ANO LX - Domingo, 06 de abril de 2003 - No 2997
FÉ EM CRISE.
FÉ EM CRISE.
O mundo que nos cerca e no qual estamos inseridos, é um mundo em crises - política, econômica, ecológica, de moradia, de emprego, de comunicação, de amor, etc. A de caráter tem sido apontada como a mais grave de todas.
Infelizmente na Igreja também temos algumas crises: de seriedade - com as cousas sagradas; de devoção - não reservamos tempo para estar a sós com Deus, o culto doméstico já era; de consagração - dos talentos, do tempo, dos bens; de solidariedade - o meu próximo tem de ser muito próximo, se não... Talvez a mais séria, no momento, seja a crise de fé!
Na tendência dos radicalismos, de um lado queremos resolver tudo na força do raciocínio, dos cálculos e das estatísticas, fazendo o jogo de cintura da dialética humana e do tráfico de influência. Por outro lado, fé está sendo confundida com emocionalismo exacerbado, crendices e carismatismos.
O cap. 10 de Hebreus demonstra a preocupação do autor da Carta: o abandono da fé em Cristo e retorno a uma tradição religiosa. Era mais cômodo praticar uma religião que não impusesse tanta renúncia, tanto sacrifício, tanta consagração. Uma religião sem espinhos e sem cruz. Por que perder um "bom negócio" por causa de Cristo? Por que me preservar para o casamento se posso curtir a juventude? Por que me limitar a uma só mulher ou a um só homem se há tantos livres e ninguém se importa? Por que pagar o que devo se não sou trouxa? Por que sacrificar um bom programa de manhã se posso ir ao culto à noite? Não tolero imposições, dizem alguns, nem de Cristo! Não é sem motivo, e sem mercado, que têm surgido tantos grupos tentando contextualizar a Bíblia aos interesses pessoais do "cristão liberado".
Quando os apóstolos disseram a Jesus: "aumenta-nos a fé" (Lc 17.5), foi curiosa a resposta do Senhor. Não era uma questão de ter mais fé ou menos fé, e sim de usar a fé. Há circunstâncias na vida em que sentimos a nossa fé abalada. Diante de uma injustiça irreparada, de uma violência sem sentido, de uma tragédia inexplicável, parece que perdemos a fé. Em todos esses momentos, porém, a fé não se desfez, deixamos apenas de usa-la. Como Abraão, precisamos subir o monte da provação, mas subir com fé, na certeza de que Deus proverá - a solução, a libertação, a bênção.
Se os valores da vida cristã estão sendo testados, faça uso de sua fé, não importa se forte ou fraca. Descanse em Deus.
Infelizmente na Igreja também temos algumas crises: de seriedade - com as cousas sagradas; de devoção - não reservamos tempo para estar a sós com Deus, o culto doméstico já era; de consagração - dos talentos, do tempo, dos bens; de solidariedade - o meu próximo tem de ser muito próximo, se não... Talvez a mais séria, no momento, seja a crise de fé!
Na tendência dos radicalismos, de um lado queremos resolver tudo na força do raciocínio, dos cálculos e das estatísticas, fazendo o jogo de cintura da dialética humana e do tráfico de influência. Por outro lado, fé está sendo confundida com emocionalismo exacerbado, crendices e carismatismos.
O cap. 10 de Hebreus demonstra a preocupação do autor da Carta: o abandono da fé em Cristo e retorno a uma tradição religiosa. Era mais cômodo praticar uma religião que não impusesse tanta renúncia, tanto sacrifício, tanta consagração. Uma religião sem espinhos e sem cruz. Por que perder um "bom negócio" por causa de Cristo? Por que me preservar para o casamento se posso curtir a juventude? Por que me limitar a uma só mulher ou a um só homem se há tantos livres e ninguém se importa? Por que pagar o que devo se não sou trouxa? Por que sacrificar um bom programa de manhã se posso ir ao culto à noite? Não tolero imposições, dizem alguns, nem de Cristo! Não é sem motivo, e sem mercado, que têm surgido tantos grupos tentando contextualizar a Bíblia aos interesses pessoais do "cristão liberado".
Quando os apóstolos disseram a Jesus: "aumenta-nos a fé" (Lc 17.5), foi curiosa a resposta do Senhor. Não era uma questão de ter mais fé ou menos fé, e sim de usar a fé. Há circunstâncias na vida em que sentimos a nossa fé abalada. Diante de uma injustiça irreparada, de uma violência sem sentido, de uma tragédia inexplicável, parece que perdemos a fé. Em todos esses momentos, porém, a fé não se desfez, deixamos apenas de usa-la. Como Abraão, precisamos subir o monte da provação, mas subir com fé, na certeza de que Deus proverá - a solução, a libertação, a bênção.
Se os valores da vida cristã estão sendo testados, faça uso de sua fé, não importa se forte ou fraca. Descanse em Deus.
Rev. Eudes
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