ANO LXVIII - Domingo, 15 de maio de 2011 - Nº 3420
"Longe de mim o conselho dos perversos."
(Jó 21:16 e 22:18)
Por duas vezes encontramos no livro atribuído a Jó a frase transcrita acima, enfatizando a necessidade de assumirmos tal postura, a bem de nossa própria vida e compromisso com o Senhor e Seu Reino.
Nos dias em que vivemos torna-se, infelizmente, cada vez mais comum nos vermos assediados por orientações, diretrizes e conselhos que se opõem à vontade do Senhor. Somos pressionados por todos os flancos e de todos os modos com propostas sedutoras e justificativas várias para anuirmos e cedermos a elas.
Nosso comportamento tem que ser o mesmo visto em Jó e expresso nesta sua afirmativa. É mister que mantenhamos longe de nós todo e qualquer conselho que seja de caráter ou conteúdo perverso. Embora Jó enfatize o aspecto ligado à pessoa que emite o conselho, ou seja, o perverso; mesmo pessoas não perversas podem ser usadas para nos oferecerem conselho de caráter perverso e, embora possa parecer estranho, pessoas de índole perversa poderão, ainda que raramente, apresentar algum conselho que não seja perverso. Não é incomum que indivíduos envolvidos na vida do crime aconselhem outros a não entrarem nesta senda ou digam a outros para saírem.
A necessidade é de estarmos atentos à essência ou natureza do conselho, a fim de percebermos se se trata de algo perverso e nefando ou não. Não se trata de verificação da mera legalidade da situação, posto que a lei, muitas vezes, será de caráter contrário à vontade de Deus, portanto, ímpia, iníqua e perversa. Assim, o conselho para acatarmos tal lei, embora pareça bom e com "respaldo bíblico" (Romanos 13:1-7) é, na verdade, perverso.
Mantenhamos afastados de nós todos os conselhos que sejam perverso em sua natureza, apegando-nos com firmeza e fidelidade ao Senhor e Sua vontade revelados a nós em Sua Palavra escrita, a Bíblia Sagrada.
Rev. Paulo Audebert Delage
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