PESQUISAR ESTE BLOG

domingo, 22 de dezembro de 2002

GLÓRIA A DEUS! FELIZ NATAL!

ANO LX - Domingo, 22 de dezembro de 2002 - No 2982

GLÓRIA A DEUS! FELIZ NATAL!

4º Domingo do Advento

Cristo, eternamente honrado,
Do Seu trono se ausentou.
Cristo entre homens, encarnado,
Deus conosco se mostrou.

Quão bondosa divindade!
Quão gloriosa humanidade!
Salve glória de Israel,
Luz do mundo, Emanuel!
Toda a terra e os altos céus
Cantem sempre glória a Deus.

Cante o povo resgatado
Glória ao Príncipe da Paz,
Deus em Cristo revelado,
Vida e luz ao mundo traz.

Nasce a fim de renascermos,
Vive para revivermos,
Rei, Profeta, Salvador,
Louvem todos ao Senhor!
Toda a terra e os altos céus
Cantem sempre glória a Deus!

(Palavras inspiradas do grande poeta e compositor cristão Roberto H. Moreton, extraídas do seu hino "Eis dos Anjos a Harmonia".)

domingo, 15 de dezembro de 2002

NATAL

ANO LX - Domingo, 15 de dezembro de 2002 - No 2981

3º Domingo do Advento

NATAL

O Natal se aproxima. Tudo muda ou toma cores mais vivas, sejam quais forem as circunstâncias que invadam nossos sentimentos.

Da crônica "Prece de Natal", de nosso literato maior Rui Barbosa, publicada no domingo 25 de dezembro de 1898, destacamos o trecho seguinte:

"Tamanha é a tua grandeza que excede todas as do universo e da razão: o espaço, o tempo, o infinito, acima dos quais a cruz da tua tragédia espantosa parece maior que os vôos da metafísica, as imensidades do cálculo e as hipóteses do sonho. Daí a palavra e a imaginação recuam assombradas, balbuciando. A criatura sente o teu amor, mas tremendo. Vê-se alvorecer a eternidade na magnificência de um abismo que se rasga no céu; mas nas arestas alguma coisa há de sombra e ameaça. De onde, porém, tu penetras no coração de todos com a doçura de uma carícia universal, é daquele presepe onde a tua bondade nos amanheceu um dia no sorriso de uma criança."

As comemorações natalinas só terão sentido se forem acompanhadas por corações agradecidos a Deus pela encarnação do Verbo, sem o que podemos correr o risco de apenas festejarmos uma data qualquer.

" E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai." (João 1.14)

Rev. Daniel Belmont

domingo, 1 de dezembro de 2002

ELEIÇÃO DE PRESBÍTEROS

ANO LX - Domingo, 01 de dezembro de 2002 - No 2979

ELEIÇÃO DE PRESBÍTEROS

1º Domingo do Advento

Conforme convocação, reunimo-nos hoje em Assembléia Geral Extraordinária para render culto ao Senhor e escolher, pelo livre exercício do voto, 5 (cinco) irmãos para o presbiterato da Igreja Presbiteriana do Brasil.

São oficiais que nos representarão a nível local e em concílios regionais e nacionais. Oficiais que, juntamente com os pastores, exercerão o governo e a disciplina, e zelarão pela doutrina e testemunho da Igreja. O compromisso é sério e exige desprendimento. Por isso mesmo a eleição não deve ser vista como um "favor" ou "homenagem", mas uma investidura em nome do Senhor Jesus.

Ao todo 14 nomes foram sugeridos ao Conselho. Todos foram consultados. Vários aceitaram a indicação dos seus nomes, outros, porém, fizeram uso do direito de recusar tal privilégio e responsabilidade. Veja no encarte deste Boletim, que servirá de cédula única, a relação dos que se colocam à disposição da Igreja para servi-la com dedicação pelos próximos 5 (cinco) anos.

Na escolha de alguém para preenchimento de uma vaga na escola apostólica, a igreja primitiva indicou dois nomes e destes escolheu um. Antes, porém, orou dizendo: "Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, revela-nos qual destes dois tens escolhido" (At 1.24) Considerando, pois, o exemplo do passado, vamos, sincera e humildemente, colocar os nossos indicados diante do Senhor em oração e súplicas.

Quando uma eleição na Igreja reflete a vontade de Deus na indicação dos Seus escolhidos - e não a manifestação de mera simpatia humana por esse ou aquele irmão - a comunidade será bem servida, haverá paz e harmonia, e a Igreja crescerá em número e santidade.

Que o Senhor nos use como instrumentos da Sua soberana vontade.

Rev. Eudes

domingo, 24 de novembro de 2002

NÃO DESPERDICE A SEGUNDA VEZ

ANO LX - Domingo, 24 de novembro de 2002 - No 2978

NÃO DESPERDICE A SEGUNDA VEZ

A história de Jonas, o profeta fujão, é repleta de lances fascinantes. A convocação divina a um simples mortal; a decisão de Deus de usar um judeu para levar a mensagem de juízo e salvação a um povo que era inimigo figadal de sua nação; o milagre da preservação de Jonas no ventre do grande peixe; a oração do profeta nas entranhas do peixe; o humanamente inesperado arrependimento coletivo dos ninivitas; a atitude temperamental de Jonas, por Deus não haver destruído os seus inimigos; a gentil lição do Senhor através de uma planta. Tudo é simplesmente fascinante!

Mas o que mais me fascina em todo o relato bíblico, está contido na singeleza de uma frase: "Veio a palavra do Senhor segunda vez a Jonas..."

Por que Deus se volta uma segunda vez para um homem tão ranzinza, tão complicado como Jonas? Por que Deus se revela tão paciente com pessoas ingratas e rancorosas como Jonas? Pela mesma razão que daria uma segunda oportunidade a Pedro, após este have-lo negado três vezes. Por amor. Amor que está além da nossa compreensão. Amor exigente, persistente, que não se deixa abalar pelas nossas fraquezas e limitações. Amor que realiza em nós o querer e o efetuar, apesar das nossas vacilações. Amor que nos impele a cumprir a Sua soberana vontade.

Na caminhada da fé, disse um pensador cristão, "ninguém jamais fracassou por cair, mas por permanecer caído". Nenhum de nós é melhor do que Jonas. Numa dimensão maior ou menor, temos as nossas divergências com Deus. Quantas vezes procuramos uma justificativa para não atender ao chamado do Senhor? E quando não encontramos uma desculpa razoável, inventamos.

Quantos desejaram participar do banquete espiritual que o Senhor nos concede neste domingo e não puderam. Mas também quantos poderiam estar aqui e não vieram porque estão desanimados e fugidios? Não sei. Deus sabe. Mas uma cousa tenho certeza, a palavra do Senhor virá a eles uma segunda vez! E dependerá deles, como dependeu de Jonas, acolher a voz de comando - "Dispõe-te..."

Felizes os que não desperdiçam a segunda vez oferecida por Deus.

Rev. Eudes

domingo, 17 de novembro de 2002

MEROS INSTRUMENTOS

ANO LX - Domingo, 17 de novembro de 2002 - No 2977

MEROS INSTRUMENTOS

Uma orquestra é composta de vários instrumentos. Uns grandes, outros pequenos; alguns que se posicionam na frente, outros atrás. Há os instrumentos de solo e os de acompanhamento; os que aparecem mais e os que quase não são vistos. Alguns são nossos conhecidos, outros nem sabemos (nós os leigos) que existem. Mas cada um deles tem a sua importância no conjunto. Cada nota executada corretamente, por menor que seja o compasso, contribuirá para a perfeita harmonia do todo.

Instrumentos musicais, simples peças de madeira, de metal, ou qualquer outro material, que nas mãos do instrumentista dão sentido a uma seqüência de notas musicais, transformando-as em melodia, ritmo, deslumbramento.

Pessoas, meros instrumentos que, nas mãos de Deus - o perfeito e sublime instrumentista - podem mudar vidas, promover a paz, transformar o mundo!

A Bíblia fala de uma mulher sem nome (conhecida apenas como "mulher samaritana"), completamente desqualificada (conforme o julgamento humano), que, colocando-se nas mãos de Deus, transformou-se numa grande missionária: "... deixou o seu cântaro, foi à cidade e disse àqueles homens: Vinde comigo, e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Será este, porventura, o Cristo?" (Jo 4.28,29). E "muitos samaritanos daquela cidade creram nele (em Jesus), em virtude do testemunho da mulher..." (Jo 4.39). Um instrumento sem nome, mas valioso aos olhos de Deus!

Importa o nome? Somos meros instrumentos. Disse João Batista: "Convém que ele (Cristo) cresça e que eu diminua" (Jo 3.30).

Deus é o orquestrador. Deus é o autor da melodia. Deus é o instrumentista. Somos meros instrumentos para a Sua glória. Incapazes? A perícia é dEle. Sem motivação? A inspiração é dEle. Sem brilho? A glória é dEle.

Coloquemo-nos em Suas mãos. Que Ele nos use.

Pb. Josimar Gonzaga

(Extraído de boletim da IP das Graças, em Recife)

domingo, 10 de novembro de 2002

APRENDI

ANO LX - Domingo, 10 de novembro de 2002 - No 2976

APRENDI

Aprendi que se pode conhecer uma pessoa
pela forma como ela lida com três coisas:
Um dia chuvoso, uma bagagem perdida e os fios das luzes
de uma árvore de natal que se embaraçaram.

Aprendi que, não importa o tipo de relacionamento que tenha com seus pais,
você sentirá falta deles quando partirem.

Aprendi que saber ganhar a vida não é a mesma coisa que saber vive-la.
Aprendi que viver não é só receber, é também dar.
Aprendi que a vida às vezes nos concede uma segunda chance.

Aprendi que se você procurar a felicidade, vai se iludir.
Mas, se focalizar a atenção na família, no trabalho, nos amigos,
nas necessidades dos outros,
procurando fazer o melhor, a felicidade vai encontra-lo.

Aprendi que sempre que decido algo com o coração aberto,
geralmente acerto.
Aprendi que quando sinto dores,
não preciso ser uma dor para outros.

Aprendi que diariamente preciso alcançar e tocar alguém.
As pessoas gostam de um toque afetuoso - segurar na mão,
receber um abraço ou simplesmente um tapinha amigável nas costas.
As pessoas se esquecerão do que você disse,
esquecerão o que você fez,
mas jamais esquecerão de como você as tratou.

Aprendi que ainda tenho muito que aprender.

