ANO LXX - Domingo, 19 de agosto de 2012 - Nº 3486
CELEBRANDO 153 ANOS DE EXISTÊNCIA
No dia 12 de agosto a Igreja Presbiteriana celebrou seu 153º ano de existência em solo brasileiro.
Neste tempo de história, cujo início se deu com Ashbel Green Simontom, missionário vindo dos Estados Unidos com o objetivo de plantar aqui a Igreja Presbiteriana, muitas foram as vitórias e crises. Tempos difíceis, mas que foram superados e a Igreja foi estabelecida.
Nesta história já não tão curta, muitas foram as marchas e contramarchas, avanços e retrocessos, crescimento e decréscimo, fusões e divisões. Momentos de grande euforia e desenvolvimento, chegando a ser, nos anos 50, a maior e mais influente denominação protestante no Brasil e momentos de crises políticas internas com reflexo na vida de toda a denominação.
Temos, ainda hoje, algumas “IPBs” dentro de nossa denominação. Você encontrará ministros, conselhos, igrejas locais e, até mesmo, presbitérios com nítida tendência liberal, ou fundamentalista, ou dispensacionalista, ou renovacionista, ou arminiana. É o retrato de nossa IPB. Continuamos a ter maquinações políticas à base de interesses pessoais ou de grupos. Continuamos a ter uma visão desconfiada de adaptação às novas realidades sociais, devido à nossa legislação vigente, mantendo-nos ligados à estruturação constitucional de 1950. Permanecemos em um modelo de caráter rural, mesmo em um Brasil que se coloca, há algum tempo, como nitidamente urbano.
Temos muito a celebrar, pela graça de Deus. Há, no entanto, muito a ser feito e dinamizado no seio de nossa IPB. Imperativa se faz a percepção da necessidade de mudanças, sem que haja afastamento de compromisso de fidelidade a Deus e às Escrituras, nem conluio com a forma secularizada e impura de viver. É mister que haja coragem para mudanças salutares e necessárias na forma e conteúdo legislativo da Igreja; dependência de Deus e confiança em Sua Soberania com menos conchavos, arranjos e acordos políticos e de bastidores; plantação de igrejas saudáveis e ampliação da ação missionária; formação de ministros da Palavra (pastores) e não apenas intelectuais religiosos sem paixão cristã em seus corações.
Graças a Deus pela existência da IPB e que ela seja sempre fiel ao Senhor e à Sua Palavra. Parabéns e que Ele nos renove e fortaleça.
Rev. Paulo Audebert Delage
Nenhum comentário:
Postar um comentário