir no meio do povo que se rendeu a Cristo, expressões de louvor a Deus que se manifestaram através de palmas e Aleluia.

Aleluia! De todo o coração renderei graças ao SENHOR, na companhia dos justos e na assembleia.” Salmo 111.1

Assim seja IPVM, Igreja Viva e Contagiante que Ama a Jesus e se Entrega a Ele.

Rev. Gustavo Bacha

domingo, 16 de novembro de 2014

ACIMA DA LEI?


ANO LXXII - Domingo, 16 de novembro de 2014 - Nº 3603

ACIMA DA LEI?

Mais uma vez ficamos espantados e atônitos com as coisas que ocorrem em nosso país em termos de legislação. Do “mensalão” já estão na “rua” quase todos os integrantes do “núcleo político” (os que se beneficiaram e receberam dinheiro de corrupção), enquanto os do “núcleo financeiro” (aqueles que intermediavam e cooptavam os políticos), que receberam mais de 20 anos de prisão, continuarão amargando sua pena em regime fechado até cumprirem um sexto dela, para pleitearem a progressão de regime. A distinção soa estranha, mas, foi o que restou para que pudéssemos ter um “gostinho de justiça”.

Sem entrar no mérito do caso, vemos uma funcionária pública que, posta para aplicar a lei a todos os cidadãos, se vê obrigada a pagar indenização por agir em conformidade com a lei, sob a alegação de que “atuou com abuso de autoridade e cometeu desacato”. O fato é que cumpriu sua obrigação de autuar um cidadão, o qual circunstancialmente é magistrado, que trafegava com seu veículo sem placas e sem carteira de habilitação. Se a agente pública exacerbou de suas funções deve ser penalizada, no entanto o órgão no qual estava lotada julgou o caso e afirmou ter ela agido dentro de suas atribuições e no limite da lei. Já o agente público que estava irregular, deveria reconhecer seu erro, sem alegar que não conhecia a lei e submeter-se ao rigor dela, já que com ela trabalha e deve aplicá-la, não estando ele ou qualquer outro cidadão acima dela.

Trazendo para o nosso universo bíblico, isso parece acontecer com muitos dentre nós. Pensam estar acima das determinações da Lei de Deus e imaginam que poderão safar-se no “ajuste de contas” pelo fato de ser isso, ou pelo fato de haverem feito aquilo. A Bíblia afirma que não há nenhum de nós que esteja acima da lei, antes sustenta que todos estão sob igual condenação e o Reto Juiz dará a sentença punitiva e condenatória sem levar em conta posição, etnia, ou condição outra qualquer. Não poderemos alegar ignorância da Lei, não poderemos alegar conduta correta em muitas situações, não teremos sucesso em apresentar nosso currículo humanitário, pois a sentença será uma só: “apartai-vos de mim malditos para o fogo eterno” (Mt.25:41). O único modo de nos vermos livres de tal condenação é recebendo a graça que nos é concedida livremente em Cristo e por meio DEle. Portanto, não pense estar acima da Lei, você está sob a condenação dela e não há como escapar, a não ser recebendo a Cristo como seu Salvador e Senhor único e suficiente, havendo Ele recebido na Cruz a punição e castigo devidos a você. Assim, arrependa-se de seus pecados e receba a Cristo em sua vida como Seu Salvador, colocando-se sob a graça e não pensando estar acima da Lei.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 9 de novembro de 2014

SOLUÇÃO

ANO LXXII - Domingo 09 de novembro de 2014 - Nº 3602

SOLUÇÃO

Muitos programas de televisão trazem em suas pautas os aspectos vários ligados à multiplicidade de problemas existentes em nossas cidades e em nosso país. As abordagens são diversas e dependem das formações dos entrevistados, debatedores ou expositores do assunto. As propostas de solução são apresentadas e debatidas, com pontos de vista, às vezes, diametralmente opostos. Sociólogos, economistas, juristas, antropólogos, engenheiros de vários segmentos, psicólogos, educadores e outros profissionais sempre têm solução com ênfase em sua linha de trabalho e ação. Isso é natural e compreensível.

Para um teólogo cristão a situação não é diferente, ou seja, os problemas serão tratados sob a sua ótica, bem como a solução proposta será, igualmente, fruto de sua formação e linha de trabalho. Assim, quando vemos a situação do mundo (de hoje como de ontem e de amanhã) somos levados a nos posicionar de modo até reducionista e simplista aos olhos da maioria, afirmando que a fonte dos problemas é uma só: a maldade (pecado) presente no interior (coração) do ser humano. Por isso, sendo a fonte uma só, mas com suas multivariadas manifestações, a solução passa a ser uma só, combatendo diretamente a causa. Essa solução única é a nova vida em Cristo, a regeneração do ser humano, sendo feito nova criatura e, dessa forma, manifestando o caráter de Cristo, que faz com que o problema e seus efeitos nefastos sejam neutralizados e, até mesmo, eliminados.

Podemos ser acusados de reducionistas, simplistas e de mente tacanha, mas não abrimos mão de sustentarmos que a fonte de toda miséria, desgraça, injustiça, violência e corrupção é o pecado do coração humano, cuja solução foi, é e continuará sendo a redenção por meio de Cristo. Infelizmente Jesus sabe da rejeição em relação à solução que há Nele e diz: “Contudo não quereis vir a mim para terdes vida” (João 5:40), mas isso não deve nos desanimar de continuar comunicando o fato de que a solução esteve, está e sempre estará em Jesus, o Cristo.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 2 de novembro de 2014

DIVIDIDOS

ANO LXXII - Domingo 02 de novembro de 2014 - Nº 3601

DIVIDIDOS

Após a apuração dos votos da eleição para presidente no último domingo, algo ficou claro com o percentual alcançado: a diferença de votos entre um e outro foi muito pequena. Tal fato tem levado muitos a fomentar (o que já antes se dizia) que o país está dividido entre “pobres e ricos”, norte-nordeste e sul-sudeste, reacionários e reformistas, dependentes sociais e geradores de recursos, e outras tantas. Mesmo que a presidente eleita insista em afirmar que o país não está dividido, isso não é verdade. As divisões estão aí para quem quiser ver, tendo sido evidenciadas mais objetivamente nas urnas.

Mesmo que as divisões apontadas acima e outras de caráter econômico, político e social não existissem, sem dúvida, haveria uma divisão clara nesse país, como de resto em todo o mundo, com duas categorias de pessoas: os que são salvos em Cristo e os que não são salvos em Cristo. Não se trata de filiação a alguma igreja, organização ou instituição religiosa, ou não integração a alguma destas instituições. Refiro-me à experiência pessoal de salvação em Cristo (por meio DEle) e a convicção desta verdade maravilhosa e sublime. De acordo com a referência bíblica do Novo Testamento todos somos iguais na condição de pecadores e condenados aos olhos de Deus. No entanto, há a linha divisória entre os que são salvos e os que não são. Não se trata de esses ou aqueles serem essencialmente melhores ou piores, mas de haverem entregado sua vida a Jesus e o terem recebido como Salvador e Senhor. Jesus indica tal fato ao afirmar categoricamente: “Muitos são chamados, mas poucos são escolhidos” (Mt. 22:14). Não se trata de divisão entre melhores e piores, bons ou maus, mas entre os que “O receberam e os que não O receberam” (João 1:12), entre pecadores perdoados em Cristo e os que não usufruem tal privilégio e bênção. De que lado você está?

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 26 de outubro de 2014

RESGATE DA MEMÓRIA

ANO LXXII - Domingo, 26 de Outubro de 2014 - Nº 3600

RESGATE DA MEMÓRIA

Comemoramos, no dia 31 de outubro, mais um aniversário da Reforma Protestante ocorrida em 1516, cujo início se verificou na Alemanha. O movimento foi iniciado e encabeçado por um monge chamado Martinho Lutero, que contestou o fato de se vender indulgências (perdão de pecados). Ele não contesta, naquele momento, o poder que o padre, bispo ou papa teriam para perdoar os pecados dos fiéis, mas apenas o método levado a efeito por eles, ou seja, a venda de tal perdão. 

Temos, no Brasil e em outros lugares do mundo, perdido a referência histórica de nossas raízes e vínculos protestantes. Aliás, essa palavra tem sido tomada de um forte sentimento de rejeição e repúdio por muitos, como se estivesse plena de uma carga de maldição. Nós somos protestantes sim. Nossos vínculos históricos têm que ser resgatados e reafirmados. Quem nega tal fato é como se estivesse acometido de mal de Alzheimer e não tem noção de seu passado e ou história. Substituições de designação por “crentes”, “evangélicos” ou outra podem ser aceitas e admitidas, mas jamais negar ou substituir o fato de que somos “herdeiros da Reforma Protestante”. 

Ao falarmos que somos reformados, referimo-nos ao fato histórico de nosso vínculo com o movimento da Reforma Religiosa cujo pleito era (e é) o retorno e fidelidade às Escrituras Sagradas em matéria de fé e prática. Ao afirmarmos sermos nós protestantes, identificamo-nos com aqueles que se posicionaram pelo direito da liberdade de propagação da fé, pelo direito da liberdade de culto e da livre escolha de sua fé. Ao sustentarmos sermos calvinistas significa nosso perfilhamento com a maneira de compreender as Escrituras e doutrinas ensinadas por João Calvino. Ao nos chamarmos presbiterianos, formamos nossa identificação com o sistema de governo eclesiástico proposto por Calvino em Genebra e João Knox na Escócia, sendo a Igreja conduzida por presbíteros em um colegiado. Assim, somos reformados, protestantes, calvinistas e presbiterianos. 