(Autor desconhecido)

domingo, 3 de novembro de 2002

SEM MEDO E SEM RECEIO

ANO LX - Domingo, 03 de novembro de 2002 - No 2975

1942 - ANO DO NOSSO JUBILEU DE DIAMANTE – 2002

SEM MEDO E SEM RECEIO

A declaração de Regina Duarte a respeito do Lula, ainda candidato, provocou chuvas e trovoadas sobre a grande dama da televisão brasileira. Sem entrar no mérito da questão, pergunto a mim mesmo: Terá sido apenas a Regina que teve medo? Creio que não. Muita gente partilhava do mesmo sentimento da Regina. Só que não ousava declarar publicamente. E ainda há muita gente com medo ou receio do que possa acontecer nos próximos quatro anos.

Creio que esse medo ou receio é infundado. Afinal de contas não atravessamos os dias agitados de Jânio e Jango? Não sobrevivemos aos 21 anos de regime militar? Não superamos, desolados, a morte de Tancredo? Não suportamos estoicamente a carga inflacionária do Sarney? Não escapamos do furor colorido da Casa da Dinda? Não convivemos de modo pacífico com o Itamar? Quem sabe um dia vamos sentir saudades do FHC?

Majoritariamente o povo manifestou a sua vontade. E a vontade do povo deve ser acatada. Vamos torcer, pois, para que o novo governo dê certo. Que as promessas de campanha sejam concretizadas e haja emprego para todos, alimento para todos, abrigo para todos, educação para todos, segurança para todos, paz para todos.

Como cristãos reformados cremos na soberania de Deus, cremos que nada acontece sem o Seu consentimento. “Sabemos que todas as cousas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”, afirma Paulo em sua Epístola aos Romanos 8.28.

Vamos orar para que o verdadeiro e soberano Senhor ilumine o novo presidente e seus assessores. Vamos fazer a nossa parte, sem medo e sem receio.

Rev. Eudes

domingo, 27 de outubro de 2002

REFORMA SEMPRE

ANO LX - Domingo, 27 de outubro de 2002 - No 2974

1942 - ANO DO NOSSO JUBILEU DE DIAMANTE – 2002

REFORMA SEMPRE

O que é melhor: reformar ou construir? Quem já passou pela experiência de construir uma casa ou reformar uma propriedade talvez responda que iniciar uma construção, a partir do nada, é sempre melhor do que tentar adaptar alguma edificação às suas necessidades. Nesse sentido, uma reforma pode ser um “mal necessário”. Como não podemos desmanchar tudo, melhoramos o que existe. Mas se pudéssemos, faríamos tudo de novo.

Encaramos este assunto de um outro prisma quando estamos falando da nossa vida, e não de edificações. Vamos ao médico, fazemos alguns exames e o diagnóstico diz que precisamos melhorar nossa alimentação, fazer mais exercícios, ter uma vida menos corrida, e etc. Em outras palavras, nossa conduta precisa ser readequada a um padrão estabelecido que garanta uma vida mais excelente.

Com a nossa fé é a mesma coisa. As pessoas pensam que reforma religiosa significa abandonar o que existe e fazer algo totalmente novo. Não podemos sair por aí “construindo” uma fé nova, totalmente inédita, diferente de tudo o que já se viu ou se fez anteriormente. Isso é loucura e insensatez. Não existe uma fé “melhor do que a outra”. Existe uma única fé (Efésios 4:5) verdadeira, e ela não se gasta, nem fica velha, nem precisa de emendas ou remendos.

Quando se fala da vida religiosa, a reforma se refere à nossa prática, nossa conduta de vida. Aí sim, precisamos de ser constantemente avaliados de acordo com um padrão: A Bíblia Sagrada. E, nesse sentido, vamos perceber, humildemente, que nos desviamos facilmente da conduta esperada pelo Senhor.

“Agora, pois, emendai os vossos caminhos e as vossas ações e ouvi a voz do SENHOR, vosso Deus; então, se arrependerá o SENHOR do mal que falou contra vós outros.” (Jeremias 26:13)

Rev. Márcio

domingo, 20 de outubro de 2002

A QUEM HONRA, HONRA!

ANO LX - Domingo, 20 de outubro de 2002 - No 2973

1942 - ANO DO NOSSO JUBILEU DE DIAMANTE – 2002

A QUEM HONRA, HONRA!

Durante nossa vida, somos constantemente avaliados: por nós mesmos, pelas outras pessoas e também por Deus. No livro de Provérbios encontramos o seguinte: "Você conhece alguém que faz bem o seu trabalho? Saiba que ele é melhor do que a maioria e merece estar na companhia de reis".

Como despenseiros de Deus, somos encorajados à fidelidade no trato com os recursos e habilidades que adquirimos ao longo de nossa vida. A questão que se apresenta é: "Fiel a quem, ou a quê?"

Na primeira carta aos Coríntios está registrado: "O que se exige de quem tem essa responsabilidade é que seja fiel ao seu Senhor." Muitas pessoas têm gasto seus dias, energia e esforço para serem fiéis aos seus próprios projetos de vida, suas responsabilidades, sua imagem perante a família, sociedade e igreja.

Outros são fiéis aos seus partidos, convicções e agremiações. Mas o norte certo para encontrarmos a recompensa que perdura, é sermos fiéis em todo nosso investimento Àquele que nos concedeu os recursos para serem utilizados. Se trabalhássemos no setor financeiro de uma empresa, com a responsabilidade de verificar diariamente as melhores taxas para aplicar os rendimentos da organização, seríamos reconhecidos como bons funcionários se procedêssemos dentro dos interesses da organização! Estaríamos sendo fiéis àquilo a que fomos designados.

Todos nós recebemos um mandado de Deus, para ser cumprido com os recursos que Ele mesmo nos concedeu. Aqueles que procederem fielmente certamente ouvirão do seu Senhor: “Muito bem, empregado bom e fiel”. “Você foi fiel negociando com pouco dinheiro, e por isso vou pôr você para negociar com muito. Venha festejar comigo!”

Na semana passada, comemoramos os 40 anos de fiel presbiterato de Daniel de Lima. Que o Senhor o conserve por muitos anos neste ministério.

Rev. Márcio Coelho

domingo, 13 de outubro de 2002

JOVENS APAIXONADOS POR VELHOS

ANO LX - Domingo, 13 de outubro de 2002 - No 2972

1942 - ANO DO NOSSO JUBILEU DE DIAMANTE – 2002

JOVENS APAIXONADOS POR VELHOS

No mês de setembro fomos brindados com duas datas de grande importância: 22 de setembro, Dia Nacional da Juventude, e 27 de setembro, Dia Internacional do Idoso.

E como necessitamos dos jovens e dos idosos! Os jovens, com seus celulares, laptops, agendas eletrônicas, sempre correndo atrás do sucesso, nos mostram a grandeza, pujança e a magnificência do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus. Os idosos, com sua sabedoria, prudência e circunspecção, moldadas na forma do tempo, nos mostram que desfrutamos melhor a vida quando deixamos de correr atrás de status e poder.

Graças a Deus, na igreja temos jovens e idosos. Mas lamento ver nossos jovens e nossos idosos tão distantes, olhando-se com desconfiança e (que Deus me perdoe!) até se odiando. Os idosos amaldiçoando o barulho e a irreverência dos jovens. E os jovens explodindo de raiva contra a impertinência dos idosos. Os idosos olham para os jovens e dizem: Eles são uns loucos! E os jovens dizem dos idosos: Eles são uns ultrapassados!

Que pena! Os jovens não estão percebendo que “ falamos mais depressa do que pensamos, pensamos mais depressa do que agimos e agimos mais depressa do que temos caráter para isso” E os idosos estão perdendo a capacidade de perceber que após cada noite surge um novo dia.

À semelhança de Martin Luther King Júnior, eu tenho um sonho. Sonho com o dia em que a igreja dos homens de menos idade será a mesma dos homens de mais idade. Os homens de mais idade entoarão os cânticos dos homens de menos idade. E os homens de menos idade se assentarão aos pés dos homens de mais idade para ouvir-lhes as palavras de exortação, equilíbrio, sabedoria e graça. Os homens de mais idade se encantarão com entusiasmo dos homens de menos idade, e darão graças a Deus. E os homens de menos idade respeitarão a sensibilidade dos homens de mais idade, ouvirão suas histórias, curvarão diante de seus discernimentos, beberão sua sabedoria e darão graças a Deus.

A Igreja é uma só; e ela é igreja de jovens e de idosos. Os jovens dão à igreja a beleza da juventude, o perfume da primavera e o entusiasmo de quem desponta para a vida. Os idosos dão à igreja a paz e a serenidade que só se alcança com o concurso dos anos.

Que Deus conceda aos idosos a graça de verem em cada jovem o neto ou a neta por quem são encantados; e aos jovens a graça de verem em cada idoso o avô ou a avó por quem são apaixonados.

Rev. Adão Carlos do Nascimento
Diretor do Seminário Presbiteriano do Sul - Campinas - SP

domingo, 6 de outubro de 2002

O HOMEM QUE O BRASIL PRECISA

ANO LX - Domingo, 06 de outubro de 2002 - No 2971

1942 - ANO DO NOSSO JUBILEU DE DIAMANTE – 2002

O HOMEM QUE O BRASIL PRECISA

Quem é o homem que pode solucionar a situação da nação brasileira? Qual o seu perfil? Quais devem ser seus compromissos?

O homem que o Brasil precisa deve ser uma pessoa humilde de coração e saber o que é padecer. Sua adolescência e juventude devem ter sido irrepreensíveis. Seu passado inatacável.

O homem que o Brasil precisa deve ser sensível à miséria dos abandonados e deve ser capaz de apontar as causas da degradação da nossa sociedade... e trazer a solução.

O homem que o Brasil precisa não pode ser um reformador revanchista e nem um ditador implacável, antes ele deve ser capaz de tocar os intocáveis, de procurar os desprezados, de acolher os indesejados e de amar a todos.

O homem que o Brasil precisa deve estar disposto a dar a sua própria vida em favor da redenção de todos os homens e mulheres ainda em cativeiro.

O homem que o Brasil precisa deve ser capaz de formar uma sociedade justa e igualitária pela transformação da mente e do coração de cada indivíduo.

JESUS DE NAZARÉ é o homem de quem o Brasil precisa, o único que tem autoridade para dizer “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância”. Ele não deseja governar de Brasília. Ele aceita governar em cada coração. Se Jesus for admitido como Senhor desta nação, então haverá uma verdadeira revolução de amor em nossa Pátria.

