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domingo, 28 de abril de 2019

GRAÇA SOBRE GRAÇA (I)

ANO LXXVI - Domingo, 28 de abril de 2019 - Nº 3835

Graça sobre graça (I)

Você sabe a diferença entre angústia e ansiedade? A ansiedade lida com a possibilidade, ela surge em um ambiente de dúvidas em que as variáveis podem levar a resultados desagradáveis e incertos. A angústia é exatamente o contrário, ela é a constatação dos cenários desfavoráveis, é a materialização dos medos e de toda a ansiedade que havia, ela nasce diante da realidade e dos fatos que até o momento, são inalteráveis.

Diante disso, eu gostaria de iniciar uma ciclo de meditações em formato de texto, utilizando este espaço, para buscarmos na palavra de Deus algumas orientações que podem nos ajudar a lidar com a angústia e como Deus pode transformá-la. Para isso, eu usarei o salmo 107, onde encontramos 4 pedidos de ajuda, que surgem perante um contexto de angústia e que são marcados pela intervenção divina. Provavelmente, este salmo tenha sido escrito durante o tempo de exílio e ele é escrito utilizando a seguinte estrutura: Constatação da Tragédia / Clamor a Deus / Resposta de Deus / Resposta à ação de Deus.

Analisando o primeiro pedido de ajuda, encontramos nos versos 4 e 5, a constatação da tragédia: “eles andaram errantes nos desertos, por ermos caminhos, sem achar cidade em que habitasse. Famintos e sedentos, desfalecia neles a alma.” De maneira mais explícita, esses versos dizem que o povo estava perdido, sem direção e sem segurança e isso os causou fome física e enfraquecimento espiritual.

Ante a esse quadro, fizeram um Clamor a Deus: “Então, na sua angústia, clamaram ao SENHOR” (v.6a). Essa atitude, embora pareça óbvia, pois é o que se espera do remidos (v.2), ela traz a tona, que essa era a última esperança desse povo.

E de maneira, não tão surpreendente, vemos a Resposta de Deus: “e ele os livrou das suas tribulações. Conduziu-os pelo caminho direito, para que fossem à cidade em que habitassem... Pois dessedentou a alma sequiosa e fartou de bens a alma faminta.” (v.6b, 7 e 9). E agora, espera-se desse povo uma Resposta a ação de Deus: “Rendam graças ao SENHOR por sua bondade e por suas maravilhas para com os filhos dos homens!”.

A angústia é uma constante em muitas vidas, não permita que ela seja o fim da história, no salmo ela é o começo de uma intervenção, ela é o fator gerador de clamor, que possibilita experimentarmos a ação de Deus e sermos levados a adorá-lo. Está em angústia? Deus transforma a angústia em adoração.

Pr. Gustavo Bacha

domingo, 21 de abril de 2019

DEZ RESULTADOS DA RESSURREIÇÃO

ANO LXXVI - Domingo, 21 de abril de 2019 - Nº 3834

Dez resultados da ressurreição

1) Um Salvador que nunca mais morrerá.
“Sabedores de que, havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre” (Romanos 6.9).

2) Arrependimento.
“O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, a quem vós matastes, pendurando-o num madeiro. Deus, porém, com a sua destra, o exaltou a Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento” (Atos 5.30-31).

3) Novo nascimento.
“Segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1 Pedro 1.3).

4) Perdão do pecado.
“E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados” (1 Coríntios 15.17).

5) O Espírito Santo.
“A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis” (Atos 2.32-33).

6) Nenhuma condenação para os eleitos.
“Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu — ou, antes, quem ressuscitou —, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós” (Romanos 8.34).

7) A comunhão e proteção pessoal de Jesus.
“E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mateus 28.20).

8) Evidência do juízo futuro.
“[Deus] estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos” (Atos 17.31).

9) Salvação da ira vindoura de Deus.
“[Nós] aguardamos dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura” (1 Tessalonicenses 1.10; Romanos 5.9).

10) Nossa própria ressurreição dentre os mortos.
“[Nós sabemos] que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos ressuscitará com Jesus e nos apresentará convosco” (2 Coríntios 4.14; Romanos 6.4; 8.11; 1 Coríntios 6.14; 15.20).

Extraído do site desiringgod.org

domingo, 14 de abril de 2019

PROMESSAS DA RESSURREIÇÃO

ANO LXXVI - Domingo, 14 de abril de 2019 - Nº 3833

PROMESSAS DA RESSURREIÇÃO

Com quem você gostaria de passar seus últimos momentos de vida? Eu gostaria de passar com a minha esposa e meus filhos, meus pais, meus irmãos, com a igreja que pas­toreio, ou seja, ao lado de pessoas que amo. Me sinto bem e acredito que de alguma forma também faço bem a elas. Creio que você não pense tão diferente disso.

Jesus não teve essa oportunidade. Seus últimos momentos foram na companhia de algozes, inimigos, opositores, torturadores. Até mesmo aqueles que tinham intimidade e nu­triam um relacionamento com Ele, tiveram atitudes bem opostas às expectativas humanas. Por exemplo, Judas o traiu, Pedro o negou, quase todos os discípulos o abandonaram, ficando somente sua mãe e outras poucas pessoas.

