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domingo, 25 de dezembro de 2011

NATAL E A PORTA DA ESPERANÇA

ANO LXIX - Domingo, 25 de Dezembro de 2011 - Nº 3452

NATAL E A PORTA DA ESPERANÇA

E lhe darei, dali, as suas vinhas, e o Vale de Acor por porta de esperança”. Oséias 2:15

É possível que a expressão presente no versículo apontado acima traga à mente de muitos a lembrança de um programa de televisão, no qual se fazia grande suspense em abrir uma “porta” onde poderia estar o objeto do pedido feito. Às vezes a pessoa ganhava o que pedira, em outras vezes isso não acontecia.

No texto citado do profeta a porta da esperança referida ali é o Vale de Acor (Josué 7: 24-26). O sentido do nome é: “perturbação, conturbação”. No entanto, o Deus da graça, misericórdia e longanimidade transformou este lugar de perturbação em portal de esperança.

Este é o Senhor Deus e Pai de Jesus Cristo. Hoje temos também uma gloriosa e maravilhosa “porta da esperança”; Jesus. Ele é o que tem sido estabelecido pelo Pai como lugar de ingresso para geração e nutrição de nossa esperança. Nesta porta sempre será concedido encontrar a satisfação de suas angústias e aflições, a cura de seu vazio interior, a restauração de sua paz de espírito.

Jesus é esta “porta da esperança” ao alcance de sua mão, a qual nos foi concedida por Deus no nascimento de Seu Filho, no Natal. Vá até Ele, entre por Ele por meio da fé e seja revestido de toda esperança, lançando fora sua derrota, perturbação, angústia e ansiedade. Felizes e bem-aventurados os que encontram e entram por esta santa e bendita “Porta da Esperança”, vivenciando o verdadeiro Natal de Jesus.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 18 de dezembro de 2011

PORTA ABERTA E FECHADA

ANO LXIX - Domingo, 18 de Dezembro de 2011 - Nº 3451

PORTA ABERTA E FECHADA
(Gênesis 7:16; João 10:7)

Torna-se difícil imaginar nosso sistema social ligado à engenharia e arquitetura sem a figura da porta. A porta é o elemento que estabelece a interligação de dois (ou mais) ambientes e propicia a transposição de um para outro. É instrumento de privacidade (banheiros) e segurança (casa, lojas, etc). O uso figurativo da porta no universo linguístico é muito comum. Usa-se para dizer que "uma porta de emprego está aberta naquela empresa", ou então "que existe uma porta de esperança aberta quanto ao tratamento". Porta é também sinônimo de oportunidade presente (aberta) ou passada (fechada) comumente empregada neste sentido no âmbito das Escrituras Sagradas cristãs.

A referência que temos no texto apontado neste artigo é sobre a arca construída por Noé, na qual Deus fez preservar a vida em um contexto de juízo e destruição que se abateu sobre o mundo de então. Durante um longo tempo Noé pregou a todos os seus contemporâneos. Falava-lhes de Deus e Sua graça, mas também de Sua justiça e juízo. Enquanto construía a arca, pregava. A porta estava aberta. As pessoas não se importavam com tal postura, ridicularizavam e zombavam daquele anunciador da justiça que os chamava ao arrependimento e à fé. Como João Batista, Noé clamava no deserto. Mas, a porta estava aberta.

O tempo do relógio de Deus atingiu seu final e esgotou-se. A areia da ampulheta de Deus se escoara totalmente. Começa a chover. Os céus se rompem em um verdadeiro dilúvio. A porta é fechada e trancada por fora. Não há possibilidade de abrir. Desespero, angústia, choro, gritos, lamentos, blasfêmias, súplicas. Nada adianta. Tudo vão. A PORTA ESTAVA FECHADA.

Hoje esta história volta a ocorrer. Deus está exercitando Sua paciência e graça. Os pregoeiros da graça e da misericórdia divinas estão trabalhando e chamando as pessoas ao arrependimento e à fé em Cristo. Muitos há que têm ouvido e entrado por esta porta ainda aberta. No Natal Deus fez abrir uma Nova Porta e esta é Jesus (João 10:7). Entre você também por ela, aberta a todos ainda hoje. Aproveite a oportunidade, pois como nos dias de Noé esta porta também será fechada e as chances desaparecerão. Entre agora e experimente a certeza de segurança de salvação em Cristo Jesus e receba a vida eterna, lembrando-se do que disse Jesus: "então os que estavam preparados entraram com ele para a grande festa; e FECHOU-SE A PORTA" (Mateus 25:10). Deus o(a) abençoe neste Natal.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 11 de dezembro de 2011

PALMADA DE NOVO: ESTADO OU BÍBLIA?

ANO LXIX - Domingo, 11 de Dezembro de 2011 - Nº 3450

PALMADA DE NOVO: ESTADO OU BÍBLIA?

"O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo o disciplina" (Pv. 13:24)

Estamos com a legislação sobre restrição quanto ao uso de castigo físico (moderado ou não) sobre os nossos filhos para ser votada novamente. O projeto é restritivo quanto à aplicação de correção de caráter físico aos filhos, prevendo que os responsáveis por tais correções sejam detidos, sofrendo as punições impostas pela nova lei. Parte do texto é transcrito a seguir:

PROJETO DE LEI Nº 2654/2003
(Da Senhora Maria do Rosário)

Dispõe sobre a alteração da Lei 8069, de 13/07/1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente, e da Lei 10406, de 10/01/2002, o Novo Código Civil, estabelecendo o direito da criança e do adolescente a não serem submetidos a qualquer forma de punição corporal, mediante a adoção de castigos moderados ou imoderados, sob a alegação de quaisquer propósitos, ainda que pedagógicos, e dá outras providências.

"O Congresso Nacional decreta:
Art. 1o - São acrescentados à Lei 8069, de 13/07/1990, os seguintes artigos:
Art. 18A - A criança e o adolescente têm direito não serem submetidos a qualquer forma de punição corporal, mediante a adoção de castigos moderados ou imoderados, sob a alegação de quaisquer propósitos, no lar, na escola, em instituição de atendimento público ou privado ou em locais públicos.
Parágrafo único - Para efeito deste artigo será conferida especial proteção à situação de vulnerabilidade à violência que a criança e o adolescente possam sofrer em consequência, entre outras, de sua raça, etnia, gênero ou situação socioeconômica."

É o Estado interferindo no direito de eu aplicar os princípios das Escrituras na criação de meus filhos. Claro que não se pode admitir ou concordar com espancamentos, maus tratos, violência (abuso) e coisa desta ordem. Mas, a disciplina e correção são bíblicas e úteis quando observadas adequadamente. Aqueles que extrapolam devem ser punidos por agressão e lesão corporal. Porém, estabelecer que eu serei processado e preso por aplicar correção física aos meus filhos, é abusivo por parte do Estado.

Manter a vara é antibíblico, retê-la (não usar) também é. O assunto é palpitante e requer de nós consideração e debate. O Estado ou a Bíblia?

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 4 de dezembro de 2011

PERDÃO: PEDIR OU AGRADECER?

ANO LXIX - Domingo, 04 de Dezembro de 2011 - Nº 3449

PERDÃO: PEDIR OU AGRADECER?
"Vós orareis assim: ...perdoa as nossas dívidas..." (Mateus 6:9 e 12).

A questão do perdão dos pecados parece ser algo simples e sem qualquer dificuldade para nós. Uma vez que cremos no depoimento das Escrituras Sagradas, torna-se fácil a compreensão sobre tal assunto, isto é, confessamos nossos pecados a Deus, pedimos que nos perdoe em Cristo e desfrutamos de tal certeza.

No entanto, parece haver alguma dificuldade neste tema, quando se pensa naquele que já foi alcançado pela graça salvadora em Cristo e foi justificado de seus pecados e que comete alguma transgressão da vontade do Senhor. A dificuldade é no sentido de se afirmar não ser necessário pedir perdão dos pecados, uma vez que já fomos perdoados de todos eles e devemos apenas confessá-los e agradecer o perdão que Deus, em Cristo, já nos deu em relação aos mesmos.

O raciocínio acima exposto parece carecer de suporte à luz da Bíblia. Vejamos: na oração dominical o Senhor insiste em que devemos orar desta maneira e diz: "perdoa nossas dívidas..." Nesta oração o pedido para que nos dê o pão de cada dia é permanente, embora saibamos que Ele cuida de nós e tem nos dito que nos sustentará. É permanente o pedido para que nos livre do mal e não nos deixe cair em tentação, embora Sua promessa seja de que não permitirá que nossos pés vacilem. Não deveríamos nem mesmo orar; já que o Senhor sabe o que vamos pedir antes mesmo de falarmos, devemos apenas agradecer (Mt.6:8). O raciocínio é o mesmo. Pedir alguma coisa ou bênção se torna desnecessário, uma vez que Ele já "nos abençoou com toda sorte de bênção espiritual em Cristo Jesus" (Ef.1:3). Não devemos pedir que o Senhor nos sustente em fidelidade diante dEle para não nos desviarmos de Seu caminho, pois já estamos salvos em Cristo e é impossível para o regenerado se desviar.

A confissão é o reconhecimento da parte do pecador que pecou contra o Senhor, o pedido de perdão é a declaração pública quanto à sua necessidade e dependência da graça dEle em relação à provisão para a justificação e expiação do pecado e culpa, a gratidão é a manifestação de sua fé nesta ação soberana e graciosa do Senhor em livrá-lo da condenação gerada por seu ato pecaminoso.

Não posso dizer que seja "errado" (para o regenerado) não pedir perdão, uma vez que já foi justificado de todos eles e apenas agradecer. Mas, prefiro admitir, pelas escrituras e ensino da Igreja desde seus primórdios, e exercitar a orientação do Senhor: "pedi e dar-se-vos-á" (Mt.7:7).