Ao celebrarmos mais um ano da reforma Religiosa do século XVI é preciso resgatar nossa memória como protestantes que somos. Se você não conhece, precisa conhecer, pois quem não conhece sua história não sabe do valor de suas raízes e riqueza de sua herança. Em tempos de falta de identidade, mister se faz nos posicionarmos resgatando nossa história, a fim de firmarmos nossa identidade, sabendo de onde viemos, quem somos, para onde vamos e o que queremos. Só a Deus glória e adoração. 

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 19 de outubro de 2014

VENHA O TEU REINO

ANO LXXII - Domingo 19 de outubro de 2014 - Nº 3599

VENHA O TEU REINO

A expressão que dá título a essa pastoral faz parte da chamada “oração do Pai nosso”, ou oração dominical, ou, ainda, oração do Senhor. É uma súplica que expressa o desejo em relação à manifestação completa e definitiva do governo de Deus sobre tudo e todos, de forma justa e santa, fazendo com que todas as coisas sejam conformadas à sua vontade decretiva e preceptiva.

Ao ouvirmos ou vermos noticiários; lidarmos com as pessoas em suas angústias e enfermidades; a degeneração dos costumes; o estabelecimento da barbárie em nome de determinada observância de fé (islamismo) com mortes e execuções aos milhares; o afrouxamento das leis punitivas das condutas delitivas; a legalização de comportamentos sociais contrários à orientação milenar de moral; o aumento da violência e criminalidade envolvendo não apenas o patrimônio, mas a vida, sendo essa banalizada; a real ameaça de epidemias como a do ebola, a qual desconhece fronteiras; nosso coração, nossa alma, nosso ser como um todo geme, suspira e clama: venha o Teu Reino.

Poder-se-ia dizer tratar-se de uma forma simplista de tentativa de fugir à realidade, de escapar a tais situações e evitar enfrentar tais questões e fatos. No entanto, isso não é verdade. Trata-se, outrossim, do desejo legítimo, lícito, próprio e adequado de experimentarmos o ambiente de paz, harmonia, felicidade e vida abundante para o qual fomos criados pelo Senhor quando, por Seu poder, trouxe à existência, no início, todas as coisas. É como se tivéssemos profunda saudade do aconchego de nossa casa paterna, de nosso lar amado, no qual nosso Pai está a nos esperar. Como canta o poeta: “Da linda pátria estou, bem longe, cansado estou. Eu tenho de Jesus saudades; quando será que vou?”. 

Não é exaltação da morte, ênfase na desistência de viver ou coisa parecida. Trata-se de vontade de viver com plenitude, alegria e paz. Embora pareça paradoxal devido ao fato não termos estado lá, desejamos ardentemente que o reino de Deus venha, chegue, se instaure. Como lemos no Apocalipse: “Vem Senhor Jesus.” (Ap. 22:20). 

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 12 de outubro de 2014

SOBRE OS PEQUENINOS

ANO LXXII - Domingo, 12 de outubro de 2014 - Nº 3598

SOBRE OS PEQUENINOS

As páginas dos evangelhos sinópticos trazem passagens que consideram e retratam aspectos sublimes e belos no contato do Senhor Jesus Cristo com as crianças, chamadas de “pequeninos”. Pode-se admitir (em poucos casos) que se trate das pessoas simples que nEle criam e eram desprezadas pelos fariseus. No entanto, as indicações apontam para o fato de que a referência é às crianças, ou seja, “esses pequeninos que creem em mim” (Mt.18:6). 

Nós, os adultos, corremos sérios riscos com relação às crianças ou pequeninos, conforme nos disse o próprio Senhor Jesus, ao nos advertir que seria melhor que uma pedra fosse amarrada ao pescoço do que escandaliza (faz tropeçar) um desses pequeninos e fosse lançado ao mar (Mc 9:42). A responsabilidade nossa é muito grande e a penalidade pelo descuido é igualmente agigantada. Precisamos estar atentos para evitar que sejamos tais elementos de escândalo ou tropeço na vida das crianças. 

Nesse dia 12 de outubro precisamos relembrar esse fato da necessidade de instruirmos e conduzirmos nossas crianças no Caminho do Senhor, dando-lhes exemplo de fidelidade ao Senhor e amor sincero em nossos relacionamentos familiares, como reflexo de nosso compromisso com Deus. Pude participar (na terça-feira) do show de André Rieu e sua orquestra e o ouvi dizer algo muito importante: “Levem suas crianças para cantarem no coro da igreja”. Ele mesmo foi educado assim na Holanda. Não conheço a situação religiosa de tal musicista, mas sua colocação pública foi extremamente importante em relação ao nosso compromisso de orientar nossos filhos no Caminho do Senhor. 

Certamente esse é o melhor presente que podemos dar aos nossos filhos (mesmo que eles não entendam assim nesse momento) enquanto os temos sob nossos cuidados diretos: orientá-los e instruí-los na fé salvadora em Cristo Jesus no recesso de nosso lar, trazê-los às atividades na igreja para que expressem suas convicções e adorem comunitariamente a Deus, nosso Senhor. Sejamos pedra de apoio e não pedra de tropeço aos pequeninos. É o melhor presente. 

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 5 de outubro de 2014

ELEIÇÕES

ANO LXXII - Domingo, 05 de outubro de 2014 - Nº 3597

ELEIÇÕES

Hoje é dia de exercermos nosso direito (ou dever?) de escolher os membros do Executivo e Legislativo estadual e federal, desde deputados estaduais, federais, senadores, governadores eu presidente da República. É privilégio que se reveste de responsabilidade, como direito que se torna dever, já que o voto, no Brasil, é obrigatório, tornando seu direito um dever seu. Coisas de Brasil. 

O que importa é isso ser uma oportunidade de manifestarmos, como cidadãos e povo, nossa posição. Claro que seu voto isolado pode não significar muito, mas o cômputo geral faz com que nossas aspirações, vontades, desejos, anseios, revoltas, repulsas e rejeições sejam manifestos. Claro que o resultado das urnas nem sempre coincidirão com nossas expectativas pessoais. Nosso(s) candidato(s) poderá(ão) não conseguir a cadeira pleiteada. Nosso partido de simpatia (talvez militância) poderá não alcançar vitória, mas o importante é nossa mobilização, participação e envolvimento efetivos. 

A Bíblia nos orienta a orar pelas autoridades constituídas e, até mesmo “honrar o rei”, e deixa claro que tais autoridades devem conduzir sua vida, e do povo, de acordo com a Autoridade Maior. Se tais autoridades deixam de estar sob a Autoridade, posso (e devo) contestar e confrontar tais autoridades desobedecendo-as, por obedecer à Autoridade Maior. 

Portanto, hoje, antes de ir à urna, analise bem, ore ao Senhor e sufrague seu voto de modo consciente e seguro, tendo a consciência de que aquele (a) a quem deu seu voto é o(a) melhor candidato(a), não importando se ele (a) perderá ou não. Não pense pragmaticamente, ou seja, sei que “a” é o melhor, mas votarei em “b” pois “a” não tem chance de vencer e eu não quero “perder meu voto”. Perde voto quem deixa de escolher o que seja melhor, mesmo que o candidato em quem você votou seja o vencedor. 

Coloquemos diante do Senhor, em oração, todo esse processo eleitoral e roguemos para que seja o Senhor mais glorificado com a eleição desse(a) ou daquele(a), sendo meio de graça para a Igreja ou agente de disciplina da parte do Senhor sobre Seu povo. 

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 28 de setembro de 2014

FALIDA?

ANO LXXII - Domingo, 28 de setembro de 2014 - Nº 3596

FALIDA?

Já faz alguns anos que venho escutando o comentário feito por pastores de nossa denominação e de outras também, dizendo sobre a Escola Bíblica Dominical estar falida. Em um primeiro momento esse comentário é rechaçado com vigor e está certo, mas, quando vemos e analisamos certos modelos de Escolas Bíblicas Dominicais e modos como estão sendo conduzidas, parece que, de fato, ela está falida. 

Formas usadas em um Brasil rural e sem qualquer tecnologia ainda permanecem em muitos lugares, os quais já não são mais rurais e estão plenos de novas tecnologias aplicáveis ao ensino. Esse descompasso em muitos lugares e a falta de percepção sobre a necessidade de preparo e treinamento dos docentes (professores), ausência de aperfeiçoamento de técnicas didáticas e pedagógicas, não implemento de material para o ensino, além de um ensino apenas informativo (histórias) e de caráter moralizante (aplicações morais), mas sem ênfase no compromisso do discipulado cristão e da entrega incondicional da vida a Jesus Cristo como Salvador e Senhor pessoal, têm feito com que a Escola Dominical perca sua posição de vanguarda e importância no cenário da Igreja no século XXI em muitos lugares. A Escola Bíblica Dominical não está falida, mas em vários lugares (e não é o caso na IPVM, graças a Deus) está desatualizada, desorganizada, “desmotivante”, distante da realidade social e intelectual que a cerca e na qual está social e culturalmente inserida, fazendo com que se torne cada vez mais colocada em desuso ou posta de lado pelos membros das igrejas. 

