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domingo, 22 de fevereiro de 2009

BEM-AVENTURADO (22)

ANO LXVI - Domingo, 22 de fevereiro de 2009 - Nº 3304

"Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra." (Mt 5:5)

O ambiente histórico-social, muitas vezes, determina a alteração sobre como as pessoas percebem ou recepcionam certos conceitos ou atitudes. A mansidão, no mundo antigo do Novo Testamento não era vista como virtude, mas, ao contrário, era tida como manisfestação de debilidade e fraqueza.

É apropriado considerar que, ainda hoje, muitos não vêem a mansidão como algo honroso, mas como sinônimo de covardia, uma vez que se confunde mansidão com frouxidão. A Bíblia corrige este equívoco, por exemplo, ao dizer que Moisés foi o homem mais manso sobre a terra. O próprio Senhor Jesus a Si mesmo se apresenta como Aquele que é manso e humilde de coração. Ao olharmos estas duas figuras vemos que estão longe de serem fracas, pusilânimes ou covardes. Moisés chegava a ser iracundo, embora paciente. Jesus tratava com firmeza e vigor a hipocrisia, chegando a expulsar com azorrague e chicote os profanadores da santidade do Senhor.

Mansidão alia a brandura à firmeza e disciplina, a suavidade à repreensão com amor. Não significa, portanto, lassidão e conivência com o erro, nem também a passividade absoluta em não defender-se. O manso não é violento, nem virulento. Tem a palavra firme, porém branda que desvia o furor.

A promessa feita por Jesus é que os mansos herdarão a terra. Isto significa o fato de entrarem na posse dela desde já e, certamente, na consumação de todas as coisas. Não se pode admitir a interpretação das Testemunhas de Jeová quando afirmam que apenas 144 mil irão para o céu, enquanto os demais herdarão esta terra com suas propriedades, edificações e bens.

Ser manso é um desafio gigantesco para nós cristãos em meio a este mundo de violência e truculência no qual vivemos. Mas, seja ontem ou seja hoje, são bem-aventurados os mansos e hão de herdar a terra, pois Jesus não poderia e, seguramente, não está errado.

Seja Ele louvado.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 15 de fevereiro de 2009

SACRIFÍCIOS ESPIRITUAIS

ANO LXVII - Domingo, 15 de fevereiro de 2009 - Nº 3303

SACRIFÍCIOS ESPIRITUAIS

Como bem sabemos, a doutrina bíblica do sacerdócio universal de todos os crentes foi redescoberta pelos reformadores do século XVI. Em síntese, ela ensina que não há diferença de status entre os cristãos. Todos os verdadeiros crentes no Senhor Jesus são sacerdotes. Como sacerdotes, os crentes não só vivem na presença de Deus, com acesso pleno e imediato a Ele, como também lhe oferecem "sacrifícios espirituais agradáveis por intermédio de Jesus Cristo" (1 Pe 2:5).

Mas, quais são os sacrifícios espirituais que devemos oferecer a Deus? Primeiramente, os nossos corpos: "Rogo-vos, pois irmãos...que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional". (Rom 12:1). À semelhança dos sacrifícios de animais que eram totalmente queimados sobre o altar (holocausto) , devemos oferecer a Deus o nosso corpo em completa consagração. Em termos práticos, o que significa esse sacrifício do nosso corpo? João Crisóstomo, um dos pais da Igreja, dá-nos belissima resposta: "Que os olhos não contemplem o mal, e isso importa em sacrifício; que a língua não profira nenhuma vileza, e isso será uma oferta; que as mãos não operem o que é pecaminoso – e isso equivale a um holocausto. Mais do que isso! Devemos nos esforçar arduamente em favor do bem: as mãos dando esmolas, a boca bendizendo aqueles que nos amaldiçoam, e os ouvidos prontos a dar atenção a Deus".

O sustento da obra do Senhor é outro sacrifício espiritual que podemos oferecer a Deus: "... o que veio de vossa parte como aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus". (Fil 4:18). Deus sente um aroma suave e gostoso quando o povo de Deus oferece dos seus bens para sustentar missionários, evangelistas e a Sua obra de modo geral. Quando damos dos nossos recursos para o avanço do Reino de Deus neste mundo, não só estamos exercendo a nossa tarefa sacerdotal, mas experimentamos também a promessa de que Deus suprirá as nossas necessidades (Fil 4:19).

A Bíblia também nos ensina que devemos oferecer a Deus, "sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome" (Hb 13:15). Quando louvamos, agradecemos e adoramos a Deus, estamos oferecendo sacrifícios espirituais (Sl 50:14,23). Jesus disse que o Pai está procurando adoradores (Jo 4:23). Deus tem encontrado em nós pessoas que oferecem sacrifícios de louvor com sinceridade e retidão? Finalmente, não devemos negligenciar a prática do bem e da mútua cooperação, "pois com tais sacrifícios, Deus se compraz" (Hb 13:16). Praticamos o bem e a mútua cooperação quando atendemos alguém na sua necessidade, que pode ser financeira, espiritual, física ou emocional. Para oferecer ao Senhor esse tipo de sacrifício, precisamos ser sensíveis às pessoas nas suas necessidades.

