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domingo, 26 de agosto de 2018

ANA (5)

ANO LXXVI - Domingo, 26 de agosto de 2018 - Nº 3800

ANA (5)

“Por esse menino orava eu; também o trago como devolvido ao Senhor” (I Sm.1:27-28)

Com estes textos finalizaremos nossas meditações sobre a figura de Ana neste registro do Livro de Samuel, após termos acompanhado seus passos e suas angústias, aflições, humilhações, submissão e busca da presença do Senhor, diante de Quem derramou sua alma sem reservas.

Duas atitudes vêm agora coroar a postura de Ana e reforçar sua figura como exemplo a todos nós.

A primeira é sua afirmativa em relação ao filho quanto a orar por ele. Claro que o contexto nos informa que “orar por ele” significava haver pedido a Deus pelo nascimento de Samuel. Mas, de forma ampla mostra que sua postura era de orar pelo menino. Nós assim devemos fazer com nossos filhos e filhas, ou seja, orar por eles no sentido de concebê-los, bem como orar por eles no aspecto de colocá-los diante do Senhor por meio da súplica e intercessão, a fim de que cresçam para a glória de Deus e na presença do Senhor.

A segunda atitude envolve o aspecto de “devolver” Samuel ao Senhor. Esse havia sido seu voto ao Senhor. Caso ela concebesse, haveria de entregar o filho para o Senhor e Sua Obra. Ela o fez. Envolve zelo no cumprimento do voto (promessa) feito ao Senhor, mesmo que isso lhe fosse dificultoso, pois se separaria de seu filho tão querido e esperado. No entanto, a noção de seu compromisso com o Senhor era maior que seu instinto maternal de amor. Outro aspecto envolvido é o sentido de entrega ao Senhor, sabendo que Ele haverá de cuidar e guardar aquele menino. Criar para o Senhor e entregar a Ele o que você tem como mais precioso bem. Quão difícil. Nós, muitas vezes, achamos lindo e inspirador ver os missionários com seus filhos nos campos em situações de risco. No entanto, dizemos: “não quero isso para meus filhos”; até mesmo: “Deus me livre”.

Ana orou por seu filho e devolveu (entregou) ao Senhor, mesmo que tal atitude lhe custasse certa angústia ou aflição, devido à separação e distanciamento. Grande exemplo para todos nós de fidelidade a Deus em seus compromissos com Ele.

Nem todas as histórias (mesmo na Bíblia) terminam com final tão feliz como esta. Mas, mesmo que houvesse final distinto do que se tem registrado, a postura de Ana é estímulo a todos nós e deve ser seguida, pois “esta é a vontade de Deus para conosco em Cristo Jesus” I Ts.5:18). Assim seja. Amém.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 19 de agosto de 2018

ANA (4)

ANO LXXVI - Domingo, 19 de agosto de 2018 - Nº 3799

ANA (4)

“Eli a teve por embriagada... até quando estarás embriagada?” (I Samuel 1: 13 e 14)

Continuamos tratando da figura de Ana em sua luta e drama pessoal devido à sua esterilidade, e os aspectos que nos podem ajudar no enfrentamento de lutas parecidas com as dela.

Ana estava colocando diante de Deus a sua aflição e derramando seu coração perante o Senhor. Atitude sábia, adequada e correta. No entanto, sua oração era silenciosa e seus lábios se moviam, porém, não emitiam som algum. O sacerdote Eli pensou que ela estava embriagada e, exercendo juízo temerário e indevido em relação a ela, afirmou estar bêbada.

Como se sentir em tal situação? Alvo de preconceito e discriminação por parte do sacerdote, homem que deveria ser instrumento de Deus para abençoar, socorrer, amparar e consolar? A atitude de Eli é totalmente reprovável, leviana e danosa, mas, nos interessa a reação de Ana. Mesmo sendo alvo de tal atitude preconceituosa, ela não demonstra revolta ou rebeldia, nem sentimento de vitimização (tão comum a tanta gente em situação parecida).

Sua resposta é firme, mas branda. Afasta a suspeita indevida e apresenta a realidade: “Não bebi vinho... venho derramando minha alma perante o Senhor.” (15). Tal postura nos deve inspirar a agirmos de igual modo frente a colocações que nos ferem e magoam. Não devemos nos calar frente a afirmações falsas assacadas contra nós, mas responder com brandura, apresentando a realidade e os fatos, agasalhados sob a verdade de nossa relação com Deus e compromisso de nossa fé.