A Escola Bíblica Dominical (que não substitui a responsabilidade do ensino em casa) é instrumento de alto valor e importância como agente de comunhão entre os membros da Igreja, mas, sobretudo, de aprendizado, com a possibilidade de interagir com os que estão na responsabilidade de exporem o ensino bíblico, seja para as crianças, adolescentes, jovens ou adultos. 

Nossa Escola Bíblica Dominical tem buscado cumprir seu papel no mister do ensino da Palavra de Deus e preparo dos crentes para “darem razão da esperança que há em seus corações”, por isso damos graças a Deus. Aos professores, alunos e colaboradores de nossa EBD fica nosso apelo para que não permitamos a falência dela, mas continuemos valorizando, participando e colaborando com esta que foi e tem sido grande agente abençoador na vida de tantas pessoas. 

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 21 de setembro de 2014

ALEGRIA DA SALVAÇÃO... ALEGRIA DE SERVIR

ANO LXXII - Domingo, 21 de setembro de 2014 - Nº 3595

ALEGRIA DA SALVAÇÃO... ALEGRIA DE SERVIR

Na semana passada, sob a unção do Espírito Santo alguns irmãos da IPVM vivenciaram o caráter do ministério de Cristo, pregando o evangelho do reino em Garanhuns, Correntes e Lagoa do Ouro, cidades de Pernambuco, da parceria no Projeto Novos Campos, orientado pelo Pr. Mariano. Deus nos abriu portas em escolas, prefeituras, casas e lá realizamos: 8 cultos, sendo um campal, em frente à Congregação de Lagoa do Ouro; atendimentos médicos, psicológicos, fisioterapêuticos e odontológicos; palestras sobre drogas, orientação de carreira. Histórias foram contadas sempre tendo Jesus como a referência. Nesses eventos compareceram mais de 4.000 pessoas, entre adolescentes, jovens, e crianças de 70 classes de ensino fundamental. Foram distribuídos cerca de 2.000 minibíblias para crianças, mais de 4.000 folhetos e de 200 Bíblias. Foram feitas reformas civis em casas de irmãos e nas Congregações .O Bazar em Garanhuns vendeu muitas roupas doadas por irmãos da IPVM. 

Muito mais do que os resultados numéricos ou mesmo de outros momentos espirituais indescritíveis, foi maravilhoso ter a presença viva do Senhor conosco, em todo o tempo. Não há como retratar o que vimos nos olhos, falas e abraços de muitas crianças e adolescentes; ou o que miramos quando a Palavra do Senhor era cantada e falada, penetrando seus corações endurecidos pela vida, e pela falta de Cristo. Nossa fé foi reforçada na certeza de que “a Palavra de Deus não volta vazia!” e o Espírito Santo fará o que lhe aprouver! Com o labor fiel dos obreiros locais, frutos serão colhidos aos “feixes, com júbilo”, sob a soberania de Deus! 

Cada viagem tem suas peculiaridades e esta marcou por fatores como a maior preparação espiritual da equipe, o melhor planejamento das atividades, o tamanho e a comunhão do grupo, e no apoio ainda mais visível da IPVM. Destaca-se a atitude de oração dos participantes da equipe, de irmãos aqui na trincheira e das Igrejas que nos acolheram. Os resultados quantitativos e qualitativos vieram desta intimidade com Deus: “por esta causa” oramos

Louvamos a Deus pela visão missionária da IPVM e rogamos-lhe que Ele nos use para anunciar a salvação de Cristo, aqui; e onde formos, viver como testemunhas fiéis; e ensinar a outros as Boas Novas do perdão de Jesus. O Sl 67.1-2 nos relembra quem faz todas as coisas e o que Ele quer de cada um de nós: “Seja Deus gracioso para conosco e nos abençoe e faça resplandecer sobre nós o rosto para que se conheça na terra o teu caminho e em todas as nações a tua salvação.Como é bom, Senhor, sentir esta alegria, a alegria da tua salvação, Senhor! Como é bom, ó Deus, com nossos dons te servir e anunciar Jesus, o nosso Salvador! 

A EQUIPE.

domingo, 14 de setembro de 2014

73 ANOS DA SAF IPVM

ANO LXXII - Domingo, 14 de setembro de 2014 - Nº 3594

73 ANOS DA SAF IPVM

Há 73 anos, no dia 14 de Setembro de 1941, 13 mulheres presbiterianas reorganizaram a SAF, reorganizaram porque em 2 de Abril de 1928, 10 mulheres já a haviam fundado. Trabalharam até dezembro de 1930 e ficaram inativas até 1941. Portanto, se não tivesse havido essa interrupção, a nossa SAF estaria comemorando 86 anos. 

Essas mulheres, dispostas como estavam ao trabalho do Senhor, demonstrando coragem e valentia, compraram o primeiro terreno para a construção do templo na Rua Machado de Assis, e pagaram a primeira prestação que, na época, foi de 6.000,00 Reis. 

A SAF de hoje, sempre se esmerando, continua cooperando com os trabalhos da igreja, atenta às suas necessidades internas, ajuda também missionários, crianças carentes em creches, casas abrigo. Está sempre voltada a assistência social, no cuidado da preparação de peças de enxoval para recém-nascidos e confecção de roupas para crianças e adultos, além de oferecer alimentos, roupas e calçados para os menos favorecidos, e também nunca se esquecendo de apresentar a Palavra de Deus. 

À medida em que as congregações da IPVM foram se tornando igrejas, as SAFs foram se organizando. Hoje temos muitas filhas de nossa SAF. Fizemos e fazemos muitas festas, comemorando muitas datas significativas para as mulheres. 

Mas nem sempre foi festa. Tivemos também alguns momentos de dificuldade: ou por tristeza em perder alguma sócia e ficarmos abatidas, ou por desencontro de ideias, mas sempre procurando forças no Senhor. -ELE nos deu amor ao trabalho e assim foi-nos possível manter as atividades, superando as dificuldades. 

Faço agora um convite às mulheres da IPVM: Venham conosco participar destas incontáveis bênçãos! Venham senhoras. Venham jovens. Venham mulheres que ainda não pertençam à SAF. Venham participar conosco dos trabalhos de nossa sociedade, usufruindo das alegrias de pertencer a este grupo que, pela graça exclusiva de nosso DEUS, tem alcançado tantas vitórias.

Esperamos por vocês.

SAF DE VILA MARIANA! SAF preciosa. Receba como presente, nossas vidas santificadas!!!

Pelas sócias de hoje, ano de 2014, uma sócia.

Nilza Maia Abraão

domingo, 7 de setembro de 2014

ARRUDA, BRASÍLIA E DENTADURA

ANO LXXII - Domingo, 07 de setembro de 2014 - Nº 3593

ARRUDA, BRASÍLIA E DENTADURA

Tempos de eleição em nosso país. Mais uma vez somos colocados frente a candidatos a cargos eletivos, seja no Executivo ou no Legislativo. Alguns rostos novos, mas a maioria já velhos conhecidos do eleitorado, com suas propostas audaciosas e arrojadas, mas com realizações tímidas e acanhadas. 

Temos três exemplos que citei acima. Um vem da candidatura ao governo do Distrito Federal em que concorre o senhor Arruda. Escândalos ligados ao seu nome, fraude de votação no painel, choro teatral e depois de processado e condenado, aí está novamente e com chances de vencer (está na frente nas pesquisas), mesmo com restrições (impugnação) de sua candidatura pelo TSE, ainda que haja alguns recursos a serem usados (país dos recursos, mas esse é outro assunto). É lamentável, mas é o povo que vota. O Pelé falou algo sobre isso e foi muito hostilizado. O outro exemplo nos apresenta não a capital do Brasil, mas um carro chamado Brasília. Esse é fruto do candidato à reeleição; senhor “Tiririca”, não sei o nome desse senhor (é minha falha e não dele). Ele diz que para ser candidato precisa conhecer Brasília, e apresenta o carro chamado Brasília. É muito engraçado. Mas, política (administração da “polis”) é algo sério. Será que ele sabe o que seja “polis?”. Obteve uma votação estrondosa e agora se apresenta à reeleição. Claro que não fez quase nada. Mas foi um dos mais presentes às sessões da Câmara. Talvez não tivesse outra ocupação, não tivesse base eleitoral a visitar e nem coisa produtiva em que empregar seu tempo. Quem traria o deputado para uma palestra? Quem gostaria de ouvi-lo sobre as questões sérias que afligem o Estado? Será que ele sabe distinguir Estado de estado? Mas, é candidato engraçado e com possibilidades de reeleição, devendo fazer ou votar as leis para nós cumprirmos. O último dos três exemplos diz respeito à pergunta que seria feita à presidente atual, mas ela não compareceu à entrevista ao Jornal da Globo. A pergunta seria (próximo disso): a senhora não entende ser inadequado dar dentes postiços (dentadura) a alguém e logo a seguir colocá-la em seu programa de propaganda eleitoral? Como não compareceu a pergunta ficou sem resposta. Mas, fica claro o modo antigo de assistencialismo barato na “captação” (na verdade compra) de votos com a doação (troca) de voto por cesta básica, sapatos, dentaduras, etc. Além de programas assistencialistas de alcance e efetividade questionáveis, deparamo-nos com essa forma menor e pequena de se buscar o voto, a estrutura da troca. 

Há outros casos que nos trazem tristeza ao vermos o programa eleitoral gratuito. Mas, esses três citados servem para ilustrar grande parte desse nosso universo de candidatos a cargos eletivos para nosso legislativo e executivo. A necessidade de cuidado, critério, avaliação e oração é muito grande. Que tenhamos esse zelo e que escolhamos com base na vida e realizações dos candidatos não em sua fala e propaganda. Escolha aquele que você entende ser o melhor, e não o que você pensa que irá ganhar. 