Adaptado do “Informe Evangélico”

domingo, 29 de setembro de 2002

AO ELEITORADO CRISTÃO

ANO LX - Domingo, 29 de setembro de 2002 - No 2970

1942 - ANO DO NOSSO JUBILEU DE DIAMANTE - 2002

AO ELEITORADO CRISTÃO

Às vésperas de uma eleição que deverá ser marcante na história deste país, constata-se, com tristeza, um elevado número de eleitores ainda indecisos. E muitos, em sinal de descrédito, decididos a anular o seu voto. Os candidatos, com muito falatório e sem propostas concretas, não conseguem facilitar a definição de um eleitorado que de há muito deixou de acreditar na classe política. E por razões muito evidentes: a política se tornou cabide de emprego; aposentadoria gorda e antecipada; balcão de fisiologismos; fábrica de escândalos que, à sombra da impunidade, se têm multiplicado em todos os níveis, no desvio de verbas, na decretação de salários abusivos e na falta de solução para os problemas mais comuns do povo. Não admira, pois, que haja tanta decepção, tanta desconfiança da parte dos eleitores.

Contudo, e apesar de tudo, é preciso votar. Anular o voto seria concordar com a situação atual, ou, pior ainda, permitir que o mais demagogo dos hoje candidatos seja amanhã - e por quatro anos - o nosso presidente, governador ou deputado. E para o cargo de senador, oito anos!

Como Igreja, não temos nem indicamos candidatos. O voto é individual, e a responsabilidade da escolha também. Isto não nos impede, porém, de oferecer alguns lembretes para uma prática eleitoral cristã e sadia. Lembre-se que, antes de ser eleitor, você é cristão, é discípulo de Cristo.

Seria uma incoerência votar em candidato que, por atitudes ou declaradamente, se manifeste antievangélico. É inaceitável que um crente favoreça um candidato (ou partido) que apóie casamento entre pessoas do mesmo sexo, que defenda a liberação da maconha (e outras drogas), que pratique a feitiçaria. Vote conscientemente.

Lembre-se, também, que a comunidade é mais importante do que os partidos e seus candidatos. Afinal de contas os próprios políticos vivem mudando de partidos. O bem comum deve estar acima de interesses pessoais. Não se deixe subornar, não troque seu voto por promessas irrealizáveis. Vote honestamente.

Lembre-se, ainda, que o seu voto é muito importante, talvez decisivo. Não deixe, pois, de votar. Não anule o seu voto. Segundo dados do TSE, no próximo domingo deverão comparecer às urnas 115.271.778 brasileiros. Somado ao desses milhões de eleitores, seu voto determinará o futuro do país. Vote corajosamente. E que Deus nos ajude.

Rev. Eudes

domingo, 22 de setembro de 2002

TEMPO DE ELEIÇÃO

ANO LX - Domingo, 22 de setembro de 2002 - No 2969

1942 - ANO DO NOSSO JUBILEU DE DIAMANTE – 2002

TEMPO DE ELEIÇÃO

“Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra.” Rm 13.7

Exercer o direito de voto é privilégio de uma cidadania responsável. Escolher aqueles que legislarão em nome do povo e para o povo (assim esperamos), eleger aqueles que decidirão como usar o orçamento público e que medidas deverão ser tomadas para que haja paz e progresso nacional, é ato de grande responsabilidade. O dilema é saber em quem votar. O voto é um sinal de confiança. A quem devemos confiar o nosso futuro político, econômico e social?

A enxurrada de candidatos dificulta a escolha. A maquilagem aplicada pelos marqueteiros é extremamente atraente e perigosa. Pode nos induzir ao erro. Conhecer os candidatos sem o verniz da publicidade, identificando aqueles que são mais capacitados para gerir a coisa pública, seria o ideal. Limitadamente temos que nos ater às propostas que julgamos sérias e realizáveis. E arriscar.

O fato de estarmos decepcionados com os políticos em geral não nos deve imobilizar na alienação. Se é verdade que “o povo tem o governo que merece”, vamos continuar pagando o preço. Mas vamos às urnas.

Não podemos esquecer que estamos dando mais um passo para o futuro de nosso país. Vamos eleger deputados estaduais e federais, senadores, governador e presidente. Vamos participar desse processo eleitoral sem aviltar o nosso voto com o “toma lá, dá cá”, mas com a consciência tranqüila de cidadãos que expressam na terra os valores do Reino do Céu.

Rev. Eudes

domingo, 15 de setembro de 2002

A ESCOLA DOMINICAL

ANO LX - Domingo, 15 de setembro de 2002 - No 2968

1942 - ANO DO NOSSO JUBILEU DE DIAMANTE – 2002

A ESCOLA DOMINICAL

Aos nossos
Superintendentes, Professores e Alunos, sincera homenagem ao ensejo de mais um DIA DA ESCOLA DOMINICAL.


A Escola Dominical oferece a todos, indistintamente, a oportunidade e o estímulo para a busca de respostas honestas a perguntas honestas sobre o sentido da vida.

A Escola Dominical propicia a muitos, que alegam não o ter durante a semana, o tempo tão necessário para a leitura e exame da Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus.

A Escola Dominical ajuda a construir o caráter, a instruir a mente, a alimentar ideais e a confirmar o nosso compromisso com Deus e com o homem.

A Escola Dominical é conduzida por mulheres e homens cristãos que generosamente dão o seu tempo, talento, energia, dinheiro e paciência a fim de que os perdidos possam ser salvos e os salvos possam ser fortalecidos.

Para a Escola Dominical o dia de Deus é o seu tempo, a casa de Deus é o seu lugar, o livro de Deus é a sua matéria e a glória de Deus é o seu objetivo.

(Adaptado de “O Edificador”, Ano XX, nº 65)

domingo, 8 de setembro de 2002

CARÁTER

ANO LX - Domingo, 08 de setembro de 2002 - No 2967

1942 - ANO DO NOSSO JUBILEU DE DIAMANTE – 2002

No transcurso do 61º Aniversário da Sociedade Auxiliadora Feminina, prestamos aqui nossa homenagem às maravilhosas mulheres que, com lágrimas, sorrisos e oração, dão à Família e à Igreja o melhor dos seus talentos.


CARÁTER

A beleza do caráter de uma mulher geralmente aparece, não tanto quando ela exerce a chefia, mas quando ela é verdadeiramente aquilo que a Bíblia chama de ajudadora.

A declaração acima é claramente ilustrada pelo Dr. Harry Emerson Fosdick em seu famoso tributo à sua esposa. Diz ele que durante toda a vida quebrou a cabeça tentando descobrir por que a mulher, em geral, não vem conseguindo tanto sucesso quanto o homem. E por que isso acontece?

Obviamente, a mulher é tão inteligente quanto o homem, e algumas ainda mais. Mesmo assim, há relativamente poucas mulheres na lista de compositores famosos, cientistas, estadistas e revolucionários.

Por fim – disse o Dr. Fosdick – achei a resposta: “Mulher alguma jamais teve uma esposa para ajuda-la!”

(Transcrito)

domingo, 1 de setembro de 2002

SEMANA DA PÁTRIA

ANO LX - Domingo, 01 de setembro de 2002 - No 2966

1942 - ANO DO NOSSO JUBILEU DE DIAMANTE – 2002

SEMANA DA PÁTRIA

A pátria não é ninguém, são todos;
e cada qual tem no seio dela o mesmo direito
à idéia, à palavra, à associação.

A pátria não é um sistema,
nem uma seita,
nem um monopólio,
nem uma forma de governo.

É o céu, o solo, o povo,
a tradição, a consciência, o lar,
o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados,
a comunhão da lei, da língua e da liberdade.

Rui Barbosa

domingo, 25 de agosto de 2002

ATITUDES E COMPROMISSOS

ANO LX - Domingo, 25 de agosto de 2002 - No 2965

1942 - ANO DO NOSSO JUBILEU DE DIAMANTE – 2002

ATITUDES E COMPROMISSOS

Atitude pode ser entendida como pose, postura, posição, propósito ou procedimento. Uma atitude corporal que manifesta um estado emocional; uma disposição de ânimo; um modo de agir, sentir ou pensar que demonstra opinião pessoal. Compromisso significa obrigação, promessa, acordo, pacto, garantia. Em outras palavras, compromisso é abrir mão de interesses estritamente pessoais em favor de um interesse comum; é estabelecer um acordo de mútua participação.

Com estas definições em mente, analisemos de modo sucinto o comportamento de um profeta e do povo em determinado momento histórico de Israel, conforme registrado no capítulo 18 de I Reis. O v. 15 nos revela em Elias um homem de atitude correta e compromisso consciente. O v. 21 na frase “Porém o povo nada lhe respondeu” aponta para uma omissão coletiva silenciosa. No v. 24 há uma concordância passiva na declaração popular – “É boa esta palavra”. E no final do evento, v. 39, o povo se manifesta numa emoção exacerbada – “O que vendo todo o povo, caíram de rosto em terra, e disseram: O Senhor é Deus! O Senhor é Deus!

Por estranho que pareça, os exemplos da história não são suficientes para corrigir o nosso comportamento no presente. Há muito crente por aí numa sufocante omissão silenciosa; outros, animadinhos, mas em inativa anuência; alguns ainda buscando emoções exacerbadas (necessitam ver sinais e prodígios para crer ou para confirmar sua crença).

Contudo, e louvado seja Deus, outros há que exprimindo em palavras e ação uma atitude coerente entre fé e vida, assumem um compromisso consciente com Cristo e sua Igreja. Exemplo disto temos hoje, entre nós, quando inúmeros irmãos chegam ao santuário trazendo parentes, colegas e amigos num desejo explícito de compartilhar com eles o amor redentor de Cristo Jesus. Agradecendo ao Senhor pelo esforço e dedicação desses irmãos, rogamos a Ele que os assista na firmeza de suas atitudes e na fidelidade dos seus compromissos. Que o Senhor lhes conceda a alegria de ver os seus queridos desfrutando a bênção da salvação.

Rev. Eudes

domingo, 18 de agosto de 2002

UM SERVO CHAMADO MÜLLER

ANO LX - Domingo, 18 de agosto de 2002 - No 2964

1942 - ANO DO NOSSO JUBILEU DE DIAMANTE - 2002

UM SERVO CHAMADO MÜLLER

Quem o conheceu de perto sabe que, não obstante a origem germânica e a sua rígida formação militar, pulsava em seu peito um coração sensível e extremamente generoso. Humilde, nunca fez pose de sua patente de coronel da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Quem o via carregando caixas e distribuindo exemplares do Novo Testamento em escolas, presídios e quartéis a serviço dos Gideões Internacionais não reconhecia que ali estava o antigo diretor do presídio de Santos! Quem o via, no templo, estendendo aos fiéis o pão e o vinho nas celebrações da Santa Ceia não imaginava que estava sendo servido pelo ex sub-comandante dos Bombeiros da capital paulista! Quem o contemplava sentado a uma mesa rústica de uma sala acanhada cuidando zelosa e dedicadamente das finanças da igreja, não sabia que ele tinha exercido altas funções administrativas na Faculdade Ibero-Americana e no Hospital Cruz Azul!

