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domingo, 28 de agosto de 2005

MISSÕES MORAVIANAS

ANO LXIII - Domingo, 28 de agosto de 2005 - No 3122

MISSÕES MORAVIANAS

Dois jovens morávios tinham ouvido falar de uma ilha das Índias Ocidentais onde um latifundiário, um inglês ateu, possuía entre dois e três mil escravos. E esse homem dissera: "Nessa ilha não pode entrar nenhum pregador ou sacerdote. Se algum deles chegar aqui, por naufrágio, que fique numa casa separada até que possa sair daqui. Mas não pode falar a nenhum de nós a respeito de Deus. Não quero nunca mais saber dessas tolices."

Imaginem, três mil escravos trazidos das selvas africanas para uma ilha do Atlântico, para ali viverem e morrerem, sem nunca ouvirem falar de Cristo! Os dois jovens morávios ouviram falar sobre isso. Então, eles se venderam àquele inglês e usaram o dinheiro (o mesmo valor que ele pagaria por qualquer outro escravo) para comprar a passagem e viajarem até à ilha. O inglês não oferecia sequer a condução.

Quando o navio estava para zarpar do porto de Hamburgo e adentrar o Mar do Norte, alguns morávios foram ao porto para despedir-se dos rapazes. Ambos tinham pouco mais de vinte anos de idade e nunca mais voltariam, visto que não estavam embarcando para um trabalho regular de quatro anos. Os rapazes haviam se vendido como escravos por toda a vida, para que, na condição de escravos, testemunhassem sobre Cristo aos outros escravos. Os familiares dos rapazes choravam, pois sabiam que nunca mais os veriam. Alguns crentes morávios tinham dúvidas a respeito daquela atitude dos rapazes, considerando-a insensata. E, quando o navio se afastava, e os jovens perceberam a distância que os separava, aumentando cada vez mais, um deles, passando o braço pelo do seu companheiro, ergueu a outra mão e gritou-lhes: "Que o Cordeiro receba a recompensa de seus sofrimentos." Essas foram as últimas palavras que ouviram deles. E tais palavras se tornaram o cerne e o lema das missões moravianas.

Extraído de "Fé para Hoje", no 10, ano 2001, p. 32.

domingo, 21 de agosto de 2005

UMA TAREFA INACABADA

ANO LXIII - Domingo, 21 de agosto de 2005 - No 3121

UMA TAREFA INACABADA

Numa tarde de outubro de 1855, um jovem seminarista voltava pensativo para sua casa. Caminhava pelo campus de Princeton, avançando em meio à avermelhada paisagem de outono, e refletia a respeito do sermão à pouco proferido por um admirado professor. Mais tarde, registra em seu diário: "Hoje ouvi um sermão muito interessante do Dr. Hodge sobre os deveres da igreja na educação. Falou da necessidade absoluta de instruir os pagãos (...). Esse sermão teve o efeito de levar-me a pensar seriamente no trabalho missionário no estrangeiro." (Diário, p. 96.).

Quase quatro anos depois, em 12 de agosto de 1859, o navio "Banshee" aporta no Rio trazendo esse mesmo jovem, Ashbel Green Simonton. Chega só, mas traz no coração o sonho de ver o nome do Senhor Jesus glorificado por mais uma nação! Em pouco mais de uma década de ministério, o jovem lança as bases da Presbiterianismo no Brasil: organiza igrejas, presbitério, seminário, jornal... A ele se juntam outros pioneiros. Em 1888, menos de trinta anos depois, a Igreja Presbiteriana do Brasil se desligaria da Igreja americana, com quase quatro mil membros, por volta de cem igrejas e o maior projeto educacional do país. Devemos ser gratos a Deus pela visão missionária de homens como Simonton. Hoje em dia, dificilmente nos lembramos que, a cerca de século e meio atrás, homens de Deus corajosamente proclamavam o Evangelho em nosso país sob ameaças de morte, lançando as sementes de nossa denominação com sangue e suor!

Sem dúvida, a semente lançada frutificou. Mas a tarefa ainda está longe de terminar! Em nossos dias, cerca de 4,2 bilhões de pessoas compõe a população não-cristã do mundo. Desses, 1,6 bilhão jamais ouviram uma palavra sequer sobre o evangelho! Apesar disso, apenas1% da verba missionária e 2% dos missionários cristãos são enviados para esse mundo não-alcançado. (Fonte: Sepal). Não obstante, nós servimos ao Senhor de toda terra, Àquele que é digno de receber o louvor e a honra de todos os povos, nas mais diferentes línguas e culturas! Sua ordem foi: "Ide, fazei discípulos de todas as nações" (Mt 28.19). A responsabilidade de levar a mensagem às nações ainda ignorantes em relação ao evangelho compete a todos os cristãos!

Você quer fazer parte do mais transformador e gratificante movimento da história? Então, aproveite o mês de agosto, "mês das missões", para envolver-se pessoalmente no projeto missionário! Informe-se melhor sobre o que a IPVM e a IPB têm feito à respeito. Ore por missionários e povos não alcançados! Contribua! Una-se aos milhões que, ao redor do mundo, lutam para que o nome de Jesus seja glorificado entre as nações!