Voltando um pouco no tempo, alguns dias antes de sua morte, Jesus conversando com seus discípulos, já os preparava para este momento. Esta preparação estava sendo feita com o intuito de trazer para eles, e para nós, algumas promessas que aconteceriam com a sua morte e também ressurreição. No evangelho, registrado por João, no capítulo 14, ele faz a primeira promessa de sua morte e ressurreição. Ele nos promete uma nova morada (v.1-6). Jesus diz isso, porque Ele enxerga a necessidade dos apóstolos que estavam com muito medo da morte. Por isso, nesse tempo do calendário cristão, que entramos na semana em que Cris­to celebrou a última páscoa, e nós celebramos a Sua ressurreição, é tempo de resgatarmos o nosso rumo, o nosso norte, o nosso ponto de referência. Jesus foi preparar morada para nós. Um lugar onde não haverá mais medo, insegurança, ansiedade, depressão e síndrome do pânico, não haverá mais desemprego, suicídio, divórcio, nem pais enterrarão seus filhos, nem filhos sentirão saudade de seus pais, pois Ele está preparando um lugar para nós. Jesus é Aquele que conhece todas as nossas necessidades, futuras e presentes e em tempo oportuno, reponde a cada uma delas, segundo a vontade do Pai.

Outra promessa da morte e da ressurreição é o envio de um consolador, versos 16 a 24. Ele solicita a Deus, outro Consolador, igual a Ele, que vai nos confortar os corações en­quanto não desfrutamos dessa promessa “in loco”. O Espírito Santo de Deus faz morada em nós, trazendo a memória aquilo que nos enche de esperança.

Mas quem tem direito a essas promessas? O verso 21 nos diz, “aquele que me ama”. Às vezes, nessa época do ano, somos levados a acreditar que o chocolate é mais importante que o sangue, que o bacalhau é mais encantador que a cruz, que o coelho é mais atraente que Jesus. Ofuscar a beleza dessa data com esses sofismas é mostrar que talvez não o amamos como Ele gostaria. Não negocie a importância da ressurreição, ela é a principal celebração dos discípulos e discípulas que amam a Jesus.

Rev. Gustavo Bacha

domingo, 7 de abril de 2019

O ENCONTRADO

ANO LXXVI - Domingo, 07 de abril de 2019 - Nº 3832

O encontrado

Vladimir Menezes Cunha é natural de Goiás, ama o Senhor Jesus, é obreiro dedicado, cheio de alegria. Nestes últimos dias, a notícia de que havia se perdido na selva amazônica mexeu com o coração da igreja brasileira. Missionário experiente, serve no oeste do Amazonas há mais 30 anos trabalhando com os 'Deni' na tradução da Bíblia para este povo. Mas, ao ir caçar com sua equipe na mata, acabou se perdendo. O grupo só deu conta da sua ausência já pela noite ao perceberem que não havia movimentação em sua casa. Imediatamente iniciou-se as buscas. Após quase 10 dias perdido, milagrosamente, foi achado. Alguns fatos chamam a atenção neste testemunho.

Deus mobilizou seu povo. Em tudo damos graça, pois nestes momentos de esperança misturada com angústia, nosso Senhor mobilizou sua igreja que amorosamente abraçou em oração esta causa. Centenas de pessoas diariamente intercederam por este missionário. Missões deslocaram equipes, houve suporte de toda parte, inclusive aéreo. Muitas pessoas envolvidas. Isso é lindo e revela um mover de Deus. Só oramos por aquilo que nos é importante. Ver a igreja brasileira em oração por esta causa missionária revela que o amor dela por missões tem crescido maravilhosamente.

Deus ouve as orações de seu povo. A igreja clamou, chorou, jejuou, se humilhou e Deus respondeu. Esse testemunho mostra que vale a pena orar. Deus tem prazer em manifestar seu poder em resposta as orações dos seus filhos.

Deus age providencialmente pelo seu povo. O missionário Elton Chaves estava em sua canoa motorizada, esforçando-se na busca quando ela abruptamente parou. Com o silêncio decorrente disto, ele ouviu um grito distante, pedindo ajuda, era Vladimir. Ao ouvir deixou o bote e foi a nado em direção ao amigo. Assim o encontrou. Houve choro, alegria e abraços. Após isso foram para a aldeia. Lá ele foi atendido pelos socorristas do corpo de bombeiros. Estava bastante debilitado, apesar disto conseguiu caminhar e foi muito bem cuidado por todos. Chegou hoje em Manaus e foi recebido carinhosamente. Comentou que entende que soberanamente Deus permitiu tudo isso para que a Sua glória, e para ele mesmo crescer pessoalmente e ministerialmente. Está muito grato pelo apoio e orações recebidas.

Oremos por sua completa recuperação. Ore pelo povo Deni. Ore por nós que nesta semana estaremos em outra região em busca de aldeias desta etnia e outras que ainda não tenham ouvido o evangelho.

Rev. Alcedir Sentalin

domingo, 31 de março de 2019

CHAMADOS PARA SERVIR

ANO LXXVI - Domingo, 31 de março de 2019 - Nº 3831

Chamados para Servir

Neste mês que de março, nos cultos da noite, trabalhamos a temática do serviço e suas implicações, numa tentativa de alinharmos a visão bíblica àquilo que já temos feito e realizado.

Graça a Deus a IPVM é uma igreja que trabalha. Temos muitos ministérios e sua grande maioria é desempenhada por liderança chamada leiga, ou seja, sem a formação teológica e isso não é nenhum demérito ou problema, ao contrário, isso é a resposta que esses líderes tem dado ao Senhor no envolvimento com os ministérios, alinhando os dons que possuem com a oportunidade de servir.