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 27 de novembro de 2011

A IGREJA E A LEI CIVIL

ANO LXIX - Domingo, 27 de Novembro de 2011 - Nº 3448

A IGREJA E A LEI CIVIL

"A quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto" (Rm.13:7)

Este capítulo da carta aos Romanos é um dos mais importantes na percepção dos aspectos relativos à relação do cristão (Igreja) e o Poder Civil (Estado). Paulo nos dá diretrizes quanto ao nosso modo de interagirmos com o Poder Civil (político) constituído. Em sua orientação faz coro (não poderia ser diferente) ao Senhor Jesus que nos ensinou a "dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus". (Mt. 22:21).

Neste sentido a IPVM procura cumprir o que dela é requerido como organização-instituição, dando exemplo para que seus membros individualmente também assumam e cumpram seus deveres como cidadãos do Reino, os quais refletem seu compromisso com Deus em sua vida civil, mercantil, profissional e cidadã.

Desse modo podemos, hoje, com muita alegria, comunicar à IPVM que conseguimos junto aos Órgãos Públicos competentes os alvarás para licença de funcionamento da Igreja, documentação que até então a Igreja não possuía. É uma grande vitória. Estamos regularizados junto à prefeitura e demais órgãos no que diz respeito à acessibilidade e segurança. Estamos, agora, legalizados para funcionamento, sem riscos de uma interdição da prefeitura. Foi um esforço de mais de 40 anos que alcança agora, graças a Deus, e mediante o esforço de alguns irmãos e irmãs, sua consumação. O investimento financeiro foi alto para adaptações e ajustes, chegando a quase R$ 800.000.00 (oitocentos mil reais), mas estamos certos de que cumprimos nosso dever e obrigação, evitando que o "Nome de Deus seja blasfemado no meio dos gentios por nossa causa" (Rm. 2:24).

Nesse domingo de ações de graças, temos mais este motivo para louvarmos a Deus, ao nos conceder esta graça e privilégio. Ao Senhor a glória, honra, louvor e adoração. Bendito seja o Nome do Senhor.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 20 de novembro de 2011

PACIFICAÇÃO

ANO LXIX - Domingo, 20 de Novembro de 2011 - Nº 3447

PACIFICAÇÃO

Na favela da Rocinha, 150.000 mil moradores vivem amontoados na encosta de um morro. Homens, mulheres e crianças que no decorrer dos anos encontraram ali moradia barata associada à boa localização, serviços básicos como água, luz e telefone e também mais requintados como Internet e TV a cabo, fazendo desta comunidade a maior favela do Brasil.

As facções criminosas encontraram neste ambiente o local ideal para sua atuação. Comunidades de baixa renda, alta densidade demográfica, dificuldade de acesso policial e o terror promovido aos moradores pelos traficantes, fazem disso um "negócio" milionário. No caso da Rocinha, uma movimentação financeira, por parte do tráfico, estimada em 96 milhões de reais por ano.

Nesta semana assistimos a instalação de mais uma UPP, Unidade Policial Pacificadora, agora na Rocinha. O modelo adotado já tem mostrado algum "sucesso" em outras comunidades, promovendo a paz, muitas vezes controversa, onde então havia guerra, instabilidade e insegurança. Diante disso fico pensando em outro modelo de paz, esse oferecido não por homens, mas pelo próprio Deus, através de Jesus que segundo as palavras do Apóstolo Paulo diz que homens podem ser "Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo." Romanos 5.1

É verdade, a paz entre os homens é boa, mas estar em guerra contra Deus é terrível. A única forma de recebermos a reconciliação é através de Jesus, o Filho do Eterno tornando-se mortal para promover essa paz. Está em guerra contra Deus? Renda-se, erga a bandeira branca dizendo: Sou perdedor. Só assim a trindade pacificadora poderá se relacionar com você e nela você encontra o Amor do Eterno Pai, a Graça do Filho e a Paz do Espírito Santo.

"Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós." Romanos 5.8

Rev. Gustavo Bacha

domingo, 13 de novembro de 2011

COMO FICAMOS?

ANO LXIX - Domingo, 13 de Novembro de 2011 - Nº 3446

COMO FICAMOS?

Nestes últimos dias fomos surpreendidos por uma invasão da reitoria da USP por alunos revoltados com a presença da PM no campus universitário, pelo fato de haverem os policiais prendido três alunos que estavam com drogas, conforme noticiário.

Pois bem, houve ação de reintegração de posse e a PM cumpriu seu papel, reintegrando a posse e levando presos os que promoveram a invasão e ocupação indevida. Gritos, revolta, protestos, etc. Parecia que eles estavam certos e os policiais errados em cumprir o dever e fazer valer a decisão judicial. O interessante de tudo isto é o fato de que houve solicitação de reforço da segurança do campus, pedido para que houvesse intensificação de patrulhamento para diminuição de crimes, o que de fato, aconteceu. Mas, os policiais estão lá não apenas para inibir ação de sequestradores, assaltantes, estupradores e traficantes "de fora", mas para coibir e impedir toda forma de ilícito, inclusive os praticados por alunos.

Ao vermos fatos como estes a pergunta surge: como ficamos? Como as coisas estão caminhando? O que está acontecendo com a sociedade? A polícia deve ser retirada do lugar por estar incomodando a prática de ilícitos. As pessoas vão perdendo o senso de direito e de legalidade, de convivência e de sociabilidade. Como ficamos? Onde a esperança? Não se almeja liberdade, mas libertinagem e anarquia, licenciosidade e criminalidade. Que autoridade podem ter estes estudantes para protestar contra a corrupção nos escalões maiores?

Estudam às custas dos impostos, recebem subsídios para alimentação, muitos têm alojamento, e vão depredar o bem público, dilapidar o bem coletivo, em um ato de total manifestação de ingratidão e falta de reconhecimento pelo privilégio que lhes é dado de estudarem gratuitamente. É revoltante.

Parece que educação não é solução para o coração humano, tecnologia não equaciona o problema do mal na alma humana. Como ficamos? Cada vez pior. Enquanto o distanciamento de Deus se verificar, o afastamento dos princípios do Evangelho e ausência de experiência redentora em Cristo se aprofundar, as coisas ficaram piores. Deus nos ajude para fazermos diferença, promovendo o bem com o Evangelho da graça em Cristo, solução para o mundo.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 6 de novembro de 2011

DIA DE FINADOS

ANO LXIX - Domingo, 06 de Novembro de 2011 - Nº 3445

Dia de Finados

No dia 02 de novembro comemora-se, celebra-se, guarda-se, ou festeja-se o Dia de Finados. É a figura e presença incômoda da morte que queremos esquecer ou preferimos não lembrar, mas da qual não conseguimos nos livrar. Não é possível fechar os olhos e fingir que ela não existe. É um contraste, nós a tememos, a repudiamos, mas a reverenciamos. Dia de finados, ou seja, dia dos mortos.

A tradição liga este dia ao de todos os santos, que se junta ao Halloween, fazendo esta mistura comercial de exploração da saudade dos que se foram, com o temor daqueles que podem retornar para nos assombrar, os quais precisamos exorcizar. Vamos nos lembrar de nossos mortos e chorar por eles, mas devemos comprar flores e colocar em suas sepulturas. Vamos ter um dia de folga (descanso) para podermos visitar o túmulo de nossos queridos que se foram. É o contraste novamente. O comércio explorando a data por um lado, e por outro, a economia com um dia de paralisação de um sem número de atividades, gerando uma perda imensa de capital e dinheiro. A morte e seus contrastes.

Em que isto nos afeta? Que relação temos nós com tudo isto? Em relação ao benefício do descanso, resta-nos usufruir. Quanto ao aspecto da perda do capital, nos cumpre a absorver o prejuízo. Quanto à lembrança que nos traz saudade e tristeza pelos que se foram, devemos descansar na graça de Deus e caminhar em paz, com a consciência tranquila por havermos tratado a todos com dignidade e estima cristã, com exemplo de vida fiel a Deus. Se você não tratou assim aos seus que se foram, flores na sepultura, incenso no altar, celebração religiosa por eles, não adiantará coisa alguma, nem para eles nem para você. Sua consciência só terá paz se você se arrepender e buscar em Deus o perdão.

Dia de finados. Não deixem para dar flores aos seus familiares e queridos depois que estiverem mortos, quando já não veem, já não sabem, já não se alegram com isto. Se quiserem vê-los felizes, deem as flores agora enquanto estão vivos. Por que depois, bem depois... Aí é o dia dos mortos e não mais dos vivos.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 30 de outubro de 2011

REFORMA OU REFORMAS?

ANO LXIX - Domingo, 30 de Outubro de 2011 - Nº 3444

Reforma ou reformas?

O movimento religioso do século XVI ficou conhecido como Reforma (mais tarde aditou-se o termo Protestante). Tal movimento encabeçado por Martinho Lutero , em 31 de outubro de 1517, tinha como propósito levar a Igreja Romana a rever certos pontos doutrinários e, sobretudo, éticos e morais do povo e do clero, visando sua reforma. Portanto, a intenção não era o estabelecimento de uma nova Igreja, ou novo grupo cristão, gerando novo cisma. No entanto, a resistência por parte dos prelados fez com que houvesse a ruptura e, por consequência, o surgimento deste novo segmento da fé cristã, conhecido então, pouco depois, como protestantismo.

Ao se ler a história da Igreja, fazia-se clara, nessa época, a necessidade de uma reforma radical em sua estrutura e teologia, as quais haviam se distanciado dos moldes delineados no Novo Testamento. Os protagonistas do movimento ( Lutero, Calvino, Zuinglio entre outros) esforçavam-se para oferecer este novo modelo, buscando seu referencial nos ensinos dos apóstolos e, acima de tudo, de Cristo.