Ele era assim, simples, paciente, discreto, amoroso.

Mas de todas as suas qualidades a que mais me impressionava era a sua capacidade de sofrer os reveses da vida sem nunca se queixar. Nunca ouvi dos seus lábios uma palavra de revolta ou mesmo de queixa contra Deus. Perdeu ainda jovem a primeira esposa. Assumiu com desvelo a criação de três filhas. Uma delas, coitada, com uma deformidade atroz que lhe custou muitas lágrimas e muito sacrifício pessoal. Enquanto viva, varias vezes por semana ele a colocava no carro e ia passear com ela nas trilhas da Cantareira, onde ninguém pudesse incomoda-la. Suportou estoicamente o sofrimento da filha até a sua morte. "O Paizão sabe o que faz", era a sua resposta diante do inexplicável.

Sua alegria se resumia ao sucesso dos seus netos e ao bem-estar da família da fé. Serviu à família IPVM com dedicação e carinho desde 1965. Exerceu com proficiência os cargos de Superintendente da Escola Dominical, Conselheiro e Tesoureiro. Presbítero Emérito desde 1994, amigo de todos e, por excelência, dos pastores, Salvador Muller foi convocado à eterna presença do Senhor Jesus na última quarta-feira.

Entendemos que nenhum de nós é insubstituível, mas há pessoas que por suas qualidades pessoais tornam difícil, se não impossível, sua substituição. Salvador Müller é uma delas!

Com saudade e gratidão.

Rev. Eudes

domingo, 11 de agosto de 2002

UMA VIDA ADMIRÁVEL

ANO LX - Domingo, 11 de agosto de 2002 - No 2963

1942 - ANO DO NOSSO JUBILEU DE DIAMANTE - 2002

UMA VIDA ADMIRÁVEL

Na comemoração dos 143 anos
de Presbiterianismo no Brasil.

Embora conhecesse a Palavra de Deus e tivesse sido consagrado ao Senhor desde a mais tenra infância, Ashbel Green Simonton somente fez sua pública profissão de fé aos 22 anos. Seu pai era médico e político de prestígio em sua cidade no Estado da Pensilvânia. Sua mãe, uma jovem e prendada filha de pastor. Seu pai faleceu quando ele tinha apenas treze anos de idade, deixando aos cuidados da mãe nove filhos, dos quais Simonton era o caçula. Jovem, abandonou seu curso de Direito para fazer Teologia no Seminário de Princeton (1855-1858). Conhecia latim, grego, hebraico, árabe, alemão e aprendeu português ao vir para o Brasil. Chegou aqui solteiro, em 12 de agosto de 1859, como missionário da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos. Casou - se em março de 1863, ganhou uma filha e perdeu a esposa em julho do ano seguinte. Ela foi sepultada no Cemitério da Gamboa, no Rio de Janeiro. Em 1867, vítima da febre amarela que assolava o país, Simonton faleceu em São Paulo, sendo o seu corpo sepultado no Cemitério dos Protestantes.

Descontando o período de um ano e quatro meses passados em sua terra natal (março de 1862 a julho de 1863), Simonton viveu apenas sete anos no Brasil. Nesse curto período de tempo, fundou a primeira Igreja Presbiteriana (1862), o primeiro jornal evangélico publicado no país (1864), o primeiro Presbitério (1865) e o primeiro Seminário Teológico (1867). Ao longo do seu curto
ministério, numa época em que ser protestante era ser estigmatizado como herege, recebeu 70 pessoas à comunhão da Igreja e ordenou ao sagrado ministério o primeiro pastor brasileiro, o ex-padre Rev. José Manoel da Conceição.

Em plena Baía da Guanabara, após cinqüenta e cinco dias de viagem no Banshee, um navio mercante, Simonton registrou em seu diário: "Já me desfiz da indumentária marítima; dei-a ao camareiro, que me prestou bons serviços na viagem. Estou pronto para o desembarque". De fato, ele se desfez muito mais do que a sua roupa de viagem. Ele se desfez do conforto e segurança do seu lar materno para se gastar e deixar-se gastar na espinhosa e gloriosa missão que abraçou: anunciar ao povo brasileiro que Jesus Cristo é o único Senhor e Salvador!

Compilado pelo Rev. Eudes.

domingo, 4 de agosto de 2002

DIA DOS PAIS

ANO LX - Domingo, 04 de agosto de 2002 - No 2962

1942 - ANO DO NOSSO JUBILEU DE DIAMANTE - 2002

DIA DOS PAIS

No próximo domingo estaremos celebrando o Dia dos Pais. À semelhança do Dia das Mães, essa comemoração não foi invenção do marketing moderno para incrementar o comércio. À semelhança do Dia das Mães, o dia dos Pais teve sua origem nos Estados Unidos.

Tudo começou com uma referência feita por Harry C. Meek, presidente do Lions Club de Chicago, sobre a necessidade de homenagear-se o chefe de família. O evento, porém, concretizou-se em 1910 com uma reunião festiva conduzida pela senhora Joan Bruce Dood, de Spokane, em homenagem ao seu pai, William Jackson Smart. Perdendo a esposa ainda jovem, o Sr. Smart dedicou-se com esmero à criação dos filhos, tornando-se modelo de paternidade responsável. Em 1924, Calvin Coolidge, presidente dos Estados Unidos, recomendou a comemoração da data em todo o país.

No Brasil, não há registro da data inicial ou do local dessa comemoração. Mas é perceptível a sua popularização depois de 1954. Também não se sabe o por quê da escolha do segundo domingo de agosto. O fato é que a data pegou e para isto a propaganda comercial muito contribuiu.

A essência, porém, dessa homenagem é valorizar a imagem do homem que sabe zelar, acima de tudo, pela felicidade dos filhos. O pai tem de ser o melhor amigo dos filhos, e os filhos motivo de orgulho para os pais. E para isto deverá haver carinho, dedicação e sacrifício pessoal. Um pai que se preza deve ser respeitado, sem deixar de ser amoroso; exercer disciplina, sem tornar-se um
tirano; ser enérgico sem deixar de ser compreensivo. E sendo um cristão deve transmitir aos filhos sem imposição, mas pela palavra e pelo exemplo, os valores da sua fé. Orar por eles e com eles. Dizer "vamos à Casa do Senhor" e não "vá à igreja". A maior alegria de um pai cristão é ver os seus filhos andando nos caminhos do Senhor, abençoados e sendo bênção para toda a família.

Que assim seja!

Rev. Eudes

domingo, 28 de julho de 2002

O SENHOR IA ADIANTE DELES

ANO LX - Domingo, 28 de julho de 2002 - No 2961

1942 - ANO DO NOSSO JUBILEU DE DIAMANTE – 2002

O SENHOR IA ADIANTE DELES

Os caminhos da providência divina podem parecer estranhos e até cruéis se não forem encarados na perspectiva da fé. A fé sempre olha além dos acontecimentos e reconhece que Deus sempre visa o bem dos seus filhos em tudo quanto ele faz ou permite.

No passado, os filhos de Israel deviam confiar simplesmente sabendo que Deus estava com eles, embora o caminho que estavam seguindo na fuga do Egito não fosse o mais curto. Aos olhos humanos, o caminho da “terra dos filisteus” seria o mais indicado para ganhar tempo. Mas, era caminho perigoso. A providência divina indicou o caminho do “deserto do Mar Vermelho”, embora fosse um caminho longo, de sol abrasador e água escassa. Neste caminho “o Senhor ia adiante deles”, assegurando a sua presença através da nuvem que iluminava o trajeto e garantia proteção.

Em nossa vida nem sempre entendemos os segredos da providência divina. O caminho de nossa vida é marcado por “montes e vales”. Nem tudo é sempre planície; mas também não é só declive. Na verdade precisamos dos “montes e vales” para que a vida cristã não se torne monótona e infrutífera. O Senhor vai adiante de nós. Se confiarmos em sua palavra, logo veremos que o Pai está junto de nós, qualquer que seja a situação em que nos encontremos.

A nuvem não deve ser vista apenas como prenúncio de tempestade. Ela também fornece sombra e refrigério contra o calor. Por isso, não se aflija se Deus estiver conduzindo você por um caminho que você não compreende. Confie no Pai celestial cujo amor é tamanho que enviou seu amado Filho a este mundo e o fez morrer na cruz para que você seja salvo eternamente.

Não desanime nem duvide da presença e direção de Deus em sua vida. E você verá, mais cedo do que você imagina, que há tesouros de amor, segurança, paz e alegria reservados para você na providência de Deus.

(Extraído e adaptado)

domingo, 21 de julho de 2002

O CORAÇÃO E NÃO AS VESTES

ANO LX - Domingo, 21 de julho de 2002 - No 2960

1942 - ANO DO NOSSO JUBILEU DE DIAMANTE - 2002

O CORAÇÃO E NÃO AS VESTES

Com o vigor de Amós e a eloqüência de Isaías, o profeta Joel surge em Jerusalém para declarar que a invasão dos gafanhotos era apenas uma figura da visitação de Deus em Sua santa ira e julgamento. Convoca, então, o povo para um ato nacional de reconsagração de vida ao Senhor e desafia os líderes religiosos para darem o exemplo.

Como conseqüência desse despertar de consciência e mudança de atitudes, ele profetiza o retorno do favor divino, trazendo prosperidade à terra e removendo os inimigos do povo de Deus. Fala, então, do derramamento do Espírito Santo, do qual Pedro, no dia de Pentecostes, declara o seu cumprimento (At 2.16).

Ao convidar o povo ao arrependimento, Joel lança - em nome de Deus - mais do que uma simples censura às cerimônias religiosas vazias.

Realmente há muitas cousas boas, necessárias e úteis, que podem tornar-se vazias e sem proveito. A leitura da Bíblia, orações e jejuns, a freqüência aos cultos, são algumas entre outras atividades que merecem a nossa atenção e devoção. Contudo, não provam santidade, visto que um degenerado qualquer pode pratica-las na aparência. A ausência de um coração transformado deixa-as vazias de sentido, e inúteis.