Na primeira mensagem dessa série, ao final do sermão, eu desafiei a igreja a se engajar nos ministérios que estão necessitando de ajuda, para isso distribuímos fichas com as áreas que estão descobertas na igreja, ou carentes. O resultado foi incrível, tivemos 121 pessoas que preencheram a ficha e 445 novos engajamentos ministeriais. Isso significa que cada pessoa que preencheu a ficha se engajou em pelo menos outras 3 áreas de serviço.

Se você está lendo isso e está com aquele sentimento de que poderia servir na IPVM, mas não sabe onde, ou talvez até saiba mas não tem certeza se precisa de ajuda nessa área, nós distribuiremos novamente a ficha no culto vespertino deste domingo, e ela está atualizada com novas oportunidades de serviço.

Quem sabe esse seja o momento que Deus está concedendo a você o privilégio de serví-lo na igreja que é do Senhor.

Rev. Gustavo Bacha

domingo, 24 de março de 2019

REV. PAULO E DONA ALICE

ANO LXXVI - Domingo, 24 de março de 2019 - Nº 3830

Rev. Paulo e Dona Alice

Um poeta disse que “Quando há dor na hora de se ir embora, é porque valeu a pena ter ficado”. É isso que sentimos na despedida do nosso amado pastor Paulo. Todos sabemos que não foram anos fáceis, mas certamente foram anos que valeram a pena. Há 12 anos, a IPVM precisava de apoio para se reerguer e continuar caminhando com firmeza, aprove ao Senhor Deus escolher o Rev. Paulo para essa missão. Hoje, diante de uma igreja forte, viva e relevante, entendemos que realmente a vontade de Deus é boa e perfeita, pois aquela missão foi cumprida.

Missão cumprida não sem muitos custos. Reconhecemos que o ser pastor é conseguir, em Deus, forças para abençoar os outros mesmo quando o próprio coração chora. Sabemos que ser pastor é ser elogiado de menos com o passar dos anos e criticado demais. Ser pastor é saber liderar a si mesmo, antes de liderar outros. É não entregar a sua mensagem, mas a de Deus. Reconhecemos que em todos esses desafios – e em muitos outros – o pastor Paulo teve, com a graça de Deus, êxito em seu ministério na IP Vila Mariana.

Não poderíamos deixar de reconhecer e agradecer profundamente o auxílio, o serviço e a comunhão da Dona Alice, esposa do Rev. Paulo. O suporte e o amor devotado ao ministério do seu marido e à nossa igreja são marcas da vida dessa querida irmã e serva de Deus. Aprendemos com a Dona Alice que estatura física não tem nada tem a ver com estatura moral e espiritual. Fomos edificados com o seu testemunho de vida respeitável, o seu jeito meigo, gentil e amoroso. Sua postura encorajadora, sempre disposta a servir com seus dons e talentos, com todos aqueles desenhos maravilhosos e as histórias edificantes para as crianças.

Portanto, Rev. Paulo e Dona Alice, apesar da nossa tristeza de não tê-los mais em nosso convívio diário, transborda o nosso coração de alegria por sabermos que os frutos que hoje colhemos foram cultivados por vocês em 12 anos de serviço. As marcas dos ministérios de vocês ficarão para sempre gravados em nossas vidas. Muito Obrigado!

Baseado no texto do Presbítero Eleusis Di Creddo

domingo, 17 de março de 2019

TEMPO DE NASCER, TEMPO DE MORRER.

ANO LXXVI - Domingo, 17 de março de 2019 - Nº 3829

Tempo de nascer, tempo de morrer.

Eram 10h da manhã quando a reunião dos pastores da igreja, que acontecia na sala do conselho, foi interrompida por um pedido de ajuda. Saímos todos em direção à tesouraria para tentar auxiliar de alguma maneira. Não foi possível mudar a situação, que dentro do tempo determinado de Deus já havia sido programada. O tempo de morrer havia chegado e nada mudaria aquela realidade.

A amada esposa Beth perdeu seu marido. Flávio e Vanessa o pai. Ana e Eduardo o sogro. O pequeno Rafael o vô. E nós perdemos metade da cara da recepção da IPVM. Quantos de nós não fomos recebidos e permanecemos nesta igreja tendo esse casal como responsáveis por isso? Quantos de nós não ouvíamos deles o primeiro bom dia e o último boa noite? Ah Zé, você faz tanta falta...

Mesmo que o tempo de morrer tenha chegado, nos lembraremos com zelo do tempo que você viveu conosco. Seu humor, o riso sempre presente nos encontros, a perspicácia nas entrelinhas de suas falas, o temor e cuidado que você demonstrou com as coisas do Senhor, tudo isso será lembrado com muito carinho por nós.

A presença de Jesus já é uma realidade pra você. Isso são gotas de refrigério em tempos de aridez que afagam a nossa dor e nos faz lembrar que em Jesus temos uma nova vida, eterna, que nos aguarda.

O culto de ações de graças por sua vida foi muito bonito. O coro cantou com tanta unção do Espírito Santo que fomos tomados por verdades bíblicas tão confortadoras. A igreja estava repleta, não cabia mais ninguém. Vieram os parentes de longe e os de perto, os amigos do casal e dos filhos. Os irmãos da igreja vieram em peso. Tudo isso para homenagear um servo fiel e louvar a Deus por sua vida.

Querida família Camargo Martins, continuamos desfrutando do tempo de viver e enquanto esse tempo não se findar aqui é o lugar de vocês, junto conosco que os amamos e estaremos prontos para sermos instrumentos de Deus no cuidado mútuo. Rogamos que o Espírito Santo continue confortando e abençoando vocês.