Que possamos cumprir mais fielmente nosso sacerdócio, oferecendo a Deus tais sacrifícios.

Rev. José Roberto Silveira

domingo, 8 de fevereiro de 2009

JESUS CRISTO: A PEDRA ANGULAR

ANO LXVII - Domingo, 08 de fevereiro de 2009 - Nº 3302

JESUS CRISTO: A PEDRA ANGULAR

"...a pedra que os construtores rejeitaram essa veio a ser a principal pedra angular" I Pedro 2:7

Você já notou que um mesmo objeto pode servir para dois ou mais objetivos diferentes? Por exemplo: o dinheiro; tanto pode ser usado para o bem, como para um fim egoístico; um perfume, tanto pode ser estimado e desejado por alguém, mas rejeitado por outra pessoa, desejado por uns, por seu doce e agradável aroma, rejeitado por outros, por causa da alergia ou efeitos contrários que possa causar. Que notável, não?

O apóstolo Pedro nos fala claramente que Jesus Cristo é a pedra. Pedra de salvação, para os que nele crêem e pedra de tropeço para os que o rejeitam. Quando se fala em "Cristo" ou de "Cristo" as pessoas desviam a atenção, não se mostram interessadas e pensam que tudo é religião e religião não se discute. Cada um tem a sua! Porém são estes os que tropeçam e caem. O mesmo Jesus que é a pedra de salvação para muitos, se torna pedra de tropeço para tantos.

Aqueles que dão atenção à Palavra de Deus, e desejam edificar suas vidas em algo seguro, encontram em Cristo a rocha firme onde tudo se sustenta. O resultado de estar edificado nesta rocha é segurança é: segurança, paz, amor, alegria, felicidade e a certeza de estar firme e não flutuando em dúvidas, vivendo no desespero, amargando derrotas na vida e vivendo sem sentido e sem razão.

Os que tropeçam, tropeçam por rejeitarem o unigênito filho de Deus. E quem rejeita o filho de Deus se enquadra naquilo que o apóstolo Paulo diz: "Nos últimos dias sobrevirão dias difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si e inimigos do bem" (2 Timoteo 3:13).

Muito se fala em religião, suas vantagens e mazelas, mas pouco se aprofunda naquilo que significa ser o cristianismo, que é ser edificado em Cristo – a verdadeira pedra angular – e ser um templo vivo de Deus aqui na terra.

Rev. Cornélio Caldeira Castro

domingo, 1 de fevereiro de 2009

BEM-AVENTURADOS (21)

ANO LXVII - Domingo, 01 de fevereiro de 2009 - Nº 3301

"Bem-aventurados os que choram porque serão consolados" (Mateus 5:4)

Chorar não parece ser algo que nos leve a pensar em bem-aventurança. É bem verdade que alguém pode chorar de alegria devido a uma vitória grandiosa, mas o comum é a associação do choro a situação de tragédia, problema, perda, sofrimento e dor. Neste contexto e ambiente como entender que se possa ser bem-aventurado ou ditoso?

A que se refere Jesus ao falar sobre o choro ligado à felicidade? Como estes dois elementos podem se compor harmoniosamente sem se tornarem excludentes? Esta me parece ser a questão de maior importância neste texto.

Todos os que choram serão consolados? Todo choro terá como resultado final a consolação? Parece que não há qualquer distinção especial feita pelo Senhor Jesus quanto ao choro e a consolação. A leitura simples e direta nos leva à interpretação de que qualquer pessoa que chora por qualquer motivo, será consolada. De alguma maneira ou forma ela receberá algum alento para minorar sua condição de choro, encontrará algum modo de conforto para mitigar seu pranto e aliviar sua alma? Isto é universal?

As bem-aventuranças não são de caráter universal, mas particular e dizem respeito aos cristãos ou discípulos de Jesus. Sua inserção no chamado sermão do monte faz com que sejam entendidas como ligadas aos que exercitam a fé em Cristo e assumem o compromisso de testemunhá-Lo em sua vida diária. Neste sentido podemos entender que serão consolados os que choram pelos que não choram, os que choram por causa de seus pecados, os que choram devido à violência e maldade manifestas contra suas vidas e contra as pessoas em geral, os que choram por causa da intransigência humana e do sentido tolo e vão de imaginar a superioridade preconceituosa de alguém sobre outro por causa da cor de sua pele, posição social, nível cultural ou acúmulo de bens e riqueza.

Pode ser possível que não encontrem consolação neste presente sistema de corrupção e vileza, nominado nas Escrituras cristãs como "mundo" ou "presente século". No entanto, certamente a consolação não lhes será negada pelo Senhor, seja no recesso do coração e íntimo da alma, ou no Dia glorioso em que serão enxugadas de nossos olhos toda lágrima, naquele lugar de bem-aventurança a plena e eterna, o lugar da habitação de Deus com seus santos, o céu.

Rev. Paulo Audebert Delage

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.