Citando Ralph Browning, "as vestimentas da religião num homem santificado são como as vestes de Cristo em Seu corpo santo. Porém unidas a um coração profano, são como as vestes de Cristo num Judas Iscariotes ou nos sacerdotes que insuflaram a multidão".

Como as vestes são para o corpo, assim as cerimônias para a religião. Em um corpo vivo, as vestes preservam o calor natural. Num cadáver elas não lhe darão calor nem vida.

"Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus". (Joel 2.13).

Rev. Eudes

domingo, 14 de julho de 2002

A PISCINA E A CRUZ

ANO LX - Domingo, 14 de julho de 2002 - No 2959

A PISCINA E A CRUZ

Um de meus amigos ia toda quinta-feira à noite a uma piscina coberta. Ele sempre via ali um homem que lhe chamava a atenção. Esse homem tinha o costume de correr até a água e molhar apenas os dedos do pé, depois subia no trampolim mais alto e com um esplêndido salto mergulhava na água. Era um excelente nadador. Não era de estranhar, pois, que meu amigo ficasse intrigado com esse costume de molhar os dedos antes de saltar na água. Um dia tomou coragem e perguntou-lhe a razão daquele hábito.

Ao ser inquirido, o hábil nadador respondeu: "Sim, eu tenho um motivo para fazer isso. Há alguns anos, eu era professor de natação em um clube. Eu ensinava a nadar e saltar de trampolim. Certa noite, não conseguindo dormir, fui à piscina para nadar um pouco. Sendo professor, eu tinha a chave para entrar no clube. Não acendi a luz porque conhecia bem o lugar. A luz da lua brilhava através do teto de vidro. Quando estava sobre o trampolim, vi minha sombra projetada na parede em frente. Com os braços abertos, minha silhueta formava uma magnífica cruz. Ao invés de saltar, fiquei ali, parado, contemplando aquela imagem. Nesse momento, pensei na cruz de Jesus Cristo e em seu significado. Eu não era um cristão convicto, mas quando criança aprendi um cântico cujas palavras me vieram à mente e me fizeram recordar que Jesus tinha morrido para nos salvar. Não sei quanto tempo fiquei parado sobre o trampolim com os braços estendidos, e nem compreendo porque não pulei na água. Finalmente, voltei, desci do trampolim e fui até a escada para mergulhar na água. Desci a escada e meus pés tocaram o piso duro e liso... Na noite anterior haviam esvaziado a piscina e eu não tinha percebido! Tremi todo e senti um calafrio na espinha. Se eu tivesse saltado teria sido meu último salto.

Naquela noite, a imagem da cruz na parede salvou minha vida. Fiquei profundamente agradecido a Deus por Ele me amar e permitir que eu continuasse vivo. Ajoelhei-me na beira da piscina. Tomei consciência de que não somente a minha vida física, mas a minha alma também precisava ser salva. Para que isso acontecesse, foi necessária outra cruz, aquela na qual Jesus morreu para nos salvar. Confessei meus pecados e me entreguei a Ele. Naquela noite fui salvo duas vezes; física e espiritualmente! Agora tenho um corpo sadio, porém o mais importante é que estou eternamente salvo pela graça de Deus.

Talvez agora você compreenda porque eu molho os dedos do pé antes de saltar na água".

(Autor desconhecido)

domingo, 7 de julho de 2002

E POR FALAR EM SELEÇÃO...

ANO LX - Domingo, 07 de julho de 2002 - No 2958

E POR FALAR EM SELEÇÃO...

O Brasil inteiro vibrou com a vitória da nossa seleção. Somos os maiores, os melhores, os pentacampeões. "Com o brasileiro, não há quem possa..." É tempo de euforia. Nunca vi tanta gente cantando o Hino Nacional, até em ritmo de forró. Nunca vi tanto verde e amarelo cobrindo edifícios, carros e rostos. Nunca se vendeu tanta bandeira e também nunca se usou de maneira indevida o pavilhão nacional. Mas tudo é festa. É uma catarse coletiva. Por falta de outros e mais relevantes motivos, o futebol tem sido a alegria, a glória, a paixão de um povo.

De fato, para uma seleção que saiu daqui desacreditada a vitória teve sabor de vingança. Foi o troco às más línguas, aos profetas do desânimo e da derrota. Essa vitória tem a cara de um homem - Luiz Felipe Scolari. Vaiado, xingado, moralmente agredido, reagiu com a fibra típica de um bom gaúcho. Quando todo mundo dizia que Ronaldinho (o Nazário) estava com a perna "bichada" e que seria um estorvo na seleção, Felipão acreditou na sua recuperação e lhe deu um tremendo crédito de confiança. Contrariando os milhões de técnicos de plantão, convocou os "estrangeiros" e deu titularidade a jogadores de menor expressão. Acima de tudo, resistiu bravamente e não aceitou a imposição de nomes famosos. Um deles até com o aval do Presidente da República! A "família Scolari", como ficou conhecida a nossa seleção, deve ao Felipão a conquista do Penta.

Agora tudo é samba, é pagode, é desfile, é festa, é delírio. Mas como a alegria deste mundo é fugaz, logo, logo, ninguém se lembrará de toda essa curtição. Os campeonatos locais e nacionais acontecerão, derrotas e vitórias se sucederão. Somente daqui a quatro anos voltaremos a falar de seleção. Como sempre, na base do improviso e do sufoco. Quem nos levará ao Hexa?

Ao contrário da alegria passageira de uma consagração no futebol mundial, temos da parte de Deus o convite para uma alegria que tem começo e não tem fim. A alegria de ser convocado, todos nós, homem, mulher, jovem, idoso, pobre, rico, habilidoso ou desajeitado, para fazer parte da seleção cuja alegria não passa. A seleção dos pecadores perdoados e redimidos por Cristo Jesus. "A quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória, obtendo o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas" (I Pe 1.8,9).

Venha, você também, fazer parte da "família de Cristo".

Rev. Eudes

domingo, 30 de junho de 2002

UM CRENTE DIFERENTE

ANO LX - Domingo, 30 de junho de 2002 - No 2957

1942 - ANO DO NOSSO JUBILEU DE DIAMANTE - 2002

UM CRENTE DIFERENTE

Quero ser um crente diferente. Não quero ser conhecido apenas como alguém que "não bebe, não fuma e não joga". Isso é muito pouco. A "geração saúde", que freqüenta as academias e come comida natural, não bebe e não fuma, e nem por isso pode ser chamada de cristã. Também não me contento em ser chamado de crente por ter um modo diferente de me vestir. Durante muito tempo, no Brasil, a diferença que os crentes queriam mostrar era que eles se vestiam de uma maneira "esquisita", e isso acabou tornando-se motivo de chacota e que em nada engrandecia o Reino. Com certeza, usar uma roupa fora de moda não faz de ninguém um cristão. Também não me satisfaço com o modelo "gospel" de crente que há hoje em dia. Broche de Jesus, caneta de Jesus, meias de Jesus. Sabe-se lá aonde isso vai chegar. Tem muita gente ganhando rios de dinheiro com esses "cosméticos" para o crente moderninho. A grife "JESUS" tem vendido muito, mas não adianta. Usar toda a parafernália do marketing "gospel" não faz de ninguém um cristão.

Pensei comigo: a moçada evangélica hoje está toda na Internet. E saí à busca de salas de bate-papo de evangélicos. Adentrava-me por assuntos importantes e profundos da vida cristã e as respostas eram chavões o tempo todo. Não se pensa, cria ou reflete, só se repete chavão do tipo "glóooooria", "tá amarrado", "é tremendooo", etc. Definitivamente, repetir chavões não faz de ninguém um cristão.

Quero ser um crente diferente. Que não seja alienado da vida e de seus acontecimentos. Que saiba discutir e entender as questões existenciais, como a dor, a miséria, a sexualidade, a paixão, o amor. Quero ser um crente que não vive acuado, com medo de tudo, vendo o diabo em toda a parte e querendo amarra-lo a todo o momento. Jesus Cristo o derrotou na cruz, o diabo é um
derrotado e eu não preciso ficar me preocupando com ele 24 horas por dia. Quero ser um crente que saiba falar de tudo e não apenas de religião, e que tenha, em todas as áreas, discernimento e sabedoria. Quero ser um crente que não tenha uma atitude conformista diante do mundo, mas que eu seja um agente de transformação nas mãos de Deus. Que a minha diferença não esteja na roupa, mas na essência: coração bom, olhos bons. Quero ser um crente que cria os filhos com liberdade, corrigindo-lhes as faltas quando necessário, para que cresçam e desabrochem toda
a criatividade que Deus lhes deu. Quero ser um crente que vive bem com o seu próximo. Quero ser reconhecido como um crente pelo que eu "sou" e não por aquilo que eu "não faço". Quero ser um crente simpático aos outros, agradável, piedoso, que se entristece com a dor do próximo, mas também se alegra com o seu sucesso (já reparou que as pessoas se solidarizam com nossas derrotas, mas poucos manifestam alegria quando vencemos?). Não quero ter de falar a todo momento que sou crente, para que outros saibam, mas quero viver de tal modo que outros percebam Cristo em mim.

Rev. Daniel Rocha
Pastor Metodista.

domingo, 23 de junho de 2002

UNIDADE NA DIVERSIDADE

ANO LX - Domingo, 23 de junho de 2002 - No 2956

1942 - ANO DO NOSSO JUBILEU DE DIAMANTE - 2002

UNIDADE NA DIVERSIDADE

De todas as figuras de retórica que tentam expressar ou definir Igreja, para mim a mais nítida e mais significativa é a de que a Igreja é corpo. E é nesta configuração de corpo que a Igreja manifesta a verdadeira unidade na diversidade. Veja o que Paulo diz em I Coríntios 12.12-27.

Li um artigo em que o articulista dizia, com certa propriedade, que muitas igrejas não passam de uma "sacola de membros". E ele explicava: "Vemos ali mãos, braços, pernas, olhos, orelhas, etc., mas tudo desconectado, tudo desarticulado".

Como ser corpo e não um mero amontoado de membros? Só há uma maneira, pela interdependência dos membros sob o estímulo, orientação e comando da cabeça. A interdependência se revela na utilidade de cada membro da Igreja a serviço, não de si mesmo, mas do corpo como um todo. Um corpo saudável não tem membros inúteis. E no "corpo de Cristo" há uma função para cada membro. Em outras palavras, quem está visceralmente ligado à Igreja não tem desculpa para o ócio ou para a falsa modéstia. O membro que se isola, se atrofia e morre.