Rev. Gustavo Bacha

domingo, 10 de março de 2019

FESTUM FATUORUM

ANO LXXVI - Domingo, 10 de março de 2019 - Nº 3828

FESTUM FATUORUM*

Todos os anos temos visto a insensatez e delírio do Carnaval aumentar em sua expressão artística maior, os desfiles das escolas de samba. Neste ano, vimos uma encenação de satanás arrastando Jesus pelas ruas do Sambódromo. Não é algo inédito que na festa de satanás o próprio apareça vencendo uma luta fictícia contra o Senhor. Não dá para esperar do Carnaval absolutamente nada além da exaltação do dono da festa, o diabo.

Ainda que essa encenação patética não represente a verdade e nem provoque qualquer dano real à majestade do Deus vivo, para nós cristãos, filhos da Luz, trata-se de mais uma grande ofensa do mundo àquilo que temos de mais precioso, a nossa fé e amor pelo Senhor Jesus. É mais uma prova de que não pertencemos a este mundo que jaz no maligno (1 Jo 5.19), um mundo que odeia os cristãos e especialmente a Jesus.

O que foi feito pode ser enquadrado como crime de vilipêndio segundo o artigo 208 do Código Penal, abrindo a possibilidade para que a escola e os responsáveis nesse caso sejam processados. Contudo, nenhuma punição humana equipara-se ao juízo que virá da parte do Todo-Poderoso. Esse juízo já está anunciado, o próprio Deus avisou: "A mim pertence a vingança e a retribuição. No devido tempo os pés deles escorregarão; o dia da sua desgraça está chegando e o seu próprio destino se apressa sobre eles." (Dt 32.35; Rm 12.19). É precisamente dessa condenação que devemos temer.

Esperamos sinceramente em Deus que os que celebraram mais esse escárnio sejam levados ao arrependimento e ao temor do juízo de Deus. Esperamos que, arrependidos, eles se prostrem diante da cruz de Jesus, humilhem-se e clamem por perdão, confessando que o Jesus que escarneceram é na verdade o Senhor e Salvador de suas vidas.

Do contrário, esses que hoje gozam de exaltação, esses que por este pequeníssimo intervalo de tempo se regozijam, terão em um futuro bem próximo, que encarar o próprio Juiz que escarneceram, o Rei Jesus, para ouvirem diretamente dEle: "‘Malditos! Apartai-vos de mim. Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e os seus anjos." (Mt 25.41)

O Senhor Jesus já venceu satanás na cruz. A punição que o Senhor recebeu em lugar dos eleitos não veio de satanás, mas de Deus que em Cristo satisfez a Sua justiça divina, dando nós a justificação e salvação dos nossos pecados (Is 53.10-12).

A cabeça da serpente já foi esmagada. Amém. Vem, Senhor Jesus! (Ap 22.20)

Soli Deo Gloria

*Festa dos tolos

Sem. Arquimedes Oliveira

domingo, 3 de março de 2019

IRON MAN

ANO LXXVI - Domingo, 03 de março de 2019 - Nº 3827

Iron Man

A vida com Jesus se parece muito mais com um Iron Man do que com uma corrida de 100 metros. Por isso, paradas são importantes para avaliar onde se quer chegar. Diante disso, acho que vale a pena refletir sobre Hebreus 12, um texto que fala de algumas pessoas que já terminaram esse Iron Man e estão “torcendo” por nós.

Pensando nestes versos vejo algumas orientações. Primeiro, livre-se dos pesos desnecessários: “livremo-nos de tudo o que nos atrapalha”, pesos desnecessários não significam que sejam coisas imorais, talvez sejam coisas lícitas que mereciam atenção da sua parte, mas que ao longo da vida se tornaram peso para sua alma, impeditivos para seu relacionamento com Deus. Por exemplo, alguns relacionamentos de amizades em que você não foi capaz de ser luz para essas pessoas e acabou sendo influenciado por elas, deixando assim que os seus projetos em relação a Deus fossem minados. Diante de uma situação dessa, faça um recuo estratégico, se afaste e invista em seu relacionamento com Deus para depois ser bênção para quem está ao seu redor. Esse foi apenas um exemplo, existem outros, como o peso da falta de perdão, o peso dos sonhos que se tornaram obsessão, entre tantos outros pesos que podem nos envolver.

Uma segunda orientação é para vivermos uma vida em santidade, livrar-nos “do pecado que nos envolve”. E isso não tem a ver com perfeição, só um é perfeito, Deus. Isso tem a ver com santidade, e santos, não são aqueles que jamais erram, mas aqueles que lutam para não errar. Aqueles que querem agradar a Deus, mas de vez em quando tropeçam e quando isso acontece eles caem, e de joelho, pedem perdão e continuam o “Iron Man”, sabendo que foram separados para glorificar a Deus.

Por fim, a terceira orientação que temos é para não tirar os olhos de Jesus, “tendo os olhos fitos em Jesus”. Ou seja, colocar Nele toda confiança de que somos amados e aceitos por Deus, não por aquilo que somos ou fazemos, pois Jesus pagou na cruz a dívida que tínhamos com Deus. Tem gente que começa o “Iron Man” olhando pra Jesus, mas no decorrer do percurso desvia a direção do olhar. Não tire os olhos de Jesus! Faça Dele a sua fonte de vida da qual recebemos capacitação, mas também lembre-se que Jesus é fonte de motivação. Aquele que suportou toda dor e toda vergonha está assentado ao lado de Deus dizendo “Tenham bom ânimo”.

Deus é gracioso. Ele não muda. Por isso, livre-se dos pesos desnecessários, viva em santidade e mantenha os olhos fixos em Jesus, para que Ele seja a nossa direção por toda a vida.

