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domingo, 30 de janeiro de 2011

MAUS CONSELHOS (11)

ANO LXVIII - Domingo, 30 de janeiro de 2011 - Nº 3405

"Vem, façamo-lo beber vinho, deitemo-nos com ele, e conservemos a descendência de nosso pai" (Gênesis 19:32)

Temos na Bíblia a seguinte advertência: "Lembrai-vos da mulher de Ló" (Lucas 17:32), cujo propósito é evitar que cometamos o mesmo erro daquela mulher. No entanto, o que transcrevemos de Gênesis nos fala, não da mulher, mas, das filhas de Ló. É prudente que nos lembremos, também, das filhas de Ló, a fim de não incidirmos no mesmo gravíssimo erro que cometeram.

O contexto mostra que a irmã mais velha orienta a mais nova para, após embriagarem o pai, deitarem-se com ele e coabitando, preservarem sua descendência; cometendo um incesto. Trágico conselho, trágica decisão, terrível realização.

A irmã mais velha aconselha a mais nova e esta acata a orientação da irmã. Percebe-se o motivo alegado de que "não havia homem na terra", o que aponta um inverdade ou, mais diretamente, uma mentira evidente. A responsabilidade da mais velha é manifesta, mas a mais nova não pode se desresponsabilizar por seu ato incestuoso, mesmo que orientada pela irmã. A Bíblia não esconde tais mazelas e corrupção dos que fazem parte de suas narrativas, no propósito de nos levar a evitar a reprodução de tais erros e comportamentos.

Ainda que não "houvesse homens na terra" (o que não era verdade), não seria justificável tal forma de relacionamento. Tal atitude mostra a intemperança em buscar oferecer solução errada para "problemas" que nos atingem. Aponta também falta de consciência no cuidado de Deus que fizera preservar a vida de sua família de forma extraordinária. Apresenta, mais uma vez, o equívoco de que os fins podem e devem determinar os meios, sem nenhuma restrição ou pudor de nossa parte.

Triste e lamentável tal ocorrência entre estas filhas e seu pai. Devemos aprender (por isto está registrado) a confiar no Senhor, sem lançar mão de subterfúgios e artimanhas malignas, evitando oferecer conselhos como este e assumirmos atitudes iguais as destas duas jovens. Lembrai-vos DAS FILHAS DE LÓ.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 23 de janeiro de 2011

MAUS CONSELHOS (10)

ANO LXVIII - Domingo, 23 de janeiro de 2011 - Nº 3404

"Eis que estas, por conselho de Balaão, fizeram prevaricar os filhos de Israel contra o Senhor..." (Números 31:16)

O ambiente que envolve a ocorrência de que nos fala o texto transcrito, diz respeito à ação do exército israelita em preservar a vida das mulheres moabitas. A ordem era para não poupá-las, mas eliminar todas elas. O motivo da punição destas mulheres é haverem feito os hebreus prevaricarem contra o Senhor. Em forma mais direta, elas os envolveram em laços de prostituição, fazendo-os pecar contra o Senhor, e serem alvo de Sua ira.

O orquestrador e arquiteto desta trama ou cilada foi Balaão, que, de forma solerte e sorrateira, orientou-as, a fim de que seduzissem os filhos de Israel, afastando-os da vontade do Senhor e impedindo-os de alcançarem a terra prometida. Elas deram ouvidos a tais conselhos e fizeram pecar aos israelitas, os quais foram castigados pelo Senhor (Nm. 25:1-3). Aquilo que Balaão não conseguira por meio direto de maldição, alcançara, agora, por meio de conselhos.

Balaão parecia um homem honesto e até digno de crédito, posto que "falara bem do Senhor". Mas, atrás daquela máscara, estava alguém que se ligava às artes ocultas e às trevas, que usará sua persuasão e convencimento para levar pessoas a se rebelarem contra o Senhor.

Claro que a responsabilidade de Balaão é grande neste episódio. Mas, as mulheres que ouviram e seguiram seu conselho não podem dizer que são inocentes e não terem responsabilidade. Os conselhos, normalmente, não são imposições ou constrangimentos; são proposições, indicações, insinuações. Nós os acatamos ou rejeitamos.

