ANO LXIV - Domingo, 08 de abril de 2007 - Nº 3206
VAZIO (Lucas 24:1-7)
Esta é a época do ano em que vivemos o clima de celebração da esperança. As comemorações do mundo cristão evangélico nos fazem pensar no triunfo da vida sobre a morte, ao anunciarmos a vitória do Senhor Jesus sobre o poder e a força do sepulcro e da sepultura (“as portas da sepultura não prevalecerão contra a minha Igreja” Mt.16:18).
De fato, na manhã radiante daquele primeiro dia da semana houve a constatação: “O túmulo está vazio”. Este era um fato absoluto e totalmente novo. Agregava-se à história da Páscoa uma ocorrência que mudaria o foco de atenção de apenas morte, para a explosão e exuberância de vida. O Cordeiro Pascal que era morto, era também consumido na refeição da Páscoa hebréia. Dali em diante o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, Jesus Cristo, já não é vítima impotente da morte, mas torna-se seu algoz e carrasco. Na ressurreição de Cristo vemos a consumação de Sua Obra na terra quando, de fato, contemplamos a morte da morte na morte de Cristo, graças à Sua triunfal e retumbante ressurreição. Não mais um Cristo (Messias, Ungido) vencido, alquebrado, ferido, impotente e morto. Mas, um Cristo vitorioso, vigoroso, restaurado, poderoso e vivo para sempre. Não somos cultuadores da morte ou proclamadores de sua perpetuação por meio de arte equivocada e imprópria com a prisão permanente de Cristo à cruz, fazendo-O perpetuamente prisioneiro dela no crucifixo. Somos anunciadores destes gloriosos e maravilhosos vazios: a cruz está vazia; o sepulcro está vazio. Ele ressuscitou, não está mais ali. Não mais retido e cativo da morte, mas seu Senhor absoluto e Soberano sobre ela. Do céu à terra; da terra à cruz; da cruz ao sepulcro; do sepulcro à vida e nesta ao Céu.
Proclamemos e anunciemos esta verdade que distingue o autêntico cristianismo evangélico de outras religiões: o sepulcro está vazio, a morte está vencida, Jesus ressuscitou. Tenhamos certeza de que, à exemplo de Cristo, haveremos de ressuscitar para a glória eterna com o Senhor.
Neste domingo falemos, propalemos, exultemos e cantemos porque: “Ele não está no sepulcro; aleluia, ressuscitou”. O túmulo está vazio para que nossos corações e vida estejam cheios de Sua graça, triunfo e vitória.
Rev. Paulo Audebert Delage
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