E a cabeça da Igreja, queridos, a cabeça da Igreja não é Paulo, nem é Apolo; não é o pastor, nem é o conselho de presbíteros; a cabeça da Igreja - de onde vem o estímulo necessário, a orientação correta e o comando supremo é Cristo, e somente Cristo.

Graças a Deus a igreja presbiteriana é, por formação, uma igreja cristocêntrica. Cristocêntrica em sua doutrina, cristocêntrica em seus símbolos de fé, cristocêntrica em sua prática eclesial.

A unidade do "corpo de Cristo" não é, pois, uma questão opcional ou um alvo utópico. É uma necessidade vital e, mais do que isto, é a real intenção do Senhor Jesus para a Sua Igreja. Você, meu irmão, minha irmã, você é importante para o Senhor Jesus e você tem uma função para desempenhar no "corpo de Cristo". Não abra mão do seu privilégio, nem fuja da sua obrigação.

Rev. Eudes

domingo, 16 de junho de 2002

PARA MELHOR CULTUARMOS A DEUS

ANO LX - Domingo, 16 de junho de 2002 - No 2955

PARA MELHOR CULTUARMOS A DEUS

1. Preparemo-nos em casa, evitando a TV, atrasos, irritações, correrias e reclamações. Vistamo-nos de maneira adequada e saiamos no espírito de adoração.

2. Estacionemos o carro em lugar seguro, desliguemos o celular e joguemos fora a goma de mascar.

3. Entremos no santuário antes do início do culto, buscando comunhão com o Senhor no silêncio e na oração, intercedendo pelos ministrantes, pregador, cantores, músicos e, especialmente, pelos visitantes.

4. Participemos ativamente dos atos de culto, honrando e glorificando a Deus com cânticos, leitura da Palavra, orações e ações de graças.

5. Evitemos ruídos e movimentos que perturbem os atos de culto ou prejudiquem a edificação do povo de Deus. Ninguém deve mudar de lugar ou sair durante o culto, a menos que tenha motivo real e inadiável para faze-lo. Os casais devem se lembrar que é hora de culto e não de namoro. As crianças devem ficar com seus pais e os pais devem mostrar-lhes como se procede na casa de Deus.

6. Após o culto, nos agradáveis momentos de confraternização, deveremos expressar aquilo "do que está cheio o coração" (Lc 6.45). Falaremos mal de irmãos? Criticaremos o pregador, os músicos, o coral? Ou expressaremos admiração e louvor ao Deus que adoramos, gratidão pelas bênçãos recebidas, o prazer de conviver com a família da fé, o partilhar amizade com os visitantes que estiveram conosco no culto? Cuidemos, pois, para que a nossa atitude seja expressão do culto que prestamos ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Afinal, somos nós o "templo do Espírito" (I Co 6.19).

(Adaptado de boletim informativo da
Igreja Presbiteriana das Graças / Recife)

domingo, 9 de junho de 2002

PERFIL DE UM DIÁCONO

ANO LX - Domingo, 09 de junho de 2002 - No 2954

PERFIL DE UM DIÁCONO

QUEM É ?

Literalmente diácono significa "servo, assistente, ministro". No Novo Testamento a instituição do diaconato é registrada em Atos 6.1-7. Um grupo distinto dos apóstolos e presbíteros com a finalidade de dar assistência aos necessitados da Igreja. Na prática presbiteriana o diácono é um oficial eleito pela Igreja e ordenado pelo Conselho.

O QUE DEVE FAZER?

a. aplicar zelosamente verbas e ofertas destinadas à caridade cristã.
b. cuidar carinhosamente dos pobres, doentes e inválidos.
c. manter cuidadosamente a reverência nos lugares reservados ao serviço divino.
d. exercer eficazmente a fiscalização para que haja boa ordem no templo e dependências.
(Constituição da IPB, Art.53)

COMO DEVE SER?

Exigem-se do diácono as mesmas qualificações do presbítero: assiduidade, pontualidade no cumprimento dos deveres, moral irrepreensível, pureza na fé, prudência no agir, discrição no falar e santidade de vida (Constituição da IPB, Art. 55). Em I Tm 3.8-13 Paulo diz que os diáconos devem ser respeitáveis, amantes da verdade, moderados, não cobiçosos, casados, monógamos, bons esposos e pais, e que sejam aprovados primeiro antes de ordenados. Em At 6.3 lemos que devem ter boa reputação e sejam cheios do Espírito e de sabedoria.

De acordo com esse perfil, ser diácono não é cargo para presunção ou vaidade de ninguém, mas para santificação e serviço. Que seja esta a única motivação dos atuais candidatos e de todos os oficiais da Igreja. Do Senhor virá a recompensa.

Rev. Eudes

domingo, 2 de junho de 2002

ELEIÇÃO DE DIÁCONOS

ANO LX - Domingo, 02 de junho de 2002 - No 2953

ELEIÇÃO DE DIÁCONOS

No próximo domingo, sob a graça do Senhor, a Igreja estará elegendo oficiais que, juntamente com os pastores e presbíteros, zelarão por sua doutrina e testemunho orando, visitando, instruindo, socorrendo e consolando.

As qualificações para o diaconato são as mesmas exigidas para o presbiterato: firmeza na doutrina, assiduidade, pontualidade no cumprimento dos deveres, moral irrepreensível, prudência no agir, discrição no falar e testemunho de fé.

Escrevendo a Timóteo (1 Tm 3.8-13), Paulo diz que os diáconos devem ser respeitáveis, amantes da verdade, moderados, não avarentos, bem casados, e que sejam aprovados antes de serem ordenados. Em Atos 6.3 lemos que devem ter boa reputação e devem ser cheios do Espírito Santo e de sabedoria.

À luz da Palavra de Deus fica evidente que não é qualquer pessoa que pode ou deve ser contemplada com tão honroso encargo. Ninguém deve ser eleito para se tornar ativo na Igreja ou apenas para ocupar um cargo. Ninguém deve ser movido a votar neste ou naquele por ser "um dos nossos" ou "ser bonzinho". Agir com sentimentos carnais, sem observar os ensinos da Palavra, é por em risco a paz, a harmonia e a edificação da Igreja. Por outro lado, a Igreja é abençoada e o trabalho prospera quando homens íntegros e cheios do Espírito Santo são escolhidos para sua liderança.

E para que os nossos votos manifestem de fato o nosso compromisso com o bem-estar e o crescimento do "corpo de Cristo", é-nos mister buscar em jejum e oração a orientação do Senhor. Que Deus assim nos contemple.

Rev. Eudes

domingo, 26 de maio de 2002

COM JÚBILO E GRATIDÃO

ANO LIX - Domingo, 26 de maio de 2002 - No 2952

COM JÚBILO E GRATIDÃO

No transcurso do seu
Jubileu de Diamante.

Vila Mariana, Igreja de valor,
És presbiteriana, na fé e no amor.
Igreja jubilosa, sempre avançar
E o Evangelho santo ao mundo anunciar.

Bênçãos do passado, a Deus agradecemos.
Novos desafios, com Cristo venceremos.
Igreja jubilosa, espalha tua luz
Alcançando almas para o Rei Jesus.

Na força do Espírito, vais te renovar
E novos horizontes hás de alcançar.
Marcha Igreja, lute, com zelo e ardor,
Té que logo volte em glória o teu Senhor.

Canta IPVM, canta ao Senhor!
Com júbilo e gratidão,
Exalta ao teu Senhor!

Rev. Eudes

domingo, 19 de maio de 2002

SIM, AINDA HOJE!

ANO LIX - Domingo, 19 de maio de 2002 - No 2951

SIM, AINDA HOJE!

Há quem, sincera ou desdenhosamente, costuma indagar por que o Espírito Santo não age em nossos dias como o fazia nos primórdios da Igreja. Explicações históricas e teológicas podem ser aventadas. Mas, se o Espírito é o mesmo, seu poder e propósito permanecem inalterados!

Mateus, com sua autoridade de apóstolo e evangelista, aponta a incredulidade como a causa de Jesus não ter operado muitos milagres em Nazaré da Galiléia (13.58). Não será essa a razão pela qual não vemos o Espírito Santo atuando de modo mais contundente na Igreja atual?

Ora, cristãos secularizados em sua crença, costumes e valores não crêem e não buscam "os melhores dons". Isto não os atrai. O Espírito é o mesmo. O poder também. Falta, porém, a disponibilidade e a dependência da Igreja do primeiro século.

Nos lábios de Hamlet a questão era ser ou não ser. No coração dos crentes a questão é crer ou não crer. Sim, porque teoricamente cremos, mas na prática descremos. Desejamos, mas tememos. Estamos mais preocupados com as implicações pessoais do "encher-se do Espírito" do que com os resultados da "plenitude do Espírito" na vida da Igreja. Vacilamos entre aceitar (desejamos agradar ao Espírito Santo) ou rejeitar a Sua ação entre nós (temos receio de ofende-lO). Neste conflito, preferimos nos acomodar. A acomodação é mais conveniente. E muitos a justificam dizendo: -"Sou crente, mas não sou fanático"; "não me envolvo, mas também não critico". Alienação não é santidade. Acomodação também não.

E como resultado desse tipo de religiosidade descomprometida de muitos, a missão evangelizadora da Igreja recai sobre os ombros de poucos. Os dons e ministérios do Espírito Santo mostram-se menos atuantes porque são poucos os que se dispõem a recebe-los.

Felizmente ainda há um remanescente fiel que confia e experimenta a promessa contida em II Cr 7.14,15: "Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra. Estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração que se fizer neste lugar"!

Sim, ainda hoje poderemos sentir a ação generosa e poderosa do Espírito Santo. Para isto clamemos com sinceridade: Espírito amado, retira a nossa incredulidade. Amém.

Rev. Eudes

domingo, 5 de maio de 2002

MÊS DE MAIO

ANO LIX - Domingo, 05 de maio de 2002 - No 2949

MÊS DE MAIO

À minha querida Igreja,
no transcurso do seu 60º Aniversário.

Maio chegou.
E apesar das confusões
de uma sociedade sem Deus,
ainda é o mês das flores,
mês das noivas,
mês de muitas celebrações!

Dia do Trabalho,
Dia das Mães,
Dia da Abolição,
mês de caras tradições.
Nele também se celebra,
na grei presbiteriana,
o Dia da Mocidade.

Maio é, por excelência,
o mês do Lar,
mês da Família,
mês de repensar valores,
de harmonizar interesses,
de cultivar amizades.