Há quem se deixe conduzir por diretrizes e orientações à exemplo das que tais mulheres atenderam. Tenhamos discernimento e firmeza em Cristo, com base em Sua palavra escrita, para rejeitarmos tais proposições e nos mantermos íntegros no caminho do Senhor, sem nos afastarmos dEle, sem prevaricar contra Ele, e isto para nosso bem e Sua maior glória.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 16 de janeiro de 2011

MAUS CONSELHOS (09)

ANO LXVIII - Domingo, 16 de janeiro de 2011 - Nº 3403

Então ela, instigada por sua mãe, disse: Dá-me, aqui, num prato, a cabeça de João Batista” (Mateus 14:8).

A passagem a que se refere o texto citado acima é bastante conhecida dos que têm algum contato com a história bíblica. Trata-se da adolescente-jovem Salomé, que no dia do aniversário de Herodes, dança para ele e, por sua sensualidade, o deixa pasmo e envolvido. A mãe, Herodias, aproveita o momento para desferir golpe fatal contra seu opositor, o profeta João Batista, e aconselha a filha a pedir a cabeça deste santo homem de Deus. No que foi atendida pela filha em sua orientação e, por Herodes, em seu pedido.

Pacere-nos absurdo que uma mãe possa agir de modo tão vil, a ponto de nos revoltar ainda hoje, ao lermos tal história. Ficamos a pensar como uma mãe pode se utilizar de sua filha para alcançar intentos tão baixos e iníquos? Como pode orientar uma filha na direção da maldade e vileza, levando-a a pedir a morte de alguém? Como pode explorar a filha sexualmente com o fito de buscar conforto pessoal? O que aconteceu na história bíblica ainda continua ocorrendo. Desafortunadamente...

Quando lemos, ouvimos ou vemos notícias envolvendo casos em que mães exploram as próprias filhas, orientado-as a venderem-se (quando não são vendidas), ou introduzem-nas nas vias do crime e das drogas, ficamos chocados e revoltados. Somos então confrontados com o fato de que tal procedimento não é coisa, apenas, de nossos dias.

Que conselhos têm sido dados por nós a nossos filhos? Quanto temos buscado influenciá-los meramente para uma vida de conforto, vitória e sucesso humanos a qualquer custo? Nossas orientações e conselhos (ligados ao exemplo) são para levá-los ao compromisso da fé em Cristo e à simplicidade do cristianismo? Estamos mergulhados neste mar de consumo (que nos consome) e aconselhamos nossos filhos a que satisfaçam seus desejos e interesses, sem barreiras ou limites, pois o que importa é “ser feliz”? A remoção de “qualquer obstáculo” é válida e legítima, desde que gere a tranquilidade e o conforto pessoal, mesmo que minhas mãos, e daquele a quem aconselho, fiquem manchadas de pecado, iniquidade e sangue? Até onde meu conselho é, de fato, orientação de conformidade com o Senhor, ou mera projeção de meus desejos e interesses sobre meu filho? O Senhor nos ajude e nos guarde em nossas orientações e conselhos.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 9 de janeiro de 2011

MAUS CONSELHOS (08)

ANO LXVIII - Domingo, 09 de janeiro de 2011 - Nº 3402

"Disse-lhe Jonadabe: Deita-te na tua cama, e finge-te doente; quando teu pai vier visitar-te, dize-lhe: Peço-lhe que minha irmã Tamar venha e me dê de comer pão, pois vendo-a eu preparar-me a comida, comerei de sua mão". (2 Samuel 13:5)

O episódio ao qual se liga o texto acima, envolve Amnom (filho do rei Davi), sua meia irmã Tamar e o primo de ambos, Jonadabe. Em princípio parece uma brincadeira de adolescentes e sem muitas consequências. No entanto, o resultado foi trágico: o estupro incestuoso de Tamar, cometido por Amnom; a humilhação e vergonha de Tamar com a vida destruída; e, mais tarde, a morte de Amnom pelo seu meio irmão Absalão, que vingara a desonra de sua irmã.