Somos herdeiros deste movimento com seu espírito de inclinação progressista e vanguardista. Houve outras "reformas" no passar dos anos e continuam existindo, pois a Reforma foi um movimento que nunca entendeu tratar-se de uma manifestação que faria cessar todas as necessidades de reformas. Somos, quer seja como seres humanos (antropológica e sociologicamente) ou como cristãos (religiosos e espirituais) seres que mudam, andam, evoluem (ou retrocedem), portanto, que se reformam ou são reformados. Ainda continuamos a ver a necessidade de reformas em nós, em nossos modelos de culto, em nossos sistemas religiosos, aprimorando-os e afinando- os (reformando-os) aos dias presentes, mas mantendo a referência inamovível dos valores estabelecidos em Sua Palavra, a Bíblia Sagrada. A Igreja Reformada deve manter-se Reformada (em seu âmago e essência) e reformando a si mesma em aspectos de moldura (verniz e casca).

A Reforma existiu como movimento, existe como herança que recebemos, e nos desafia a continuarmos promovendo reformas para a glória de Deus, sem nos conformarmos com o mundo (sistema) e "nos transformando pela renovação de nossa mente" (Rm.12:1-2).

Rev. Paulo Audebert Delage
SERMÃO
Fundamento: Marcos 7:8,13


CANTATA


domingo, 23 de outubro de 2011

BEBER E ESQUECER A LEI

ANO LXIX - Domingo, 23 de Outubro de 2011 - Nº 3443

Beber e esquecer a lei
"Para que não bebam, e se esqueçam da lei..." (Pv.31:5)

Mortes, invalidez, mutilações, lesões gravíssimas e sequelas permanentes no corpo e na alma, além de lágrimas, sofrimento, angústia e dor. São consequências, pela inconsequência de muitos na condução de seus veículos sob efeito de bebida alcoólica.

Cada vez mais vemos, nos noticiários, estes fatos tristes e terríveis, ceifando vidas e lesando outras tantas. Muitas vezes o motorista bêbado sai ileso ou pouco ferido do desastre, mas suas vítimas não têm a mesma sina. Vemos a recusa em fazer o teste do "bafômetro" e a não sujeição aos testes de verificação de presença de álcool no sangue. Na maioria das vezes não tem ocorrido punição proporcional para tal atitude, saindo os atropeladores sob fiança e respondendo por crime "culposo" (quando não há intenção de matar). Não vamos entrar em discussão de dolo eventual ou direto, de dolo ou culpa consciente, que é área penal. Vamos apenas nos ater ao aspecto da necessidade de punição mais severa para estes que dirigem em situação de embriaguez ao volante, com aplicação adequada desta lei, sem privilégios ou benefícios injustificáveis.

Claro que não é apenas o álcool o responsável pelos acidentes de trânsito. O excesso de velocidade, a imprudência de certos condutores, a condição inadequada de manutenção do veículo, são outros fatores ligados aos desastres de automóvel. Mas, sem dúvida, o que é triste e revoltante é o fato da quase impunidade dos alcoolizados ao volante.

Por que isto? Há explicações variadas para tal postura. No entanto, o que se pode perceber é que se trata da falta de sentido da vida, pela inexistência de compromisso com o Senhor Jesus Cristo. O vazio, a insatisfação existencial, a necessidade de adrenalina, a falsa ideia de afirmação, a fútil ideia de ostentação de poder e autonomia, são apenas sintomas do verdadeiro motivo, da verdadeira "doença"; a falta da graça renovadora e plenificadora de Cristo na vida. Uma pessoa que conhece a Cristo e tem nEle sua satisfação, não será levado a cometer barbaridades como as que temos visto em nosso cotidiano no trânsito.

Lei mais severa para punição e inibição deste comportamento. Mas, solução de verdade, só com a vida entregue ao Senhor Jesus Cristo.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 16 de outubro de 2011

INCULCAR

ANO LXIX - Domingo, 16 de Outubro de 2011 - Nº 3442

INCULCAR
"Estas palavras...tu as inculcarás a teus filhos..."
(Deuteronômio 6:6-7)

Dia das crianças, que festa, que farra, que alegria. O comércio fervilha, as lojas ficam abarrotadas, a economia se aquece. Dia das crianças, que festa, que farra, que alegria.

É interessante como nós, protestantes, que somos apegados à Bíblia, não nos importamos em "tê-la em nossos corações", em "falar dela" e "manifestá-la" (6-8). Quando lemos este texto ou ouvimos sobre ele, tem-se a impressão que devo falar aos meus filhos assentado, ou andando, deitando ou levantando. Na verdade o texto não diz que estas atitudes devam ser com meus filhos, mas em todo momento de meu viver e em toda circunstância e com todas as pessoas. A ênfase em relação aos filhos é inculcar e não apenas falar.

Esta palavra tem o sentido de fazer penetrar alguma coisa no espírito (coração) pela força da repetição e insistência. Parece tão antiquado e ultrapassado este método de "decorar" os ensinos. Inculcar e decorar têm o mesmo sentido: colocar no coração, na mente, no espírito. A linha pedagógica moderna rejeita tal forma de ensino, insistindo que devemos levar a descobrir e não apenas fazer gravar. As coisas podem seguir juntas. Devo, à luz da Bíblia, fazer meus filhos aprenderem (decorar) a palavra do Senhor. Não importa o que farão com aquilo que lhes foi "impresso" no coração, o presente maior a lhes ser dado é este: inculcar-lhes a palavra, ensinar-lhes o caminho no qual devem andar.

Dia das crianças. Em meio a tanta farra e festa, perguntemos: qual o melhor presente a dar? Não dê algo que fique apenas para este momento e neste mundo; dê o presente maior que se projeta para a eternidade. Esforce-se para plantar no coração de seus filhos a semente do Evangelho e da vida eterna em Cristo, inculcando-lhes a Palavra, que é o maior e melhor de todos os presentes. Evangelize-os.

Se tem condições, dê presentes a seus filhos neste dia comercial das crianças. Sugiro, no entanto, que mais do que dar presentes, seja presente na vida deles, inculcando-lhes o Evangelho e levando-os à fé em Cristo Jesus, nosso Senhor e Deus.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 9 de outubro de 2011

VALE MAIS MESMO?

ANO LXIX - Domingo, 09 de Outubro de 2011 - Nº 3441

Vale mais mesmo?
"Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?"
(Mateus, 6:26)

A comparação feita pelo Senhor Jesus, por meio de uma pergunta, é simples e direta e implicaria em uma resposta simples e direta: sim. No entanto, a realidade mundana vem desafiando esta resposta, que seria fruto de uma lógica sem rodeios e sem subterfúgios.

Pode-se ter notícia de um touro que vale mais de um milhão de reais devido aos seus gens comercializados em um banco de sêmen, ou um cavalo que vale meio milhão de reais pela mesma razão. Há cães, gatos e outros animais que alcançam cotações exorbitantes, fazendo-nos pensar se o ser humano vale, realmente, mais que as aves. Parece que a lógica é: valerá, dependendo do retorno de minha aplicação financeira.

As lojas de animais (pet shops) estão se multiplicando e se sofisticando mais e mais. Os cuidados com os "bichinhos" vão se tornando algo exorbitante e excessivo em termos de gastos e atenção. Alguns alegam que "tais fofurinhas" são melhores que as pessoas, pois não nos decepcionam, não nos magoam e são fiéis.

Não vou nem falar em americanos (excêntricos?) que deixam suas heranças para seus animais de estimação. Prefiro falar daqueles (daquelas) que "investem" muito em seus animais, mas não contribuem com obras assistenciais, com organizações que socorrem e trabalham com crianças em abandono e vítimas de violência. Posso trazer isto para mais perto de nós ao observar os que gastam muito com seus "bichinhos", mas não contribuem com a Causa do Senhor; não são dizimistas e, nem sequer, ofertantes. Empregam recursos financeiros em banhos, tosas, lacinhos, fitinhas, etc, mas não investem no Reino, em missões que visam alcançar pessoas para a redenção em Cristo.

A bagatelização da vida se vê cada vez mais acentuadamente, pois se mata por alguns reais ou deixa-se morrer por não havê-los. Claro que Jesus estava certo ao afirmar que nós (o ser humano) valemos mais que os bichos. Mas, os seres humanos é que fazem com que este dito do Senhor fique posto em cheque, ao valorizarem os projetos de "salvem as baleias", mais do que salvem as crianças do Sudão, Etiópia, nordeste do Brasil e outros tantos lugares.

Não desistamos de afirmar e viver o fato de que "valemos mais que as aves".

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 2 de outubro de 2011

MUDANÇAS

ANO LXIX - Domingo, 02 de Outubro de 2011 - Nº 3440

Mudanças
"Ora, o mundo passa..." (I João,2:17)

As alterações que estão se processando na estrutura mundial, deixam- nos assombrados. A evolução rápida da tecnologia, a aceleração das mudanças em nossos códigos de leis, devido ao reflexo da mudança aceleradíssima dos costumes, todos estes elementos nos fazem ficar pensativos e até apreensivos com o que virá.

Olhamos ao redor e vemos a Grécia em uma situação de crise tremenda. Aquela que foi berço da civilização e esplendor da cultura humana se encontra em situação de risco de naufrágio total, e de levar consigo outros ao seu redor. Na Bolívia, o presidente E. Morales (indígena de origem) age com violência desmedida contra os indígenas do país que protestavam contra medidas do governo na construção de rodovia, levando seus irmãos a dizerem que nem nos dias mais duros da ditadura algo daquele porte havia acontecido. Mudanças drásticas, profundas, sérias. Poderíamos elencar outras tantas, das quais estas duas são exemplos. "O mundo passa...".

As mudanças nos fazem ver a verdade desta expressão bíblica que ensina sobre a volatilidade do mundo. Claro que não se refere à terra, planeta, mas à estrutura, ao sistema, ao universo de relações e conceitos. "O mundo passa..." Há quem não aceite e não admita isto. Há quem pense que este mundo (sistema) é permanente, imutável e eterno. Esta ideia traz ao ser humano a falsa sensação de perenidade, apoiada na estrutura visível e palpável. Não é verdade; o mundo não é estável, não é imutável, não é perene. Até mesmo o mundo (planeta terra, universo) passará, quando o Senhor trouxer à luz o "novo céu e a nova terra", fazendo novas todas as coisas.