E para a família maior
formada no amor de Jesus,
vivendo em comunhão
e andando na mesma luz,
Maio é mês de aniversário,
é expressão de amor,
é tempo de gratidão!

Rev. Eudes

domingo, 28 de abril de 2002

QUANDO EU MORRER...

ANO LIX - Domingo, 28 de abril de 2002 - No 2948

QUANDO EU MORRER...

Quando eu morrer, não quero que chorem por mim. Quero todos sorrindo pois estarão certos de que vou para o Pai, que estará me esperando de braços abertos.

Vou para a Cidade Celeste, onde ficarei esperando meus queridos à porta da mansão celestial.

Aqui na terra minha voz não é maviosa. No Céu estarei fazendo parte de um coro harmonioso e lindíssimo, onde minha voz soará clara e perfeita. Meus cabelos serão perfeitos, não terei problemas de pressão.

Aqui na terra meu prazer é caminhar na praia, nas ruas, nos jardins. No Céu será infinitamente melhor caminhando pelas ruas de ouro e pedras preciosas, nos jardins onde flores de uma beleza jamais vista estarão exalando seu perfume suave e bom, embevecendo meus olhos com sua real beleza.

Mas o que será de melhor e maravilhoso, inenarrável mesmo, é estar perto, face a face, do meu Jesus amado! Estarei conversando com Ele, ouvindo Sua voz audível e gloriosa!

Enfim, quando eu morrer quero festa ao meu redor, flores perfumadas, antecipação da festa preparada para mim no Céu. Quero que cantem. Bastante.

"Saudai o nome de Jesus..."
"Nunca meus lábios cessarão ó Cristo..."
"Achei um bom amigo, Jesus o Salvador..."
"Que segurança, tenho em Jesus..."

Sempre amei louvar ao Senhor e orar intercedendo por outros. Que os que aqui ficam continuem a louvar e interceder em meu lugar.

Nair Dias da Silva

(Após longos anos de sofrimento e esplendoroso testemunho de fé, nossa querida Nair foi promovida à glória do Senhor no domingo 14 deste mês. Aleluia!)

domingo, 14 de abril de 2002

CRENTES SIM. ALIENADOS NÃO!

ANO LIX - Domingo, 14 de abril de 2002 - No 2946

CRENTES SIM. ALIENADOS NÃO!

Por repetidas vezes ao longo da história da humanidade os cristãos têm sido acusados de serem bitolados. Afinal de contas, viver pela fé, para muitos, significa não exercitar a razão. Como a fé nem sempre utiliza-se das mesmas ferramentas que a razão para chegar às suas conclusões, a sociedade rotulou os cristãos de alienados, retrógrados e desprovidos de inteligência.

Uma rápida olhada pelo cenário evangélico brasileiro da atualidade, dará respaldo aos que pensam assim. Infelizmente vemos igrejas usando e abusando da crendice popular, explorando a fé e valendo-se da ingenuidade do povo como grande fonte de lucro. E para perpetuar esta exploração mantêm as pessoas na ignorância, impedindo-as de utilizarem seus próprios raciocínios.

Quando examinamos as escrituras, percebemos que não é necessário ser um E.T. (extra-terrestre) para ser cristão. Pelo contrário. A verdadeira fé examina as escrituras procurando encontrar nelas provas evidentes do amor e poder de Deus. O texto sagrado, especialmente o Novo Testamento, foi escrito justamente com este propósito: provar, aos ouvintes do primeiro século da era cristã, que Jesus, o nazareno, era de fato o Messias prometido desde a antigüidade. Esse tipo de tarefa somente pode ser levada a efeito utilizando-se, num primeiro momento, a razão e sua lógica própria.

A fé não elimina a razão. Ela utiliza-se da razão e vai além. Há momentos em que os instrumentos humanos para entender e relacionar-se com Deus são insuficientes. Aí entra a fé, mas sempre amparada e baseada em fatos que puderam ser consciente e criteriosamente apreendidos pela nossa mente.

Limitar a fé aos parâmetros da compreensão humana é esvaziá-la do seu poder. Desvincular totalmente a fé da razão é lançá-la na alienação. Colocá-la como alvo maior na utilização da nossa mente é aproveitar o que há de melhor no homem para elevá-lo à comunhão com Deus.

E quando ele chegar neste ponto, não há mente humana que possa explicar. Apenas desfrutar.

Rev. Márcio

domingo, 7 de abril de 2002

A QUEM HONRA, HONRA

ANO LIX - Domingo, 07 de abril de 2002 - No 2945

...A QUEM HONRA, HONRA

Antes de por-me a escrever, estava meditando na grandiosidade da palavra de Deus e no seu infinito poder para transformar vidas. Pensava também na amada IP de Vila Mariana e em sua trajetória nesses 60 anos!...Consegui rever mentalmente o nome dos grandes líderes que a conduziram até o presente, e pus-me a imaginar quantos servos anônimos também cooperaram para fazer dela uma Igreja forte...

Os seus feitos nos ensinam que o crescimento e amadurecimento da IP de Vila Mariana têm sido harmonioso durante esses 60 anos, e que o seu compromisso com a evangelização foi renovado continuamente! Um exemplo disso é a JMN que, com 62 anos de existência, foi e continua sendo abençoada pela visão missionária dessa amada Igreja, que tem investido financeira e espiritualmente em diversos campos, com adoção dos respectivos obreiros, templos construídos e algumas Igrejas Presbiteriana plantadas fora de seus arraiais.

Em decorrência de todas essas lembranças, vem-me à mente as palavras do apóstolo Paulo em I Ts 1.2-8, que neste momento faço minhas: " Damos, sempre, graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações e, sem cessar, recordando-nos, diante do nosso Deus e pai, da operosidade da vossa fé. Da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, reconhecendo, irmãos, amados de Deus, a vossa eleição, porque o nosso evangelho não chegou até vós tão-somente em palavra, mas, sobretudo em poder, no Espirito Santo e em plena convicção,... de sorte que vos tornastes o modelo para todos os crentes... Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor... também por toda parte se divulgou a vossa fé para com Deus, a tal ponto de não termos necessidade de acrescentar cousa alguma;".

Irmãos, amados Deus, que Ele os abençoe sobremaneira, pelo que já fizeram, pelo que estão fazendo e o que, com certeza, ainda farão em prol da Causa do SENHOR JESUS.

Rev. Mariano Alves Jr
Supervisor JMN

domingo, 31 de março de 2002

MUDANÇA DE VALORES

ANO LIX - Domingo, 31 de março de 2002 - No 2944

MUDANÇA DE VALORES

O comércio voraz, faminto de dinheiro, trocou o cordeiro pelo coelho. Aliás, um coelho muito versátil, quase milagroso, que põe ovos de chocolate de todos os tamanhos e para todos os gostos. Para o consumismo insaciável, a essência da Páscoa não tem a menor importância. O que importa é vender, vender muito, ainda que na mente das pessoas a verdade seja sacrificada, e o Cordeiro fique esquecido. Para uma sociedade materialista, secularizada e consumista cujo deus é o ventre, o importante é empanturrar o estômago de chocolate, ainda que se sacrifique no altar do comércio esfaimado, a essência da verdade.

Preocupante é o fato de fazermos parte dessa cultura sem nenhuma reação de inconformação. Fazemos como Eli, banqueteando com as gorduras tiradas pecaminosamente do altar, sendo coniventes com os pecados de uma geração que se recusa a dar ouvidos à verdade de Deus. Nossos filhos são levados a assimilar mais o coelho, ou melhor, o chocolate, do que o Cordeiro que foi morto por nós. Vêem mais o retrato das lojas agressivamente decoradas do que a história eloqüente da libertação do povo de Deus. Precisamos investir mais tempo ensinando aos nossos filhos sobre a Páscoa. Esta é uma história central do Antigo Testamento. Foi aquela noite fatídica em que o povo de Deus foi salvo da tragédia da morte dos primogênitos, porque um cordeiro tinha sido sacrificado e o seu sangue havia sido aplicado sobre as vergas das portas. Esta é a história épica da libertação do povo de Deus do cativeiro, com mão forte e poderosa.

A Bíblia fala que Jesus Cristo é o nosso cordeiro pascal. O cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo é Jesus. Foi Ele quem foi imolado na cruz por nós. Ele sofreu o castigo que nos traz a paz. Sobre Ele foi lançada a iniqüidade de nós todos. Ele, como ovelha muda, foi para o matadouro, carregando sobre o seu corpo, no madeiro, os nossos pecados. Ele se fez maldição por nós. Ele se fez pecado por nós. Ele morreu exangue na cruz, adquirindo para nós eterna redenção. Esta é a história da nossa alforria. É a história da nossa libertação do cativeiro. É a história da nossa eterna salvação.

Não podemos deixar que ela seja distorcida e diluída em chocolate. Não podemos permitir que o maior de todos os sacrifícios, vivido na hora mais amarga do Filho de Deus, bebendo sozinho o cálice da justiça divina, seja reduzido a um festival de gastronomia. O coelho é um intruso que nada tem a ver com a festa da Páscoa. Esta festa é a festa do cordeiro, do Cordeiro de Deus. Ele, sim, deve ser o centro, o conteúdo, a atração e a razão de ser dessa festividade. Que a nossa família possa estar reunida não em torno do ovo de chocolate, mas em torno de Jesus, o Cordeiro que foi morto, mas vive pelos séculos dos séculos, tendo a certeza de que estamos debaixo do abrigo de Seu sangue.

Rev. Hernandes Dias Lopes

domingo, 24 de março de 2002

COLUNA E BALUARTE DA VERDADE

ANO LIX - Domingo, 24 de março de 2002 - No 2943

COLUNA E BALUARTE DA VERDADE

A Igreja foi escolhida soberana e livremente pelo Pai desde a eternidade. Foi remida pelo sangue de Cristo e selada pelo Espírito Santo. A Igreja é o corpo de Cristo em ação na terra, é o santuário da habitação de Deus, a noiva do Cordeiro, a coluna e baluarte da verdade. A Igreja deve ser depositária e portadora da verdade. Fora da verdade não há evangelho para pregar, não há salvação para receber, nem esperança que sirva de âncora para a alma.