Uma tragédia familiar. Não vamos tratar da situação ligada à família de Davi e sua fracassada jornada na criação de seus filhos. Nosso interesse é a participação de Jonadabe e o conselho que foi dado a seu primo e amigo Amnom, vindo a ser a causa geradora de tanta desgraça na família.

Esta história nos adverte para a necessidade de analisarmos com critério e cuidado os conselhos que nos são dados. Podem, como no caso, parecer sem muito problema, ou até ser, de fato, sugestivo para resolver o problema. Mas, se olharmos com algum vagar perceberemos que envolve mentira, simulação, má fé, intenção lesiva e prejudicial, propósito de satisfação de desejo interditado pelo Senhor, entre outros aspectos. Parecia tão simples, tão ingênuo, tão leve.

Precisamos estar atentos aos amigos e companhias de nossos filhos e que tipo de conselhos, orientações ou influências estão recebendo. Não se trata de "patrulhamento ideológico", mas acompanhamento consciente com relação ao que estão recebendo para manifestarem como prática.

Não são apenas os mais jovens que devem ter este cuidado. Tantas vezes somos seduzidos por conselhos aparentemente inocentes, com suave proposta de assumirmos o comportamento dissimulado no propósito de alcançarmos nosso objetivo. Um conselho que proponha meios lícitos para alcançar fins ilícitos, deve ser rejeitado tanto quanto aquele que sugira meios ilícitos para se alcançar fim lícito.

Reflitamos sobre o conselho de Jonadabe a Amnom. Percebamos o risco a que estamos igualmente expostos. Verdade e integridade; não falsidade e mentira, devem reger nossas decisões e pontuar nosso assentimento a conselhos que nos sejam oferecidos.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 2 de janeiro de 2011

MAUS CONSELHOS (07)

ANO LXVIII - Domingo, 02 de janeiro de 2011 - Nº 3401

"...E Abrão anuiu ao conselho de Sarai" (Gênesis 16:2)

Parece ser absurdo que um homem do carisma, poder e autoridade de Abrão possa anuir ao conselho dado por sua mulher. No entanto, isto é fato, ou seja, um poderoso homem cede ao conselho de sua frágil esposa. Muitas vezes os conselhos das mulheres são sábios e adequados. Mas, no contexto do versículo citado acima, a verdade é que tal assentimento foi gerador de um conflito que dura séculos. Sarai aconselha a Abrão que tome a serva e tenha um filho com ela e, assim, suscite sua descendência tão esperada. Nasce Ismael (filho de Hagar) que será o "pai" dos povos árabes. O conflito foi interno na família, depois tribal e até hoje nacional.

Estamos no início de um novo ano. Novo governo federal e estadual. Novas expectativas, renovadas esperanças. Em muitos momentos, neste novo ano, haveremos de ouvir conselhos insanos, embora pareçam sábios e adequados, como o de Sarai. Afinal havia uma promessa de Deus quanto a Abrão ter um filho. Sarai já estava velha e não se cumpria a promessa. Vamos "ajeitar" as coisas, dar uma "ajudazinha" a Deus na realização de Seu plano, uma vez que está demorando a se cumprir o que Ele disse. Muitos se acercarão de nós para nos tentar com conselhos "sábios e bons". Muito cuidado, pois atrás da aparência de solução conforme a direção de Deus, está a estruturação de uma armadilha posta para nos derrubar.

Não nos deixemos levar por tais formas de conselho ou orientação. Apeguemo-nos às promessas do Senhor e Seus ensinos, trazidos a nós em Sua palavra. Não os troquemos por propostas que torcem os caminhos do Senhor, ou que sugiram forma de "atalho" ou desvio, ainda que insinuem que o importante é alcançar a chegada. Não aceitemos esta colocação anti-cristã de que os meios têm sua justificativa por causa dos fins. Para nós os fins e os meios têm que estar de conformidade com o padrão de Deus, o que passa disso tem procedência maligna.

Andemos de acordo com o padrão do Senhor e na firme esperança do cumprimento de Suas promessas, rejeitando todo conselho que seja desvio em relação ao caminho por Ele estabelecido.

Rev. Paulo Audebert Delage

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.