ANO LXI - Domingo, 24 de agosto de 2003 - No 3017
Agosto, mês de Missões.
IGREJA, COMUNHÃO DIVINO-HUMANA!
A Igreja é, primariamente, uma realidade vertical: relação com Deus! Todo o drama da Redenção já descrito está pressuposto. A questão toda é que ninguém é salvo sozinho. Há uma dimensão comunitária da fé. Quando conhecemos o Evangelho e o aceitamos, só pode ser por intermédio dos outros, em comunhão com outros, para transmitir a outros. A própria Escritura foi elaborada através da Igreja, por ela preservada e disseminada. Quem tem a Bíblia está sendo alcançado pela obra missionária da Igreja.
Não há possibilidade do exercício da fé do modo puramente individual. É certo que o membro da Igreja é pessoal e importa tenha tido a experiência da conversão. Não há dúvida, Igreja não existe sem pessoas que tenham a comunhão com Deus e o cultivo dessa comunhão. Mas elas nunca estão sós. Associam-se para os propósitos espirituais. Isto, de certo modo, é imposição da própria natureza humana. Desde o início Deus fez o homem para a vida social. Em Gênesis, cap. 2, quando se fala da criação da mulher, a razão dada por Deus não foi outra: o homem não deve estar só. Isolado, o homem é abstração.
Não só pela diferenciação biológica somos nós dependentes uns dos outros. Também do ponto de vista psicológico. Isolamento, quando extremo, provoca loucura. O ser humano no isolamento se torna sub-humano.
Feito para ter comunhão com Deus, o ser humano, como sabemos, preferiu voltar-lhe as costas. Cumprisse seu destino e teria sido feliz, pois que o amor de Deus fundamenta toda sociabilidade legítima, visto que desinteressada. Mas o egoísmo é fatal. O egoísta encontra outros egoístas. Daí as discussões e guerras que mancham toda a história dos homens.
No meio desse cenário instituiu Deus a Igreja. Igreja que é sociabilidade sui-generis: a "comunidade dos santos"! A comunidade, nesse caso, é expressão de sociabilidade cuja razão está em Deus. Não se trata de mera simpatia natural que esteja a unir os membros da Igreja. Não. É pelo que Cristo fez por nós, é pelo que o Espírito Santo faz em nós, que estamos sendo chamados a viver juntos. Uma comunhão de fé e serviço, com humildade e propósito.
A Igreja é, pois, neste mundo de paixões e desavenças, o corpo que tem Cristo por cabeça e que visa a plenitude da comunhão e da realização da vontade de Deus.
Não há possibilidade do exercício da fé do modo puramente individual. É certo que o membro da Igreja é pessoal e importa tenha tido a experiência da conversão. Não há dúvida, Igreja não existe sem pessoas que tenham a comunhão com Deus e o cultivo dessa comunhão. Mas elas nunca estão sós. Associam-se para os propósitos espirituais. Isto, de certo modo, é imposição da própria natureza humana. Desde o início Deus fez o homem para a vida social. Em Gênesis, cap. 2, quando se fala da criação da mulher, a razão dada por Deus não foi outra: o homem não deve estar só. Isolado, o homem é abstração.
Não só pela diferenciação biológica somos nós dependentes uns dos outros. Também do ponto de vista psicológico. Isolamento, quando extremo, provoca loucura. O ser humano no isolamento se torna sub-humano.
Feito para ter comunhão com Deus, o ser humano, como sabemos, preferiu voltar-lhe as costas. Cumprisse seu destino e teria sido feliz, pois que o amor de Deus fundamenta toda sociabilidade legítima, visto que desinteressada. Mas o egoísmo é fatal. O egoísta encontra outros egoístas. Daí as discussões e guerras que mancham toda a história dos homens.
No meio desse cenário instituiu Deus a Igreja. Igreja que é sociabilidade sui-generis: a "comunidade dos santos"! A comunidade, nesse caso, é expressão de sociabilidade cuja razão está em Deus. Não se trata de mera simpatia natural que esteja a unir os membros da Igreja. Não. É pelo que Cristo fez por nós, é pelo que o Espírito Santo faz em nós, que estamos sendo chamados a viver juntos. Uma comunhão de fé e serviço, com humildade e propósito.
A Igreja é, pois, neste mundo de paixões e desavenças, o corpo que tem Cristo por cabeça e que visa a plenitude da comunhão e da realização da vontade de Deus.
Texto do Rv. Júlio Andrade Ferreira, de saudosa memória.
Nenhum comentário:
Postar um comentário