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 31 de agosto de 2014

TEMPLO DE SALOMÃO

ANO LXXII - Domingo, 31 de agosto de 2014 - Nº 3592

TEMPLO DE SALOMÃO

O templo de Salomão no Antigo Testamento foi considerado uma das maravilhas do Mundo Antigo e tem, ao longo dos anos, fascinado muita gente por sua beleza e significado religioso. Parte da maçonaria, por exemplo, insiste em afirmar seus vínculos com esse edifício, e seus templos onde funcionam as lojas buscam guardar as estruturas do antigo templo salomônico. 

Antes de escrever este pequeno texto, procurei ver se o que me movia não era a inveja, despeito, frustração ou algum sentimento menor. Não fui movido por tais formas de sentir. Posso, com tranquilidade, emitir minha opinião sobre a construção gigantesca feita em São Paulo a que se deu o nome de Templo de Salomão. 

Começo pelo nome. O templo não é de Salomão, é da Igreja Universal (ou de seu dono Edir Macedo). O templo construído por Salomão foi único e nenhum outro ocupará seu lugar. O segundo templo (iniciado por Zorobabel e concluído por Herodes) era chamado “Segundo Templo” ou, Templo de Herodes. Assim, a designação é uma usurpação do nome dado à construção erigida por Salomão nos dias de seu reinado. 

Continuo a questionar com relação ao propósito. O templo de Salomão era para oferecer sacrifícios pelos pecados. Que sentido tem hoje, para o cristão, ter um “outro templo de Salomão”? Oferecer sacrifícios de animais? Tal situação é simplesmente insustentável e despropositada. Talvez o propósito seja demonstração de poder (mais apropriada), pois é o maior templo do Brasil, superando a Basílica de Aparecida do Norte. É a competição/concorrência para demonstrar quem tem mais poder, força, controle ou algo do gênero. Trata-se de ostentação constrangedora. Foram investidos cerca de 700 milhões de reais (declarados) no empreendimento. Quantos poderiam ser beneficiados com tal valor. Hospital, creches, casa para idosos, e outros investimentos. 

Quanto ao templo em Jerusalém (Salomão ou Herodes) sabemos que Deus não “habita em casa feita por mãos humanas” (Atos 7:48), Ele permitiu a destruição do primeiro (por causa da soberba) e Jesus disse com relação ao segundo templo: “Não ficará pedra sobre pedra” (Mt.24:2), isso devido ao uso impróprio e já desnecessário do templo. A arca do concerto ou da aliança não diz mais nada a nós, pois estamos hoje sob uma “nova aliança” no sangue do Cordeiro. A arca desapareceu, a presença de Deus entre nós não se representa mais em um objeto, mas se faz pela Pessoa divina do Espírito Santo de Deus. Mais que em catedrais, basílicas e templos suntuosos a habitação de Deus se faz no “coração contrito e compungido” pois a esses “não desprezarás, ó Deus” (Sl.51:17 ; Is.57:15). 

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 24 de agosto de 2014

QUANTA TRISTEZA

ANO LXXII - Domingo, 24 de agosto de 2014 - Nº 3591

QUANTA TRISTEZA

Ao lermos as notícias, ouvi-las ou vê-las, ficamos estupefatos e profundamente angustiados com tanta dor, aflição, flagelo, choro e desespero em várias partes do mundo. 

Refiro-me, entre outras, a três situações profundamente perturbadoras e que trazem a nós profunda tristeza e motivam as lágrimas: as mortes em Gaza e Israel, as perseguições religiosas no Iraque e região e a epidemia de ebola em países africanos. 

Não entro no mérito da situação em Israel. É uma questão política que remonta aos anos de 1948. Não se trata de religião (muçulmanos e judeus), pois há cristãos nos dois lados. Trata-se de conflito político territorial. As mortes de crianças, idosos e civis de idades distintas fazem com que nos sintamos constrangidos e nos perguntemos o motivo de tanta morte e violência. As pessoas (não importa de que lado) têm o direito de ter sua vida em condições de paz e estabilidade para conduzir o seu viver, sem estar em sobressalto constante e ver seus familiares morrerem de forma violenta e estúpida. 

Outra situação é de caráter sanitário. Causas que podem ser chamadas de naturais. Mas, que não são tão naturais assim, pois é uma questão ligada à estrutura de saneamento básico e condições mínimas de higiene. O que vemos nos países atingidos pelo ebola é uma falta quase que total de condições mínimas razoáveis de saúde da população. Centenas e já chegando a milhares morrendo e trazendo o risco de uma disseminação pelo mundo. Vidas ceifadas, famílias destruídas. Muita tristeza e choro. Causa “natural”? Falta é a aplicação de recursos para a estruturação mínima de saneamento, o que não ocorre pela ganância de muitos que abocanham recursos e pela corrupção enchem seus bolsos à custa de encherem as sepulturas com os corpos de tantos seres humanos. 

Por último vemos a barbárie levada a efeito por questões ligadas à religião. Perseguição religiosa movida por extremistas islâmicos que obrigam os cristãos no Iraque, Síria e Líbia a se converter, pagar uma taxa altíssima ou morrer. Vemos crianças, mulheres, idosos e toda sorte de pessoas sendo atingidas e massacradas pela intransigência, estupidez e brutalidade em nome de uma fé e de deus (com minúscula). A tristeza gerada por tal fato de uma perseguição insana é muito grande, pois não admite que alguém pense de modo diferente de você e assim se expresse. Isso coloca em descrédito a fé, a religião e até mesmo a ideia sobre Deus. Pessoas sendo mortas por degola, fuzilamento, enforcamento e outras formas de destruição, além de serem vendidas como escravas sexuais e crianças arrancadas de suas famílias e mortas, é algo que nos entristece profundamente e, de certa forma, nos rouba a esperança em relação às pessoas. 

Profunda tristeza. Dias maus. Tem misericórdia. Vem Senhor Jesus.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 17 de agosto de 2014

O WAZE, PROVÉRBIOS E JESUS

ANO LXXII - Domingo, 17 de agosto de 2014 - Nº 3590

O WAZE, PROVÉRBIOS E JESUS

O Waze é um aplicativo para ser utilizado em Smartphones, ele conciliou o GPS (Sistema de Posicionamento Global) com uma rede social. E o que isso tem de extraordinário? Algumas vantagens, como você poder compartilhar com pessoas que estão indo para o mesmo destino que você o melhor caminho a ser feito. Pode também visualizar na tela do seu telefone o mapa da cidade, com a intensidade do fluxo de veículos, e convenhamos que para uma cidade como a nossa isso é um serviço extraordinário. Pode também visualizar locais que estão com acidentes, interdições, veículos no acostamento, radares e vias bloqueadas.

Salomão foi e é conhecido até os dias de hoje como um homem sábio, ele pediu isso a Deus.  Três dos sessenta e seis livros da bíblia são provavelmente de sua autoria, digo provavelmente pois há controvérsias a esse respeito. Especificamente o livro de provérbios, que possui centenas de orientações para a vida, possui uma característica muito peculiar, é um livro voltado para o ensino de jovens com o anseio de serem sábios. A sabedoria se aprende vivendo, com ou sem experiências pessoais, mas sempre com experiências e o livro relata as experiências de Salomão e outros como Agur e Lemuel.

Mas o que o Waze tem a ver com o livro de Provérbios? Bom eu vejo ao menos duas semelhanças. Primeira, se o Waze procura auxiliar pessoas que estão no mesmo trajeto, mostrando o melhor caminho a seguir, da mesma forma o livro de provérbios. Pessoas que viveram  na maldade (Pv. 28.5), na avareza (Pv 28.16), no adultério (Pv. 6.26), na arrogância (Pv. 8.13) e muitas outras situações revelam em provérbios o melhor caminho a seguir, dizendo em letras garrafais, “NÃO VÁ POR AQUI” .

Segunda semelhança, o Waze é um programa gratuito e disponibilizado a quem desejar e possuir um Smartphone. Quem participa não recebe e quem não participa não é cobrado por isso, mas enfrentará os problemas do desconhecimento, como ficar horas no trânsito parado. Da mesma forma o Livro de Provérbios, ele é gratuito, disponível e pode-se obtê-lo também num Smartphone. Aquele que o segue, desfruta de benefícios para a sua vida como Felicidade (Pr 8.34), sabedoria (Pr 1.1,2), moderação (Pr 30.8) e Temor do Senhor (Pr 8.13) o que não o segue, enfrenta as consequências da ignorância.

Mas se mesmo assim, você olhar no “mapa”, ver que algumas “vias estão bloqueadas”, que possui perigo a frente e desejar seguir por esse caminho, esteja preparado para as consequências e quando tiver oportunidade, lembre-se, existe um caminho de volta, esse caminho é Jesus Cristo. Para entrar n`Ele existe uma orientação “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.” Pr. 28.13

domingo, 10 de agosto de 2014

LIÇÕES DEIXADAS PELO PRESBÍTERO JURANDY MENDES

ANO LXXII - Domingo, 10 de agosto de 2014 - Nº 3589

LIÇÕES DEIXADAS PELO  PRESBÍTERO JURANDY MENDES

Nossa vida tem tempo finito e incerto. Nos aniversários, a pergunta não deveria ser “quantos anos você tem”, mas “quantos anos você teve”.  Sabemos dos anos que foram, mas não dos que vêm pela frente ou do último deles. Isso só o Senhor. Para o Presbítero Jurandy Ele reservou muitos, noventa e sete, e saudáveis.