Pr. Gustavo Bacha

domingo, 24 de fevereiro de 2019

SEJA FEITA A SUA VONTADE

ANO LXXVI - Domingo, 24 de fevereiro de 2019 - Nº 3826

Seja feita a sua vontade

Ninguém, absolutamente ninguém, gosta de ser contrariado. Isso é um princípio universal. Ter nossas vontades realizadas produz um sentimento de bem estar que pode ter várias fontes. Esse sentimento pode vir do poder de convencimento, da autoridade, da manipulação, do poder aquisitivo, das influências boas e más, enfim, as matrizes são muitas. O que não gostamos é da contrariedade.

Esses embates surgem em todas as idades da vida. Quando crianças aprendemos que muitas vezes podemos usar o choro, nem sempre acompanhado de lágrimas, para conseguir o que queremos. Quando adolescentes, usamos birra. Quando jovens, a arma da vez é a chantagem. Já adultos, usamos a manipulação ou a maledicência. E quando idosos, a paciência. Tudo isso para que seja feita a minha vontade.

Jesus, quando nos fala sobre a oração, nos ensina que devemos dizer “Faça-se a Tua vontade” (Mt 6.10). Essa expressão é altamente subversiva, pois ela nos coloca numa posição de submissão, diante de Deus. A única forma de encontrarmos contentamento nessa posição é exercendo confiança. Nossa afeição não é à submissão, mas à nossa vontade. Por isso, a oração de Jesus ao Pai, que submete nossa vontade à dEle, pode ser tão perturbadora e desconfortante. Afinal, como confiar se eu não sei o que vai acontecer? Como confiar sem que eu tenha “provas” de que o melhor vai acontecer? Como confiar sem que a insegurança, ansiedade, desconfiança e a incerteza assumam o controle dos meus sentimentos?

Para nos ajudar com estas questões precisamos ler o restante do verso que diz “assim na terra como no céu” (Mt 6.10). Essa afirmação de Jesus revela que Deus deseja fazer na terra, o que ele tem feito no céu. O céu é o modelo do Reino que deve ser estabelecido na terra e em nós. Na terra, somente Jesus obedeceu a Deus com plenitude. No céu, os anjos, em santidade, são o modelo que Deus deseja para a obediência dos homens.

O modelo está no céu, nosso alvo é o céu. Não é de se admirar que Jesus Cristo tenha incluído nessa oração a submissão, a obediência e o contentamento com a vontade de Deus para as nossas vidas, pois submeter a Ele é entregar o controle que nunca deveria ter sido nosso ao Criador. Afinal, Ele sabe o que é bom para todos nós.

Pr. Gustavo Bacha

domingo, 17 de fevereiro de 2019

QUAL É O NOSSO NEGÓCIO? (II)

ANO LXXVI - Domingo, 17 de fevereiro de 2019 - Nº 3825

Qual é o nosso negócio? (II)

No último artigo publicado semana passada (10/02/2019), eu comentei sobre qual seria o “nosso negócio”, me referindo a nossa missão. O que como discípulos e discípulas de Jesus, nós temos que fazer para sermos igreja em missão? E com base no texto de Mateus 28, vimos que o nosso negócio, a nossa missão, tem a ver com gente.

Hoje, continuamos o verso 19 “Fazei discípulos de todas as nações.” Esse mandamento, que possui uma construção verbal (fazei), que em nossa língua não permite uma tradução mais adequada, é o aoristo. Esse verbo não está condicionado a um tempo específico, passado, presente ou futuro, ele tem uma ação puntiforme, que poderia ser traduzido como “indo” uma ação contínua, ontem, hoje e amanhã. Ou seja, o processo de fazer discípulos não tem fim.

Por isso, a segunda característica do “nosso negócio”, é promover fidelidade a Jesus e não a nós. Fazer discípulos de todas as nações, não quer dizer que eles se submeterão a nós ou ao nosso sistema religiosos, mas a Jesus Cristo. É inaceitável lideranças cristãs, que subjugam seus liderados, ofuscando o mandamento e os aprisionando em um sistema de crenças que gira em torno de suas vontades.

A terceira característica do “nosso negócio” é a comunicação da Palavra de Deus: “ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado” (v.20). Ensinar a guardar as coisas que Jesus tem ordenado, isso é comunicação, que exige inteligibilidade, que é um dos princípios elementares do processo de comunicar. O outro precisa entender aquilo que está sendo comunicado. Em um mundo tão conectado e integrado, onde o alcance das nossas ações on-line possui dimensões intercontinentais, fazer discípulos de todas as nações e ensiná-los a guardar os ensinos de Deus, está mais acessível do que nunca.

Hoje, nós transmitimos o culto on-line, alcançamos pessoas de todo o mundo, temos dominicalmente, mais de 30 pessoas assistindo os cultos ao vivo e centenas de pessoas participando do culto durante a semana. Olhar para esse tipo de ação é entender que isso tem a ver com o nosso negócio, com a nossa missão, com o mandamento de Jesus. Com isso desejamos que essas pessoas aprendam de Cristo e sejam discípulos(as) dele e não de nós ou do nosso sistema religioso e aprendam as palavras de Jesus.

Faça discípulos, presencialmente ou virtualmente. Não se limite aos seus vizinhos, influencie pessoas com os ensinamentos de Jesus. Use sua vida para cumprir a missão que o Senhor nos deu, fazendo isso nós estamos cumprindo o nosso “negócio”.

