ANO LXX - Domingo, 09 de setembro de 2012 - Nº 3489
FILOSOFIA GABRIELA
Gabriela, livro escrito por Jorge Amado em 1958, que virou novela nos anos 60, depois nos anos 70 e retornando à televisão recentemente. A obra foi base para a composição da música de Dorival Caymmi, chamada “Modinha para Gabriela” e esta música de Caymmi fala de uma realidade vivida e sustentada por muitos. Pensando um pouco nesta música sempre me incomodou o fato de que tantas pessoas a transformam num pilar existencial, não a música em si, mas da ideia que é cantada, num motivo de orgulho e sustentação de sua personalidade e comportamento.
O Refrão da música diz: “Eu nasci assim, eu cresci assim / Eu sou mesmo assim / Vou ser sempre assim / Gabriela, sempre Gabriela”. Esse tipo de atitude é absolutamente contrária a proposta do evangelho, pois Jesus veio anunciar o perdão do pecados e consequentemente a conversão, a mudança da vida que se expressa na santificação.
Na conversa com Nicodemos o Senhor Jesus, fala de um novo nascimento para as coisas espirituais. Os encontros de Jesus são marcados por profundas mudanças de comportamento, foi assim com Zaqueu, com os discípulos e com tantos outros e outras, pois caso não houvesse mudança, evidenciava-se ali a irredutibilidade do ser e consequentemente a ausência do evangelho, como aconteceu com o Jovem Rico (Mc 10.17-22).
Diante disso, avalie sua vida, quais pontos precisam de mudança? Quantas áreas escuras necessitam ser iluminadas com a Luz da Palavra, a fim de que o comportamento seja alterado, com o objetivo de evidenciarmos ao mundo o evangelho de Deus em nós, cumprindo as palavras de Jesus, anunciando que somos Sal e Luz para o mundo?
Termino esse texto lembrando as palavras de Michel de Montaigne, “Só os loucos não mudam de opinião”.
Rev. Gustavo Bacha
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