Há, nas Escrituras bíblicas, indicação da insensatez de se buscar estabilidade, sustentação e perenidade neste mundo e nas coisas que nele há. São elas voláteis, passageiras, mutáveis e breves. No Senhor deve estar nossa confiança, esperança e segurança, pois em contraste com este mundo que muda e passa, ouvimos o que Deus mesmo nos diz: "Porque eu, o Senhor, não mudo..."(Ml. 3:6).

Rev. Paulo Audebert Delage

sábado, 1 de outubro de 2011

SAÚDE NA TERCEIRA IDADE

ANO LXIX - Sábado, 01 de Outubro de 2011 - CaFÉ Amigo

Saúde na Terceira Idade

Por ocasião do CaFÉ Amigo de 1º de outubro de 2011, com o tema "Saúde na Terceira Idade", Dr. Roy Abrahamian abordou os principais problemas e prevenções para uma vida longa e saudável.

Os principais tópicos tratados na palestra foram:
  • Doença de Alzheimer (08:25) e dez sinais que ajudam a identificar o problema:
  1. Perda de Memória (09:40)
  2. Dificuldade em Executar Tarefas Domésticas (10:30)
  3. Problemas de Linguagem (11:26)
  4. Perda da Noção do Tempo e da Orientação no Espaço (11:55)
  5. Compreensão Prejudicada (13:45)
  6. Problemas com Pensamentos Abstratos (14:35)
  7. Trocar o Lugar das Coisas (15:20)
  8. Alterações do Humor e Comportamento (16:25)
  9. Alterações na Personalidade (17:20)
  10. Perda de Iniciativa (19:00)
  • Demência Vascular (22:35)
  • Demência Fronto-Temporal (29:35)
  • Demência com Corpos de Lewy (29:50)
  • Demência por H.I.V. (30:00)
  • Quedas (31:25)
  • Prevenções 39:10)
  • Osteoporose (41:30)
  • Câncer de Próstata 43:00)
  • Câncer de Mama (44:20)
  • Climatério (46:30)
  • Câncer de Ovário (48:30)
  • Câncer de Endométrio (49:15)
  • Ansiedade (52:10)
  • Exercício: "A Técnica da Respiração Diafragmática" (53:05)
Texto base: Salmo 92:14,15

SAÚDE NA TERCEIRA IDADE from IPVM on Vimeo.

Gravação, edição e publicação pelo Departamento de Som e Imagem da Igreja Presbiteriana de Vila Mariana.

domingo, 25 de setembro de 2011

VERGONHA DA ÉTICA OU ÉTICA DA FALTA DE VERGONHA?

ANO LXIX - Domingo, 25 de setembro de 2011 - Nº 3439

Vergonha da ética ou ética da falta de vergonha?

"Andai de modo digno da vocação a que fostes chamados" (Ef.1:4)

Cada vez se torna mais comum em nossos dias ouvir sobre ética. Em várias áreas escutamos falar sobre necessidade de sua manifestação. Políticos falam sobre ela, os educadores insistem em sua manifestação, integrantes da saúde têm seus conselhos de ética e enfatizam sua importância, entidades de comércio também engrossam estas fileiras e levantam a bandeira da ética, e o segmento religioso faz coro com os demais, afirmando o imperativo de se viver eticamente.

Não faz muitos dias ouvimos (pela mídia) uma declaração infeliz de um advogado constituído para defender um cidadão acusado de determinado crime. Afirmou ele que "em todas as profissões existe ética", pelo fato de seu cliente não "entregar" os outros companheiros. Tal declaração equipara profissionais honestos e honrados a ladrões e criminosos, sob o pálio da ética. Seria ética no caso citado? Só mesmo se fosse a ética da falta de vergonha. O que se pode notar é a evidência de vergonha da ética (ainda que se fale muito), uma vez que a ideia da falta de vergonha vai assumindo proporções constrangedoras em nossos dias.

A Igreja deveria ser o bastião último e seguro da manifestação do padrão ético. Mas, infelizmente, o ambiente eclesiástico está se mostrando cada vez mais afastado da genuína ética. Não me refiro ao aspecto do interesse menor por cargos e posições, levando a traições e perfídias internas nas instituições eclesiásticas, o que já é repulsivo e abjeto. Falo de líderes religiosos que incentivam e inflamam seus seguidores não apenas a morrer pela sua fé, mas a matar por ela. Sacerdotes que se envolvem em escândalos de exploração sexual de menores, estampados na mídia, e que gozam da cobertura da instituição na qual trabalham. "Guias espirituais" que se enriquecem às custas de exploração de fiéis, ostentando sua opulência econômica em moradias e carros luxuosíssimos (vaidade pessoal) às expensas daqueles que andam de metrô e ônibus. E a ética?

Resistamos a esta ação de descaso pela ética e sua violação. Andemos de forma digna da vocação à qual fomos chamados em Cristo, sem vergonha da ética e, sobretudo, contra a ética da falta de vergonha.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 18 de setembro de 2011

TERCEIRIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO

ANO LXIX - Domingo, 18 de setembro de 2011 - Nº 3438

TERCEIRIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO

"Estas palavras estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos..." (Dt. 6: 6,7)

Após o resultado do ENEM, divulgado semana passada, ficamos analisando a situação da educação em nosso país. Houve melhorias? Certamente que sim, se pensarmos nas oportunidades que foram abertas, nas escolas que foram instaladas, na "democratização" do acesso à educação, etc. Mas, e o nível do ensino? Universitários que não sabem falar e, muito menos, escrever. A situação é, no mínimo, inquietante.

Mas, não quero falar da educação secular. Desejo pensar em nossa educação religiosa. Este domingo é dia da Escola Bíblica Dominical, criada no século XVIII, na Inglaterra, com o propósito de alfabetizar, ensinar literatura inglesa, matemática, outras matérias seculares e a Bíblia. Este objetivo era para instruir as crianças que não tinham acesso à escola (trabalhavam durante a semana por mais de 12 horas por dia) e que só tinham o domingo para "descanso", já que tais crianças não recebiam instrução na escola e nem educação religiosa em casa.

Vê-se que o propósito da EBD não era "terceirizar" a educação religiosa ministrada nos lares, mas oferecer isto ao que não a tinha em casa. O fundador da EBD jamais quis indicar a substituição e transferência de responsabilidade dos pais em instruir seus filhos, para os professores da Escola Bíblica. Esta era e deve ser sempre um reforço ao ensino do lar, mas não seu substituto.

As famílias estão "terceirizando" a instrução religiosa de seus filhos, bem como a oportunidade de apresentar-lhes a salvação em Jesus, o Cristo. Trazem ou mandam à EBD para que recebam o ensino, como se isto fosse o máximo. É triste que nem mesmo ajudam os filhos a realizarem as tarefas passadas pelos professores da EBD para fazerem em casa durante a semana. "Enchemos" nossos filhos de atividades durante a semana, mas não lhes damos um tempo mínimo para ensino bíblico. Não inculcamos em nossos filhos e filhas estas palavras santas do Senhor. Pensa-se que a Igreja é responsável por ensinar e conduzir todos eles neste Caminho e, se eles deixarem tal ensino, a culpa é da Igreja que não fez seu trabalho. Transferência de responsabilidade.

Valorizemos a EBD; reconheçamos o esforço que é feito para instruir nossos filhos nos caminhos do Evangelho; louvemos a Deus pelo cumprimento de sua tarefa, mas jamais nos esqueçamos de que a responsabilidade do ensino é nossa, como pais e mães, em nosso lar. A EBD existe para ajudar-nos neste ministério dado pelo Senhor a nós de inculcar Suas palavras aos nossos filhos.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 11 de setembro de 2011

AS TORRES

ANO LXIX - Domingo, 11 de setembro de 2011 - Nº 3437

As Torres
"... as suas torres estão assoladas..." (Sofonias, 3:6)

Era o dia 11 de setembro de 2001. Terça-feira de manhã clara, céu azul, sol radiante. Eu e Alice estávamos em Boston (Estados Unidos) e estaríamos chegando às torres, caso não houvesse ocorrido uma pequena mudança em nossos planos no dia anterior. Foi um abalo imenso em todo o país. A nação inteira estava chocada, chorosa e revoltada com relação à violência sofrida.

Passaram-se 10 anos. Não quero parecer piegas, nem menosprezar a dor e sentimento dos que foram atingidos e vitimados por este ato de barbárie e violência. Mas, sou levado a perguntar o que fica para nós diante deste fato, além de apontar o fanatismo religioso insano de seguidores do Islã, que, em nome de um deus, cometem tal barbarismo?

a) Perceber nossa fragilidade: Quem imaginaria que tais estruturas poderiam ruir como ruíram? Dias antes havíamos sobrevoado a cidade e elas se mostravam imponentes, como um símbolo de absoluta estabilidade. Em minutos um monte de escombros e nada mais. Somos frágeis e débeis, por mais que nos queiramos nos ver inabaláveis e estáveis.

b) Perceber a necessidade de permanente vigilância: A maior potência do mundo atingida de forma tão direta, mas, ao mesmo tempo, de modo tão simples e eficiente. Nada de fora, porém, de dentro. Não bombardeiros estrangeiros, não mísseis intercontinentais, mas aviões domésticos. Não estavam preparados para este tipo de ataque. A falsa sensação de poder levara à falácia da falsa segurança. Por mais fortes que sejamos (ou pensemos ser) é necessário vigilância permanente contra nossos adversários, os quais procuram nos devorar.

c) Perceber o imperativo da absoluta confiança em Deus: Todo poderio bélico, logístico, econômico e digital foi incapaz de livrar os Estados Unidos daquele ataque. A confiança em si mesmo e nas coisas foi profundamente abalada, levando à reflexão sobre o imperativo de confiança em Deus. Ele é a nossa torre (Sl. 61:3; Pv.18:10) forte e inabalável, Ele é nosso refúgio e fortaleza (Sl.46:1).