Pr. Gustavo Bacha

domingo, 10 de fevereiro de 2019

QUAL É O NOSSO NEGÓCIO? (I)

ANO LXXVI - Domingo, 10 de fevereiro de 2019 - Nº 3824

Qual é o nosso negócio? (I)

Saber o seu negócio, te ajuda a planejar, executar e desenvolver aquilo que você entendeu ser o mais importante e essencial para o cumprimento dessa missão. Isso pode ser aplicado em várias áreas da vida, como profissional, familiar, social, entre outras. Tudo vai depender de qual é o seu negócio. Como cristãos, nós temos um “negócio”? Bom, se pensar que esta palavra está sendo usada para definir aquilo que é a nossa missão, sim, nós temos um “negócio”, somos herdeiros de um projeto que passou por Deus antes de vir até nós, ou seja, o Pai olhou para aquilo e disse: É isso que eu quero que eles façam.

Como igreja, recebemos o legado de Jesus a cerca do nosso “negócio”, que foi registrado por Mateus no capítulo 28, versos 18-20, desse texto extraímos alguns aspectos daquilo que Jesus nos mandou fazer através de palavras e ações.

O primeiro mandamento de Jesus a cerca do nosso “negócio” nesse texto é o seguinte: “Fazei discípulos” v.19. Discípulos não nascem prontos, nem são formados de um dia para outro, não podem ser feitos a partir da impessoalidade ou descaso. O tempo de Jesus com os seus foi de 3 anos consecutivos, intensos e em período integral de dedicação para formá-los ao engajamento na missão. Lidar com gente é desafiador, envolve decepção, traição, conflitos, mas, como pastor eu posso dizer isso, poucas coisas são tão gratificantes, quando você consegue ver, a formação do caráter de Jesus nas pessoas, mudando sua forma de pensar e olhar o mundo, e também de se relacionar com ele.

Nada disso pode ser feito sem amor. Algumas pessoas dizem assim: “Pastor, eu amo os africanos, eu amo os chineses, eu amo os indianos”, mas mora em São Paulo, não os conhece, não sente o cheiro das ruas, das casas, não sofreu a discriminação do olhar, não é chamado(a) pejorativamente de Kolomba (palavra africana que significa “Branco” se referindo a cor da pela no sentido pejorativo). Nada disso faz discípulos, o amor é fundamental, mas sem envolvimento físico ou virtual, ele se torna um adereço da fé, sem aplicação do cumprimento da missão.

Como igreja essa é a primeira característica do nosso negócio, fazer discípulos. Hoje temos tantos recursos a nossa disposição, que o discipulado pode acontecer fisicamente ou virtualmente, por isso, usar as tecnologias a nosso favor é entender as mudanças que acontecem no mundo e como Deus tem planos pra isso. Existem pessoas que são contra esse tipo de ação tecnológica, mas se esquecem que o maior discipulador do novo testamento, usou a tecnologia mais avançada do seu tempo para fazer discípulos. Sabe quem foi? O apóstolo Paulo, através de suas cartas.

Faça discípulos, presencialmente ou virtualmente, use sua vida para cumprir a missão que Jesus nos deu, fazendo isso nós estamos fazendo o nosso “negócio”.

Pr. Gustavo Bacha

domingo, 3 de fevereiro de 2019

MARIANA, BRUMADINHO E GEENA

ANO LXXVI - Domingo, 03 de fevereiro de 2019 - Nº 3823

MARIANA, BRUMADINHO E GEENA

Há pouco mais de 3 anos, o rompimento da barragem de Mariana (MG) causou a maior catástrofe ambiental do país, matando 19 pessoas, destruindo rios, florestas, matas ciliares, fauna e flora afetadas. O distrito de Gesteira, em Minas Gerais, foi completamente destruído, sumindo literalmente do mapa. O volume de rejeito de minério foi tanto, que tomou conta do Rio Doce, chegando até o litoral capixaba, que está a mais de 600Km de Mariana. Até hoje, o rio sofre com as consequências desse crime ambiental.

Na semana passada, rompeu a barragem em Brumadinho (MG), até hoje (30/01) somam 84 corpos localizados e 276 pessoas ainda permanecem desaparecidas. Os números de vítimas são impressionantes. Somando-se a eles, ainda há os desabrigados que provisoriamente perderam suas residências. Os impactos ambientais ainda são incalculáveis, pois a lama corre em direção aos rios de maior afluência, podendo atingir o São Francisco.

Essas duas catástrofes possuem um paralelo com a vida espiritual muito próximo. A Bíblia diz que o pecado afetou toda a criação (Rm 8.22) causando uma contaminação no propósito original de Deus para ela e também uma ruptura no relacionamento com Ele. O pecado causou destruição natural e morte. O rompimento das barragens de rejeito também, encheram belas paisagens, rios e matas, com rejeito de minério, uma lama, densa e espessa que contaminou a natureza e matou diversas pessoas.

O Salmista Davi, quando relembra o seu passado, diz as seguintes palavras “Tirou-me de um poço de perdição, de um tremedal de lama”, sua referência com essas palavras está em seus pecados. A situação de uma vida que nasce nesse mundo contaminado pelo pecado é essa, nasce na lama, cresce na lama e muitas vezes morre na lama. Essa sujeira não pode ser removida com um banho em água quente, ela só pode ser lavada pelo sangue de Jesus (1Jo 1.7).

