ANO LXXI - Domingo 07 de julho de 2013 - Nº 3532
CAIXA DE PANDORA
É famoso o mito grego de Pandora e sua caixa de males, a qual sendo aberta derramou as desgraças sobre a humanidade, mas deixou fechada dentro dela a esperança. Falamos, ainda hoje, sobre a caixa de Pandora no sentido de não sabermos as consequências devastadoras quando iniciamos certos processos ou tomamos certas atitudes.
Estamos vendo alguns momentos em que “caixas de Pandora” têm sido abertas em algumas partes do mundo. Egito, Líbia, Turquia e, agora, o Brasil estão, em certo sentido, com a caixa de Pandora aberta e as consequências são imprevisíveis em termos do que há de acontecer. A expectativa é grande por parte de todos nós aqui no Brasil. Há muita esperança pelo fato de termos “descoberto” essa força imensa, que á a opinião pública, sobre o Poder Público Constituído. Existe, por outro lado, nesse mesmo Poder, um temor (medo) muito grande ao sentir-se acuado e pressionado. Alguns resultados positivos já aconteceram, o que é bom. Mas, a pergunta surge: aberta a caixa de Pandora, o que esperar?
Como cristãos podemos e devemos nos posicionar em relação às propostas salutares e benéficas ao país, protestando contra a violência (e não usando-a nos protestos), corrupção, criminalidade, leis frouxas e pífias em relação aos crimes contra a vida e o patrimônio, imunidades por função e ofício, desigualdades sociais, falta de saneamento, saúde e educação dignos. E, acima de tudo, orando ao senhor para que haja mudança efetiva na vida desta Nação, a fim de que os valores do reino de Deus sejam assumidos e vivenciados por todos os que integram este povo brasileiro. Essa é a nossa esperança, não retida na caixa de Pandora, mas viva e manifesta em nosso coração, pois “feliz o povo cujo Deus é o Senhor”. (Salmo 33:12).
Rev. Paulo Audebert Delage
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