Abriguemo-nos no Senhor, torre que jamais será abalada.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 4 de setembro de 2011

PAZ, PAZ; QUANDO NÃO HÁ PAZ...

ANO LXIX - Domingo, 04 de setembro de 2011 - Nº 3436

"Paz, paz; quando não há paz..." (Jeremias, 6.14; 8.11)

Grande expectativa se formou nos Estados Unidos da América do Norte, e em outras partes do mundo, com a passagem do furacão Irene. Evacuação de pessoal em cidades costeiras, reforço nas janelas e portas de casas de comércio e residências e outras medidas preventivas. Pelo menos 11 mortes em conseqüência do furacão cujo nome é Irene, palavra de origem grega que significa paz. O contraste é muito grande entre o nome e os efeitos do fenômeno.

O texto do profeta Jeremias também fala de algo parecido, ainda que não esteja em conta nenhum fenômeno natural. Trata-se do ambiente social reinante em Israel naqueles dias. Falsos profetas anunciavam a existência de paz, quando, na verdade, não havia paz alguma. Apenas uma falsa sensação de tal situação, uma ilusão de calmaria e falta de aflição. Embora houvesse o anúncio de paz, ela não estava presente. Não havia paz.

De certa forma isso ainda se verifica no nosso contexto hodierno. Há quem insista em que tudo está em paz, tudo é paz; mas não há paz. Ao olharmos a situação mundial vemos uma quantidade imensa de conflitos étnicos, religiosos e sociais com beligerância e atrocidades. As cidades não são lugares seguros e confiáveis, onde o crime campeia e a violência aumenta. Claro que não existe uma histeria coletiva de pânico, mas a situação vai se agravando e a sensação de insegurança e a consequente falta de paz aumenta. Arrastões em restaurantes, invasões em domicílios, assaltos a instituições financeiras, violência doméstica, crescimento da incidência de abuso sexual de menores, tráfico de drogas e outras tantas misérias sociais. Paz, paz, quando não há paz.

Jesus nos diz: "Deixo-vos a minha paz, a minha paz vos dou" (João 14.27). Esta é a solução; a paz genuína e verdadeira. Em Cristo há e haverá esta paz que "excede a todo entendimento" (Filipenses, 4.7), sem falsear ou enganar com nome ilusório de Irene. Em e com Cristo, mesmo no meio do furacão, poderemos desfrutar a verdadeira Irene, a paz de Deus.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 28 de agosto de 2011

FAXINA

ANO LXIX - Domingo, 28 de agosto de 2011 - Nº 3435

Faxina

"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque limpais o exterior ...mas por dentro estão cheios de rapina e intemperança" (Mateus 23:25).

Uma das palavras que mais foi ouvida e lida nestes últimos dias, em ligação com a esfera do primeiro escalão do Governo Federal foi: FAXINA. De fato, parecia haver uma certa onda para limpeza e faxina no ambiente dos corredores de alguns ministérios e setores do alto escalão em Brasília. Seria muito bom que, de fato, houvesse uma limpeza radical, profunda e extensa em todo este segmento. Faxina, deste tipo, é sempre bem-vinda.

Claro que há faxinas reprováveis, como a étnica (nazistas contra judeus, negros, ciganos; Sadan Hussein contra os curdos, os armênios), a religiosa (cruzadas contra os infiéis judeus e muçulmanos; implantação da Sharia islâmica contra cristãos em países da África e Ásia), mas a faxina ética e moral é sempre necessária e imperativa.

O que nós gostaríamos de ver é uma faxina que eliminasse a corrupção endêmica nas esferas públicas em nosso país. Uma limpeza que fizesse reluzir em alvura as contas públicas sem superfaturamento ou sucateamento com desvios astronômicos de verba pública para utilização em benefício particular. Vivenciar uma ação purificadora de cobrança de impostos devidos por grandes corporações, que lesam o Estado e funcionários de tais empresas, desfrutando, depois, de anistia do Poder Público.

Estas faxinas necessárias se fazem imperativas devido à poluição e impureza reinantes no coração do ser humano. Jesus, de certo modo, nos diz sobre isto e nos adverte quanto à pouca eficácia de limpar o exterior (aparência-efeito) e não o interior (essência-causa). Nosso anseio, desejo, oração e clamor são no sentido de que haja faxina no coração das pessoas, operada pelo lavar regenerador da graça de Deus, refazendo e reformulando o caráter dos indivíduos, alcançando o aspecto mais íntimo com relação à verdadeira solução de tal endemia de corrupção: "Bem-aventurados os limpos de coração...(Mateus 5: 8). Tenha Deus misericórdia.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 21 de agosto de 2011

SONS DO LAGO

ANO LXIX - Domingo, 21 de agosto de 2011 - Nº 3434

Sons do Lago

Nos dias 09 a 12 de agosto estivemos (Rev. Paulo, Pb. Petrilli, e seu filho Joca) em viagem, para visitarmos o campo missionário em que a IPVM tem parceria no interior do Amazonas, local onde nossa irmã Érika trabalha.

Foi uma viagem de profundo significado para nós. Longa, mas proveitosa. Chegamos em Manaus de madrugada e na manhã seguinte, bem cedo, saímos para o interior. Foram quatro horas de carro até Itapiranga. Lá tomamos um barco rápido e viajamos duas horas até a cidade de Urucará. Fizemos uma breve parada onde recebemos no barco um evangelista e navegamos mais uma hora até o Lago do Carará, base de atuação da Érika e Vanderley.

Trata-se de um lindo lugar com todos os atrativos da beleza natural com os braços de rios na água limpa, sem poluição, mata circundando tudo e a fauna exuberante. Claro que há aspectos menos líricos; pernilongos (carapanãs), calor e insetos. Mas, a beleza supera estes aspectos não tão inspiradores.

Ao cair da tarde de quarta-feira (chegamos às 16h00), por volta das 17h30, tivemos um abençoado culto. Entre outros privilégios vimos adolescentes nativos conduzindo cânticos, juntamente com a Érika. Cerca de vinte adultos presentes, e umas vinte crianças que puderam cantar e receber o ensino bíblico em seu nível de entendimento. Dentre os adultos tínhamos sete (dois homens e cinco mulheres) já batizados e professos, fruto do trabalho ali realizado. Outro privilégio foi termos celebrado a Ceia do Senhor pela primeira vez naquele lugar e região do Lago do Carará.

Há muitos sons no lago. O vento que sopra, os barcos que trafegam, os animais que se manifestam, as pessoas que falam e gritam. Mas, há um novo som no lago do Carará, o som do louvor ao Senhor, a Voz do Evangelho que lá se faz ouvir, a proclamação das Boas Novas, e a voz grata nos corações dos que agora conhecem a salvação e o perdão de seus pecados em Cristo Jesus. A Érika, o Vanderley e a IPVM são partícipes neste processo de fazer ouvir este novo som no Lago do Carará. Deus seja louvado.

Retornamos até Urucará, onde pregamos e celebramos a Ceia do Senhor na Ig. Prespbiteriana naquela cidade. Saímos de barco por volta de meia noite (viajamos uma hora e meia) até Itapiranga, pegamos o carro e fomos a Itacoatiara (uma hora e meia de carro), onde chegamos às três da manhã. Às seis da manhã pegamos um barco hospitalar (da Igreja Presbiteriana de Manaus) e navegamos por 17 horas até chegarmos a Manaus. Petrilli e Joca voltaram na madrugada de sexta para sábado. Eu fiquei e falei no sábado, pela manhã e à tarde, a pastores e professores do seminário e no domingo preguei no culto matutino e vespertino da I. P. de Manaus. Louvado seja Deus.

Rev. Paulo Audebert Delage


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domingo, 14 de agosto de 2011

OBEDECEI A VOSSOS PAIS

ANO LXIX - Domingo, 14 de agosto de 2011 - Nº 3433

"Obedecei a vossos pais...
pais criai vossos filhos na disciplina... do Senhor" (Ef. 6.1 e 4)

Neste domingo é celebrado o Dia dos Pais. Claro que se trata de mais uma data movimentadora do comércio. Evidente que não tem (não sei o motivo) a mesma força e pujança do Dia das Mães, mas é uma data esperada pelos lojistas e comerciantes.

Aspectos mercantilistas à parte, fazemos registrar nossos parabéns aos pais neste dia em que tal figura é lembrada e celebrada. Em nossa cultura o pai é visto (ainda) como ponto de referência de estabilidade, amparo, segurança e força. Esta situação vai sendo modificada aos poucos e gradualmente, mas ainda se mantém deste modo.

No texto de Paulo aos Efésios, há um aspecto muito interessante, que vem sendo negligenciado ao longo de muitos anos em nosso ambiente sócio-cultural. Trata-se da responsabilidade do pai em relação à criação (instrução-educação dos filhos). Há, no texto, duas palavras usadas distintamente para pais. A primeira é de sentido genérico, ou seja, inclui o pai e a mãe na categoria de "pais", aos quais os filhos devem obedecer. A segunda é de sentido restrito e aplica-se ao gênero masculino, ou seja, o pai propriamente dito, sobre quem incide o privilégio e a responsabilidade de criar as crianças (filhos-genérico). Temos visto o equívoco de delegar às mães tal privilégio e responsabilidade. É comum dizer-se que a mãe é quem deve cuidar da instrução dos filhos, sobretudo religiosa. À luz dos textos de Efésios e da carta gêmea a esta; Colossenses, isso não é verdadeiro e não se sustenta.