Nós moradores de São Paulo, não seremos atingidos pela lama das barragens das cidades de Mariana e Brumadinho, “estamos em segurança” aqui. Contudo, a lama do pecado já nos atingiu e ela não se limitou as barreiras geográficas. Estamos soterrados até o pescoço, a única maneira de nos livrarmos é fazer como o Salmista:

"Esperei confiantemente pelo SENHOR; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro. Tirou-me de um poço de perdição, de um tremedal de lama; colocou-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos." (Salmo 40.1,2). Jesus possui o sangue que pode nos purificar do pecado e Ele é a Rocha que nos dá segurança e vida eterna. Ah, o Geena. Ele é o lugar de todos que morrem soterrados na lama do pecado e que não foram lavados em Cristo, o Senhor.

Pr. Gustavo Bacha

domingo, 27 de janeiro de 2019

EXPECTIVAS

ANO LXXVI - Domingo, 27 de janeiro de 2019 - Nº 3822

EXPECTIVAS

Expectativas são complicadas. Elas podem surpreender ou, como na maioria das vezes, decepcionar e isso acontece por vários motivos. Primeiro porque aquele que a cria pode tê-la elevado a um nível que jamais será alcançado, trazendo assim a decepção. Segundo, porque aquele que expecta também possui uma visão particular da realidade, podendo em determinado momento estar muito equivocado sobre sua esperança. Por isso, as expectativas sobre o diaconato precisam ser expostas por Aquele que conhece as limitações humanas e pode com realidade, defini-las.

Hoje, iniciaremos em nossa igreja um processo para eleger 5 diáconos e até o dia 10/02 estamos recebendo as indicações para concorrer ao cargo. A eleição acontecerá no dia 24/02. Muitas são as expectativas, mas quais de fato devem ser nutridas?

Segundo o Apóstolo Paulo, as expectativas sobre os diáconos são as seguintes: “quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância, conservando o mistério da fé com a consciência limpa. Também sejam estes primeiramente experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato... O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa.” (1 Tm 3.9-10; 12-13)

Esse é o parâmetro de avaliação e das expectativas que devem ser analisadas. Portanto, não cabe propaganda política, não cabe manipulação, não cabe falsas expectativas baseadas em interesses pessoais. Cabe a oração e a avaliação segundo o que está registrado nas Escrituras, pois assim clamamos para que Deus ilumine a cada um de nós, para elegermos homens que estejam alinhados com essas qualificações para servirem a Deus em nossa igreja local, de tal maneira que Ele seja glorificado.

Fazendo isso, o texto garante aos diáconos uma bela promessa “Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus.” (1 Tm 3.13)

Pr. Gustavo Bacha

domingo, 20 de janeiro de 2019

CONDENAÇÃO

ANO LXXVI - Domingo, 20 de janeiro de 2019 - Nº 3821

CONDENAÇÃO

No primeiro dia da semana passada, foi anunciada a prisão de Cesare Battisti. Ele foi condenado pela morte de 4 pessoas, Antonio Santoro, Pierluigi Torregiani, Lino Sabbadin e Andrea Campagna. Esses assassinatos aconteceram quando ele integrava um grupo chamado “Proletários Armados pelo Comunismo”. Em 1985, fugindo do julgamento na Itália, ele encontrou acolhimento na França, debaixo dos cuidados de François Mitterrand e sua Doutrina, que consistia em abrigar ex-guerrilheiros sob asilo político, desde que renunciassem ao terrorismo.

No ano de 2002, quando a Doutrina Mitterrand enfraqueceu, Battisti, com documentos falsos, chegou ao Brasil. Em 2007, ele foi preso no Rio de Janeiro e levado para o presídio da Papuda, em Brasília, para ser extraditado. Diante desse episódio, o então Ministro da Justiça, Tarso Genro, concede ao condenado o status de refugiado político, que foi desfrutado até dezembro de 2018, quando ele fugiu para a Bolívia e foi preso no domingo passado (06/01).

Enquanto isso, o julgamento de Battisti acontecia na Itália. Ele por não comparecer as audiências foi julgado a revelia, sendo condenado a duas prisões perpétuas (não sei como isso pode acontecer) com restrição de luz solar.

Condenação, esse termo dá calafrios! Sabemos que diante de Deus todos nós somos culpados. A Bíblia afirma que “Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb. 10.31). Se achamos que a condenação de Battisti foi dura, passar o resto dos dias preso com restrição de luz solar, a condenação da alma é ainda pior. Ela não cessará com a morte, mas iniciará com ela. Esse é o caminho natural de todo ser humano, receber a condenação dos seus pecados, pois eles ferem o caráter Santo de Deus.

Felizmente, essa notícia não termina assim. Existe uma outra possibilidade, que foi dada pelo próprio Deus, revelando outra dimensão do seu caráter, a Graça. Por isso, também, a Bíblia afirma “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.” – Rm 8.1. A única maneira de escapar das consequências do pecado é estar em Cristo, pois Ele se colocou a nosso favor diante de Deus e recebeu a condenação em nosso lugar, não só nos livrando do inferno, mas nos levando até o céu.

Essa graça não é condicionada pelas nossas atitudes, senão seria merecimento. Ela está além de nós e acessível a todos que confessarem a Jesus como Senhor e Salvador de sua vida. Até mesmo para uma pessoa que recebeu a pena de duas prisões perpétuas.

Está impressionado com a condenação de Cesare Battisti? Fique ainda mais impressionado com a Graça que pode te livrar da condenação eterna.

