ANO LXXI - Domingo 22 de dezembro de 2013 - Nº 3556
Parábolas são estórias que retratam verdades, foram utilizadas por Jesus e ao fim de muitas delas, causavam impacto em seus ouvintes, pois ao ouvi-las se desarmavam e eram impactados pelo sentido contido em cada uma delas.
Hoje quero fazer uso dessa ferramenta, certamente não causarei o impacto que os ouvintes de Jesus sentiram, contudo gostaria de ao menos fazê-los refletir.
Conta-se que num reino muito antigo, todos os súditos aguardavam ansiosamente o nascimento do primeiro filho do rei e da rainha, pois estava nas mãos dessa criança a continuidade do bom reinado da família. Visto que as gestações anteriores não tinham vingado, essa sim, trazia em si toda a expectativa de um povo.
No inverno rigoroso a criança nasceu com saúde, trazendo calor aos corações do rei e da rainha e eles transbordavam de alegria. Foi anunciado ao povo o nascimento do príncipe e toda a nação se alegrou com os reis. Em retribuição às várias demonstrações de afeto e carinho, os reis decidiram dar uma festa para consagrar a criança.
Alguns dias depois do nascimento os convites foram distribuídos, os cantores mais requisitados foram convocados, vários “chefs” de todo o mundo foram contratados para a realização do banquete, decoradores renomados se colocaram à disposição para fazer a festa, os melhores estilistas estavam com sua agenda lotada pois todo o povo tinha um sentimento em comum, que essa seria a festa do século.
Chegou a noite esperada, enquanto a neve caía forte do lado de fora das casas, as mulheres se aprontavam colocando suas joias mais exuberantes e os casacos mais enfeitados, os homens, bem; os homens apenas se preocupavam com o frio e um a um se dirigiam para a residência real.
O primeiro convidado ao entrar no salão de festas, ficou deslumbrado com a beleza do lugar, a decoração e a mesa farta, e distraidamente colocou o casaco sobre o berço que estava à entrada do salão principal, assim todos os demais convidados colocaram o casaco ali também, pensando em aproveitar ao máximo essa festa. Passada algumas horas, o sino da residência real toca, o rei fica de pé, todo o salão fica num silêncio absoluto e ouve os agradecimentos e à presença de todos, pois agora é chegada a grande hora, a consagração da criança.
O Rei, chama os sacerdotes e diz aos súditos: “Tragam a criança”. Os súditos começam a se movimentar de forma agitada, andam de um lado para outro, não encontrando a criança, perguntam à rainha discretamente, onde a criança estava e foram informados de que estava na entrada do salão e percebem que a criança estava agora, em baixo dos casacos. Correram, tiraram os casacos e perceberam que o bebê havia morrido sufocado pelos casacos.
Meu desejo é que neste natal a celebração do nascimento de Jesus não seja sufocada pelas futilidades da festa, mas que Ele seja lembrado e celebrado em sua vida. Feliz Natal.
Rev. Gustavo Bacha
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