Pais (masculino) não nos descuidemos desta responsabilidade que o Senhor nos tem dado. É uma honra e privilégio ser o "pedagogo", o condutor e instrutor de seu filho. Ensina-lo não significa apenas falar a ele, mas ir com ele, andar com ele, estar com ele, envolver-se com ele. Pais, façam assim, cumprindo o que Deus lhes determina. Parabéns pelo seu merecido dia.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 7 de agosto de 2011

JOHN STOTT

ANO LXIX - Domingo, 07 de agosto de 2011 - Nº 3432

"Não sabeis que, hoje, caiu em Israel um príncipe e um grande homem?" (2 Sm. 3:38)

O texto acima faz referência a Abner, morto de forma traiçoeira por Joabe. Davi faz esta declaração sobre este valente combatente e homem honrado em Israel, reconhecendo seu valor.

Este texto pode ser aplicado ao pastor e doutor John Robert Walmsley Stott, falecido dia 27 de julho deste ano, aos 90 anos em Londres. Sem dúvida uma das mais influentes figuras no mundo evangélico, com sua postura de fidelidade a Deus, erudição e profunda simplicidade. Nunca veio a casar-se e cumpriu o ministério com zelo, dedicando-se ao Senhor e à missão dEle recebida. Escritor de vários livros de grande circulação e influência, com tradução em várias línguas.

O Los Angeles Time publicou uma matéria sobre sua morte, da qual registramos o seguinte: "O Rv. John Stott, influente evangelista da Igreja Anglicana, morre aos 90 anos. Modesto, mas erudito, o pastor foi considerado mentor de Billy Grahan e Rick Warren. Foi ele o principal estruturador do Pacto de Lausanne em 1974, que lançou o Movimento Evangelical no mundo. Ele não encheu estádios de fiéis como seu amigo de longa data Billy Grahan, nem fez a oração de abertura do governo de Barak Obama na mega igreja de Rick Warren. Porém, foi um gigante do mundo evangélico e, talvez, o mais influente evangelista do qual se tem notícia".

Certamente a influência positiva de Stott continuará sendo presente por um longo tempo. Seus livros, palestras gravadas, seminários e aulas, continuarão influenciando a muitos, desafiando-nos à profundidade e erudição com simplicidade e modéstia. Movimentos como ABU, Missão Integral da Igreja, SEPAL e muitos outros experimentaram e continuarão experimentando a salutar presença dos pensamentos e ideais deste "príncipe de Israel" que tombou. Devemos aplicar a ele o que disse o apóstolo Paulo ao referir-se a Epafrodito: "Honrai sempre a homens como esse" (Fp. 2:29).

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 31 de julho de 2011

TEMPORADA DE INVERNO

ANO LXIX - Domingo, 31 de julho de 2011 - Nº 3431

Temporada de Inverno

Tivemos uma abençoada temporada de inverno no Recanto, que ficou caracterizado como Recant'ville, arrumado nos moldes do "Velho Oeste". Deus abençoou ricamente as atividades ali desenvolvidas, do que transcrevemos uma mensagem do Pb. Ruy à Mesa Administrativa do Recanto. Louvemos a Deus por estes irmãos que ali trabalharam e por este lugar especial, que o Senhor tem nos permitido usar para alcançarmos vidas para Seu Reino.

"Querido irmão; mais uma vez nosso Deus está sendo muito misericordioso, a equipe continua extremamente unida e, como poucas vezes vi, o espiritual tem sido o maior foco. O contato individual com os acampantes tem sido motivo de muita alegria no meu coração, não estão deixando passar nem uma oportunidade.

Tivemos 4 casos muito difíceis de trabalhar, 2 na semana M (crianças) e 2 na G (adolescentes), casos incríveis onde o que era impossível para nós, Deus em sua misericórdia tornou em salvação. Louvado seja o Nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, a Ele toda glória. No sábado (dia 16) a equipe ganhou de presente um passeio a Tietê para tomarmos um sorvetinho e quando entramos no circular que veio nos buscar, muitos instrumentos embarcaram juntos. Após o sorvete fomos à praça de Tietê e depois de alguns minutos fazendo um emocionante louvor, várias pessoas se aproximaram e "nossos" jovens, saindo ao encontro literalmente, pregaram o evangelho com muita autoridade e muito me emocionou, pois 4 pessoas que ali estavam oraram entregando suas vidas a Cristo.

O pouco tempo em que estivemos por lá foi tão forte, que resultou em um convite para estarmos na IP de Tietê no próximo domingo e fui convidado para levar a palavra. Nossos jovens já terão retornado a São Paulo mas não abriram mão de mim.

Pela misericórdia do Senhor, até aqui, 78 crianças e adolescentes se entregaram a Jesus Cristo. Que alegria! Muita emoção e satisfação pelo trabalho cumprido até aqui. Continuemos orando...

O RECANT'VILLE está uma grande benção.
Forte abraço e muitas saudades,
Ruy Ferreira."

domingo, 24 de julho de 2011

APEC DO BRASIL

ANO LXIX - Domingo, 24 de julho de 2011 - Nº 3430

APEC DO BRASIL

Há mais de 50 milhões de crianças no Brasil, segundo o censo. O desafio de alcançar com o Evangelho todas as crianças brasileiras é imenso. Como fazer isso? Coopere com a ÁPEC. Seja um parceiro na divulgação de suas atividades. Participe com sua intercessão contínua em favor do trabalho, dos obreiros e das crianças. Invista também com suas ofertas.

Nos variados ministérios realizados com crianças, pelos obreiros da APEC, voluntários, alunos e ex- alunos dos cursos, cujos relatórios nos foram enviados, chegamos ao significativo total de 944.588 crianças alcançadas com a mensagem do Evangelho e, destas, 244.395 manifestaram sua fé em Jesus como seu Salvador e foram aconselhadas sobre como ter certeza de sua salvação, conforme a Palavra de Deus assegura.

Para o ano de 2011, ano em que APEC do Brasil comemora seus 70 anos, o alvo proposto é chegar a alcançar 1 milhão e 200 mil crianças. Louve ao Senhor conosco, por tudo que Deus permitiu que fosse realizado em 2010, e ajude a APEC a chegar mais longe e a alcançar um maior número de crianças, para a glória de Deus.

Ministérios realizados com as crianças
  1. Clube de Boas Novas
  2. Clube de 5 dias
  3. Classe nas Escolas
  4. Classe em datas especiais
  5. Evangelismo pessoal ao ar livre
  6. Encontro de crianças
  7. Feiras e Exposições
  8. Acampamentos e retiros
  9. Campanhas evangelísticas
  10. Conferências missionárias para crianças
  11. Cursos por correspondência
  12. Escola Bíblica de Férias - EBF
  13. Mensagens em hospitais e orfanatos
  14. Programas especiais em igrejas
  15. Programas especiais nas escolas
  16. Programa da Kombi Boas Novas
  17. Projetos Nacionais
  18. TOTAIS
Número
  1. 1.865
  2. 1.999
  3. 5.551
  4. 673
  5. 2.783
  6. 623
  7. 16
  8. 146
  9. 312
  10. 101
  11. 2
  12. 1.347
  13. 109
  14. 2.224
  15. 913
  16. 6
  17. 281
  18. 19.106
Crianças alcançadas
  1. 67.189
  2. 92.025
  3. 201.941
  4. 26.436
  5. 17.319
  6. 48.948
  7. 8.747
  8. 6.426
  9. 27.184
  10. 12.814
  11. 24.948
  12. 130.914
  13. 3.992
  14. 123.079
  15. 102.771
  16. 423
  17. 49.432
  18. 944.588
Crianças aconselhadas para salvação
  1. 16.262
  2. 35.596
  3. 51.809
  4. 6.303
  5. 9.729
  6. 10.365
  7. 1.047
  8. 1.159
  9. 8.956
  10. 1.638
  11. 3.818
  12. 29.661
  13. 995
  14. 28.126
  15. 30.452
  16. 90
  17. 12.389
  18. 244.395
Artigo extraído da revista O Evangelista de Crianças - jul-set/2011

Rev. Gilberto Celeti (Superintendente Nacional da APEC no Brasil)

domingo, 17 de julho de 2011

CEM ANOS DE ASSEMBLEIA DE DEUS

ANO LXIX - Domingo, 17 de julho de 2011 - Nº 3429

Cem anos de Assembleia de Deus

Dia de 18 de junho de 1911, ainda início do novo século. Século promissor. Prometia ser o século das luzes, do desenvolvimento humano, da erradicação da ignorância, miséria, fome e todos os males que assolam a humanidade, e isto devido às conquistas da ciência. Era tempo da evolução, da crença no ser humano e seu potencial de bondade. Crenças abaladas, logo a seguir, pela chamada Primeira Guerra Mundial, fazendo esboroar o sonho da humanidade boa e sem males.

Dia 18 de junho de 1911, ainda início do novo século. Século que buscava colocar o homem no centro de tudo. A psicanálise freudiana reduzindo os problemas às questões da sexualidade; o marxismo reduzindo as desigualdades e misérias às questões do capital, a filosofia nihilista e a proposta do "super-homem", desbancando Deus e tornando o homem dono de seu "destino". Século que parecia erradicar a expressão religiosa da vida humana e torná-la coisa de museu.

Dia 18 de junho de 1911, ainda início do novo século. É organizada em Belém do Pará a primeira igreja das Assembleias de Deus no Brasil. Dois suecos chegaram ao Pará no ano anterior, vindos dos Estados Unidos e iniciam o trabalho pentecostal no Brasil. Seu início está ligado ao aspecto pouco adequado de "trabalhar" nas searas já plantadas das igrejas estabelecidas (tradicionais e históricas), mas também se fazia presente o interesse por pregar de casa em casa, de distribuir a Bíblia, pregar em praças e outros lugares de circulação pública, ensinando a salvação só em Jesus.

