ANO LXX - Domingo, 08 de julho de 2012 - Nº 3480
ALIANÇAS ESPÚRIAS
“...que aliança pode haver entre justiça
e iniquidade...luz e trevas?” (II Co. 6:14)
Faz poucos dias que São Paulo e o Brasil foram atingidos por algo impensável, fomos abalados por uma foto inimaginável aliada a manchete menos admissível ainda: o PT estava fazendo aliança com Paulo Maluf. Lula e Paulo Maluf juntos caminhando na empreitada política “a favor de São Paulo”. A candidata à vice-prefeitura pela chapa do PT, Luiza Erundina, ficou indignada com esta postura do PT e retirou sua candidatura, em um gesto louvável por sua coerência. Ela não poderia concordar com aquele tipo de aliança, ou seja, até mesmo o aspecto pragmático na política tem limites.
Vemos nesta atitude da ex-prefeita Erundina, algo digno de ser imitado por nós, ou seja, a coerência em não se envolver ou se imiscuir em conchavos e conluios que sejam antagônicos aos princípios que esposamos e sustentamos em nosso discurso e fala. É, sem dúvida, um grande exemplo que nos é dado por esta veterana na política brasileira, mesmo que não concorde com sua ideologia ou posicionamento político.
O que isso nos traz de proveito? Claro que devemos olhar a postura assumida por aquela senhora, como um exemplo em nossa conduta cristã. As possibilidades de firmarmos alianças espúrias em nosso viver diário são muito grandes e, quase constantes. Frequentemente somos chamados a nos posicionarmos de forma a admitir a aliança com as trevas, a assumirmos comportamento antagônico ao determinado por Deus em Sua Palavra, a nos ajustarmos aos padrões sociais e ou comerciais vigentes. É algo que não podemos fazer. Resistência é o que devemos apresentar. Não podemos, nem devemos nos unir aos “cananeus, girgaseus e jebuseus” em suas práticas e propostas contrárias à vontade do Senhor, pois tal conduta é abominação ao Senhor.
A atitude de Luiza Erundina é uma lição profunda a mim: não sacrificar minhas convicções (e fé) por acordos, alianças e conchavos com aqueles que propõem algo que seja de oposição aos princípios bíblicos cristãos. Que tenhamos a mesma coragem e disposição em “pagar o preço” de alguma perda, mas jamais assumirmos aliança com a corrupção, injustiça e maldade, pois que “aliança pode haver entre as trevas e a luz”?
Rev. Paulo Audebert Delage
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