Compartilho algumas lições aprendidas convivendo e observando como Presbítero Jurandy aproveitou os anos longos e os talentos que o Senhor lhe deu.

Ele aproveitou de forma sábia a longevidade.  Manteve-se ativo, lia diariamente a Bíblia e bons livros. Disse certa ter sido quinze em um único mês!

Ele exerceu com esmero o dom do ensino. Não fez da prática da leitura um fim em si mesmo.  Foi um dedicado pregador, preletor de acampamentos e professor da Escola Bíblica Dominical.  Estudioso, dispendia horas e horas na preparação de uma única aula, acompanhada de oração, ciente da dependência do Senhor. Ensinava com espontaneidade, clareza e bom humor.

Mas as lições deixadas pelo Presbítero Jurandy não são apenas ter vivido com sabedoria – Salmo 90:12 e ensinado com excelência – Romanos 12:7.  A maior delas é a coerência entre o que falava e como vivia –   Salmo 15:1,2.  Ele viveu com espontaneidade o que ensinava com facilidade. Tinha hábitos simples, era desprendido do poder e da ostentação, acolhedor e amoroso, bem humorado e estava sempre disposto a servir.

O testemunho do Presbítero Jurandy nos inspira a imitar, não ele mesmo, mas ao Senhor Jesus – I Coríntios 11:1.

Presbítero Hothir Ferreira

domingo, 3 de agosto de 2014

MISSÕES

ANO LXXII - Domingo, 03 de agosto de 2014 - Nº 3588

MISSÕES

O mês de agosto é, na Igreja Presbiteriana do Brasil, um mês com especial atenção e dedicação a missões. O motivo pelo qual isso ocorre é ter sido no dia 12 de agosto de 1859 a chegada, no Rio de Janeiro, do primeiro missionário presbiteriano no Brasil e fixado residência. Seu nome era Ashbell Green Simonton, que inicia suas atividades entre os falantes em inglês, mas logo começa a expandir as atividades evangelísticas para alcançar os falantes do português. Embora em 1555 os franceses tenham invadido o Brasil para implantar a França Antártica e trouxessem ministros religiosos calvinistas, mas logo foram expulsos. Em 1630, em Pernambuco, ocorre a invasão holandesa que perduraria até 1654, com implantação de aspectos protestantes calvinistas, inclusive com a criação de um presbitério. Também esta vez não houve permanência.

Assim, embora por duas vezes se houvesse tentado introduzir o Evangelho no Brasil, com a manifestação da fé protestante, é somente com Simonton que tal fato ocorreria. A expansão se verificou lenta, mas constante. Organiza-se a Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro, depois São Paulo, Brotas, São Paulo, Borda da Mata (MG) e o presbitério se forma. A Igreja Presbiteriana fincava suas raízes de permanência em solo brasileiro.

A Igreja Presbiteriana do Brasil é fruto do chamado “protestantismo de missões” e não pode, nem deve esquecer-se de tal condição, sendo uma igreja que projeta e executa missões em solo pátrio e em terras estrangeiras. 

Neste domingo iniciamos o mês de agosto com a presença do Rv. Abelardo, diretor da Nossa Missão que trabalha com plantação de igrejas em Sergipe (06), assistência social e cuidado com tais comunidades carentes (viagens missionárias), evangelização de caminhoneiros com duas bases de apoio para aconselhamento e evangelização (em Cubatão e Governador Valadares) e um trabalho com recuperação de prostitutas em Belo Horizonte, tendo já uma congregação com cerca de 20 mulheres (e filhos) resgatados deste modo de viver. Teremos, no final do mês, a presença do Rv. Mariano, nosso parceiro em campos missionários há 20 anos e integrante da Junta de Missões Nacionais, trabalhando em Garanhuns (Pernambuco) com plantação de várias igrejas.

A IPVM ajuda a manutenção de 17 campos missionários no Brasil e no exterior. Não é muito, mas é um grande esforço em fazer com que a ordem de Jesus, o Cristo, seja cumprida: “Ide e pregai o Evangelho a toda criatura ... fazendo discípulos de todas as nações...”  (Marcos 16 e Mateus 28). Graças a Deus por tal envolvimento. 

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 27 de julho de 2014

ABRAÇO TIPO EXPORTAÇÃO

ANO LXXII - Domingo, 27 de julho de 2014 - Nº 3587

ABRAÇO TIPO EXPORTAÇÃO

Depois de um mês intenso e com um gosto amargo na boca, nosso país se despediu da copa com uma derrota em campo e várias derrotas fora dele. Mas nem tudo são cinzas, o caos que estava sendo profetizado através da expressão “imagina na Copa”, não aconteceu, pelo menos fora do campo.

Tivemos a presença de aproximadamente um milhão de turistas e segundo as pesquisas, o melhor do Brasil são os brasileiros, simpáticos e sempre dispostos a ajudar, os quais marcaram significativamente àqueles que visitaram nosso país. Nossos hábitos surpreenderam muitos estrangeiros, tanto aqueles que pensavam que morávamos em árvores, como os mais esclarecidos. 

Mas o que eles gostariam de levar do nosso país? O Jornal Zero Hora de Porto Alegre fez uma entrevista com alguns turistas perguntando justamente isso e a resposta foi interessante, dentre as 8 características mais citadas estão o desejo de exportar a nossa Higiene, que surpreendeu muitos turistas, principalmente os franceses pelo fato de tomarmos banho ao menos 1 vez por dia e escovarmos os dentes após as refeições, mesmo no trabalho. Também o famoso “Jeitinho Brasileiro”, pois somos mestres em improvisação, possibilitando superar adversidades com muita criatividade. Contudo o número 1 da lista foi o abraço, que conquistou os “gringos”, sim o abraço e pra tentar explicar o porquê do sucesso do abraço, faço uso de um “causo” mineiro preservando sua identidade linguística.

O matuto falava tão calmamente, que parecia medir, analisar e meditar sobre cada palavra que dizia. “- É... das invenção dos homi, a que mais tem sintido é o abraço. O abraço num tem jeito di um só aproveitá! Tudo quanto é gente, no abraço, participa uma beradinha... Quandu ocê tá danado de sodade, o abraço de arguém ti alivia... Quandu ocê tá cum muita raiva, vem um, te abraça e ocê fica até sem graça di continuá cum raiva... Si ocê tá feliz e abraça arguém, esse arguém pega um poquim da sua alegria... Si arguém tá duente, quandu ocê abraça ele, ele começa a miorá, i ocê miora junto tamém... Muita gente importante e letrado já tentô dá um jeito de sabê purquê qui é, qui o abraço tem tanta tequilonogia, mas ninguém inda discubriu... Mas, iêu sei! I eu vô contá procêis u qui foi quele mi falô: O abraço é bão pur causa do Coração... Quandu ocê abraça arguém, fais massarge no coração!... I o coração do ôtro é massargiado tamém! Mas num é só isso, não... Aqui tá a chave do maió segredo de tudo: É qui, quandu nois abraça arguém, nóis fica cum dois coração no peito!

Abrace as pessoas que você ama, expressando a elas seu amor e importância, pois como disse o Pregador “tudo tem seu tempo determinado... tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar;” Ec 3.1,5

Rev. Gustavo Bacha

domingo, 20 de julho de 2014

PONHA A SUA BOCA NO PÓ; TALVEZ AINDA HAJA ESPERANÇA

ANO LXXII - Domingo, 20 de julho de 2014 - Nº 3586

“PONHA A SUA BOCA NO PÓ;
TALVEZ AINDA HAJA ESPERANÇA”
(Lamentações 3: 29)

O profeta Jeremias, também chamado de “profeta chorão” nos brinda com um texto de profundo e expressivo significado em nossa vida cristã. Retrata a situação de apostasia, idolatria, lassidão e devassidão do povo de Israel no período anterior ao exílio babilônico. Condição deplorável a que chegara o povo chamado de Deus. Tornara-se pior que os povos vizinhos, pois esses não tinham a história de vida com o Deus da vida e da salvação. O cálice da ira do Senhor estava transbordando e se derramaria (como de fato se derramou) sobre Israel, trazendo morte, destruição, exílio e escravidão, além da vergonha suportada por todos eles.

Haveria esperança? A resposta é: sim! Claro que ela não é fácil e nem superficial, seria necessário “colocar a boca no pó”. Se assim fizessem, as misericórdias do Senhor seriam manifestas e elas “são a causa de não sermos consumidos”. Mas, o povo não ouviu, não se moveu, não se arrependeu. Preferia confiar em sua estrutura religiosa e cúltica. Alegavam: “temos o templo”; somos o povo da aliança, temos a arca do concerto, esta é a “terra da promessa”. Portanto, podemos ficar descansados que nada nos atingirá, mesmo com toda nossa transgressão e apostasia. Não “puseram a boca no pó” e o resultado foi o cativeiro.