A Assembleia de Deus no Brasil completa 100 anos. Damos graças a Deus pela vida desta denominação evangélica e cristã no Brasil. Congrega, hoje, em seus vários "ministérios", cerca de 12 milhões de membros, sendo a maior denominação protestante-evangélica em nosso país. Reconhecemos seus esforços e congratulamo-nos com estes irmãos pelo trabalho que têm realizado, levando muitas vidas à graça redentora de Deus em Cristo Jesus.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 10 de julho de 2011

SEMEAR E COLHER

ANO LXIX - Domingo, 10 de julho de 2011 - Nº 3428

Semear e colher.

O salmista nos fala sobre este princípio da semeadura e da colheita no salmo 126. A poesia do salmo é belíssima e seu lirismo elevado. Falanos das lágrimas no exercício do semear e da alegria no momento do colher. De fato, o que semeia o faz na expectativa de colheita, do contrário seria insano o semear.

Há, no entanto, alguns que não observam este princípio e conspurcam tal processo. São aqueles que desejam viver do que "espontaneamente" nasce ou brota. Não querem arar a terra, adubá-la, semeá-la e carpir para evitar que o mato tome conta dos pequenos brotos. Não se esforçam nem se empenham, querem apenas os frutos que nasçem pela dádiva da própria terra. Na esfera da religião são aqueles que se acomodam e pensam que Deus fará o trabalho que lhes compete fazer. Sem semear não há como ceifar. Não se pode esperar colher frutos do espontâneo brotar. É preciso levar a semente e semear, mesmo que com lágrimas e dificuldades.

Há outros que, também, corrompem este princípio da semeadura. São os que lançam mão da lavoura alheia, ou seja, do que outros plantaram e araram. São aqueles que se aproveitam da horta alheia, do pomar alheio e buscam ali os frutos sem maiores esforços. Não semearam, não adubaram, não cultivaram, mas acabam recolhendo em seus cestos. Atitude reprovável e contrária à ética. Este método não é incomum na esfera da religião. São os que ficam "colhendo na seara alheia", ou seja, em lugar de "semearem com lágrimas", ficam a levar os frutos que já estão amadurecidos ou são integrantes de outro pomar ou canteiro. É muito mais fácil. É só colher, não há necessidade de semear.

Graças a Deus por que a IPVM continua com seu trabalho de semear, mesmo que com lágrimas, sem fazer trabalho de busca de frutos maduros em outro pomar. O Senhor nos tem abençoado e nossa colheita vai sendo realizada como fruto de trabalho zeloso e fiel de semeadura da Palavra. Que outros não ajam assim, não nos importa. A nós nos importa semear com fidelidade, na certeza de que o Senhor nos dará os frutos desta semeadura.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 3 de julho de 2011

EVANGELISMO E MISSÕES

ANO LXIX - Domingo, 03 de julho de 2011 - Nº 3427

Evangelismo e Missões

O mês de julho chegou e com ele algumas atividades na IPVM se fazem notórias.

Nesta semana tem início a nossa temporada de inverno em nosso belo e abençoado Recanto. Serão três semanas de evangelismo intenso, alcançando crianças e adolescentes. Evangelismo realizado por nossos jovens que atuam como conselheiros e equipantes, levando os que estão sob seus cuidados à comunhão com o Senhor. Preletores estarão mobilizados para exporem o plano de salvação a todos que ali estiverem, com base em João 3.16, para que possam tomar uma decisão em relação a Cristo e à salvação por Ele oferecida sem distinções. Esperamos alcançar cerca de 250 crianças e adolescentes neste trabalho de evangelização.

Na sexta-feira passada uma equipe de 18 irmãos da IPVM se deslocou para o Mato Grosso do Sul, na aldeia de Porto Lindo, para mais uma viagem missionária. São voluntários e voluntárias que prestarão serviço missionário e de evangelização junto à população indígena daquela aldeia (cerca de 6 mil índios), onde já temos uma igreja estabelecida e até forte, mas que tem grande carência do Evangelho redentor de Cristo. É a mobilização da IPVM em cumprir a ordem de fazer missões e evangelizar. Cada participante arcará com suas despesas de viagem. Serão prestados serviços odontológicos, médicos, didáticos e pedagógicos, além de fornecimento de agasalho, calçado e medicamentos. A missão é completa, ou seja, não só pregação, mas manifestação de apoio, suporte e socorro físicos necessários naquela área que é tão carente.

É a IPVM em ação, em evangelização e em missão. Louvado seja o Senhor por isto, pois esta é uma igreja viva e ativa, chamando pecadores ao arrependimento e à salvação. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça; quem tem olhos para ver, veja.

E você? Participe em oração a favor destes irmãos e irmãs envolvidos nestas atividades. Contribua e se envolva para que esta Obra continue sendo feita e cresça, para louvor do Senhor.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 26 de junho de 2011

ORAÇÃO: DO DEVER AO PRAZER

ANO LXIX - Domingo, 26 de junho de 2011 - Nº 3426

Oração: do dever ao prazer.

O tema acima é o título de um livro escrito pelos autores J.J.Packer e Carolyn Nystiom, que nos desafia à pratica da oração como ordenança do Senhor e também no prazer dessa prática.

Não há outro meio para que Deus possa agir neste mundo caído, inimigo de Deus e hostil. Há sim, tão somente a obediência à Sua Palavra, à Sua Vontade, orando todo o tempo no Espírito e para isso vigiando com toda a perseverança.

Os grandes homens e mulheres de Deus na Bíblia, outros no decorrer da história e os grandes avivamentos foram resultados do cumprimento desta ordem bíblica, bem como, no prazer destes homens e mulheres no Senhor e na força de Seu poder. Com esta prática reis e reinos poderosos, leões, fornalha ardente, perigos, aflições e espadas foram vencidos. Muralhas ruíram, nações inteiras voltaram-se para Deus, com pano de saco e cinza reconhecendo-O como Único Senhor e Soberano.

A prática da oração e da Palavra de Deus, são armaduras dos cristãos nascidos de novo, regenerados. Sem elas nós desfalecemos, desanimamos, ficamos paralisados diante dos tempos difíceis e dos grandes desafios.

Deus é Deus de Aliança. É o mesmo ontem, hoje e O será para todo sempre. Todas as coisas são para Ele e por meio D’Ele.

Portanto irmãos, obedeçam ao Senhor, tendo N’Ele todo o nosso prazer. Sozinho, de dois a dois, como família, como igreja, caminhemos de joelhos. A terra geme e sofre clamando por misericórdia. Oremos sem cessar, nos mantenhamos em oração, oremos em todo o tempo. Continuemos a orar, e vejamos quantas maravilhas Deus fará. Amém.

Rev. Jurandir Storck

domingo, 19 de junho de 2011

TOMANDO BANHO EM ÁGUA SUJA

ANO LXIX - Domingo, 19 de junho de 2011 - Nº 3425

Tomando Banho Em Água Suja

Quantas vezes nos envolvemos pela cultura da recompensa. O que seria isso? Bom, para esclarecer, cito um exemplo. Quando erramos o alvo, ou seja, quando pecamos e percebemos o erro que cometemos, nos sentimos as piores pessoas do mundo. E junto com esse sentimento, vem a “certeza” de que, agora vai demorar pra Deus me abençoar.

Isso acontece, porque sempre associamos as bênçãos de Deus a nossa conduta.

Acontece que, se formos bem sinceros, quando é que de fato merecemos as bênçãos de Deus? Eu posso falar por mim, jamais.

Com isso, não quero incentivar uma vida indisciplinada, com o seguinte pensamento: “certo ou errado Deus vai me abençoar”. Esse tipo de pensamento pode surgir, mas não tem nenhuma coerência com as Escrituras. Todo coração que se rende a Jesus, aprende a viver pela Graça e a conviver com ela, buscando sempre a santidade em resposta à Graça de Deus.

Jesus se denominou, Água Viva, a fonte de toda vida, sempre que menosprezamos a graça de Deus, sempre que a barateamos com a cultura da recompensa, nos banhamos em água suja. Qual então o ideal de Deus? Como devemos proceder? A resposta vem dos lábios do apóstolo Paulo.

“Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens. Ela nos ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente, enquanto aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo. Ele se entregou por nós a fim de nos remir de toda a maldade e purificar para si mesmo um povo particularmente seu, dedicado à prática de boas obras.” Tito 2.11-14

Rev. Gustavo Bacha

domingo, 12 de junho de 2011

E SE...

ANO LXIX - Domingo, 12 de junho de 2011 - Nº 3424

... e se...” (Lucas 19:8)

Esta expressão foi dita por Zaqueu, após afirmar, publicamente, que daria aos pobres metade de seus bens, e se houvesse extorquido alguém, restituiria quatro vezes mais ao que tivesse sofrido tal ação.

Quando a maioria de determinado segmento tem certo comportamento, nossa tendência é afirmar que todos têm a mesma inclinação. Como fruto desse modo de pensar (equivocado), julgamos que todos os coletores de impostos eram ladrões e roubavam as pessoas. O texto sobre Zaqueu não diz ou afirma que ele fosse um defraudador, ou que houvesse, no exercício de sua função (coletor), roubado alguém.

No texto ele diz: “se”. Não afirma que haja feito aquilo. Além disso ele afirmou, publicamente e diante do Senhor, seu compromisso de devolver o dinheiro em caso de demonstração, sendo esta sua atitude comprovação de sua regeneração. Jesus não afirmou que Zaqueu houvera sido um roubador ou defraudador, embora a oportunidade ali estivesse para afirmá-lo.

Agregue-se a isso o fato de que se desse metade dos bens aos pobres, e fosse restituir quadruplicadamente o que havia (se houvesse feito) defraudado, não teria suporte financeiro (fundos suficientes) para fazê-lo. Quem testificasse contra Zaqueu o comportamento lesivo (cobrança além do devido), seria restituído e indenizado pela lesão sofrida.

