PESQUISAR ESTE BLOG

domingo, 24 de novembro de 2013

SEM-COMPROMISSO

ANO LXXI - Domingo 24 de novembro de 2013 - Nº 3552

SEM-COMPROMISSO

Os sem-compromisso são aqueles que não assumem responsabilidade alguma com Deus, com a família, com a igreja e com a sociedade. Estão sempre em cima do muro. Não prometem crer, não prometem fazer coisa alguma em favor do reino de Deus, não prometem nada que esteja além de seus interesses, não prometem mudança de comportamento, não prometem sequer mover um dedo da mão, se isso implica em algum sacrifício. São os que ouvem a Palavra, mas não reagem, não se levantam, não se deixam levar por ela, não se comprometem com a boa nova. São apenas ouvintes, são apenas espectadores.

Os sem-compromisso nunca assinam um papel, nunca fazem uma declaração, nunca levantam a mão em sinal de assentimento, nunca se juntam aos decididos, nunca se põe a caminho em direção a Deus. Eles nunca se casam, nunca se batizam, nunca juram fidelidade a ninguém, nunca empenham sua palavra, nunca conjugam o verbo resolver na primeira pessoa do singular. 

Artigo extraído do livro “Dicionário dos desprovidos, dos sem-alegria aos sem-vontade” de Elben M. Lenz César

domingo, 17 de novembro de 2013

CONSCIÊNCIA

ANO LXXI - Domingo 17 de novembro de 2013 - Nº 3551

CONSCIÊNCIA

O termo que dá título a esse escrito pode ser entendido em acepções diferentes. Se pensarmos na psicologia (psicanálise) o entendimento é de algo ligado à percepção de si mesmo na condição de ser emocional e que distingue o Eu do Outro. Se tomado pelo aspecto clínico e somático seu sentido é de que está desperto, ou seja, não está com seus sentidos subtraídos ou suprimidos (desmaio, coma, etc.). Caso o tenhamos em termos sociológicos a significação ficará vinculada à noção de “pertença”, ou seja, de pertencimento ou integração a determinado segmento de grupo, raça, cor, religião, classe social, etc.

Estamos às vésperas de um feriado municipal ligado à consciência negra. Isso nos faz pensar bastante sobre o aspecto do “fechamento” de minhas características e sustentação de tal fato em relação (às vezes confronto) a outros segmentos. Entendo que, neste sentido, todos devemos ter nossa consciência. Assim é preciso que se tenha consciência de fé cristã (que se distingue e, em certo sentido, confronta com outras), muçulmana, hindu, budista, kardecista e outras. É legítimo que se imponha a consciência branca (ariana?), a consciência amarela (asiáticos; chineses, japoneses, filipinos, indonésios, e outros), a vermelha (índios) ou outra às demais? À medida que tais “consciências” legítimas em termos de percepção de origem e identificação de interesses deixam esses parâmetros e se tornam elementos promocionais de distinções, diferenças ou merecimento de privilégios, tornam-se, no mínimo, perigosas.

Sei que posso ser mal entendido no que digo, mas insisto que não sou contra o fato de que haja o Dia da Consciência Negra, posiciono-me questionando a distinção com feriado. Estabelecer determinado dia em nosso calendário para a consciência negra é salutar e compreensível, mas decretar feriado tal dia, isso é inadequado. Abre o direito ao feriado do dia da consciência branca, amarela, cristã, muçulmana, hindu e as outras tantas consciências legítimas e merecedoras de todo respeito e consideração. Os negros merecem todo respeito, como os brancos, vermelhos ou amarelos, mas sem distinções ou privilégios.

Nós cristãos (negros, brancos, amarelos ou “mestiços”) precisamos aguçar nossa consciência em termos de nossas convicções e posições, pois o Senhor Jesus espera isso de seus servos e servas, os quais foram salvos por sua graça, levantando bem alto o pendão real do evangelho redentor de Cristo. No entanto, votaria contra a proposta de lei para a criação do feriado do Dia da Consciência Evangélica (ou Protestante) por entender que isso seria discriminação em relação a outros credos. Consciência sim, privilégios não. 

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 10 de novembro de 2013

OS OLHOS DO SENHOR VEEM TODOS OS PASSOS DOS HOMENS

ANO LXXI - Domingo 10 de novembro de 2013 - Nº 3550

OS OLHOS DO SENHOR VEEM TODOS OS PASSOS DOS HOMENS” (JÓ 34:21)

A questão da privacidade vem sendo discutida de modo bastante evidente nos últimos meses em nosso país. A presidente do Brasil esteve na assembleia das Nações Unidas falando, e censurou acerbamente os Estados Unidos por haverem “espionado” o Brasil, leia-se Petrobras, Palácio da Alvorada, Itamarati e outros locais estratégicos. Nesta semana foi a vez do Brasil ser apontado como espião, ao “monitorar” agentes diplomáticos ligados à Rússia, Irã e Iraque (só estes?) em solo brasileiro. Claro que em nosso caso nós não “espionamos”, não invadimos a privacidade, apenas “monitoramos legitimamente”. Embora sejam situações diferentes o princípio é o mesmo: vigilância ou invasão de privacidade?