Não parece que a situação de nossa sociedade e nosso país seja diferente da vivida pelo profeta Jeremias. Da mesma maneira que ele se dirigiu a Israel se dirige a todos ainda hoje, a esperança ainda existe e o remédio é o mesmo: por a boca no pó, arrependimento profundo e sincero, volta aos princípios da Palavra de Deus. Isso se aplica, igualmente, à Igreja ainda hoje, posto que ela vai (como instituição em vários aspectos) acompanhando a mesma jornada de Israel naqueles dias. Repetindo o mesmo que fez Israel no passado, não deve esperar manifestação ou resultado diferente do colhido por ele. A Igreja é desafiada a por a “boca no pó”, pois essa é a única esperança. Assim, é também com o nosso país, onde com frequência e reincidência ouvimos e vemos sobre corrupção e distanciamento dos padrões estabelecidos pelo Senhor Deus em Sua Palavra.  Há esperança Brasil, há esperança Igreja, mas é preciso “por a boca no pó”.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 13 de julho de 2014

REPARADOR DE BRECHAS E RESTAURADOR DE VEREDAS

ANO LXXII - Domingo, 13 de julho de 2014 - Nº 3585

REPARADOR DE BRECHAS E RESTAURADOR DE VEREDAS
(IS 58:12)

O texto citado acima faz parte da profecia do profeta Isaías sobre o retorno do povo de Israel do cativeiro em Babilônia. Foram setenta anos de ação divina agindo com disciplina sobre Israel devido à desobediência e afastamento da presença e direção do Deus soberano. A declaração aplica-se ao remanescente que voltaria e que, com fidelidade a Deus, deveria desenvolver sua missão e alcançar o propósito de Deus para eles, ou seja, ser bênção para todas as famílias da terra. As figuras usadas pelo profeta são significativas e falam de reparar (recuperar) e restaurar, aplicando-as a brechas e caminhos, respectivamente.

Podemos, com liberdade, tomar para nós em caráter devocional, o que diz o texto acerca de Israel, ou seja, sermos nós, como cristãos, reparadores de brechas e restauradores de veredas. Qual o sentido de tais expressões? Significa sermos, nas mãos de Deus, agentes para promovermos tais circunstâncias, visto que existem tantas brechas a serem reparadas e tantas veredas a serem restauradas. As fissuras, trincas e mesmo brechas nos relacionamentos, nos ambientes de trabalho, na vivência familiar não são poucas, nem de importância diminuta e precisam ser tratadas com cuidado e o quanto antes, pois em não se fazendo isso, o resultado é a ruína, queda ou desmoronamento das estruturas. Aplica-se o mesmo às veredas, caminhos ou estradas as quais se encontram cheias de valas, buracos e entulhos que impedem o trânsito e outros aspectos obliteradores do tráfego comum com seu fluxo normal.

Sejamos, pois, esses obreiros que atuam de modo a restaurar e reparar tais situações com as quais nos deparamos em nosso viver cotidiano. Peça ao Senhor que o (a) use nesse sentido como agente promovedor do bem estar, da recuperação, da regeneração, da restauração. Sejam sua postura e ética cristãs fatores determinativos no reerguimento e ou impedimento da deterioração das estruturas sociais quer no universo comercial, industrial, educacional, institucional ou político.  Para a glória de Deus e com a graça Dele.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 6 de julho de 2014

É SÓ COPA DO MUNDO DE FUTEBOL

ANO LXXII - Domingo, 06 de julho de 2014 - Nº 3584

É SÓ COPA DO MUNDO DE FUTEBOL

Que maravilha. Estamos realizando a copa do mundo de futebol FIFA. Havia temor de não se conseguir: atrasos, críticas, descompasso. Mas, à moda brasileira, está sendo realizada. Todos estão vibrando e com alegria vão festejando. Claro que os derrotados nem tanto.

Nós brasileiros ficamos alienados (mais que de costume?) em relação ao que se passa ao nosso redor, devido ao assunto dominante: copa do mundo. Por isso, não percebemos a tragédia sobre o estado de Santa Catarina e Rio Grande do Sul com as chuvas torrenciais que ali aconteceram e podem voltar a acontecer, vitimando milhares de brasileiros. Já nos esquecemos da cheia dos rios em Rondônia atingindo e arruinando cidades inteiras, principalmente os ribeirinhos e carentes. Como está a reserva de água do Sistema Cantareira com o uso de seu “volume morto”. Fala-se nisso? Não. Viva a copa.

Mais perto de nós o senhor Paulo Maluf passa a dar apoio político (até 15 dias atrás apoiava o petista Padilha) ao candidato Skaf (PMDB) e o fisiologismo continua grassando no país. Que importa tal coisa? Viva a copa. Vamos Brasil. 

Mais grave que tudo isso é a votação do Plano Diretor para a cidade de São Paulo, aprovado pela Câmara de vereadores de nossa cidade. Repercussão na imprensa? Notinha de pé de página. Legalizam-se as invasões, autorizam-se os atos de tomada de terrenos e propriedades particulares por parte de integrantes de movimentos “populares” como o MTST, ferindo frontalmente o direito à propriedade privada. Que haja forma adequada de tratar o assunto, dando à propriedade seu destino ou função social como previsto na Constituição, mas tal forma de autorização (praticamente legalização) de invasões é inadmissível. Mas que nos importa tudo isso? O importante é que o Brasil está vencendo os adversários em campo, portanto, viva a copa. O mais? Poderemos tratar depois na ressaca da folia.

“Sede sóbrios e vigilantes” (I Pe 5:8) é a exortação. Não deixemos de ficar atentos às coisas que nos cercam. Não nos deixemos alienar com relação às mazelas que nos rodeiam. Permaneçamos sóbrios e vigilantes em tempos de euforia passageira e contagiante. Assista às partidas de futebol, torça, vibre, mas permaneça sóbrio e vigilante.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 29 de junho de 2014

REPERCUSSÃO

ANO LXXII - Domingo, 29 de junho de 2014 - Nº 3583

REPERCUSSÃO

Faz poucos dias que Danilo Gentilli levou ao ar a entrevista com Caio Fábio de Araújo Filho, figura que teve grande destaque no meio evangélico brasileiro nos anos 80 e 90, com a VINDE, Fábrica de Esperança e suas cruzadas e congressos, mobilizando milhares de evangélicos. Figura carismática e possuidor de uma profunda facilidade de expressão, com raciocínio rápido e brilhante, cativava por sua oratória e seu carisma. Infelizmente envolveu-se em uma situação de relação sexual indevida e acabou por divorciar-se, casando-se com outra pessoa que não aquela com a qual havia se envolvido. Houve uma situação de abalo à sua figura, agravado pelo suposto envolvimento com um “dossiê” (esfera política) implicando políticos e dinheiro. Infelizmente foi um tempo de queda e abatimento. Desaparece a VINDE, fecha-se a Fábrica de Esperança, e a Igreja se posiciona com ação disciplinar, como faria a qualquer faltoso, mas sem “pisar a cana quebrada”. 

Na referida entrevista (com grande repercussão) Caio Fábio reaparece em mídia nacional (depois de lutas com Malafaia, Edir Macedo e outros) e, a seu modo crítico e verborrágico, dispara sua metralhadora contra a Igreja Evangélica, não poupando a instituição e derrubando toda sua estrutura como sendo hipócrita e fingida. Entendo haver certa razão em suas declarações quanto à mercantilização do sagrado (como temos visto), a promoção pessoal à base da proposta de milagres e outros aspectos embaraçadores dos que assumem a fé cristã bíblica. No entanto, não me parece adequado queira sentir-se injustiçado, ou alvo da “intolerância” religiosa pela reação manifesta devido aos atos por ele cometidos. Houve a disciplina e ele não se submeteu a ela e aos que a aplicaram. A ruptura foi inevitável. Ele não estava acima das normas e diretrizes aplicáveis a todos nós.

A situação de seu coração (interior) não me cabe discutir e não o faço. Porém entendo que seja mais produtivo anunciar o Evangelho da graça redentora em Cristo Jesus, que ficar se digladiando na mídia com outros líderes religiosos em termos pessoais; proclamar a salvação em Jesus que ficar apenas criticando acerbamente a Igreja, como se os que nela estão e nela permanecem sejam como “amebas”, isto é, “sem cérebros”. Seja ele canal da graça, voz profética, mas, também, manancial de exemplo de respeito e consideração para com o outro, cumprindo a “Lei” de Cristo e sofrendo o “dano” se necessário for (I Co. 6:7). O Senhor o abençoe e também a nós.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 22 de junho de 2014

VESTES ALVAS

ANO LXXII - Domingo, 22 de junho de 2014 - Nº 3582

VESTES ALVAS
“Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes” (Eclesiastes 9:8)

Este é um preceito ou mandamento que encerra uma profunda e significativa carga de compromisso moral e ético. Mesmo no livro de Eclesiastes com seus momentos de acidez, secularismo e quase escárnio, há aspectos de manifesto compromisso com os valores mais elevados e sublimes do Reino de Deus. O livro termina dizendo “teme a Deus, guarda os mandamentos... Deus há de trazer a juízo todas as obras...” (Ec 12: 13 e 14).  Sua ênfase é que mesmo em ambiente secular e mundano, as coisas não passam de vaidade e o que de fato tem valor é o temor a Deus.

A figura usada para as vestes alvas ou puras está presente em muitos lugares na Bíblia. Seu sentido é simples, claro e objetivo, ou seja, devo ter minha vida sem qualquer tipo de mancha ou nódoa, com conduta irrepreensível diante dos homens e, sobretudo, diante do Senhor do Universo. No texto citado há um aspecto muito relevante não apenas com as vestes alvas, mas com o ponto relativo ao tempo da alvura. Não se pode estar contente com alguma alvura, por algum ou certo tempo. Deve-se buscar a alvura toda, durante todo o tempo. Assim não podemos ter um comportamento aos olhos das pessoas e outro longe delas. Não há lugar para a duplicidade de vida ou conduta. 

