ANO LX - Domingo, 13 de abril de 2003 - No 2998
DIÁRIO DE UM MILITAR
DIÁRIO DE UM MILITAR
A multidão em festa gritava palavras de júbilo e exaltação. A cidade fora surpreendida por mais uma manifestação popular que poderia despertar uma intervenção do exército romano, responsável por manter os judeus debaixo do domínio de César.
Mas desta vez fora diferente. A população não reunira-se numa revolta nem a turba agitara-se politicamente. Gritavam palavras de alegria, não de ordem. Falavam termos pouco conhecidos no cenário político mas muito familiares ao linguajar religioso. Tinham uma expressão diferente no rosto e, ao invés de enxadas ou foices, agitavam nos ares galhos de árvores arrancados da vegetação ao redor da cidade. Não agrediram ninguém nem destruíram nada. Pelo contrário, tiravam de si suas capas e as estendiam no chão, numa atitude de quem estava diante de uma autoridade. De fato, não era um líder político. Não montava um cavalo vitorioso numa batalha nem atrás dele não havia um séquito de prisioneiros de guerra mas uma multidão de maltrapilhos e famigerados, marginalizados da sociedade pela pobreza e doença.
Tanto alvoroço por um homem em cima de um jumentinho? O que isso significava?
Mesmo para um homem acostumado a obedecer ordens e lidar com uma população instável e alvoroçada, jamais havia visto algo assim em todos estes anos que sirvo a César na Palestina. Não entendi direito tudo o que eles falaram e muito menos por que a manifestação terminou assim tão de repente quanto começou. Mas algo me deixou inquieto desde então: O que queriam dizer quando se referiram a ele como aquele que vem "em nome do Senhor ? "Seria ele o que costumam dizer "o Filho de Deus"?
Mas desta vez fora diferente. A população não reunira-se numa revolta nem a turba agitara-se politicamente. Gritavam palavras de alegria, não de ordem. Falavam termos pouco conhecidos no cenário político mas muito familiares ao linguajar religioso. Tinham uma expressão diferente no rosto e, ao invés de enxadas ou foices, agitavam nos ares galhos de árvores arrancados da vegetação ao redor da cidade. Não agrediram ninguém nem destruíram nada. Pelo contrário, tiravam de si suas capas e as estendiam no chão, numa atitude de quem estava diante de uma autoridade. De fato, não era um líder político. Não montava um cavalo vitorioso numa batalha nem atrás dele não havia um séquito de prisioneiros de guerra mas uma multidão de maltrapilhos e famigerados, marginalizados da sociedade pela pobreza e doença.
Tanto alvoroço por um homem em cima de um jumentinho? O que isso significava?
Mesmo para um homem acostumado a obedecer ordens e lidar com uma população instável e alvoroçada, jamais havia visto algo assim em todos estes anos que sirvo a César na Palestina. Não entendi direito tudo o que eles falaram e muito menos por que a manifestação terminou assim tão de repente quanto começou. Mas algo me deixou inquieto desde então: O que queriam dizer quando se referiram a ele como aquele que vem "em nome do Senhor ? "Seria ele o que costumam dizer "o Filho de Deus"?
Um provável oficial romano de plantão naquele primeiro dia
da semana em algum ano do início da era cristã.
da semana em algum ano do início da era cristã.
Rev. Márcio
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