A Bíblia nos afirma que o Senhor é Aquele que conhece todas as coisas, está presente em todos os lugares a um só tempo e nada escapa ao seu olhar, ou seja, as lentes (ou escutas) do Senhor estão captando todos os movimentos, ações, conversas e, até mesmo, pensamentos. Isso significa que nenhum de nós está fora desta ação de Deus, e por isso todos nós teremos que responder a Ele, em sua condição de Juiz, por tudo que tenhamos feito (ou deixado de fazer) com nossos corpos. Claro que Deus não é o Grande Bisbilhoteiro, o Espião Mor do universo. Trata-se de um princípio simples, ou seja, a premiação absolutamente justa em relação aos atos por nós praticados: “Nada há encoberto que não venha a ser revelado” (Mt.10:26). Não se trata de salvação pelas obras, mas condenação devido a elas, posto que nossas obras são más e não haja “nenhum que faça o bem” (Rm3:12).

Nossas biografias (não autorizadas) serão publicadas por Ele e não haverá recurso para impedir que isso ocorra. Todos os nossos atos e pensamentos serão trazidos à luz, sendo eles o fator gerador de nossa sentença de condenação. Enquanto nesta vida, somos zelosos em ocultar (ou pelo menos em impedir que se manifestem) nossas mazelas, à exemplo do que vêm fazendo algumas figuras públicas do mundo artístico. O único modo de não sermos condenados pelos nossos atos, pensamentos ou omissões é (mesmo sendo eles apontados no juízo) haverem sido condenados em Cristo. Somos perdoados em relação a eles, porque todos eles foram já punidos em Cristo. É por meio da fé (identificação) em Cristo que tenho meus pecados lançados sobre Ele e nEle punidos, recebendo dEle graciosamente o perdão. Hoje, os “olhos” do Senhor continuam me vendo, mas em Cristo Jesus, em Quem vivo e que vive em mim. 

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 3 de novembro de 2013

OS MORTOS NÃO LOUVAM AO SENHOR

ANO LXXI - Domingo 03 de novembro de 2013 - Nº 3549

OS MORTOS NÃO LOUVAM AO SENHOR” (SL.115:17)

Dia 02 de novembro é o Dia dos Fiéis Defuntos (Dia de Finados), ou Dia dos Mortos (México). Essa comemoração remonta ao século V, onde já se encontra forte costume de se orar a favor dos mortos. Em 998 o monge Odilon determinou que se fizesse oração pelos mortos (em Cluny) e no século XIII passa-se a ser celebrado oficialmente logo após o dia de Todos os Santos. Há, ainda, alguma mistura com a festa do Halloween.

Não nos deteremos em aspectos históricos da evolução de tal comemoração. Mas, destaco a colocação feita pelo salmista em uma afirmação, para nós, chocante ao dogmatizar que “os mortos não louvam ao Senhor”. Isso implica na situação das pessoas após a morte. E gera algumas controvérsias. Há (como Testemunhas de Jeová, Adventistas e outros) quem afirme que após a morte não há atividade qualquer, ou seja, o corpo se desfaz e a alma dorme sem consciência alguma (Ec.9:5). Outros há (católicos romanos, ortodoxos, por exemplo) que sustentam a situação de consciência da alma após a morte, indo além ao afirmar que os mortos podem interferir (mediante intercessão- os santos) na vida dos que estão vivos na terra. Assim, temos posições em extremos, indo de absoluta inconsciência (sono) à ajuda a favor dos que ainda estão vivos (intercessão).

Como entender a afirmação do salmista e a do apóstolo João que afirma “vi as almas dos que foram mortos...e clamavam em grande voz...”(Ap.6:9-10). Na sequência do capítulo vemos uma multidão inumerável de salvos na presença do Senhor entoando louvores. 

Não há contradição nos textos. O salmista fala do morto (pessoa morta), ou seja, aquele que ali está (corpo) não pode louvar e não louva ao Senhor e não tem consciência de coisa alguma. João nos fala de nossos espíritos (almas) na glória onde, de forma consciente, louvam ao Senhor. Assim, vemos que nossa posição evangélica é a que admite a sobrevivência da alma ao corpo, sua consciência plena (em sofrimento ou gozo), mas a sua não interferência a favor dos que estão ainda na experiência de vida neste mundo, e nem podem ser por nós influenciados na condição em que estão.

Celebramos o Dia de Finados? Não. Mas, lembramo-nos de nossos queridos que já partiram e não estão conosco, mantendo em nós a boa lembrança, a saudade permanente devido à ausência e reverenciando-lhes a memória. Assim é para nós.

Rev. Paulo Audebert Delage

TWITTER

ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.