“Isso não passa de um mero ideal”, poderá alguém alegar em relação ao ensino do Pregador. Não há dúvida de que seja um ideal, mas tal fato não é motivo para meu desestímulo ou desânimo. O apóstolo Paulo diz que não havia alcançado a perfeição, mas prosseguia para ela, na certeza de que em Cristo já havia sido conquistado para tal perfeição. (Fp. 3: 12-16). O Senhor mostra que nosso ideal não deve ser menor do que “sede santos, porque eu sou santo.” (I Pe.1:16). A alvura de nossas vestes se efetiva pela entrega de nossa vida a Jesus, recebendo-O como nosso único Salvador e Senhor, mediante a purificação operada em nós pelo sangue que Ele derramou na cruz em nosso lugar e a nosso favor.  Não macule as vestes que você tem recebido de Jesus. Tenha-as, em todo o tempo, limpas, puras e alvas, para glória, honra e louvor do Senhor nosso Deus. Amém.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 15 de junho de 2014

LEGADO OU LOGRADO?

ANO LXXII - Domingo, 15 de junho de 2014 - Nº 3581

LEGADO OU LOGRADO?

Temos ouvido muito, nestes últimos dias, sobre legado. Ao se questionar o uso de cerca de R$ 8,5 bilhões para ajustes, reformas e edificações para a realização da Copa FIFA de futebol, o que se ouve é que ficará um legado muito grande da copa para o Brasil. Não há dúvidas de que algumas obras ficarão, de que muita gente foi beneficiada e enriqueceu (portanto haverá legado para os descendentes de tais pessoas), mas, efetivamente o que nos restará? Caso a equipe brasileira seja campeã haverá um legado grandioso? Qual? A de que o único país com seis conquistas mundiais no futebol é o Brasil? Gostaria que houvesse outro tipo de legado, ou seja, uma herança frutífera na educação com qualidade, um legado na saúde com excelência no atendimento à população com o Estado cumprindo seu dever, um lastro verdadeiro no saneamento básico em nossas cidades, um benefício efetivo e duradouro em relação a medidas para resolver o problema da seca no nordeste, uma herança abençoada para gerar a extirpação do cancro cultural da corrupção na política e outras áreas de nosso país. Esse é o legado desejado, esperado, almejado e ansiado por cidadãos e cidadãs brasileiros que trabalham honesta e duramente para o progresso dessa Nação. Um legado próprio que promova o desenvolvimento e leve ao trabalho, e não a medidas geradoras de dependentes e aproveitadores incentivados à desídia, preguiça e inoperância por meio de “vales e bolsas” nas mais diferentes áreas.

Parece-me que essa colocação de “legado” é, de fato, algo que nos leva à ideia de sermos logrados. O engano a que se quer submeter a população é muito grande. O logro é evidente, pois os gastos com a realização deste campeonato de futebol são imensos, os prejuízos serão enormes aos cofres públicos, as dívidas serão pesadas ao Estado e o erário terá que arcar com todas elas e isso, às nossas custas, pois são os tributos e impostos que deverão cobrir o “rombo”. Mas, há benefícios econômicos para a indústria, o comércio e o setor de serviços, dirão alguns. Não se nega tal fato. Mas, o logro é dizer que isso é maior que os gastos e prejuízos. Quem leva a vantagem absurdamente grande nesse evento é a iniciativa privada capitaneada pela organização internacional chamada FIFA. Ela, sim, é a grande beneficiada em todo este empreendimento. Verifiquem quanto ela “investiu” e quanto está obtendo de retorno (lucro)? Para nós, brasileiros, o legado significa, de fato, que fomos logrados, mas, ainda assim, vamos celebrar, vibrar e comemorar, porque afinal de contas, nesse país, é pizza ou carnaval. Acorda Brasil.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 8 de junho de 2014

FÁBULAS E CRENDICES

ANO LXXII - Domingo 08 de junho de 2014 - Nº 3580

FÁBULAS E CRENDICES
Mas não tenha nada a ver com as lendas pagãs e tolas” (I Tm 4:7 NTLH).

O texto acima foi escrito por Paulo há quase dois mil anos e tem força impactante ainda hoje. Já naqueles dias e contexto o apóstolo advertia com relação a costumes, crenças e práticas envoltas em aspectos de lendas e superstições grosseiras, rudimentares e pagãs. A palavra empregada para lendas (fábulas - na versão atualizada) é “mitos”, ou seja, algo destituído de caráter verdadeiro demonstrável ou comprovável e fruto da mera crença do vulgo na tentativa de explicar algum fenômeno.

Pois bem, somos um país onde grassam as superstições e manifestações de palavras ou atitudes “mágicas” em relação ao mundo não visível ou espiritual. Fomos contemplados, na semana passada com demonstrações (por mais de uma vez) grosseiras de superstição e crendices pagãs, ao vermos a Chefe (chefa?) do Executivo de nosso país “bater na madeira” algumas vezes. Tal costume é oriundo de superstição ligada aos celtas e “exportado” para outros povos que viam nas árvores (madeira) o “lugar de morada dos deuses ou espíritos”. Assim, quando entravam em alguma floresta batiam na madeira para despertar os deuses a seu favor e ou afugentar os maus espíritos.

O exemplo dado no mais alto escalão de nosso governo é triste, lamentável, vergonhoso e vexatório. Estamos à mercê de crendices, fábulas e superstições, como se palavras ou certos gestos pudessem resolver os problemas por “manipular” a sorte ou a “inclinação dos deuses”. É a ideia de que se pode manipular tudo, arranjar tudo, até mesmo com os deuses, desde que seja feito de maneira certa ou adequada, tornando a divindade cativa ao meu comando. O que se faz no universo da política sendo aplicado ao do espírito.

Sinto-me como se estivesse em um país conduzido pela crença do vodu, ou do animismo mais rudimentar de tribos primitivas. Como alguém que se diz instruída e que, com certeza, tem a formação universitária (mestrado - verdade?) e professante de uma fé de tradição cristã (católica romana) se presta a uma atitude como tal? Tal conduta de “bater na madeira” é como admitir “fábulas de velhas caducas”, superstições e crendices pagãs. Cada pessoa tem o direito de crer como quiser, mas deve ser coerente, sem manter um verniz de cristianismo com o cerne repleto de paganismo. Oremos para que o Senhor livre de tais práticas e crendices o nosso País.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 1 de junho de 2014

LIVRES

ANO LXXII - Domingo, 01 de junho de 2014 - Nº 3579

LIVRES
Quebrou-se o laço do passarinheiro e nós ficamos livres” (Salmo 124:7)

Fui criança no interior de Minas Gerais. Pratiquei muitas “artes” e traquinagens, aventuras e peripécias. Quando leio este trecho do salmo 124 fico pensando em meus tempos de antanho quando era “pegador de passarinho”. Não me lembro de usar o laço, mas usei o visgo (cola no galho de árvore para prender o pássaro), a arapuca com comida embaixo dela para atrair as aves e fazê-la desabar prendendo a todos, ou o alçapão (armadilha ao lado da gaiola com um pássaro canoro que atrai seu companheiro) com alpiste dentro e quando o pássaro pulava para comer ficava cativo. Capacidade humana para caçar, prender e abater.

Não é só o ser humano que tem essa capacidade excepcional para preparar as armadilhas, os laços e arapucas. O “passarinheiro” de almas é por demais ardiloso e tem capacidade sutil e lesiva de nos envolver e cativar. Suas técnicas incluem o engodo, a dissimulação, a rapacidade entre outros aspectos mais agressivos e rudes. Mas, preferencialmente, ele usa elementos que não são facilmente identificáveis com algo nocivo, ruim ou repulsivo. Ele é hábil sedutor, esmerado enganador e ardiloso envolvente em sua forma de agir no propósito de pear e laçar nossas almas. Parece nos auxiliar (como a comida na arapuca e no alçapão), nos querer dar boa coisa, nos proporcionar algum prazer legítimo, mas seu propósito é aprisionar, prender e levar ao cativeiro e morte. Há milhões e milhões que estão presos nos laços do passarinheiro. Alguns sabem que estão em tal condição e sentem sua miséria e desgraça.

Outros há que não percebem tal situação, pois estão como que “institucionalizados” em suas prisões e não se dão conta de serem cativos do passarinheiro. Seja para estes ou para aqueles a Palavra de Deus afirma que todos estão presos, cativos, condenados à morte e a sofrimento eterno. A mesma Palavra anuncia esta boa nova de que o laço do passarinheiro pode ser quebrado e a alma libertada; o laço e o cativeiro de Satanás podem e são quebrados pela graça poderosa de Deus revelada em Cristo Jesus. Se você está no laço do Diabo, lhe soa esta boa notícia: Jesus quebra tal laço e lhe dá libertação. Se você já é livre em Cristo, anuncie e apresente esta portentosa Graça que rompe as cadeias e quebra os laços de morte que a tantos tem mantido cativos. Livres do laço do passarinheiro por meio da graça de Deus em Cristo. Aleluia.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 25 de maio de 2014

CANTATA SALMOS E HINOS (IPVM 72 ANOS)

ANO LXXI - Domingo, 25 de maio de 2014 - Culto Matutino

Cantata Salmos e Hinos
IPVM 72 Anos


Na manhã de 25 de maio de 2014, como parte das celebrações dos 72 anos da Igreja Presbiteriana de Vila Mariana, o Coro IPVM e Orquestra conduziram a Igreja em louvor a Deus com a Cantata Salmos e Hinos.