O Senhor nos abençoe e renove para que, mesmo sob injúrias e acusações falsas, possamos responder com amor aos que nos caluniam, honrando assim o Nome de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo que, mesmo injuriado, não amaldiçoou os que assim faziam. Como Paulo nos ensina: “Quando somos injuriados, bendizemos...” (I Co. 4:12) e também Pedro ao dizer: “Não pagando mal por mal, ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo...” (I Pe.3:9). Que assim façamos para o louvor da glória do Nome de nosso Deus. Amém.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 12 de agosto de 2018

O QUE UM PAI GOSTARIA DE GANHAR

ANO LXXVI - Domingo, 12 de agosto de 2018 - Nº 3798

O QUE UM PAI GOSTARIA DE GANHAR

Provérbios 4.1-4

O texto acima relata as lembranças do escritor de Provérbios a cerca da convivência com seu pai, no verso 4 ele diz assim: “então, ele me ensinava e me dizia: Retenha o teu coração as minhas palavras; guarda os meus mandamentos e vive.”

Você ouve ou ouvia os conselhos do seu pai? Eu sei que esta pergunta envolve uma série de possibilidades para encontrarmos a resposta sensata e bíblica. Uma vez que seu pai não seja cristão e possua uma visão do mundo diferente da orientada pela escritura, a resposta mais sensata seja “NÃO”, os conselhos dele a cerca de relacionamento com pessoas, trabalho e Deus não estão alinhados com a sabedoria da Escritura e você faz bem em priorizar os conselhos bíblicos aos conselhos contrários a escritura. Contudo o pressuposto aqui é o de Salomão, que possui um pai temente a Deus. Neste caso o que um pai, que é discípulo de Jesus, gostaria de ganhar?

Ver seus conselhos encontrarem espaço no coração de seus filhos. Isso definitivamente é o melhor presente que você pode dar a ele. De que maneira posso fazer isso?

Primeiro, retenha as palavras no seu coração. O coração é um espaço muito disputado em todas as fases do desenvolvimento humano, na infância por desenhos e presentes, na adolescência por descobertas e prazeres, na fase adulta por aceitação e realização. Ouça com atenção os conselhos dos seus pais, o quanto antes isso acontecer, maior lugar de destaque ele terá em seu coração e na sua vida.

Segundo, guarde os mandamentos. A palavra hebraica usada para guardar é Shamar, ela indica o sentido de proteger, manter vigilância. Ao longo da sua vida, não se esqueça das coisas que você ouviu, daquilo que você reteve. Com o passar do tempo não negocie os valores de Jesus que você foi ensinado. Seja um influenciador real ou digital dos ensinamentos que o transformaram num discípulo ou discípula de Cristo.

Por fim, vivam os conselhos. O que muda a história de pessoas não são informações, são atitudes. Tudo que você ouviu, tudo que você guardou, precisa ser vivenciado. Conhecer e praticar estão relacionados à prudência e sabedoria na Escritura. As palavras de Jesus refletem isso: “Aquele que tem meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama.” Jo 14.21.

Seu papai está vivo? Aproveite para desfrutar da sua presença e conselhos. Seu papai já partiu? Viva e dê aos seus filhos e amigos, o exemplo que você recebeu honrando-o. Isso é um bom presente para dar aos pais.

Rev. Gustavo Bacha

domingo, 5 de agosto de 2018

ANA (3)

ANO LXXVI - Domingo, 05 de agosto de 2018 - Nº 3797

ANA (3)

“Com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou abundantemente” (I Sm. 1: 10)

No texto apontado podemos encontrar Ana em momento de profunda angústia e aflição interior. Ela já não vinha comendo (v.8), chorava (v.8) e estava depressiva (v.8). Encontrava-se agora no lugar de adoração e sacrifício em Silo (onde se achava a “Arca da Aliança”), com o propósito de cumprir as determinações de Deus.

Podemos vê-la assumindo a postura correta em relação a seu drama pessoal de esterilidade, ou seja, “com amargura de alma, orou ao Senhor”. Ela colocou (lançou) diante do Senhor todo seu problema, toda sua angústia, toda sua aflição. Deve-se notar que “amargura de alma” aqui não se trata de revolta, mas de aflição, angústia e tristeza por sua condição. Não era apenas uma oração “formal”, mas expressão de sua alma aflita. Precisamos aprender a viver tal forma de relação com Deus. Coração “rasgado” diante DEle, sem véu, formalidade ou subterfúgios; apenas derramamento e, sem receio, “choro abundante”.

No verso 12 vemos que “demorando-se ela no orar perante o Senhor”, aponta outro aspecto de tal relação com Deus, ou seja, investimento de tempo diante do Senhor. Não era algo ao estilo “fast food”, mas envolveu empenho de boa parcela de tempo na presença do Senhor. Há necessidade de resgatarmos esse tipo de postura e empregarmos tempo diante de Deus em oração, pelo menos na mesma proporção que gastamos malhando na academia, “passeando no facebook” ou internet, para não falar em outras atividades não essenciais que nos roubam o tempo precioso de nosso dia e noite.

Ana enfrentava determinado problema complexo e sério. Derramou-se em oração perante o Senhor e Nele esperou. Seja tal exemplo, para nós, motivo de ânimo, a fim de procedermos do modo igual, confiando em Jesus e depositando Nele nossa esperança. Sejam sobre nós a graça e a misericórdia do Senhor Jesus.

Rev. Paulo Audebert Delage

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.