ANO LXXI - Domingo 09 de junho de 2013 - Nº 3528
BOFETADAS EM NOSSO ROSTO
O odontólogo que foi vitimado por assaltantes dentro de seu gabinete, e teve seu corpo queimado em 60% morreu em São Paulo. Motivo de crime tão odioso e bárbaro: ele não tinha dinheiro consigo naquele instante. Os criminosos não foram presos.
Menor de 18 anos, com 90 passagens pela polícia por furto, roubo, porte de arma de fogo, tráfico de entorpecentes (suspeita de assassinato) é colocado em liberdade e agora é, tecnicamente, réu primário, ou seja, como se nunca houvera cometido qualquer delito, na mesma condição de qualquer jovem de conduta ilibada e sem envolvimento com a polícia.
A pressão agora é pela redução da maioridade penal. O governo federal em toda sua base não se move. Estamos sendo esbofeteados no rosto em nosso viver diário, onde rapazes (e moças) são agentes de crimes os mais variados, mas, sendo menores, não podem responder a processo ou serem presos como são os maiores. Bofetadas e mais bofetadas em nosso rosto. A redução da idade penal diminuirá a criminalidade? Não sei. Mas, é medida que visa tratar com seriedade essa questão e acabar com a “farra de impunidade” desses adolescentes e jovens criminosos violentos.
Nem tudo o que é bom lá (Europa, Estados Unidos), será bom aqui também. Mas, uma coisa é certa, verifique-se o tratamento que se dá às crianças e adolescentes em países europeus e nos EUA (onde a idade penal chega a 12 anos de idade) no que concerne à aplicação da lei e prisão, e se perceberá que já passou do tempo de tratarmos, por aqui, os adolescentes de igual modo. Chega de levarmos bofetadas e mais bofetadas no rosto e vermos o sorriso de deboche e zombaria desses criminosos nas câmeras de TV e diante das forças de segurança pública. Chega de bofetadas. “Quando o perverso domina, o povo geme “ (Pv.29:2-b).
Rev. Paulo Audebert Delage
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