Conteúdo da playlist:
SALMO 150
NARRAÇÃO I
SALMO 23
LOUVAI AO SENHOR VÓS TODOS OS SEUS SANTOS
SALMO 5
NARRAÇÃO II
CASTELO FORTE
Ó DEUS ETERNO AJUDADOR
SOU FELIZ COM JESUS (HNC 108)
NARRAÇÃO III
A PEDRA FUNDAMENTAL (HNC 298)

Gravação: Departamento de Som e Imagem da IPVM
Edição e legendas: www.acervolirico.com.br

PORTO SEGURO

ANO LXXI - Domingo, 25 de maio de 2014 - Nº 3578

PORTO SEGURO
“[...] e assim os levou ao desejado porto.” (Salmo 107: 30)

Porto Seguro é o nome de um balneário baiano muito conhecido e de grandes belezas naturais, região onde se deu o descobrimento das terras brasileiras por Pedro Álvares Cabral. O nome reflete a condição daqueles que estiveram por muito tempo em naus, sem divisarem algum porto no qual pudessem lançar suas amarras e desfrutar alguma segurança.

O salmista fala de algo parecido, referindo-se à ação do Senhor no passado na vida de Israel, levando-o ao desejado porto. Isto significa que Deus o havia colocado no lugar de segurança onde o próprio Deus havia projetado para ele, no caso, Canaã; a Terra Prometida.

Vemo-nos em uma situação muito parecida com a dos nautas portugueses ou com os peregrinos descendentes de Jacó, buscando pelo nosso porto desejado e seguro. São dias turbulentos, tumultuados, conflitivos e violentos, que nos fazem suspirar por um lugar seguro, estável, calmo e de descanso. Há possibilidade de encontrarmos alguns lugares com tais características em algumas partes de nosso país e do mundo. Mas, a questão não é apenas ambiental ou geopolítica, é também existencial e espiritual.

A inquietação da alma humana é muito grande, tendo levado o teólogo da Patrística, chamado Santo Agostinho, dizer: “Fizeste-nos para Ti, ó Senhor, e os nossos corações não encontrarão descanso enquanto não descansarem em Ti”. De fato, somos criaturas cujo coração necessita de descanso e paz, e tais elementos só poderão ser desfrutados quando estivermos com nossas “naus” atracadas nas docas da graça e da bondade do Senhor, esse “desejado porto”, Cristo Jesus. Que a embarcação de sua vida encontre esse porto desejado e seguro em que possa descansar.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 18 de maio de 2014

LIVRES DO PESO

ANO LXXI - Domingo, 18 de maio de 2014 - Nº 3577

LIVRES DO PESO
“Livrei seus ombros do peso, e suas mãos foram livres do cesto” (Salmo 81:6)

Este texto é uma referência à libertação do povo de Israel da escravidão no Egito. Fala do tempo em que os cestos nas mãos eram os que estavam com barro e o peso carregado eram os tijolos feitos com suor e trabalho forçado. Essa situação durou cerca de 200 ou 250 anos, pois no período inicial (primeiros 200 anos) não foram vistos como escravos. De qualquer maneira foi um longo tempo de sofrimento e opressão com um peso (além do físico) em suas costas e ombros.

Muitos há que vão encurvados por tantos e tantos pesos em seus ombros, sem a menor perspectiva de alívio, seja nesta vida ou em outra por vir. Não há esperança, não há alento, não há alívio. É uma espécie de tortura constante e permanente. Li uma reportagem (dia 14) sobre uma comunidade em Araras -GO- em que pessoas são acometidas pelo Xeroderma pigmentoso, doença que torna até 1.000 vezes a pele mais sensível ao sol, causando câncer de pele, que vai mutilando a pessoa como se fosse uma lepra. Não há cura, o tratamento é cirúrgico à medida que as manchas e feridas surgem. Vivem dentro de casa, fechados e só podem sair à noite. É triste e devastador. Peso terrível.

Todos temos nossos pesos sobre os ombros. Não há como viver sem algum deles (responsabilidades, horários, contas, e outros). Porém, há os pesos que esmagam, oprimem, encurvam e matam. Para todos eles há uma solução: lançá-los sobre Jesus que cuida de nós. A Palavra do Senhor nos aponta para tal fato. Ele nos livra de nossos pesos, angústias e aflições quando os entregamos a Ele, o que é, para nós, às vezes, muito difícil de fazer.

Creia que Ele se mostra disposto a livrar seus ombros do fardo pesado que você está levando, saiba que Ele tem para você o alívio. Creia nisso (sei que é difícil) e tenha a bênção do refrigério em relação ao peso que lhe tem tenazmente afligido. Jesus leva o seu fardo. Aleluia.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 11 de maio de 2014

NO DIA DAS MÃES

ANO LXXI - Domingo, 11 de maio de 2014 - Nº 3576

NO DIA DAS MÃES

É para você que, com alegria, festeja o “Dia das Mães”, que dirijo esta mensagem. Não importa destacar aqui o que você ofereceu à sua mãe no dia a ela consagrado: se um beijo, se uma flor, se um caro brinde.

O que interessa saber é como se comporta você, como filho, com relação àquela que lhe deu o ser.

É oportuno, pois, recordar que, dos Mandamentos que Deus deu a Moisés no Monte Sinai, um há que o exorta sobre os seus deveres filiais.

È o quinto Mandamento, e é também o único do Decálogo que tem uma promessa para você, como filho: - “Honra a teu pai e a tua mãe para que se prolonguem os teus dias sobre a terra que o Senhor teu Deus te dá.” Ex. 20-12.

Portanto, se você observa esse Mandamento divino, eu lhe direi que todos os dias do ano são outros “Dias das Mães”, porque a mesma alegria que você deu à sua mãe hoje, você lhe dá nos outros dias, igualmente.

Veja: o sorriso, a obediência, o carinho, a cooperação, a atenção, a solicitude, o desejo de ajudar, a voz mansa, o interesse, o cuidado, o consolo, a lágrima em comum, o riso em coro, o calor do abraço, a sinceridade do beijo – são presentes de toda hora, de todo dia, para sua mãe.

São presentes que não vêm embrulhados em belos papéis, nem custam dinheiro. Contudo, o seu valor supera o preço dos mais finos mimos, porque refletem um coração bem formado, onde há o temor a Deus e o desejo sincero de cumprir Seus preceitos.

Se você, pela inobservância do Mandamento divino, não é, no seu lar, a justa alegria de seus pais, reconsidere a sua atitude no “Dia das Mães”.

Medite sobre as palavras do apóstolo São Paulo: “ Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo. Honra a teu pai e tua mãe (que é o primeiro Mandamento com promessa), para que te vá bem e sejas de longa vida sobre a terra. “ (Ef. 6.1-3).

Portanto, se você ofertou um mimo à sua mãe no dia de hoje, ela se alegrou com este gesto de ternura. Mas saiba que você, como bom filho, é o mais grato presente para o coração de sua mãe.

Seja, pois, você, o presente que fará sua mãe alegre e feliz, não só hoje, no “Dia das Mães”, mas para sempre.

Eunice Veiga

domingo, 4 de maio de 2014

SAF UM TRABALHO DE MULHERES

ANO LXXI - Domingo, 04 de maio de 2014 - Nº 3575

SAF UM TRABALHO DE MULHERES

Vamos  apresentar a você o trabalho realizado pela SAF de nossa igreja.

Na primeira segunda-feira do mês temos a nossa reunião plenária onde passamos um tempo agradável de louvor, intercessão e estudo da Palavra, neste ano tendo como tema “O Fruto do Espírito”, e uma agradável confraternização.

Uma vez por mês temos a reunião por departamentos agendados previamente nos lares ou na igreja.

Segunda-feira é o ensaio do Madrigal Maria José Ramos.

Terça-feira é o dia de trabalho no Celeiro do Amor e Oficina de Costura. O Celeiro do Amor é projeto de assistência social desenvolvido pela SAF cumprindo sua missão como auxiliadora da IPVM no atendimento aos mais necessitados com roupas, calçados e alimentos. A SAF investe recursos financeiros para a compra dos alimentos, uma vez que as doações recebidas não atendem a demanda. Atualmente são atendidas 80 pessoas com os kits de alimentos.

A Oficina de costura trabalha com a confecção de roupas visando atender a demanda de auxílio a necessitados e também artesanato para o Bazar anual de fim de ano, que levanta recursos financeiros para todas as atividades da SAF cumprindo o desafio de dar suporte aos que seguem o chamado de Deus para a obra missionária, a prover ao nosso próximo o pão que lhe sacie a fome, o bálsamo que lhe amenize as dores.

Quarta-feira é a reunião de oração.

Temos outras atividades especiais como, por exemplo, nesse mês de maio o Culto dos Bebês no dia 11 pela manhã e nossa Tarde Festiva no dia 14 às 15 horas comemorando o mês da família.

Escolha uma das nossas atividades e venha nos fazer uma visita, conheça de perto nosso trabalho, junte-se a nós e seja também uma auxiliadora.

Finalizando queremos compartilhar o nosso moto que nos desafia a cada dia:

Sejamos verdadeiras auxiliadoras, irrepreensíveis na conduta, incansáveis na luta, firmes na fé e vitoriosas por Cristo Jesus.

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.