Pr. Gustavo Bacha

domingo, 13 de janeiro de 2019

QUANDO DEUS NÃO RESPONDE

ANO LXXVI - Domingo, 13 de janeiro de 2019 - Nº 3820

QUANDO DEUS NÃO RESPONDE

Existem períodos em nossas vidas que sentimos Deus distante de nós ou nós dEle, como se não tivéssemos qualquer importância, ou ainda, como se Ele tivesse nos esquecido. Você já se sentiu assim? Oramos e Deus não responde. Lemos a Bíblia, mas Ele não fala conosco. Buscamos, mas parece que Ele está imparcial, em silêncio.

É provável que você já tenha sido o grande o amor de alguém, talvez já tenha até sido alvo do ódio de outra pessoa, mas você já foi vítima da indiferença?

Algumas vezes parece que Deus age dessa maneira conosco, nos desamparando, ou pelo menos é isso que sentimos. É relativamente fácil adorar a Deus quando as coisas vão bem, contudo é muito difícil adorá-lo quando percebemos que estamos sendo alvo do seu silêncio.

O Salmo 22 registra a seguinte oração em seus dois primeiros versos: “1 Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que se acham longe de minha salvação as palavras de meu bramido? 2 Deus meu, clamo de dia, e não me respondes; também de noite, porém não tenho sossego.” Essa foi a oração do Rei Davi a Deus, num momento em que ele se sente ignorado pelo Senhor. Tais palavras são repetidas na crucificação. Esse grito saiu da boca de Jesus quando o seu sangue vertia na cruz. Por que Deus não o acudiu em Seu desespero? Deus se calou? Como louvar a Deus quando não compreendemos o que está acontecendo em nossas vidas e Ele está em silêncio? Como manter a comunhão quando Deus parece indiferente?

Expressar os sentimentos diante de Deus é um caminho saudável para a comunhão. É comum que as pessoas tenham medo de revelar seus verdadeiros sentimentos diante de Deus, contudo, isto não é justificável e nem aceitável, uma vez que Deus sabe o que sentimos e, se resolvemos falar algo diferente daquilo que sentimos como objetivo de impressioná-Lo, estamos mentindo. Se você tem essa dificuldade, lembre-se que a sinceridade é fruto de intimidade e liberdade e isso não se conquista rapidamente.

Outra orientação é ter consciência de quem Deus é. O verso 3, do mesmo salmo, diz que Ele é Santo, então independente das circunstâncias em que vivemos, precisamos nos apegar ao caráter imutável de Deus. Nossos sentimentos são volúveis, Deus não é.

Lembre-se do que Deus já fez, o verso 4 diz que “Nossos pais confiaram em Ti,... e os livraste” , olhar para os feitos de Deus no passado nos dá segurança para o amanhã, mesmo em silêncio, aquilo que Deus fez pode ser a voz que precisamos hoje para seguir adiante. Isso é confiança, isso é esperança, isso é perseverança diante do silêncio de Deus.

domingo, 6 de janeiro de 2019

EM QUE DIREÇÃO VOCÊ QUER ANDAR EM 2019?

ANO LXXVI - Domingo, 06 de janeiro de 2019 - Nº 3819

Em que direção você quer andar em 2019?

Estamos começando um novo ano e juntamente com ele um novo momento na história do país e também da IPVM. Momentos assim nos inundam de sentimentos, alguns fortes que nos impulsionam numa onda de otimismo quase inabalável, outros mais tímidos, quase depressivos, pelo sentimento da perda e do desconhecido. Nós somos assim, vivemos os altos e baixos emocionais, indicando como um eletrocardiograma que estamos vivos e seguindo.

Contudo, no início deste ano eu pergunto novamente, em que direção você quer andar em 2019? Pode ser uma pergunta um pouco ilógica, uma vez que caminhamos sempre pra frente, mas à luz da escritura existem duas direções que podemos caminhar durante este ano e também ao longo de toda uma vida.

O livro do Profeta Jeremias diz assim no capítulo 7, verso 24 “Mas não deram ouvidos, em atenderam, porém andaram nos seus próprios conselhos e na dureza do seu coração maligno; andaram para trás e não para diante.”

Nestes dois sentidos que podemos caminhar, identificamos as causas que nos levam em cada uma dessas direções. Se você seguir os seus próprios conselhos, ou seja, ser autônomo, ser o autor de suas próprias leis, definir em si mesmo aquilo que é bom ou mal, certo ou errado, você acaba de constituir-se o próprio deus. Como se isso fosse insuficiente, ainda temos, além da razão por estabelecer os conselhos, o coração, que é a fonte das emoções, sendo classificado como duro e mal. Viver dessa maneira, dono da razão, sustentado por sentimentos malignos e irredutíveis, faz com que você caminhe numa única direção, para trás, um retrocesso de vida, que arrasta com você as pessoas ao seu redor.

Ao contrário desse caminho, a Bíblia nos orienta que ouvir ao Senhor e atender aos Seus conselhos, nos move em direção oposta a anterior. É importante salientar que as duas orientações não são excludentes, mas inclusivas. Eu devo não somente ouvir ao Senhor, ou seja, escutar aquilo que Ele tem para me dizer por meio da Sua Palavra, mas preciso também atender, que é um movimento em resposta ao ouvir. Atender significa fazer com que os conselhos que foram ditos encontrem espaço para serem vivenciados e praticados no meu dia a dia.

Diante disso, por Sua graça, convido você a caminharmos juntos nos conselhos preciosos de Jesus, sabendo que, por meio do seu Espírito, Ele faz com que a Sua Igreja seja viva, alegre, bíblica, terapêutica, andando pra frente, na carreira que nos foi proposta, para a glória do Seu nome.

Pr. Gustavo Bacha

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.