Rev. Davi

domingo, 14 de agosto de 2005

PAPAI: "É CORBÃ"!

ANO LXIII - Domingo, 14 de agosto de 2005 - No 3120

Papai: "É Corbã"!

"Jeitosamente rejeitais ... dizeis: é Corbã". (Mc 7.9-11)

O Brasil é conhecido mundialmente como país do "jeitinho". Contudo, o método parece ser antigo, pois Jesus o detectou quando disse aos fariseus: "Jeitosamente rejeitais". A primeira impressão é que Jesus os teria elogiado: "jeitosamente". Ao usar a palavra "kalós" (bela), Ele parece dizer-lhes: "Com técnica, arte e beleza.. vocês sabem usar muito bem o famoso 'jeitinho'"!

Contudo, Jesus os repreende duramente: "Hipócritas... sois transgressores da lei"! Através de um jeitinho, de maneira subreptícia, lançando mão de um truque "técnico", desprezavam o ensino bíblico do quinto mandamento: "Honra a teu pai". O que faziam? Iam ao Templo e subornavam uma autoridade da tesouraria.

O cambalacho era simulado através de um ato que aparentava grande consagração, isto é, o filho "ofertava" todos os seus bens aos cofres do Templo. Doravante, tudo o que possuía era do Senhor! Ressalta-se que através do "jeitinho", ao doarem suas posses à tesouraria, isto era feito "sine die", isto é, para um futuro longínquo, que sempre poderia ser prolongado.

O "filho consagrado", após subornar o tesoureiro, agora podia afirmar: "Tudo que tenho é corbã"! Corbã quer dizer: consagrado ao Senhor. O resultado é que os pais idosos, em miséria, doentes, famintos e necessitados, ao procurarem o apoio dos filhos, recebiam destes a resposta: "Papai, gostaria muito de ajudá-lo, mas não posso; tudo que possuo é Corbã!! Não mais me pertence, foi doado à Jeová."

Os pais, padecendo grande necessidade, e os filhos "jeitosamente", para não os socorrer, arquitetaram: é Corbã!

O ensino bíblico é: Honra a teu pai! Na conceituação de Calvino, há três formas de se expressar honra aos pais: reverenciando, obedecendo e reconhecendo. Filhos adultos são responsáveis pelos pais idosos, devendo oferecer-lhes todo o respeito, amor, carinho e sustento financeiro quando necessário. "Honrar", do vocábulo hebraico "Kabod", significa: dar peso, dar importância, valorizar, venerar, reverenciar, ter apreço e prestigiar.

Honremos nossos queridos papais!

Rev. Rubens

domingo, 7 de agosto de 2005

MISSÕES

ANO LXIII - Domingo, 07 de agosto de 2005 - No 3119

M I S S Õ E S

No dia 14 de outubro de 1855, no Seminário Teológico de Princenton, SIMONTON ouviu um sermão do Dr. Hodge, que o despertou para missões. O raciocínio que o Espírito Santo operou no coração do jovem Simonton foi: "SE HÁ TANTOS QUE PREFEREM FICAR NÃO SERÁ MEU DEVER PARTIR"? Em 12 de agosto de 1859, chegava ele ao Brasil, atendendo à ordem: "A todas as nações"!

No dia 12 de agosto de 1859, sexta-feira, às 9 horas e 30 minutos, Simonton desembarcava na Baía da Guanabara.

Veio no firme propósito de falar de Cristo ao povo brasileiro. Segundo o seu diário, o jovem de barba nazarena, vai para a casa de um comerciante chamado Wright, a quem ele trouxera uma apresentação. Na primeira refeição em solo brasileiro, a família do Cônsul Scott, estava à mesa.

O primeiro missionário presbiteriano acabava de pisar em terras brasileiras. Que trabalho fantástico Deus iria realizar através deste jovem que aqui chegava com apenas 26 anos de idade. Num curtíssimo espaço de tempo, apenas oito anos, no trabalho missionário, organizou o 1º Presbitério (Rio de Janeiro), um Seminário, Três Igrejas Presbiterianas e o 1º Jornal Evangélico do País. Cinco pastores foram ordenados!! Ainda como resultado o ex-padre José Manoel da Conceição tornou-se o primeiro pastor presbiteriano de nacionalidade brasileira. Conceição fez sua solene profissão de fé evangélica em 23 de outubro de 1864, com 42 anos de idade.

Sejamos gratos àqueles irmãos americanos que talvez com grande dificuldade, em 1859, disseram: "Vá ao Brasil que nós o sustentaremos"! O resultado é que hoje estamos aqui. Lembremo-nos que a situação atual é a mesma. Ainda há milhões que nunca ouviram falar de Cristo!!

Louvamos a Deus pela brilhante obra missionária do jovem Ashbel Green Simonton.

Amados: "Missões se faz com os pés dos que vão, com as mãos dos que doam, e com os joelhos dos que oram".

Rev. Rubens

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.