Assim, não se pode dizer que Zaqueu fosse roubador ou ladrão, pelo fato de que os coletores de impostos eram (costumeiramente) roubadores. Zaqueu não disse, Jesus não disse, nem o evangelista Lucas afirma. Portanto, afirmarmos tal comportamento em Zaqueu é fruto de nossa gratuita interpretação, ou mesmo preconceito.

Cuidado. Às vezes agimos da mesma forma com outras pessoas e categorias. Sejamos prudentes e não levianos no exercício de nosso falar e, sobretudo, ao exercermos qualquer forma de juízo de valor ou rotulatório.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 5 de junho de 2011

COMO OUVIRÃO SE NÃO HÁ QUEM PREGUE?

ANO LXIX - Domingo, 05 de junho de 2011 - Nº 3423

Ora, descendo ele do monte... eis que um leproso se aproximou” (Mt.8:1-2)

Alguns relatos na narrativa dos evangelhos nos mostram Jesus retirado nos montes. Nós o encontramos orando, ensinando, buscando privacidade para si ou para ter consigo um pequeno grupo dentre seus discípulos. Mas, em qualquer destas várias situações temos o registro de que Ele desceu do monte e enfrentou a situação da rotina e demandas da vida.

Seja após o Sermão do Monte (nosso texto acima), seja no Monte da Transfiguração, ao descer até o vale, Jesus se depara com as mazelas, carências, conflitos e dramas da humanidade. São os leprosos, os doentes menos graves, os lunáticos, os endemoninhados, os cansados e desesperançados. Enfim, o retrato da humanidade excluída, destituída e humilhada. Ele acolhe, ouve, cuida, sara, liberta.

Como Igreja, temos que aprender com Jesus, Cabeça e Senhor desta Igreja, a nos posicionar da mesma maneira. Estarmos no monte buscando a presença do Pai em oração, aprendermos dEle que é “manso e humilde” por meio da meditação e estudo de Sua Palavra e desfrutarmos da comunhão dos santos que anima e conforta. Mas, também, assumirmos, como Ele, o compromisso do socorro, ajuda, cuidado e libertação dos cativos do Diabo, do pecado, do mundo, dos vícios e de toda “sorte de mal”.

O desafio hoje é para nós, Igreja. A continuação do ministério de Jesus é requerida de nós. Somos nós que precisamos andar “fazendo o bem, ensinando, pregando o Evangelho, curando e libertando todos os cativos do mal”. É preciso que invistamos nesta verdade nossos talentos, tempo, aptidões, dons e bens, a fim de vermos o Reino de Deus sendo manifesto nos corações dos seres humanos. Tenhamos nossos montes e retiros, mas desçamos deles para as batalhas nos vales onde estão os coxos, doentes e endemoninhados a nos esperar, pois como “ouvirão se não há quem pregue?”.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 29 de maio de 2011

CELEBRAÇÃO DE 69 ANOS DA IPVM

ANO LXVIII - Domingo, 29 de maio de 2011 - Culto Vespertino

Celebração de 69 Anos da IPVM

Por ocasião do culto a Deus em 29 de maio de 2011, em gratidão pelos 69 anos de formação da Igreja Presbiteriana de Vila Mariana, o coro IPVM participou com uma seleção de cânticos de louvor a Deus.
Gravação, edição e publicação pelo Departamento de Som e Imagem da Igreja Presbiteriana de Vila Mariana.

ONDE ESTÁ SEU CORAÇÃO?

ANO LXVIII - Domingo, 29 de maio de 2011 - Nº 3422

Porque onde está o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração” (Lc.12:34)

Este texto faz parte do chamado “Sermão do Monte” proferido pelo senhor Jesus aos seus discípulos. Muitos ensinos, preceitos, exortações e advertências nos foram dados pelo Senhor no conteúdo riquíssimo deste seu discurso. Um dos assuntos tratados por Ele foi sobre o tesouro, seja no céu ou na terra; de relevância grandiosa para nós ainda hoje. Faria diferença se invertêssemos a estrutura da frase dizendo: onde está seu coração, ali estará seu tesouro? Penso que não, pois é fato de que onde está nosso coração, está lá, também, nosso tesouro. Seu tesouro é a família? Lá estará seu coração. Seu tesouro é seu nome? Seu coração se encontrará assentado nele. Assim poderemos continuar: trabalho, lazer, igreja, e outros.

Este princípio colocado pelo Senhor Jesus é universal e aplicável em todo escopo da história humana. Não é diferente comigo e com você e ainda hoje. A hipocrisia é muito evidente dentro de nossas igrejas quando se trata deste assunto. A pessoa afirma que seu coração é de Jesus, que seu coração está inteiramente colocado no Reino de Deus, mas seu tesouro continua retido em seu bolso, sendo usado por você na satisfação de seu próprio interesse, na aquisição de bens, no aumento de patrimônio, etc., em lugar de ofertar e dizimar?

Como você pode, honestamente, afirmar diante de Deus que seu coração é dEle e que está colocado no Seu Reino, mas seu tesouro não está lá? Como afirmar que seu coração está voltado para o estabelecimento do Reino do Senhor e Sua Obra, se você não entrega, sequer, um décimo de seu tesouro para o Reino dEle? Seja honesto e diga: meu coração não está no Reino de Deus, por isso não tenho meu tesouro nele; ou pare com a falsidade de afirmar que seu coração é de Jesus, mas não coloca nEle seu tesouro.

Onde está seu coração? Onde está seu tesouro? Deixe de ser hipócrita; eles não podem estar em lugares diferentes.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 22 de maio de 2011

GRATIDÃO

ANO LXVIII - Domingo, 22 de maio de 2011 - Nº 3421

Não houve, porventura, quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?” (Lucas 17:18)

Esta conhecida passagem nos fala da cura de dez leprosos, efetuada pelo Senhor Jesus, e o fato de que apenas um deles voltou para agradecer, ou dar glórias a Deus pelo milagre realizado em sua vida. É evidente que todos os dez curados estavam gratos a Deus, mas apenas um demonstrou este fato ao voltar para verbalizar este sentimento. Sua atitude expressou sua emoção e seu sentir.

A IPVM está celebrando 69 anos de organização eclesiástica. Em 1942 esta congregação da Igreja Presbiteriana Unida de São Paulo era elevada à condição de Igreja organizada e passava a ter sua autonomia e gerência próprias. É tempo de termos, não apenas, os corações gratos ao Senhor, mas manifestarmos tal gratidão e expressarmos nosso reconhecimento ao Senhor por tão grande bênção.

Demonstramos nossa gratidão de muitas formas. Podemos apenas dizer: obrigado. Podemos realizar alguma tarefa como gratidão. Podemos, ainda, retribuir com algum presente. Estas atitudes não são excludentes, ou seja, uma não suprime ou torna desnecessária a outra. Elas são complementares.

Você deve agradecer a Deus a existência da IPVM, louvando-O. Você deve manifestar sua gratidão ao Senhor pela existência desta igreja, envolvendo-se em um (pelo menos) dos muitos ministérios nela existentes. Também manifeste sua gratidão ao Senhor pela vida da IPVM, assumindo o compromisso de fidelidade a Ele na entrega de seu dízimo e de suas ofertas. Ele tem sido gracioso e benevolente para conosco nestes 69 anos de existência. Conscientes de tão grande bênção, expressemos nossa gratidão e reconhecimento, trazendo-lhe, como manifestação gratulatória e de compromisso com Ele e Sua Palavra, nosso dízimo e nossas ofertas.

Todos os leprosos curados tinham gratidão em seus corações, mas somente um demonstrou isto. O Senhor Jesus, registrou tal atitude. Não restrinja sua gratidão ao Senhor, ao celebrar os 69 anos de organização de nossa igreja, apenas falando. Assuma o compromisso da manutenção e sustento moral, espiritual e financeiro dela, sendo grato ao Senhor e evidenciando esta gratidão.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 15 de maio de 2011

MAUS CONSELHOS (18)

ANO LXVIII - Domingo, 15 de maio de 2011 - Nº 3420

"Longe de mim o conselho dos perversos."
(Jó 21:16 e 22:18)

Por duas vezes encontramos no livro atribuído a Jó a frase transcrita acima, enfatizando a necessidade de assumirmos tal postura, a bem de nossa própria vida e compromisso com o Senhor e Seu Reino.

Nos dias em que vivemos torna-se, infelizmente, cada vez mais comum nos vermos assediados por orientações, diretrizes e conselhos que se opõem à vontade do Senhor. Somos pressionados por todos os flancos e de todos os modos com propostas sedutoras e justificativas várias para anuirmos e cedermos a elas.

Nosso comportamento tem que ser o mesmo visto em Jó e expresso nesta sua afirmativa. É mister que mantenhamos longe de nós todo e qualquer conselho que seja de caráter ou conteúdo perverso. Embora Jó enfatize o aspecto ligado à pessoa que emite o conselho, ou seja, o perverso; mesmo pessoas não perversas podem ser usadas para nos oferecerem conselho de caráter perverso e, embora possa parecer estranho, pessoas de índole perversa poderão, ainda que raramente, apresentar algum conselho que não seja perverso. Não é incomum que indivíduos envolvidos na vida do crime aconselhem outros a não entrarem nesta senda ou digam a outros para saírem.

A necessidade é de estarmos atentos à essência ou natureza do conselho, a fim de percebermos se se trata de algo perverso e nefando ou não. Não se trata de verificação da mera legalidade da situação, posto que a lei, muitas vezes, será de caráter contrário à vontade de Deus, portanto, ímpia, iníqua e perversa. Assim, o conselho para acatarmos tal lei, embora pareça bom e com "respaldo bíblico" (Romanos 13:1-7) é, na verdade, perverso.

Mantenhamos afastados de nós todos os conselhos que sejam perverso em sua natureza, apegando-nos com firmeza e fidelidade ao Senhor e Sua vontade revelados a nós em Sua Palavra escrita, a Bíblia Sagrada.

Rev. Paulo Audebert Delage

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.