ANO LXXV - Domingo, 08 de outubro de 2017 - Nº 3754
“EM NOME...”
“EM NOME...”
A expressão que se pode ler acima tem se prestado a uma série de situações e circunstâncias as mais variadas e absurdas. Por exemplo: Em nome de Deus se tem cometido atrocidades horríveis como decapitações, massacres, assassinatos; em nome da paz se tem promovido guerras, guerrilhas, atentados; em nome da liberdade se tem cerceado, limitado, restringido e aprisionado; em nome do amor se tem matado, violentado, estuprado. De fato, quando alguém se enrola com esta bandeira do “em nome de” parece que seus limites são retirados, suas fronteiras desaparecem e os contornos se vão, ou seja, “tudo é permitido”.
Parece vermos uma onda forte (um vagalhão) a nos atingir nestes tempos sob a bandeira “em nome da arte”. Certas exposições apresentadas no Brasil começam a se postar de forma a atingir valores e solapar conceitos de moral, lei e respeito. Alegações de ‘liberdade’, ‘direito’, ‘arte’ se tornam mercadoria fácil na argumentação de muitas pessoas para justificar as afrontas que temos visto. Não se trata de aversão à arte, nem tampouco o desconhecimento da existência do chamado ‘nu artístico’ e seu lugar na arte plástica. No entanto, outra coisa é o uso de tais expressões para denegrir a fé de milhares de pessoas, para agredir propositadamente valores sustentados por uma sociedade (adoecida) de tradição religiosa cristã. Em nome da arte teremos que admitir que filmes de pornografia pesada são normais e expressam a beleza e a amplidão do sexo, o mesmo se pode dizer da zoofilia e outras “expressões artísticas”. A exposição do corpo nu de um homem e crianças ao seu lado, podendo tocá-lo, deixa de ser considerado ‘ato atentatório ao pudor’ em nome da arte. Sendo ‘em nome de’ parece valer tudo.
Não se trata de ser contrário às manifestações artísticas. Sei que a arte é vanguardista, contestadora e instigadora, sendo alvo de repressão por parte das ditaduras e reconheço seu valor e importância. Mas, sei, também, que ela pode servir a interesses destas mesmas ditaduras (inclusive da corrupção e dilapidação das estruturas sociais) para promoção de seus programas de propaganda ideológica. A massificação da proposta da sexualidade “sem fronteira”, ou implantação da visão “naturalista” (conformidade com a natureza) está se enrolando e se ocultando sob esta bandeira: “em nome da arte”. Estejamos atentos e expressemos nossa posição de rejeição a tais “formas de arte”, em nome de nossas crianças, filhos e netos.
Rev. Paulo Audebert Delage
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