ANO LXX - Domingo 21 de abril de 2013 - Nº 3521
O PAPA E O PASTOR
Temos visto nos meios de informação a polêmica instaurada sobre a figura do presidente da Comissão de Direitos Humanos, o pastor Feliciano. É certo que ele manifestou suas opiniões sobre assuntos ligados a chamadas minorias, algumas das quais divirjo. A que mais tem gerado a manifestação revoltada de seguimentos da sociedade (com a qual me perfilo a ele) é com relação ao comportamento homossexual e seus aspectos de legalidade e “direitos conjugais e familiares”. Ele tem sido alvo de ataques constantes e pesados. Falam até em processo e prisão por homofobia.
Por sua vez o papa Francisco I disse que “o casamento gay é invenção do Diabo para destruir a família”, colocando-se em posição igual ou, pelo menos, bem próxima à do pastor. Vejamos qual será a reação dos integrantes do movimento dos direitos dos homossexuais quanto à figura do papa. Não devemos nos esquecer de que ele é líder religioso de quase um milhão de pessoas, além de ser Chefe de Estado. Tal postura é corajosa e expressa sua opinião e da hierarquia da Igreja Romana e do cristianismo de modo geral. Será que processarão o papa?
Claro que não se pode repudiar as pessoas, é evidente que não se justifica violência ou agressão contra tais pessoas pela opção sexual que fizeram. Rejeitamos, como cristãos, esse tipo de comportamento e modo de ser. No entanto, estendemos nosso respeito a tais pessoas (como seres humanos) e lhes falamos da redenção gerada por Cristo, no sentido de dar-lhes superação e abandono de tal prática, vivendo de modo consonante com os ensinos bíblicos cristãos. É a mesma situação de alguém que se prostitui ou vive em adultério. Não concordamos com tal comportamento, mas levamos a Boa Nova de Cristo a tais pessoas e cremos na libertação operada pelo Senhor. Demonstremos nosso cuidado com tais pessoas, embora rejeitemos seu comportamento, levando-lhes a palavra de vida nova e eterna em Cristo nosso Senhor.
Rev. Paulo Audebert Delage
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