ANO LXXV - Domingo, 01 de outubro de 2017 - Nº 3753
“CURA GAY”
Este assunto voltou a fazer parte da pauta jornalística da mídia brasileira em geral, com matéria altamente tendenciosa no “Fantástico” exibida pela Rede Globo de Televisão em domingo recente. Mais uma vez as distorções do conteúdo e as entrevistas direcionadas fazem pensar que se trata de algo absurdo por parte dos profissionais que lidam com as questões emocionais e comportamentais. A decisão liminar de um juiz federal de Brasília (me parece bem fundamentada) não trata de ‘cura gay’, expressão pejorativa utilizada pelos militantes da causa GLBTS. Apenas dá ao cidadão o direito de buscar reorientação sexual caso assim o deseje. Os psicólogos não o curarão de qualquer doença, mas auxiliarão a lidar com seus dramas, traumas e conflitos e, caso seja o desejo dele (paciente), em rever sua inclinação ou vivência homoafetiva.
O que se quer garantir é o direito de alguém não permanecer em sua inclinação homossexual ou aprender a conviver com ela sem lhe dar efetiva manifestação, caso assim o deseje; bem como ao profissional que for procurado por tal pessoa de cuidar e orientar o paciente neste seu desejo ou intento. Insisto que não se fala em “cura” ou “doença” em momento algum na decisão, de caráter liminar (imediato e provisório), proferida pelo magistrado. Assim, o alarde feito é infundado e acaba por gerar animosidade entre cidadãos que têm o direito de pensar e expressar seu pensamento de modo discordante ou divergente.
Este assunto está cada vez mais acentuado em nosso cotidiano e iremos lidar com ele necessariamente de forma mais extensa e intensa. Está presente nas escolas (públicas e particulares), igrejas, organizações sociais diversas e não podemos nos esquivar ou pretender que não exista ao nosso redor e em nosso meio. As convicções que temos sobre o assunto são firmadas na Bíblia e devemos sustentá-las, porém o trato com as pessoas que apresentam tal tendência e ou comportamento deverá ser sempre com consideração, atenção e respeito, sem escárnio, deboche, zombaria ou repulsa. A não anuência e não concordância com esta expressão da sexualidade, não nos pode levar a tratamento ofensivo e agressivo para com os que assim vivem. Se tivermos sido desprezados, agredidos, ofendidos e destratados, devemos responder conforme a orientação de Cristo: “amar aos que nos perseguem e ofendem”. Seja a questão da homossexualidade, corrupção, mentira ou violência, a designação bíblica para tais comportamentos é: pecado. A solução para todos é uma só: “O sangue de Jesus que nos purifica de todo pecado”. Louvado seja o Senhor.
Rev. Paulo Audebert Delage
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