Vemos hoje, com pesar, a realidade de uma geração pós-cristã na América do Norte e na Europa e o florescimento de um misticismo acentuado na América Latina. Um grupo foge, pelo secularismo, da verdade revelada, e o outro, pelo experiencialismo. Ambos relativizam as Escrituras: um esvaziando o seu conteúdo por uma interpretação racionalista e liberal; o outro, por buscar nela sustentação para as suas práticas. Na América do Norte e na Europa muitas igrejas estão vazias, trôpegas e mortas. Existem grandes templos, suntuosas catedrais, ricas propriedades, uma colossal estrutura, mas sem vida, sem poder, sem autoridade para viver e pregar. Isso, porque abandonaram a fidelidade às Escrituras. Bandearam para o liberalismo teológico. Suprimiram a pregação evangélica. Deram pedra em vez de pão ao povo para comer. Na verdade, quando a igreja começa a flertar com o liberalismo e se render aos seus interesses, ela perde a sua autoridade e deixa de ser embaixadora de Deus. Onde o liberalismo teológico chega, a igreja morre. Este é um aviso solene que deve sempre trombetear em nossos ouvidos. Mas esse não é o único perigo. No Brasil, temos visto a pregação de um semi-evangelho, impregnado de práticas condenáveis pelas Escrituras, induzindo os incautos a um misticismo semipagão. O Evangelho tornou-se mercadoria e a Igreja um balcão de negócio. A mensagem passou a ser para atender o gosto e a preferência da freguesia, fruto da pesquisa do mercado de consumo. A Igreja capitulou-se ao pragmatismo moderno. Hoje, para muitos segmentos religiosos, o que interessa não é a verdade, mas o que funciona. Não estão preocupados com o que é certo, mas com o que dá certo.

É imperativo que neste tempo de confusão, apostasia e desequilíbrio a Igreja de Deus se levante como coluna e baluarte da verdade. A doutrina bíblica é inegociável. Não podemos transigir com os absolutos de Deus.

Rev. Hernandes Dias Lopes

domingo, 17 de março de 2002

DUPLA OPORTUNIDADE

ANO LIX - Domingo, 17 de março de 2002 - No 2942

DUPLA OPORTUNIDADE

Você possivelmente já ouviu o relato daquele homem que chegando ao escritório numa segunda-feira, procurou bem cedo o seu colega e melhor amigo. Ao encontra-lo foi abrindo um largo sorriso, olhos brilhando de entusiasmo, e disse:

- Amigão, faço questão de que você seja o primeiro a saber da experiência maravilhosa que vivi ontem à noite.
- Que foi, cara? perguntou o amigo, curioso.
- Ontem eu fui à igreja do Eduardo. Ouvi a pregação do Evangelho. Um peso enorme caiu dos meus ombros quando aceitei Jesus Cristo como meu Salvador e Senhor. Uma alegria imensa inundou o meu coração. E eu quero compartilhar essa alegria com você. Me dá um abraço, amigão.

Nesse momento os olhos do amigo se encheram de lágrimas quentes e sentidas.

- Epa, será que eu disse alguma coisa errada? Espero que você não fique aborrecido comigo. Por favor, não quero perder sua amizade.
- Não, não é nada do que você está pensando. Eu devia estar feliz com a sua decisão por Cristo, mas estou é envergonhado. Eu também sou um crente em Jesus e nunca compartilhei minha fé com você.

Você talvez esteja pensando que isso não passa de uma ilustração. Mas é uma ilustração que tem fundamento na experiência de muitos cristãos. Pode um dia acontecer com você. Quantos amigos e colegas de trabalho você tem? E a quantos você já falou de sua fé em Jesus e do que Jesus já fez por você? A quantos?

Tenho certeza de que você gostaria de experimentar a alegria de ter um amigo compartilhando de sua fé em Jesus Cristo. Pois bem, Deus nos concede esta semana uma dupla oportunidade: a primeira, sairmos do nosso anonimato cristão; e a segunda, apresentarmos nossos amigos ao Amigo maior. E isto podemos fazer orando por eles e convidando-os para a nossa festa de gratidão ao Senhor.

Demonstre interesse pela felicidade de seus amigos. Aproveite bem essa dupla oportunidade.

Rev. Eudes

domingo, 10 de março de 2002

COM QUEM NOS IDENTIFICAMOS?

ANO LIX - Domingo, 10 de março de 2002 - No 2941

COM QUEM NOS IDENTIFICAMOS?

"Mas agora vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão,for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal nem ainda comais." I Co 5:11

A preocupação do apóstolo nesse texto não está voltada para os ímpios, mas para aqueles que se dizendo cristãos, irmãos na fé, agem como se fossem incrédulos. E pelos frutos de um testemunho nocivo se identificam com os ímpios.

Já ensinava o Senhor Jesus que é pelos frutos que se identifica a qualidade da árvore. A questão não é apenas não produzir maus frutos, mas produzir bons frutos. Em outras palavras, a boa árvore deve produzir bons frutos.

Inúmeras vezes o cristão é confrontado com a vontade do Senhor e, sempre que perguntado, responde "sim". Seja por ocasião da profissão de fé, seja na celebração da Santa Ceia, na hora da bênção matrimonial ou da consagração do filhinho pelo batismo. Profere o seu "sim", mas passado algum tempo talvez nem se lembre do que prometeu.

A sociedade em geral e a Igreja em particular, mais do que nunca, necessitam de gente que não esqueça os compromissos assumidos em prol do bem-estar comum, gente que aja com desprendimento e dedicação em nome de Jesus. Afinal a vida cristã não se resume em não fazer o mal, mas na prática constante do bem.

"Quem comigo não ajunta, espalha", disse o Mestre. Ora, um cristão sincero e dedicado ao Senhor não espalha, ao contrário, ajunta. E isto exige de nós uma autodisciplina, não só no sentido de deixarmos de fazer aquelas coisas que prejudicam ao nosso semelhante, mas, acima de tudo, de fazermos aquilo que nos identifica com Cristo Jesus.

Rev. Eudes

domingo, 3 de março de 2002

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

ANO LIX - Domingo, 03 de março de 2002 - No 2940

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

"Livra os que estão sendo levados para a morte,
e salva os que cambaleiam..." Pv 24.11

Enquanto alguns comemoram o Dia Internacional da Mulher em 08 de março, a realidade feminina mostra-se rude e desesperadora em muitos lugares do planeta. Longe das flores e das homenagens, mulheres de várias regiões do mundo são escravizadas e até martirizadas diante dos olhos das sociedades em que vivem. Conheça alguns dados:

* Mais de 5000 mulheres asiáticas são assassinadas a cada ano porque seus dotes para o casamento são considerados inadequados;
* Uma em cada 5 mulheres no mundo é abusada sexualmente durante sua vida;
* No mundo, dois terços dos que não sabem ler nem escrever são mulheres;
* Mais de 6000 mulheres no mundo sofrem, por dia, mutilações em seus órgãos genitais;
* Mais de 55% dos suicídios praticados por mulheres ao redor do mundo ocorrem na China, sendo que somente 21% da população feminina mundial vive ali.

E no Brasil?

A mulher brasileira vive à mercê da violência. Os dados são das Delegacias da Mulher, mas estima-se que correspondam a apenas 10% das ocorrências reais. 23% das brasileiras estão sujeitas à violência no lar. Só no Rio de Janeiro 170 mulheres, em média, são agredidas em suas próprias casas todos os dias. Um terço das internações de mulheres em unidades de emergência no Brasil é conseqüência da violência doméstica.

Esta é uma condição gerada por uma sociedade que tem Deus nos lábios, mas longe do coração. Sociedade que mantém a mulher e seus filhos em um cárcere espiritual e psicológico. É o pecado, legalizado ou clandestino, que cega culturas e escraviza mulheres. Essas mulheres precisam saber que Deus as ama e que se importa profundamente com suas vidas, seus sonhos e suas esperanças.

A Rádio Trans Mundial, uma emissora evangélica, decidiu ir ao encontro das mulheres sofredoras com o Projeto Ana, que atua em duas frentes. Uma é levantando pessoas que orem por essas mulheres, que as defendam e as protejam. A outra é levando a mensagem do Evangelho de Jesus Cristo até a mulher sofredora para que ela se sinta valorizada e tenha forças para transmitir a seus filhos fé, sabedoria e amor. O Projeto Ana tem a direção internacional da brasileira Marli Spieker e deve ser implantado no Brasil ainda este ano.

(Extraído de um comunicado da Rádio Trans Mundial)

domingo, 24 de fevereiro de 2002

CRENTE E A ORAÇÃO

ANO LIX - Domingo, 24 de fevereiro de 2002 - No 2939

CRENTE E A ORAÇÃO

"Oração é o derramar sincero, consciente e afetuoso da alma diante de Deus por meio do Senhor Jesus Cristo, na graça do Espírito Santo", disse John Bunnyan, famoso autor de "O Peregrino". Esta é uma definição sucinta da prática da oração. Em outras palavras, orar é reconhecer o senhorio de Deus e a nossa inteira dependência dEle.

As páginas das Escrituras revelam o lugar que a oração ocupa na vida dos fiéis. A vida cristã não pode ser mantida sem ela. É o seu fôlego vital. É vital por causa da relação que existe entre o crente e Deus. Vivemos por fé e não por visão (II Co 5.7). Deixando de orar, o crente nega por omissão a soberania de Deus na sua vida. O crente que não ora entristece a Deus (Is 43.19-22); desobedece ao Senhor (I Ts 5.17); comete pecado (I Sm 12.23).

Li em algum lugar que, " tudo em nossa experiência religiosa depende de oração: a fé, pela qual o espírito humano lança mão das verdades do mundo invisível; a obediência, que se manifesta em nosso andar diário com Deus; a paciência, que é manter esperanças ainda irrealizadas; o amor, que controla a nossa natureza e nos introduz a um novo mundo de gentilezas e fraternidade; a santidade, que é conformidade com o caráter de Cristo."

A oração parte do fato de que Deus e o homem são seres distintos e pessoais. Não pode haver oração sem admitir essa realidade. Em Mt 18.19 a palavra CONCORDAR etimologicamente significa "sinfonia", que é a combinação de sons dependentes de leis fixas. Jesus nos mostra aqui que a prática da oração exige duas condições: primeira, que a alma que ora esteja em união com o próprio Deus; segunda, aqueles que se reúnem em oração por causa de tal união, estejam também em harmonia uns com os outros.

Que maravilha! Quando oramos nos dirigimos ao Ser perfeito e eterno que ouve, acolhe e responde as orações de pecadores como nós. Contudo devemos nos lembrar de que a resposta de nossas orações depende de nossa obediência à Sua Palavra (Tg 1.21,22; 4.3-6).

Orar é uma bênção. E orar em favor de outros é o mais sublime privilégio e dever de todo crente. E não há ninguém que não possa faze-lo. Inclusive você.

Rev. Eudes

TWITTER

ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.