ANO LXX - Domingo, 07 de outubro de 2012 - Nº 3493
QUEM FOI MORTO?
“...Já morremos com Cristo...” (II Tm.2:11)
Os noticiários trouxeram a informação sobre a morte de um cidadão chamado Florisvaldo, conhecido como “Cabo Bruno”. Acusado pela morte de 50 pessoas, foi condenado a 117 anos de prisão (embora ninguém cumpra mais de 30 anos de prisão no Brasil), e posto em liberdade após cumprir 27 anos, sendo executado pouco mais de um mês após sua liberação.
Não vamos entrar no aspecto da legislação de nosso país que é revoltante. Vemos, em outras nações, que alguém pode ser condenado a duas penas de prisão perpétua consecutivas, ou seja, se morrer e for vivificado cumprirá mais uma pena de prisão perpétua, sem direito a condicional, sendo que tal sentença é observada à risca, independentemente do comportamento do apenado.
Não vamos atentar ao aspecto de nossa desconfiança e postura de “irmão mais velho do filho pródigo”, pensando que: mudou “para crente” como disfarce para sair da prisão; julgando que isso seja uma injustiça da parte de Deus, aceitando esse indivíduo que agora se diz arrependido. Quanto à legislação trata-se de uma vergonha em nosso país, sob o manto da benignidade e misericórdia. Quanto ao outro aspecto não devemos pensar como cardecistas, dizendo que tal indivíduo não se safa da justiça divina somente pela graça de Deus, mas terá que voltar e sofrer muito aqui ou no além.
Volto à pergunta que é título dessa meditação. De fato, foi morto o cidadão Florisvaldo e não o “Cabo Bruno”. Embora aquele tenha sido morto por causa deste. O “Cabo Bruno” já havia morrido em Cristo e por Cristo e uma nova criatura (Florisvaldo) havia ressuscitado, fruto da graça insondável e, às vezes, estranha para nós. É, no entanto, muito importante nos lembrarmos de que, embora nossos pecados sejam perdoados por Deus, suas consequências podem permanecer e nos levar a muita dor e sofrimento. Quem, de fato, matou o “Cabo Bruno” foi o Senhor Jesus. Já, os responsáveis pela morte do cidadão Florisvaldo é caso para as autoridades competentes.
Rev. Paulo Audebert Delage
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